Ana 01/10/2016
Je Suis La Femme! Entendedores entenderão.
Confesso que fiquei enrolando para ler por vários fatores: tem flashbacks contínuos, pré-conceito, e preguiça mesmo. Não havia nada para atiçar minha curiosidade e vontade de ler, mas mudei de ideia assim que comecei a ler.
A autora encaixa muito bem os flashbacks na história e faz com que não seja irritante beirando o insuportável igual Ugly Love, não me julguem... Apesar de odiar intercalar passado com presente em um livro, neste eu achei essencial, caso contrário o título não faria sentido, não é?
A história conta o passado de Barbara, vulgo Babi, e Fabrício, o rico cowboy badboy. E como seus caminhos voltam a se cruzar depois de muitos anos de um vazio em seus corações. Barbara é uma "bixete" universitária como qualquer uma que ingressa em seu primeiro ano de faculdade. E como toda recepção de novos estudantes há festas, e mais festas e muito mais festas, na qual ela conhece Fabrício, e a conexão entre os dois é quase imediata; amor à primeira vista.
Entre idas e vindas Fabrício e Babi resolvem assumir um relacionamento, mas o pai de Fabrício acaba virando a pedra no sapado de Babi no decorrer da trama, pensando que Babi é mais uma caça fortuna no pé de seu herdeiro.
A trama é muito interessante e envolvente, e não se passa em outro pais e sim em Bauru interior de SP, perto da minha cidade! Mais um atrativo para quem mora nos arredores, né?
O romance de Babi e Fabrício é totalmente conturbado com vários problemas na qual não irei citar por causa de spoilers, mas digamos que o amor pode ser a cura de qualquer problema. E o amor entre os dois parece ser a cura para tudo, só que não.
A autora conseguiu o que há um bom tempo venho buscando em um livro nacional: sentimento, paixão e drama. É muito difícil eu achar paixão em livros desse gênero. Maioria passa a impressão de que existe amor, mas é vazio demais, parece que os autores estão com dificuldade em passar paixão nas cenas que eles fazem amor ou até aquela cena simples de expressão de amor sofrego. Aqui a autora consegue passar em cada palavra e ação o sentimento de aperto no peito do leitor, e o final não foi diferente.
Chegando perto do desfecho da trama toda a autora corre um pouco com a história deixando algumas coisas vagas ao meu ver, mas nada que realmente seja prejudicial a história como um todo. Isso me deixou com a pulga atrás da orelha, mas consegui matar ela com o que a Vanessa Benfatti escreveu em pouco tempo para o final. As palavras, ações foram sensacionais, uma coisa surreal. E não estou tentando engrandecer o livro ou algo assim, apenas dizendo aquilo que eu senti, o que meus olhos leram e pude interpretar.
Maioria dos livros são sensacionais até o clímax, e em seguida a autora simplesmente joga tudo que escreveu no ventilador e acaba com o final que poderia ser muito melhor. E felizmente Vanessa não perdeu o fio da meada e soube fechar com chave de ouro.
site: http://www.legadodoslivros.com/2016/09/resenha-dois-caminhos-um-destino.html