O Conto das Lendas - Os Dias Esquecidos

O Conto das Lendas - Os Dias Esquecidos Tiago C. F. Ramo




Resenhas - OS DIAS ESQUECIDOS


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Tiago.Ramos 19/08/2016

de Atraentemente
Todo o livro é muito bem elaborado e embasado em mapas, línguas, costumes e bandeiras de cada povo. Tudo é tão rico em detalhes que conseguimos imaginar cada cenário e, rapidamente, nos transportamos para dentro do universo proposto. É muito rica a construção dos personagens e ambientação. O autor consegue desenvolver início, meio e fim de forma magistral. Nos apaixonamos por cada personagem e sofremos em cada desfecho.

Tiago consegue encantar o leitor com uma narrativa dinâmica, um universo grandioso, um enredo complexo e bem estruturado. Para quem gosta de fantasia é uma super dica de leitura. Espero que gostem tanto quanto eu. E já estou ansioso pelo próximo volume.


site: http://www.atraentemente.com.br/2016/08/resenha-os-dias-esquecidos-tiago-cf.html#more
Tiago.Ramos 26/08/2016minha estante
Do Palavras Radioativas.

Durante a semana que se passou, eu tive a oportunidade de ler O Conto das Lendas ? Os Dias Esquecidos, primeiro livro da série O Conto das Lendas, e sem dúvida alguma, não foi nenhuma perda tempo.
O livro possui uma premissa bastante audaciosa, logo de início somos apresentados a Umë, o único e seus filhos e filhas, os Gloriosos. É importante avisar nesse ponto que se você busca uma leitura simples e rápida você está no lugar errado, O autor criou uma história complexa e rica em detalhes e o leitor terá que ler o livro com bastante dedicação, o que não minha opinião, é obrigação de qualquer leitor. Prosseguindo, o narrador em terceira pessoa nos leva através do tempo e das eras, passando por toda a história maravilhosamente criada por T. C. F. Ramos. Vemos os dias dos Gloriosos chegarem e partirem, vemos o surgimento das lendas, e posteriormente dos humanos, elfos e anões, e como todos se entrelaçam.

Temos Esaroth, a Lenda do medo (e posteriormente da Escuridão) que sem dúvidas é o principal antagonista da história. Sua jornada das trevas, de vítima a vilão, sem dúvidas é um dos meus pontos favoritos do livro.

Existe algo que é muito relevante de ser dito. A história é praticamente contada inteiramente através da narração, são poucos os diálogos no livro. Entretanto isso não desqualifica nem a história e nem como é contada. Cada capitulo aqui se passa em um determinado tempo após o final do anterior, e todos eles possuem uma duração razoável, o que isso significa? Que se você acredita que a leitura é maçante, você sempre pode fazer uma pausa entre os capítulos.

Ressalto agora a criatividade do autor para trazer uma roupagem nova para os já conhecidos elementos da fantasia como os elfos e os anões. Aqui você não verá elfos sendo o ápice da perfeição e tudo aquilo que deve ser almejado e invejado, eles também são pessoas, com sentimentos e nuances muitos bem escritas. E os inimigos então? Esqueça o preconceito de tropas de goblins e trolls com personalidade opacas e mal desenvolvidas, as vezes sem nenhuma inclusive. Nessa história cada criatura conta, independentemente de sua importância para o desenvolvimento da história. E isso é ótimo.

Então, fica a dica, na próxima vez que quiser entrar no mundo medieval e de fantasia, este livro é o que você procura.




Evandro.Atraentemente 19/08/2016

O Conto das Lendas - Os dias Esquecidos
Os dias esquecidos, do autor Tiago C. F. Ramos, publicado pela Editora Kiron é o primeiro livro da saga O Conto das Lendas. Diante de vários autores que se aventuraram em escrever uma estória de fantasia, Tiago se destaca, por ser um apaixonado pelo tema e pelo universo que criou. Grande admirador do trabalho de Tolkien, ousou colocar nas páginas de um livro seus próprios personagens. Tenham a certeza: ele não é apenas 'mais um'.

"Deste dia em diante uma nova Era surgiu, a Era dos Dias Esquecidos. Essa foi a Era das lendas e de seus feitos. Esse é o começo do mundo das criaturas e de seus feitos na terra."

No início existia apenas Üme, o Único. Ele era senhor de tudo e foi dele as primeiras criações que possibilitaram a origem de tudo o que há no mundo. Foi ele quem trouxe à vida os Eirunish, ou poderosos, seus oito filhos, cada um com suas características. Ëlonder, era pai das luzes e aquele que mais aprendia com o pai; Dorandor, o pai do caos e senhor da escuridão; Adera, a senhora do futuro; Sjerasvananna, a senhora da pureza; Hjelondur, o sábio; Hordar, o senhor da vida e da morte e Jorder, o senhor da terra e do fogo.
Então Üme lhes mostrou o grande Intento, que era o desejo de um mundo físico e de seres viventes, ao qual deveriam criar, cuidar e zelar. Passaram a criar coisas fantásticas, as estrelas e o universo, mas perceberam que Dorandor, não conseguia participar da criação. Como senhor do caos, destruía tudo o que tocava. Sem entender sua importância dentro do grande Intento, Dorandor se isolou, roubando uma estrela, e criando uma arma perigosa, que nenhum dos sete jamais ousou tocar, iniciando assim um tempo de batalhas entre as trevas e a luz. Dorandor, também chamado de Skaaldor, criou um exército de sombras, criaturas vorazes, para destruir tudo o que os irmãos construíram. Mas isso seria apenas o começo!

"O medo é um inimigo grandioso que pode ser ainda maior, se alimentado.
Peguem suas espadas e lutem!"

Eles mandaram seus filhos ao mundo para que lhe dessem forma, mundo este recentemente criado. Eram criaturas fantásticas que não envelheciam, com um caminho de luz pelo qual juraram lealdade. Dessa forma surgiram as lendas, que vieram a se unir e ter filhos que prestavam novos juramentos.
Esaroth, neto de Skaaldor, era uma dessas lendas. Diante de uma grande revolta, ele busca a origem de seus antepassados, trazendo ao mundo o caos e as criações do grande Dorandor. De posse da poderosa espada pertencente ao avô ele fica ainda mais poderoso e luta para dominar todo o novo mundo.
Com os lendários a proteger a criação, surgiu a vida em meio a tanta beleza. Mais tarde, as lendas deram vida aos elfos, homens e anões, que ao longo do tempo se espalharam, habitando vários cantos da terra, formando clãs e povoados.
Esaroth construiu um grande exército de criaturas terríveis: Orques, Goblins, Ogros, Trolls, dragões, harpias e gárgulas. A mais temida e mortal dessas criaturas era Badalsir, uma mistura de homem com touro.

"Tendo chegado o Cervo Sagrado com uma flecha na boca, uma flecha de cristal, levantou-se e tomou a flecha de modo que recebeu como missão de sua mãe Elora, a morte de Badalsir."

Muitos elfos, seduzidos pela promessa de mais sabedoria feita pelo grande vilão, abandonaram seu povo e suas raízes. Eles são conhecidos como elfos negros. Muitos heróis também serão apresentados, um deles é Antharandor e seu cavalo Sjeraser, presente de Elora, a protetora do bosque sagrado. Veremos como ele se tornou um homem abençoado pelas lendas depois de ver sua esposa morrer pelas mãos de um goblin. Ele é apenas um dos heróis que irão travar grandes batalhas tentando libertar o mundo do mal.
Veremos o nascimento e ruína de cidades inteiras. Destruição e separação das raças. Eram tempos obscuros e de futuro incerto.

"Os últimos blocos de orques fugiram, voltando de onde vieram. Foi um massacre. Ishiids e anões destruíram todos eles."

Todo o livro é muito bem elaborado e embasado em mapas, línguas, costumes e bandeiras de cada povo. Tudo é tão rico em detalhes que conseguimos imaginar cada cenário e, rapidamente, nos transportamos para dentro do universo proposto. É muito rica a construção dos personagens e ambientação. O autor consegue desenvolver início, meio e fim de forma magistral. Nos apaixonamos por cada personagem e sofremos em cada desfecho.
Tiago consegue encantar o leitor com uma narrativa dinâmica, um universo grandioso, um enredo complexo e bem estruturado. Para quem gosta de fantasia é uma super dica de leitura. Espero que gostem tanto quanto eu. E já estou ansioso pelo próximo volume.

site: www.atraentemente.com.br
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Maria - Blog Pétalas de Liberdade 20/08/2016

Resenha para o blog Pétalas de Liberdade (acesse o blog para ver fotos de detalhes da edição)
"Os dias esquecidos" é um livro de fantasia, que começa quando Üme, o (literalmente) "Único, o senhor de tudo" deixa a cargo de seus oito filhos o seu "Intento", a missão de criar tudo o que há no universo e no mundo. Cada filho tinha uma qualidade, um dom especial, mas dois são especialmente importantes para a trama: o mais velho (Ëlonder) era cheio de luz, e o segundo (Dorandor, também chamado de Skaaldor) era o senhor da escuridão. Sabemos que precisamos do dia e da noite, da claridade e das sombras, mas o papel de Dorandor na criação não foi bem compreendido pelos oito irmãos, o que fez com que ele se separasse da família e, consequentemente, comprometesse a criação do mundo em perfeita harmonia.

"Ele saiu das profundezas de sua casa caótica e entrou novamente no meio do universo. Desta vez ele teve maior decepção porque maiores eram suas expectativas. Tão belo aos seus olhos eram as obras do caos que Skaaldor jamais imaginava que seriam tão diferentes das obras do universo e por isso houve nele um sentimento mal. Saiu do meio das estrelas de luz e disse:
- Por que não consigo copiar essa obra? Amaldiçoado seja o trabalho de suas mãos!" (página 25)

Tempos depois, um de seus descendentes, Esaroth, não se conformava com a situação enfrentada por seus pais, especificamente com a tarefa que seu pai tinha que cumprir e que o afastava de sua mãe, e para tentar reverter a questão, acabou fazendo coisas que não deveria e se perdendo de seu caminho, assim como Dorandor. A partir daí, Esaroth viveu para destruir tudo o que os sete tinham construído, mais especificamente para destruir os seres criados: humanos, elfos e anões. Porém, as três raças não aceitariam sua destruição, e lutariam ao longo das eras para se livrar do mal que Esaroth queria causar (e como ele, por não ser de nenhuma das três raças, não podia destruí-los com as próprias mãos, criou seu exército com orques, goblins, trolls, ogros e outras criaturas do tipo). Humanos, elfos e anões também tinham aliados na batalha, contando, em algumas ocasiões, com o auxílio de seres que causavam tempestades, ventanias ou concediam presentes especiais.

"Era a hora de retomar a terra e de combater o monstro escuro que havia tomado os humanos como escravos." (página 206)

O autor é fã do escritor J. R. R. Tolkien, que escreveu O Senhor dos Anéis, O Hobbit e O Silmarillion, e criou a Terra Média; ao que parece, Tolkien foi a maior inspiração do Tiago para criar o universo onde se passa "Os dias esquecidos". Eu ainda não li nada do Tolkien nem vi nenhum filme inspirado em suas obras, por isso não posso falar com certeza, mas pelo que pesquisei e pelas resenhas que já li, o Tiago procurou também usar essa inspiração na forma de escrever, de contar a história. "Comum" não é um adjetivo que serve para a escrita de Tiago, pois parece que ele planejou exatamente quais palavras usar, e há o recurso da retomada de ideias com outras expressões em um mesmo parágrafo, para reforçar o que está sendo passado.

Achei muito interessante a forma como a criação do mundo foi descrita, juntando coisas que eu já tinha visto em Gênesis (na Bíblia) com outras histórias da mitologia grega de um jeito totalmente novo e que não deixava nenhuma ponta solta, as explicações que ele deu para o surgimento do sol e da lua, por exemplo, me deixaram admirada pela criatividade dele.

A trama do livro se passa em mais de dois mil anos, então, alguns personagens vão cedendo lugar a outros conforme o tempo vai passando, e mencionando que outra inspiração do autor é o George R. R. Martin e que há muitas, mas muitas mesmo, cenas de luta e batalhas sangrentas, já estejam preparados para ver muita morte.

Outra coisa que achei interessante, foi como humanos, anões e elfos foram descritos: a raça humana com indivíduos bem diferentes entre si e, algumas vezes, sendo cegados pela ganância; os anões apaixonados pelas pedras e riquezas que haviam no subsolo e os elfos mostrados como seres mais preocupados com a sabedoria do que com as coisas do mundo. Nem sempre os três se entendiam.

Sobre a edição: a capa tem uma certa relação com a destruição causada pelas batalhas sangrentas, as páginas são brancas, a diagramação tem margens, letras e espaçamento de bom tamanho. O livro foi revisado pelo próprio autor, que merece um elogio por ter deixado passar pouquíssimos erros (muitas editoras grandes não fazem um bom trabalho assim). No final do livro, há um apêndice com várias informações interessantes, inclusive sobre o idioma criado pelo autor e um mapa.

Enfim, "Os dias esquecidos" é um livro para se ler sem pressa; provavelmente vai ser interessante para os fãs de Tolkien e para quem gosta de fantasia, de livros com seres mitológicos como dragões, fadas, elfos e muitos outros, além de lendas tão geniosas quanto os deuses gregos. Destaco um último ponto que me agradou: alguns diálogos bem humorados que davam um pouco de leveza em meio a tantas batalhas.

"- Pelos Sete, você é desprezível.
- Sim, eu sei que sou. Mas numa cidade onde todo mundo vai morrer, quem se importa com a honra? Ninguém vai ficar vivo para me condenar!
(...)
- Tudo bem, tudo bem. Assim: tem um jeito de entrar lá e ver o rei, mas só com uma condição: devem me dar algum ouro. Vocês são nobres. As roupas, cabelos, maquiagem - ao que os elfos olharam com insatisfação para ele -, certo, sem maquiagem." (página 250)

site: http://petalasdeliberdade.blogspot.com.br/2016/08/resenha-livro-os-dias-esquecidos-t-c-f.html
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Marcia Lopes 20/09/2016

Dia de caos
Eu não sei quanto a vocês, mas quando criança, ficava pensando que se Deus tinha criado todas as coisas, então por que quando eu perguntava de duendes, bruxas, elfos e outros, os adultos diziam que eles não existiam, que eram inventados pelos homens, mas nos amedrontava com monstros como Bicho papão, Sapo sunga e outros?

Como podia isso, se foi Deus quem criou tudo? E foi aí que esse livro me pegou “Os dias Esquecidos”. Começa como uma gênese do que autor imagina da criação do mundo. É um livro que amei o enredo, recomendo com certeza, e pra quem é fã de “O Senhor dos Anéis”, as batalhas são tão boas quanto.

Contudo, preciso advertir que não é um livro fácil e rápido de se ler, pois quase não tem diálogos e os nomes são difíceis de pronunciar e guardar. Mas só ´pra vocês terem uma ideia, o autor criou um idioma, coisa que achei genial, ele recriou o começo do mundo com maestria. E só me deliciei, embora ainda não tenha aprendido a língua. rsrsrs Calma, ele ensina.

Agora que vocês já sabem minha opinião, vamos ver se consigo descrever um pouquinho desse incrível livro.

No começo havia somente Üme, o vazio, e somente ele brilhava. Aos poucos ele foi criando coisas, criou uma expansão de nuvens e oito poderes, oito lendas, seus primeiros filhos.
Elonder, pai das luzes
Dorandor, o pai do caos, ele deveria ser o equilíbrio.
Adera, a senhora das profecias, sabia o passado, futuro e presente. Uma vidente.

Sejrasvaranna, a senhora dos ventos, águas e cores
Jësindur, o pai da justiça
Hjelondur, o senhor do conhecimento e sabedoria
Hordar Ördnesher, o pai da vida e morte.
Jorder, o pai da terra e do fogo.

Dorandor era o único que se sentia só, e mesmo que não estivesse ou fosse só, sentia-se preterido, pois enquanto os sete criavam coisas maravilhosas, ele, tudo que tocava, destruía. Então foi se afastando e consumido em inveja e, desapareceu no universo.

Os outros sete, mesmo com interferências de Dorandor, continuaram seu trabalho com a criação do mundo. Criaram um paraíso.

Esses foram criados por Üme, que no fim ficaram apenas “Os Sete” como são conhecidos e os demais são criação deles. (os sete)
Pouco podem interferir entre as guerras, mas com suas bênçãos sagradas aos heróis, eles fazem coisas grandiosas.

Mas o bicho pega quando Esaroth, o vilão dessa história, neto de Caos, que a priori era um dos seres mais lindo de se olhar, começou a pensar maldades e a criar coisas estranhas. É dele que vêm os Globins, Ogros, Trolls, gárgulas , dragões e muito mais.
Ele chegou a sequestrar um dos homens e fazer dele uma de suas criações mais temidas. Badalsir este foi o nome que ele deu a sua cria.
Nessa época já existiam os Elfos, Homens, e Anões. Elfos e anões nunca se deram bem, se juntaram em algumas batalhas, porém a amizade sempre era desfeita.

Os Elfos eram a raça que mais tinha conhecimento sobre todas as coisas. Eles tentavam interação com todos os outros seres, inclusive com os homens, embora lhes passassem o mínimo de conhecimento possível, pois os homens eram ignorantes e sempre usavam o que aprendiam contra eles mesmos.
Os anões sempre agiram por conveniência e assim como os homens, não eram de muita confiança. Eu senti um certo desprezo por eles.

Quanto a Esaroth, este queria o domínio do mundo. Ganhou muitas batalhas, matou pessoas queridas, personagens que eu amava . Mas o bacana é que de uma forma ou outra ele sempre saía humilhado. Por fim, há uma trégua. Esaroth se recolheu, mas tem um trunfo nas mangas que ainda não usou. E com certeza no próximo volume ele virá com toda fúria.

No final do livro tem toda uma explicação com mapa de como ficou o continente entre as raças e como entender a língua. Há detalhes interessantes que fazem você entender melhor a história da criação e especular sobre o que virá depois.
Gente, vocês não têm ideia de como o livro é bárbaro! Se eu for contar mais vai ter spoiller. Eu me emocionei com os romances no meio dessa “guerra” e com as separações das raças. Senti muito com a perda dos heróis. Apaixonei-me pelos negros.
O autor vai me odiar agora, mas não consigo sentir raiva por Esaroth.

Leiam o livro e depois me falem. O Autor tem uma cabecinha hilária e apaixonante.

Agora assistam a entrevista e espero que curtam assim como eu.

site: http://www.mundoliterando.com.br/resenha-e-entrevista-os-dias-esquecidos-tiago-ramos/
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Silvana 29/10/2016

Nos dias gloriosos, havia apenas um Deus no mundo, Umë. Ele era o senhor de tudo. Mas depois de uma era inteira, ele trouxe a vida aqueles a quem chamou de Eirunish, ou poderosos, seus oito filhos. O primogênito era Ëlonder, pai das luzes. Ele veste-se de branco. O segundo é Dorandor, pai do caos e senhor sobre a escuridão. Sua cor é o negro. A terceira é Adera Welonlaen, a senhora do futuro e sua cor é o púrpura. Dentre os oito ela é a mais próxima de seu pai. A quarta é Sjerasvaranna, a senhora da pureza e veste-se de todas as cores. O quinto é Jësindur, o justo. Ele usa uma coroa de ferro, um peitoral de ouro e uma capa azul. O sexto é Hjelondur, o sábio e sua roupagem é como ouro sob o Sol. O sétimo é Hordar Ördnesher, senhor da vida e da morte e usa uma armadura de ferro e prata. E o oitavo é Jorder, senhor da terra e do fogo. Veste-se como um ferreiro e sua pele é cinza.

Por eras Umë ensinou tudo a seus filhos e lhes deu a saber seu maior desejo, o Grande Intento. Até o dia em que elevou-se, para onde somente os oito podem entrar com o próprio desejo dos seus corações. Então os sete iniciaram a criação. Dorandor não pode tomar parte disso porque tudo o que ele tocava era destruído. E essa separação acabou por culminar em uma guerra entre eles. Umë precisou intervir e Dorandor foi julgado e condenado. Ele já não é mais um dos oito e a partir daquele dia ele ficou conhecido como Shaaldor. Ele foi condenado ao sono eterno e suas duas filhas, as primeiras lendas, criadas para a batalha, se tornaram a noite e a sombra. Desse dia em diante uma nova Era surgiu, a Era dos Dias Esquecidos. A Era das lendas e de seus feitos. Novecentos mil anos depois chegamos até os dias do grande rei Eiruvf.

As lendas são os filhos dos poderosos. Conhecemos então Esaroth, uma das lendas. Ele odeia todas as lendas por causa da maldição de seus pais. Skijelder e Leilanna sofrem por não poder ficarem juntos. Ele é o dia e ela a noite e estão condenados a nunca se encontrarem. Esaroth então pensa numa forma de se vingar e como neto de Shaaldor, ele pensa em manipular o caos. Mas ele não é forte o suficiente e toda a sua beleza acaba indo embora no processo e foi o primeiro de todos os orgron, ou seja, o primeiro a se tornar um monstro. Então ele pensa em usar a espada de seu avó a Ördenillhjeld e consegue roubá-la, mas ele não tem poder em si mesmo para usar a espada como fez seu avô. Ainda assim ele tenta sua vingança, mas é derrotado e foge. Mas ele não desiste de se vingar e espera anos por isso até a criação dos menores, os elfos, homens e anões. Será que dessa vez ele será vingado?

Sou muito fã de livros de fantasia, por isso não hesitei em aceitar a parceria sugerida pelo autor. A sinopse do livro é atraente para quem é fã do gênero. A primeira coisa que me chamou a atenção foi a narrativa um pouco diferente do que estou acostumada em ler. São raros os diálogos na história. Acho que uns dez por cento só que são diálogos, a história é praticamente toda contada em terceira pessoa por um narrador que só relata o que lhe contaram. E essa foi uma das coisas que mais me incomodou durante a leitura. Estou acostumada a livros de fantasia que realmente tem esse tipo de coisa no começo da história, mas é apenas uma breve introdução para o que virá. Só que quando percebi já estava na metade do livro e a narrativa continuava igual. Outro ponto foi que a história é muito arrastada, por vezes repetindo coisas que foram ditas duas páginas atrás. Essa repetição cansa a leitura que já não é muito ágil.

Outra coisa que me incomodou foram os capítulos enormes. Eram meia hora de leitura cada capítulo. E sem falar no monte de personagens com os nomes diferentes e eu tinha que parar e pensar antes de ligar o nome à pessoa. Não sei se alguém aqui tem o costume de ler a Bíblia, eu tenho, e apesar do autor dizer que tem muito do Tolkien no livro, achei que tinha mais da Bíblia do que do Tolkien hehe. Fora a parte toda da criação do mundo, por vezes me lembrei das passagens da Bíblia quando o autor terminava uma frase dizendo: "e eles chamaram esse lugar de ..." ou quando dizia:"Fulano morreu aos tantos anos. Seu filho tinha tantos anos quando subiu ao trono. Assim se deram os dias do reino de fulano." Mas enfim, o livro não funcionou pra mim, mas como cada um tem um gosto, pode ser que você ame ele. E não posso deixar de citar uma coisa que amei no final do livro, o apêndice, o autor deu explicações para várias coisas, desde a língua utilizada até a uma ordem cronológica dos acontecimentos.


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Carlos.Felipe 27/03/2018

Um Silmarillion Nacional
O Inicio dos Tempos! A criação de tudo e de todos, um mundo gigantesco se apresenta diante dos olhos de um leitor sedento por guerras, intrigas, conspirações e principalmente por aventuras. Homens, elfos, anões entre muitos outros, se apresentam de maneira singular e unica, onde podemos destacar a magnifica e tamanha beleza trabalhada em suas linguagens nativas, fazendo com que suas identidades se consolidem ao longo de suas estórias. Vendo desta forma, parece que estamos falando do Silmarillion de J.R.R. Tolkien. Mas, não estamos. estamos falando da incrível obra O Conto das Lendas do autor Tiago C. F. Ramos. Que nos fascina ao nos apresentar esse mundo tão real quanto muitos outros. Um mundo onde os Deuses e demônios se enfrentam em uma batalha eterna pelo domínio e pela vida. Esses foram Os Dias Esquecidos.
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