Gustavo 27/10/2021
JUSTIFICAÇÃO E UNIDADE
O que encontramos aqui é novamente o coração pastoral e zeloso de Stott transbordando num comentário que cumpre seu propósito, a saber, "apresentar o texto bíblico com precisão, relacioná-lo com a vida de hoje e proporcionar uma leitura agradável" (p. 7).
Stott considera de forma acolhedora e atenta às reivindicações advindas daqueles que advogam uma Nova Perspectiva de Paulo, sustentando um bom diálogo com a tradição reformada. Afirmando que a justificação por graça e fé e a quebra das barreiras étnicas que separavam judeus e gentios eram ambos objetivos da carta Paulina aos romanos, Stott é categórico ao dizer que "[...] Somente a fidelidade ao evangelho pode garantir a unidade da igreja" (p. 20). É nesta via que somos conduzidos por Stott às riquezas da epístola aos romanos, nessa luz que se ressaltam alguns conflitos e ênfases que poderiam passar batido caso se fizesse opção por uma leitura enviesada sobre o que seria o real e único motivo da epístola.
Considero que Stott realmente faz um bom esforço em deixar que Paulo diga o que quer, não o que nós queremos e, portanto, seu comentário é útil para todos que tenham a mesma intenção.