Carina 09/02/2019
Surpreendente
Quando comprei esse livro não achei ele muito empolgante, por que o tema do filho pródigo sempre é pregado e é bem conhecido por mim pessoalmente. Comprei pela boa crítica que teve. Muito bom, uma leitura maravilhosa. E o foco na maior parte do livro é na questão de família.
No filho pródigo temos um pai e dois filhos. Um filho pede sua herança estando o pai ainda vivo, o outro fica com o pai. O filho mais novo faz viagens, curte os prazeres que essa vida e a riqueza podem lhe proporcionar e acaba pobre, trabalhando para sobreviver sonhando comer a lavagem dos porcos que cuidava. Então, ele resolve pedir ao pai para lhe dar um emprego já que seu pai é um bom patrão. O foco é o reconhecimento do erro e o retorno ao lar.
O outro filho aparentemente ficou com o pai, mas na verdade ele inveja o irmão. E não quer o pai, só está tão preso às convenções que simplesmente se acha bom demais para deixar o pai. Tanto trabalho, tanto esforço pra quê? Ele está com o pai por obrigação, não por amor. Está perto mas distante.
Finalmente é isso, um pai com dois filhos distantes, um consegue tentar outra coisa e acaba percebendo que seu pai é isso tudo. O outro nunca se aventura, nunca erra, mas está em um erro que não consegue perceber e corrigir. Com certeza o filho mais velho é um Caim, é um homem que não sabe o que está fazendo errado, por que não acha que está fazendo algo errado. Portanto, não consegue ver a preciosidade do seu pai.