Como Falam os Brasileiros

Como Falam os Brasileiros Yonne Leite...




Resenhas - Como Falam os Brasileiros


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nana 13/12/2022

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Muito bem feito para o gênero, gostei muito de ler sobre o que estou estudando agora, este livro é essencial para quem cursa letras. Um pouco de trauma porque quebrei a cabeça para fazer o trabalho sobre ele, mas já passa kkkkk um bj pra dinah e yonne
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anacarla.donascimento 19/01/2021

Como falam os brasileiros
Livro de extrema importância para conhecer o português brasileiro, assim como aprender sobre o que é preconceito linguístico, além de desfazer certo mitos sobre o conhecimento acerca da língua portuguesa. Nesse livro fica claro o porquê de não podermos fazer juízo de valor do tipo ?certo? e ?errado? no uso das inúmeras variantes linguísticas existentes no nosso país. Leitura importantíssima para aqueles que amam a língua portuguesa.
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Jackson 04/07/2013

RESENHA DO LIVRO “COMO FALAM OS BRASILEIROS”
O estudo intitulado “Como falam os brasileiros”, das professoras Yonne Leite e Dinah Callou, – que atualmente integram o corpo de bolsistas de produtividade do CNPq, tendo também, cada uma, vastos currículos nos âmbitos docente e científico, – corresponde a terceira edição de um das obras propedêuticas de análise contextual dos aspectos que constituem as formações e constatações dialetais preexistentes no nosso país, à luz da Fonética, Fonologia, Sociolinguística e da Geolinguística, áreas oriundas da Ciência da Linguagem, mas que apresentam enfoques distintos e que se associam e se firmam muito próximas nas abordagens alçadas pelas autoras, como também, fundamentam e endossam esse certame.
A obra, de setenta e três páginas, apresenta quinze seções, dessas, as quatro ultimas constituem o apêndice que vai desde as considerações cronológicas elencadas no livro, até os currículos das autoras.
Por um critério didático , o livro foi dividido em duas grandes seções que doravante serão referidas como “momentos”. A primeira vai da “Introdução” até o tópico denominado “Assumindo a Diversidade”. Já no segundo, as considerações são evidenciadas a partir de “O falar carioca no conjunto dos falares brasileiros”, até o final das discussões.
As autoras demonstram, dentro de um plano linguístico, a constituição dos falares do português brasileiro evidenciando as sutilezas da diversidade e unidade das produções orais desenvolvidas no nosso contexto de nação.
Leite e Callou (2005) introduzem sua produção elencando conceitos e discussões propedêuticas acerca de matizes linguísticas introdutórias, a saber que o entendimento esteja correlato a tais paradigmas. Elas exemplificam a importância da comunicação na sociedade, considera os fatores que demarcam as particularidades de cada falante e reconhecem que esta se encontra dentro de um parâmetro que permite classificar o indivíduo, é frequentemente utilizada para discriminar e estigmatizar os falantes.
A menção de um importante princípio linguístico, já na introdução, chama a atenção pelo fato de corresponder às expectativas de igualdade dos indivíduos enquanto seres discursivos. Quando as autoras expõem que “para o linguista, todo homem é igual não só perante a lei, mas também frente a sua capacidade linguística” (LEITE; CALLOU, op.cit., p.8), elas elucidam a corrente de pensamento de que impede caráter hierárquico entre as diferenciações no contexto de produção oral, ressaltando, por tanto, a importância de volver um olhar variacional nas reflexões acerca de língua.
As autoras também consideram a questão da discussão existente sobre a insistência em estabelecer a padronização da Língua Portuguesa, conduzindo-nos ao pensamento de que sua hegemonia não dependeu, tão somente, de fatores linguísticos, mas de históricos, e só nos dois últimos séculos que ocorreu a normatização de um Português “padrão”, que passou a gozar de prestígio e a representar a “norma” para o bem falar e o bem escrever.
Ainda nesse “primeiro momento”, As autoras revelam que, durante muito tempo, a diversidade linguística era demonstrada apenas como “variantes populares” na maioria dos glossários regionais, mais tarde nos atlas linguísticos, depois de quase cinquenta anos, os manuais, por ter uma características taxativa e repleta de idiossincrasia, estão sendo repensados com o objetivo de lançar o Atlas lingüístico do Brasil, objetivando relatar a existência da diversidade latente no português brasileiro, “a fim de tornar viável a tão complexa delimitação de áreas próprias e cada fenômeno linguístico”.
O segundo momento da obra referida inicia-se – como outrora mencionado – com o tópico “O falar carioca no conjunto dos falares brasileiros”. A partir dessa seção, Leite e Callou (2005) começam a discutir de maneira mais precisa e instrumental os aspectos que constituem o modelo oral dos falantes brasileiros. O tópico citado é iniciado com dados das literaturas iniciais que estabeleceram as primeiras discussões sobre a padronização linguística que viria a suscitar na abertura das reflexões acerca das diversas possibilidades de apresentação das linguagens existentes no Brasil.
A importância enaltecida pelas autoras em considerar a cidade do Rio de Janeiro como ponto crucial para essa discussão é observada através de aspectos historiográficos e geográficos, em contraponto aos princípios teóricos que constituem matizes linguísticas. Consideram também, após a descrição de alguns critérios, que a questão da variação linguística é patente até mesmo dentro da cidade citada. Os critérios que as autoras utilizam para demarcar a diferença dos falares dentro da cidade do Rio de Janeiro são de natureza geográfica, econômica, social e histórica.
Aspectos fonético-fonológicos são também elucidados: a palatalização do s, conhecido como a marca do “chiado”, parece ter sido introduzido no contexto da chegada da corte de D. João VI, sendo esta tese contestada por alguns, embora considerem a relação da linguística com o fato histórico (CALLOU; LEITE, 2005, p. 32).
Outros critérios, como sexo e idade, também são considerados. Segundo as autoras, para a Sociolinguística, a diferença entre a fala de homens e mulheres é um objeto de permanente discussão, e esta diferença é pautada por fatores condicionantes da heterogeneidade linguística.
Suzana Alice Cardoso, no seu estudo “Geolinguística – tradição e modernidade, endossa, em sua obra, a perspectiva observada no âmbito da discussão anterior, mas dando enfoque as manifestações linguísticas que ocorrem na variação diatópica.
(...) idade, gênero, grau de escolaridade, profissão, inserção social constituem variáveis que, na perseguição de aspectos socioculturais, a dialetologia busca controlar e identificar. A apresentação cartográfica de tais dados põe lado a lado a informação diatópica e a informação sociolinguística (...). (CARDOSO, 2010, p. 19)


Cardozo (2010) faz um estudo sobre o dinamismo diatópico e sugere a preposição de um atlas geográfico que tenha como estanque essas considerações, sob um aspecto inovador e que considere outros mecanismos para uma analise linguística variacional mais eficaz e elaborada, acompanhando, claro, as inovações teóricas que circundam essa área.
Leite e Callou (2005) encerram seu estudo, com reflexões quanto ao formalismo, pluralismo e outras questões que envolvem a língua, afirmando que a variação existente permite-nos reconhecer uma pluralidade de falares que são frutos da dinâmica populacional e da natureza do contato com diferentes grupos étnicos e sociais nos diferentes períodos da nossa história. As autoras finalmente terminam seu estudo trazendo informações da história da colonização do Brasil, dessa vez sim, pontuando aspectos para justificar a caracterização variacional do Brasil, levando seus leitores a conhecimentos factuais, e elencando outros aspectos responsáveis pela constituição linguística do nosso idioma utilizado nos dias de hoje.


O livro como um todo proporciona uma leitura não só instrutiva como agradável, desenvolvendo-se, de maneira geral, com simplicidade, clareza e objetividade. Conforme comentário de Jorge Zahar, editor de Como falam os brasileiros “[o] livro convida o leitor a desvendar os mistérios e sutilezas da diversidade e unidade dos falares brasileiros, apresentando um retrato sociolinguístico do falar culto carioca, gaúcho, paulistano, baiano e pernambucano”. Assim, Como falam os brasileiros será útil tanto para principiantes como para interessados que já tenham acumulado conhecimentos menos ou mais avançados da área.
É importante ressaltar que um livro, com pouco mais de 70 páginas, e que trata de tantos tópicos, tem que necessariamente ser geral, mas, nem por isso, deixa de ser interessante e de trazer exemplos relevantes de variação linguística.
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Nádia 25/05/2012

Como falam os brasileiros.
Um livro impressionante!
Para quem é leigo no assunto, essa é uma leitura muito interessante, leve e agradável. Trata-se da variação de fala de cada região do Brasil. Suas influências, predominâncias e mapeamento. É interessante notar que a variação não é uma coisa tão prática de se pesquisar. Principalmente quando se observa que até as faixas etárias influenciam na variação linguística. O mapeamento também não é tão objetivo quanto se espera.
Criar uma unidade da nossa língua é algo bem complicado pelo visto!
Eu como carioca, fiquei bem orgulhosa da minha cidade depois de ler esse livro. Quem vir a ler, vai entender o que quis dizer! :D
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