O Santuário

O Santuário Jim Martin




Resenhas - O Santuário


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Kaah Vicente 02/03/2021

Breve e profundo
Esse é um livro de leitura rápida, porém profundo. Ele engloba um assunto muito importante: a espiritualidade.
Somos apresentados a três personagens: Mark um homem de 30 anos, formado em arquitetura e que trabalha como faz-tudo em um monastério; Anne uma contadora de 40 anos, divorciada e que perdeu seu filho; e Paul um padre que "administra" o monastério e conversa bastante com os outros sobre Deus.
Enquanto Mark e Anne vivem como pessoas normais que buscam algo a mais, Paul vive o que seria tido como mais próximo de Deus, mas as coisas não são bem assim.
Eu gostei muito do livro, das falas e questionamentos dos personagens, e do quanto é fácil se indentificar com eles. Eu leria facilmente mais páginas sobre a vida desses personagens.
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Edméia 16/09/2020

*A busca de um sentido para a própria vida ou uma orientação espiritual !!!
Este livro conta a história de três pessoas : Mark, um arquiteto frustrado ; Anne , uma mãe angustiada e Paul , um padre que se torna abade e sempre está questionando sobre a sua própria vida no monastério !

A história se passa na cidade de Filadélfia, a segunda maior cidade do estado da Pensilvânia nos Estados Unidos.

Gostei muito da pessoa do padre e abade Paul ! Ele é sensacional !!!

Nas orientações dele para Mark e Anne, a gente se depara com muitos esclarecimentos para algumas de nossas indagações sobre Deus, a igreja católica e a vida monástica !

Mark, trabalha como o "faz-tudo" no monastério ! Ele é arquiteto ! Todavia, sua paixão está na atividade de carpintaria !

Anne é contadora e possuiu pais religiosos, frequentadores do monastério ! Anne mora sozinha e sempre chora a morte do filho Jeremiah que faleceu por causa de um acidente no trânsito !

Padre Paul teve uma vida normal antes de se formar na faculdade e optar pela vida religiosa !

O livro possui apenas 203 páginas e uma linguagem fácil, tranquila, suave !

Deixo aqui, alguns trechos que eu destaquei durante a minha leitura :



*Anne :



*Capítulo 18 - "Não tenho certeza se ainda acredito em você, mas quero lhe dizer algo mesmo assim. É o seguinte : não entendo por que tirou o Jeremiah de mim. Por que o tiraste deste mundo. Por que o fizeste morrer da forma como ele morreu. Por que ele morreu e por que os outros garotos sobreviveram. Não que eu quisesse que eles tivessem morrido. Mas eu queria que meu filho estivesse vivo. Jamais entenderei isso. Jamais. Ele era um garoto tão lindo. Quando era pequeno, ele tinha o riso mais doce. Era o som mais lindo que jamais ouvi. Seu pai costumava dizer que deveríamos engarrafar suas risadas e dá-las a pessoas que estivessem tristes, porque aquela risada as curaria. "



*Mark :



Capítulo 17 - "As perguntas de Mark normalmente giravam em torno de dois assuntos : trabalho e relacionamentos. Seu azar na vida profissional - sua autoestima havia sofrido um golpe duro com a perda de seu emprego - parecia a preocupação maior de Mark . Mas para Paul , a questão mais profunda dizia respeito à sua solidão. Mark saia com muitas mulheres e, apesar de nunca falar diretamente sobre isso, dormia com muitas. Às vezes , ficava bêbado no centro da cidade e caía na cama de qualquer mulher que tivesse conhecido naquela noite. Paul rezava para que ele pudesse ajudar Mark a reconhecer que qualquer trabalho que ele fazia - seja como arquiteto, carpinteiro ou jardineiro - era valioso aos olhos de Deus. E que a essência da vida era amor e intimidade, e não conquistas sexuais aleatórias, por mais gostoso que o sexo pudesse ser."



*Padre Paul :



" - Fico feliz - disse Paul, reclinando-se em sua poltrona. - Pois este é o primeiro passo na oração : confiar que essas coisas que lhe acontecem vêm de Deus. Pense um pouco de que outra forma Deus poderia se manifestar a nós ? Na maioria das vezes, Deus se manifesta por meio de coisas cotidianas, como por meio de relacionamentos, trabalho, família e amigos. Mas às vezes, como você mesma descobriu no jardim e na capela, Deus se manifesta de modo muito pessoal. E sabe o que é maravilhoso ? Aqueles momentos foram feitos sob medida para você, Anne. Deus usa coisas de sua vida para falar com você : seu amor pela jardinagem, o chapéu de sua mãe, as luvas do seu pai. É um pouco como as parábolas."





" - Você conhece o velho provérbio - Edward disse, voltando para sua poltrona. - Estes sentimentos desaparecem apenas dez minutos após morrermos. Enquanto reconhecermos esses sentimentos e nos lembrarmos de que, como monges, não precisamos fazer o que eles pedem de nós, estaremos bem. E é importante conversar sobre isso com Deus em sua oração. Tenho certeza de que já lhe disse isso mil anos atrás durante o noviciado, mas esses sentimentos lhe mostram que você continua vivo. - O padre Edward encolheu os ombros e continuou : - Às vezes, é uma luta, é claro. Mas que vida não enfrenta lutas ? A chave é o amor. Enquanto sua castidade o ajudar a amar, você ficará bem. Pois isso é tudo que Deus quer de nós aqui : amor."





*A vida no monastério :



"Ela gostava da ordem em que tudo estava. Tudo parecia estar em seu lugar, bem diferentemente de sua casa - onde caixas e livros e roupas e documentos e arquivos se espalhavam por toda a parte. Aqui, todos os mantos brancos estavam pendurados em seus cabides, todas as panelas balançavam em seus ganchos na cozinha e todos os livros de oração vermelhos descansavam em suas estantes. A simplicidade do prédio também lhe agradava. Era grande, sem dúvida alguma, mas de alguma forma a arquitetura, com suas linhas claras e a quase total falta de ornamentos, espelhava a austeridade dos homens que viviam aqui. Os monges andavam próximos às paredes de tijolo quando passavam por ela, não no meio do corredor, como gesto de reverência aos espaços nos corredores amplos e uns aos outros. Ela gostava da aparência do jardim do claustro ao pôr do sol. Os galhos finos dos cornisos e das cerejeiras balançavam levemente na brisa de verão. "



"Agora, a igreja estava escura. A única fonte de luz era uma lâmpada de bronze perto do altar. Pelas janelas azuis entrava uma luz muito fraca, de modo que até mesmo durante o dia o interior da igreja permanecia às sombras. Anne foi até a pesada mesa de madeira que sustentava a imagem de Maria, que parecia estar olhando diretamente para Anne. Agora, a expressão de Maria parecia mais compassiva. Era curioso como a mesma imagem podia parecer tão diferente após você se familiarizar com ela. "



* * *





De zero a dez, dou nota 08 para o livro ! Não dou nove nem dez porque hoje, não mais me apetece este tipo de leitura ! Graças a Deus que o livro possui uma linguagem fluida e poucas páginas ! Eu já estava me irritando diante das lamentações de Anne ! Todavia, para quem gosta de livros sobre espiritualidade e do tipo autoajuda, recomendo !!!

*Observação : li livro fisico.



Guaratinguetá , Setembro de 2020.



site: www.mesadeestudo.blogspot.com
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Isa 10/05/2019

leitura leve e boa para refletir sobre assuntos que muitas vezes questionamos, até porque questionar é saudável. lição em forma de livro.
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Erika Augusto 23/01/2018

Simples e tocante
Um livro sensível, que aborda a relação com o sagrado, com muitas referências à espiritualidade inaciana. Gostei bastante! Uma leitura rápida, mas profunda.
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