Homens Elegantes

Homens Elegantes Samir Machado de Machado




Resenhas - Homens Elegantes


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Leituras do Sam 12/05/2018

Já estou com saudades de Érico e Gon!
Talvez a melhor maneira de falar desse livro seja iniciar pelo seus personagens que são todos cativantes, mas o romance tem de tudo um pouco, é histórico, manifesto gay, memorial LGBT, tem luta, investigação, romance, humor...
A escrita de Samir é interessante, rebuscada muitas vezes, mas simples quando tem que ser, o que faz as mais de 500 páginas de história passarem rápido. Confesso que me causou estranheza a mudança de liguagem entre as cenas gerais e os momentos particulares entre Érico e Gon (casal mais fofo), ficava muito parecido com a linguagem de romances YA, mas também o livro exporá outros gêneros discursivos como o teatro, cartas, e isso tudo no mesmo bolo, sem perder dinamismo e sem disssipar a atenção dos leitores.
Gostei muito e já tô querendo o novo livro do autor "Tupinilandia".

@leiturasdosamm
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zoni 12/03/2019

"[...] O mundo é cruel, lhe dizem. Não, o mundo é indiferente, são as pessoas que decidem serem ou não cruéis."
E depois desse longo tempo eu finalmente terminei esse livro. Eu sei, demorei muito na leitura dessa história, ia sempre colocando livros na frente dele, e o coitadinho ia ficando pra trás, e isso não se deu pelo fato de o livro ser ruim, era só que eu começava a ler, e o ritmo lento ia me deixando parado.

É um romance histórico, e eu amo romances históricos, têm personagens cativantes, tem investigação, têm cenas divertidas e humoradas, é LGBT, e tinha tudo para entrar na minha lista de romances históricos favoritos da vida, mas aquele monte de referências à cultura pop me tiravam do clima da história, e eu começava com as desculpas: hoje eram só 15 páginas, amanhã eu leio 3 páginas a mais do que li hoje... e isso acontecia porque eu estava me sentindo preso numa história que não caminhava, e que toda vez que eu entrava de verdade na história (no contexto dele se passar muitos anos atrás), o próprio livro me trazia de volta para os dias atuais.

A escrita de Samir é muito perspicaz, interessante, e rebuscada muitas das vezes, e foi isso que não me fez desistir do livro, esse homem tem um poder de escrita incrível, mas, mais uma vez toco no uso excessivo de cultura pop, que fazia o livro do nada parecer um YA, e eu não tenho nada contra YA, eu amo YA, mas nesse momento eu estava afim de mergulhar em outra coisa. (acho que isso não vai fazer sentido e vocês vão me achar chatinho, fresco e louco), mas deixa eu voltar a falar bem do livro pra poder justificar a nota que vou dar, os personagens principais são muito lindos e fofos, as referências literárias/históricas são tudo, e graças a deus tinha o google pra me ajudar nessa parte algumas vezes, é muito bem escrito, muito bem escrito mesmo, tão bem escrito que as vezes o autor me cansava com suas minuciosas descrições.

É um bom livro, e acredito que se você estiver afim de se jogar nele de verdade consegue ler muito mais rápido do que eu li. E sério, depois dele eu to com muita vontade de ler Tupinilândia.

site: www.instagram.com/nomeiodatravessia
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@teucristovam 16/09/2019

Tal como Bacurau, trata-se de uma obra indispensável num Brasil de Bolsonaro.
"Só quem ama seu país tenta mudá-lo. É gente como o senhor quem o odeia; mal conseguem ocultar o desprezo profundo que sentem por sua própria gente, e bem estariam dispostos a eliminá-los todos, se não precisassem deles para servi-los. Mas vocês, no que lhes for possível, se dispõem a queimar cada música que não compreendem, cada livro que não pretendem ler, até eliminar tudo o que é dissonante, para reinar sobre cinzas. Eu mesmo me pergunto: o que gente como o senhor ama no seu país? A terra, o ar, o mar? O senhor ama um mapa? O senhor ama uma bandeira? Eles só valem alguma coisa enquanto significarem alguma coisa, e o que eles significam é a própria coisa que o senhor detesta: sua gente."

Acabei de ler esse livro e ainda estou processando. Trata-se de uma obra brasileira, ambientada no século XVIII. Um dos livros mais originais que já li. Apesar de ter sido escrito em 2016 e a história se passar em alguns séculos atrás, é uma gigantesca crítica a política atual.
As personagens são fantásticas, principalmente o protagonista Érico, assim como Gonçalo, Maria, Fribble e Lady Madonna.
As referências dão um toque singular ao livro. Encontramos referências a Lady Gaga, ao terramoto de Lisboa de 1755 e até mesmo ao nosso atual presidente, além de diversas outras figuras históricas que aparecem no meio da trama.
É uma leitura um pouco densa, mas isso não impede seu avanço. Se vocês gostam de fatos históricos, personagens LGBT, ironias e muitos tapas na cara dos "conservadores", indico esse livro.

Tenho de parabenizar ao autor por toda criatividade e como conseguiu entrelaçar tantos fatos históricos criando uma história coerente, divertida e extremamente interessante
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Alex Cícero 22/01/2020

4.5 estrelas
4.5 estrelas, porque eu entendi o motivo de tantas descrições.
Cara, o plot é meio previsível, mas a jornada... simplesmente me agradou muito, apesar de não ler muitos livros do gênero.
Por mais Samir Machado de Machado, por favor!
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Hester1 08/03/2020

O livro é interessante pela parte histórica. Século XVIII, então as roupas, os personagens... é interessante. A estória não me prendeu
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Leo 22/09/2020

Um teletransporte ao passado
Descobri o Samir ano passado e só agora parei pra ler essa obra, e não me arrependo em nada. Fui levado ao passado, me emocionei e fiquei nervoso pelos personagens, descobri uma narrativa completamente inesperada...

É difícil elencar o que eu mais gostei do livro, mas ouso dizer que já pode ser chamado de um clássico moderno. Tem diversos pontos que conversam com a história atual (alguns creio que propositais) e a história e personagens te envolvem de uma maneira que nem parece ser uma narrativa longa.

Com certeza recomendo e vou recomendar mais.
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EH 09/05/2020

Maravilhoso! Mistura história com ficção, amor, guerra, espionagem e os costumes de uma época. Gostei demais e não queria parar de ler nem um minuto. Recomendo muito!
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Allysson 20/05/2020

Rezando por uma continuação
É incrível como este livro ter sido lançado em 2016 faz sentido até hoje. Mais incrível ainda é ver que cenas e comportamentos do século XVIII ainda estão presentes. E por incrível quero dizer nojento, infeliz e odioso.
Não, isso não se aplica ao livro. O texto é um primor, delicioso de se ler. O enredo, os personagens e a ambientação são maravilhosos.
Peguei o livro em uma promoção e nem vi exatamente sobre o que falava, portanto, fui surpreendido quando entrei em um mundo gay de séculos atrás dentro de um texto que daria orgulho a Ian Flemming com um 007 brasileiro.
Mais que dar orgulho a Flemming, deu orgulho a mim, por também ser brasileiro, por também (tentar) ser escritor, por ver que há respiros de inteligência, educação, respeito e talento em meu país.
Muito obrigado, Samir, pelo prazer que me deu ao ler seu livro. Não o conhecia e agora pretendo buscar outras obras suas. E aproveito o local para pedir uma continuação. Já imagino Érico e Gonçalo tendo de ir à França em meio à guerra ou à Espanha, com todo a raiva deles pelo país, tentar evitar novos problemas para Portugal ou mesmo a Inglaterra.
Eles merecem um "novo dia para morrer" porque, afinal de contas, "o mundo não é o bastante".

OBS: se você tem algum tipo de preconceito com a comunidade LGBT, é mais um motivo para ler. Quem sabe você não se vê na pele de um certo conde...
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Lucas1429 02/06/2020

Atual e necessário
Eu nem vou ficar procurando palavras para dizer o quanto Homens Elegantes é um livro incrível. Como te prende do começo ao fim. Como descreve tão bem uma época distante, de modo que você consegue se sentir lá, lado a lado com aquelas pessoas. Samir Machado merece todos os biscoitos do mundo - na verdade, ele merece toda aquela mesa de doces descrita em certo momento da trama. Interessante também como ele ousa no modo de contar a história. Adoro quando o narrador, até então ausente, surge na narrativa (um recurso que eu também gosto de usar nas minhas histórias). Muito bacana também quando duas cenas acontecem ao mesmo tempo, em colunas. Não me lembro de ver isso em livro nenhum! Isso para não falar nas ótimas referências (como a família Abravanel, lady Madonna e, claro, tudo relacionado ao mais-do-que-detestável vilão da história). O mais bizarro é como este livro, ambientado no século XVIII e escrito em 2016, ainda conversa com o que estamos vivendo hoje. Bizarro e assustador!
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Fabi 22/06/2020

Leitura agradável em tempos sombrios.
Sabe aquela máxima "Qualquer semelhança é mera coincidência."? Então, ela é aplicada aqui de maneira nada sutil; eu diria proposital até.
A comparação com o tempo atual é inevitável, mas o autor o faz de maneira graciosa e artística.
Os personagens são ricos, a descrição dos ambientes também. A trama flui maravilhosamente. Mas fiquei com aquela sensação de um mergulho não tão profundo em determinadas questões.
No geral, a leitura foi boa.
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Jackeline 24/06/2020

deveria ser uma leitura obrigatória, é uma história sobre Brasil Colônia tendo um banho de cultura. Além de que o livro é de fácil leitura e engraçado também, o que vale muito! Eu suuuper recomendo e vou deixar três frases citadas nele, só pra vocês sentirem o impacto.

- "[...] O mundo é cruel, lhe dizem. Não, o mundo é indiferente, são as pessoas que decidem serem ou não cruéis."
- "- O Brasil está abandonado, senhor; de lá tudo se tira, e nada se constrói. Nossa gente é deixada a míngua e se contenta com o que tem."
- "[...] Não há problema em se ter medo, e você não diminui aos meus olhos por admitir isso. Você não precisa ser forte o tempo todo, Érico. Eu posso ser forte por nós dois, quando você precisar que eu seja."
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Milena 04/08/2020

Tudo que se espera e um pouco mais
Comecei a ler sem saber sobre o que se tratava direito, e talvez por isso não me dei muito bem com o começo, que se arrastou um pouco. Mas depois que a história pegou velocidade, não parou mais.
O romance é muito bem construído, os personagens soam reais, e a narrativa usa artifícios criativos que te engolem na história, tendo a mesma tensão nas cenas de negociações políticas e nas cenas de batalhas e duelos.
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Ju Zanotti 01/11/2016

Quando me deparei com Homens Elegantes entre os lançamentos da Editora Rocco eu tive certa dúvida quanto a solicitá-lo ou não, por um lado parecia ser exatamente o tipo de literatura que me atrai, por outro talvez a escrita do autor fosse cansativa ou poderia ser simplesmente algo pelo qual eu não estava esperando. Havia muitos "e se...?". Felizmente logo na primeira página o livro já me surpreendeu, tanto em sua edição quanto em sua originalidade. Acostumada como estou a ler literatura histórica é até um sacrilégio dizer que nunca havia prestado atenção nos autores nacionais do gênero, portanto raramente li algo que se referisse ou se ambientasse no Brasil, o caso aqui é o primeiro sendo que a narrativa se passa mesmo em Londres, porém é tanta brasileirice que é impossível não haver identificação.

Érico Borges é um jovem soldado brasileiro, enviado ao velho mudo para investigar o contrabando de livros eróticos para o Brasil Colônia. Sua busca o leva a Londres e a sociedade macarroni do séc. XVIII. Disposto a desvendar os segredos que levam ao crime Érico se vê deslumbrado com o luxo londrino, porém discreto como é passa a circular pelo submundo do amor, desfilando seu eu mais livre, aquele que a muito custo manteve a margem durante toda a sua vida. Em meio a isso acaba por fazer um grande inimigo, o conde Bolsonaro, um nobre sem escrúpulos e por vezes fanático em seus ideais é também implacável e não medirá esforços para atingir seus objetivos, independente de quem sejam as partes prejudicadas.

"[...] O mundo é cruel, lhe dizem. Não, o mundo é indiferente, são as pessoas que decidem serem ou não cruéis."

Não eu não acho que o resumo acima faça jus a essa obra, na verdade é extremamente complicado condensar algo tão rico quanto Homens Elegantes. A magnificência dessa história está em sua despretensiosidade. Com uma narrativa que mescla humor e tensão, profundidade e superficialidade o autor conduz o leitor para um século que não parece muito distante do qual vivemos agora, um cenário histórico que nos remete ao nosso próprio tempo quando se trata de intolerância. Cheguei a me sentir indignada em diversos momentos, enquanto observava o quanto o medo do desconhecido pode tornar uma sociedade cega e cruel. Contudo ao mesmo tempo Samir Machado de Machado suaviza sua obra com a essência de seus personagens, tirada inteligentes e momentos sensuais. E em questão de personagens o livro está muito bem servido. Deparamos-nos com diversas personalidades durante a obra, caracteres essenciais e que por si só são essência. Apesar da gama de personalidades cada um dos personagens se torna único e reconhecível facilmente.

Não posso deixar de mencionar a forma inteligente como o autor utiliza certas reflexões e ideias, como usa seus personagens e suas opiniões para expor assuntos de extrema importância na obra, bem como filosofias e ideais. Confesso que em alguns momentos divaguei e precisei retomar a leitura para me encontrar, mas ainda assim não posso dizer que não sejam argumentos bem fundamentados. Além disso, há nesta obra uma carga crítica impossível de não identificar, principalmente com relação à forma como o Brasil sendo colônia na época parece tão pura e simplesmente atual, visto que ainda somos vítimas da falta de investimento essenciais como educação e saúde. Não há como negar que independente do momento em que se ambienta Homens Elegantes está mais próximo da nossa realidade do que podemos imaginar.

"- O Brasil está abandonado, senhor; de lá tudo se tira, e nada se constrói. Nossa gente é deixada a míngua e se contenta com o que tem."

Algo que me chamou atenção na obra e até me confundiu em certo momento é com relação à estrutura das cenas de batalha, na qual o autor me disse que buscou representar o caos do momento, para o leitor mais desatento, como eu me encontrava durante essa parte da leitura, pode passar despercebido a ideia estrutural dessa narrativa que divida em duas partes de uma mesma folha narra pontos de vista diferente do mesmo embate. Queria explicar que quando digo desatenta não quero dizer que não estava concentrada nos acontecimentos, mas vendo agora penso que estava envolvida demais para me ater a este detalhe, concentrada em outro ponto que não a estrutura do texto.

Enfim, sinto que por mais que eu tenha tentado me expressar bem quanto a tudo que este livro me passou acabei deixando muito de lado, então me coloco a disposição para discutir e falar mais sobre a obra, pois sinto que há muito ainda há ser dito. No mais Homens Elegantes é uma obra original e reveladora, com uma narrativa gostosa e despretensiosa, é um romance de entretenimento que traz junto a si muito conhecimento e um pedaço de uma característica tão comum a nós brasileiros, a mais pura e simples brasilidade. Eu recomendaria este livro há todos que me pedirem um bom romance de capa e espada, uma literatura histórica ou simplesmente para quem estivesse em busca de um excelente livro.

"[...] Não há problema em se ter medo, e você não diminui aos meus olhos por admitir isso. Você não precisa ser forte o tempo todo, Érico.Eu posso ser forte por nós dois, quando você precisar que eu seja."
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