Uma Fuga Perfeita É Sem Volta

Uma Fuga Perfeita É Sem Volta Marcia Tiburi




Resenhas -


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Goretti 01/09/2021

Uma Fuga Perfeita É Sem Volta. Márcia Tiburi
Engasgada aqui tentando falar alguma coisa depois de terminar de ler "Uma fuga perfeita é sem volta", da Márcia Tiburi. Muita emoção com esse final. Socorro!
Tudo se passa no espaço de um dia. O dia da notícia da morte do pai.
O carinha, Klaus, mora sozinho em Berlim e depois de anos sem contato com a família no Brasil telefona para a irmã, que revela que o pai está morto há meses, como se fosse a coisa mais banal. Aí ele se entrega à reflexões sobre os motivos pelos quais escolheu a distância, "a condição de estrangeiro, a dificuldade com a língua alemã, a gagueira e a configuração corporal sexualmente confusa", questões éticas e afetivas, sobre sua angústia diária e de sempre, a busca de sua identidade.
Um dos personagens mais bem construídos entre tanta coisa que já li.
Primeiro livro que li da Márcia Tiburi. Gostei demais!
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Iza 25/02/2021

Fiquei angustiada durante praticamente todos os momentos em que peguei esse livro. Acredito que essa é a maior potência desse livro, ele é um daqueles que te provocam sensações impossíveis de reprimir.
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Celso 30/05/2017

Um livro sobre a busca de identidade
Uma Fuga Perfeita É Sem Volta da filosofa e escritora Márcia Tiburi é, sem dúvida, um livro que exige fôlego. As mais de 600 páginas é um mergulho profundo na psiquê e no universo de um personagem marcado pela solidão e abandono.

Klaus Wolf Sebastião tem sua rotina solitária quebrada pela ida ao trabalho - onde é um desconhecido guardador de volumes em um museu em Berlim -, reuniões num grupo de filosofia e, por fim, ligações anuais à família brasileira. E, em um dessas ligações, descobre que seu pai morrera e não fora avisado, dando o pontapé inicial para uma série de elucubrações do personagem, até a sua final redenção.

Esta foi a minha primeira imersão em uma obra da autora em que tenho certa admiração pelas suas ideias desde o Saia Justa (GNT). Confesso que me foram sempre muito lúcidas e imaginei que sua ficção iria por ai.

Escrito em primeira pessoa, não tenho dúvida ser um dos personagens mais bem construídos que tenha lido nos últimos tempos. Sua percepção clara de quem é Klaus vai fazendo que as idas e a vindas àquela ligação inicial vá construindo e desconstruindo um homem em busca da sua própria identidade.

Não é um livro fácil. Exige esforço para quem se dedica a devorá-lo. Enquanto Ove (Minha Luta 1 - A Morte do Pai) e Minha Luta 2 - Um Outro Amor) descreve longas reflexões a partir do seu cotidiano e os papéis assumidos nele; Tiburi vai num nível ainda mais profundo do seu personagem, na percepção de sua identidade, singularidade e estranhamento. Para isso vale usar desde citações de Nietzsche, Dostoiévski e, porque não, Saint-Exupéry.

Pela capa já tinha uma ideia de quem seria Klaus ao final da história, porém isso em nada diminui o poder do epílogo. Em determinado momento, quando o personagem procura pela chave e se sente trancado por dentro do seu próprio apartamento, me identifiquei com a ideia de Almodóvar em A Pele Que Habito. Ali se concretiza a revelação e a redenção do protagonista.

Recomendo a leitura para quem busca boas histórias, sem grandes viradas, mas com personagens profundos, bem construídos e com uma visão extremamente sensível sobre a busca de identidade.

Boa leitura.

site: http://www.eurbanidade.blog.br
Danielle 29/11/2021minha estante
Lerei só por causa da sua resenha pois, essa temática me lembra muito memórias de subsolo. Mas você conseguiu me despertar o interesse. Muito obrigada.




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