carolmureb 10/05/2021
Quando este livro foi lançado no Brasil, há uns 5 anos, foi fenômeno. Todo mundo o indicava. Resolvi não lê-lo no momento "da fama", sabia que o leria, no momento certo. Li outro livro do Halík, "Toque as feridas", maravilhoso. Comprei os outros e deixei na estante. Chegou a hora do famoso "A noite do confessor", um convite a uma fé cristã de "segundo fôlego", mais profunda e, por isso, mais integrada, superando a ilusão e a superficialidade da "crença" em "dois mundos". A fé cristã é apresentada como paradoxal, afinal, seu núcleo é a vitória mediante a derrota, uma derrota não imposta, mas assumida. O livro é muito bom: faz pensar e quase joga a gente numa crise, mas como ele mesmo afirma "Estou profundamente convencido de que não devemos ocultar as nossas crises. Não devemos escapar nem esquivarmo-nos delas. E também não devemos deixar que nos assustem. Só depois de termos passado por elas poderemos ser "remodelados" num estado de maior maturidade e sabedoria" p. 20.
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"O amor é a única força que unifica as coisas sem as destruir" p. 57.
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"A tragédia da cultura ocidental moderna foi ter caído vítima da ilusão (largamente partilhada tanto por crentes como por não crentes) de que é facílimo falar acerca de Deus" p. 71.
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"Deus não nos arrebatará a liberdade e a responsabilidade que estão associadas à nossa escolha" p. 77.
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"Se consegues entender (e até "provar"!), podes ter certeza absoluta de que não é Deus" p. 82.
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"A fé consiste na orientação da nossa existência, das nossas atitudes básicas nesta vida, não no que forjamos ao nível superficial da nossa mente, onde residem as nossas noções e as nossas opiniões" p. 93.
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"A fé é o que está implícito naquilo que você faz e nas atitudes que adota!" p. 93.
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"A humildade e a verdade libertam e curam" p. 109.