Renata 16/10/2010Stray é um livro de fantasia que te apresenta outro universo de personagens. Nada de lobisomens, vampiros, anjos ou seres sobrenaturais conhecidos, apenas gatos. Isso mesmo, G-A-T-O-S! Estranhei esse novo hall de “metamorfos”, mas conforme a estória é apresentada, é impossível não se deixar levar.
Rachel Vincent cria uma nova “onda” de seres sobrenaturais, criando um mundo particular com características singulares. Uma raça que possui o dom de se transformar em gatos, conhecidos como werecats ou shifters (nome da série), não são gatos domésticos e nem felinos de grande porte, mas uma pantera negra (não existem panteras negras, daí o porquê da descrição ser única).
Antes de se aventurar a ler o livro é importante se familiarizar com conceitos básicos que regem a história:
•Werecats ou shifters – são gatos nascidos, ou seja, humanos que possuem o dom de se transformarem em gatos, por terem origem de outros gatos (herança genética);
•Extraviados – homens-gatos (quando um gato morde ou arranha um humano e transmite a ele os genes da raça) ou gatos-selvagens abolidos do Orgulho, que vivem isolada e solitariamente em uma área destinada para eles;
•Orgulho – ordem “governamental” que rege os gatos, basicamente como um Governo, que dita às leis, fronteiros e formas de comportamento aceitáveis para seus membros. Prega a justiça e a ordem em seu território.
Em torno dessa temática que a estória de Stray se desenrola.
Faythe Sanders é uma jovem universitária que fugiu de casa rumo ao Texas há cinco anos, buscando liberdade e uma forma de fazer as suas próprias escolhas na vida. Depois de tanto evitar retornar para Louisiana, Faythe é obrigada a encarar sua família e a enfrentar a dura realidade: seu mundo não é tão seguro como sempre aparentou.
Tentando buscar alternativas para contornar sua origem, Faythe aparenta ser uma garota normal, mas por trás de sua aparência inocente, está uma felina natural, uma gata, membro do Orgulho presidido por seu pai, e umas das poucas gatas da espécie, o que a torna rara e muito importante.
O livro inicia quando Faythe nota a presença de um Extraviado na sua Universidade, um local dentro do Orgulho ao qual é ligada. Estranhando esse fato, Faythe vai atrás do sujeito buscando explicações. Mas depois de ser atacada e conseguir reagir e expulsar o Extraviado encontra-se com Marc, seu ex-namorado e braço direito de seu pai no comando do Orgulho, que está na Universidade para levar-lhe de volta a sua casa.
Contra sua vontade, mas obrigada pela ordem de seu pai, Faythe retorna a fazenda de sua família e cede do Orgulho, onde descobre o real motivo de seu retorno: uma gata do Orgulho vizinho foi seqüestrada por um Extraviado!
Desviando de todas as possibilidades de sucesso, o seqüestro de uma werecat foge a realidade da segurança tão prezada pelo Orgulho, além de atingir o elo mais vulnerável da raça: as gatas são as responsáveis pela procriação da espécie e estão destinadas a casamento e atribuições no Orgulho.
Diante de um cenário terrível, Faythe precisa combater seus medos e desejos, balanceando o futuro que sempre imaginou para si e o futuro que lhe é destinado por natureza. Numa mistura de emoções e sentimentos, Faythe deve descobrir qual rumo tomar com relação ao arrogante Marc, ao sedutor Jace e ao humano Andrew.
Numa trama de aventura e mistério, Faythe terá que provar seu verdadeiro destino e fazer uma escolha que mudará o rumo de sua vida. O destino de sua raça e de si mesma encontra-se ameaçada por um grupo de selvagens com apenas um objetivo: seqüestrar gatas! E qualquer erro, pode levá-la a conseqüências terríveis!
Stray é um livro de ação, com mistério e aventura do início ao fim! Ele fala sobre destino, responsabilidade e os objetivos maiores que temos na vida. A estória mostra a construção da personagem Faythe, o seu amadurecimento e a aceitação de sua natureza. Apresenta os conflitos que tem ao aceitar a si mesmo, ao ter de fazer as escolhas certas e de encarar os sentimentos que nos guiam.
Um livro sobrenatural, sem romances exacerbados, mas digno de uma reflexão do caráter humano, como poucos! Vale à pena ler!
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@remallmann