Resenhas - A Protegida

Nay 31/08/2016

Romântico. Fofo. Quente. Encantador....E Surpreendente.
Lyon... Jovem jogador de futebol em ascensão, dono do rosto mais belo do local, além de ser um exemplar masculino cheio de Sex appeal. Rapaz mega popular entre as mulheres, e que orgulhosamente, ostenta, o titulo de pegador fodão.
Por outro lado, Lyon, possui outra face fora dos gramados, atendendo pelo nome de Nicholas Spencer,um homem misterioso que teve a sua vida marcada por uma tragédia, ligado ao extremismo religioso e a política mundial. Nicholas, mesmo sob a influência do seu EU famoso, consegue manter a diferenças entre o dentro e fora de campo.
Num estalar de dedos, Nicholas, vê a sua vida mudar...
Ele conhece duas jovens.
Uma delas, Lisy, é uma colega de Faculdade, marcada pelo preconceito religioso, uma moça gentil, de olhar desconfiado e procura estar sempre atenta aos acontecimentos ao seu entorno. O estudante afeiçoa-se imediatamente pela figura frágil e desprovida de amigos, passando a protegê-la mediante o julgamento da sociedade. Ao lado da jovem Lisy, Nicholas revela o seu melhor lado, tranquilo, equilibrado, atento aos problemas e também, um excelente amigo. Fiel e leal!
Em uma nuance totalmente oposta, o jogador Lyon percebe a presença de Katzen, seja na arquibancada do estádio, festas envolvendo o seu time de futebol ou em boates e clubes de diversão, ela lhe parece sempre envolvente. Com madeixas ruivas e penetrantes olhos azuis, essa mulher tem o poder de desestabilizar o mulherengo jogador. Uma garota aventureira, cheia de complicações, que vira a cabeça do rapaz de pernas para o ar. Na presença de Kat, Lyon mantém a fachada de predador, sempre no estilo caça, vendo a jovem com uma presa fácil. No entanto, lá no fundo, o rapaz, enfrenta todas as sensações até então desconhecidas, se mostra inseguro, possessivo e deslumbrado por sua primeira paixão. Forte e certeira.


(...)
Ele subiu os dedos nas coxas, acariciou a barriga e pélvis com a palma. Ela retesou, vacilando no desafio. Nicholas tirou o tênis, desfez da calça jeans e deitou ao seu lado. Não perderia tempo. Exorcizaria essa frustração sexual. Pairou sobre ela e desceu a boca na sua, separando seus lábios com a língua. Ela recebeu-o e moldou-se a ele, quente e macia. Leãozinho sentiu o cheiro de fêmea no ar e eriçou-se, animando-se pelo promissor banquete.


O que Nicholas/Lyon não fazia idéia era que ambas as mulheres, tinham mais em comum do que ele poderia imaginar, elas, mesmo com personalidades opostas, nutriam um sentimento forte por ele.


(...)
Ela suspirou, pôs a palma da mão em seu rosto e o fez olhar para ela. Nicholas assustou-se com a intensidade que viu. Ela lhe olhava com entrega, com ... Paixão?


Eu sou suspeita em falar, pois vejo Bia Braz como sendo a melhor escritora nacional do momento. Dupla Personalidade é uma trama com um enredo extraordinário, uma história extremamente bem arquitetada e muito bem escrita. A narração é fluida e muito carismática. Não esperava algo diferente da minha dileta autora.
Adoro o mistério que envolve a trama, o romance, que ao mesmo tempo é forte e paira no ar. Cada capítulo bem explicitado, só aumenta o interesse em desvendar mais e mais. Um romance único, gostoso e safado, sem apelar para termos vulgares, tudo dentro de muita elegância e bom gosto, sem ferir a boa e velha índole do leitor. Em cada trecho é notável o quanto a autora descreve todos os detalhes com a mente e o coração aberto, disposta a transmitir valores, aquilatando o lado humano, sensível e tolerante para com o próximo, independente de raça, cultura, cor ou profissão. Uma história que engloba também o preconceito que existe na coletividade e mostra que até as pessoas que mais têm a perder, podem tentar abalizar a diferença.
DUPLA PERSONALIDADE vivencia o poder da renúncia e do sacrifício, em nome daqueles que amamos. E isso não aponta um final triste ou deprimente, e sim, a superação de conflitos e a união entre pessoas, que juntos descobriram um só interesse. Amar,amar e amar...

Conchego das Letras 17/08/2016

Resenha Completa
Vamos de A protegida na resenha de hoje? Siiiim!

Este é o primeiro livro da autora Bia Braz que leio. A autora foi no caminho inverso das tendências atuais... No lugar de fazer três livros curtos e chamar a obra de trilogia, escreveu livro único dividido em três parte.

Conheceremos três personagens principais preparando-se para o que o "futuro" os reserva.

Nicholas Spencer é o astro do futebol americano da universidade, com pretensão de atingir a grande liga. É mulherengo, irresponsável, tem o hábito bizarro de bater papo com o próprio pênis e é emocionalmente afastado de todos, mas adorado mesmo assim. Kat é uma garota que só quer se divertir e aproveitar o último ano de liberdade. Não quer amarras e literalmente enlouquece a mente de Nicholas com suas evasivas. Lisy, minha personagem favorita, é a "muçulmana da escola", que sofre um preconceito absurdo, que chega a colocar a vida dela em risco. É uma personagem madura e consciente de que toda escolha na vida gera uma consequência. Suas frases e lições de vida são maravilhosas.

Spencer, mesmo sem querer, acaba envolvendo-se de forma diferente com as duas personagens. Uma ele deseja fisicamente de forma ardente, a outra sente uma necessidade primal de proteger.

Com o desenrolar da história vamos conhecendo mais a fundo os segredos de cada personagem e o que aconteceu para fazê-los como são. A vida de "suas garotas" é bem mais complicada do que ele jamais pôde imaginar e determinadas atitudes pode gerar consequências drásticas.

Com a vida ameaçada, os personagens precisam lutar contra o tempo para colocar atrás das grades aqueles que podem ceifar suas existências.

Vivi relação de amor e ódio com os personagens, principalmente aquela feminina a partir da parte 2; morri de saudades dos conselhos cabeça de Lisy, que ao meu ver foi "sumindo" com o passar das páginas, sobrando apenas uma sombra de si. Ainda assim, não consegui parar de ler.

Em A Protegida veremos temas pesados como os reflexos de um atentado na família do falecido, o medo de amar, e o preconceito religioso tratados de forma leve e bastante simples.

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