Luciana Souto de Oliveira 30/07/2017
Maravilhoso!!!
Carlos, heterossexual, tem um grande amigo, Márcio, que é homossexual, não assumido. Ao descobrir, Carlos ficou tão indignado que desprezou completamente aquele que considerava ser o seu melhor amigo.
Depois de um tempo, Carlos arrepende-se e, para externar os seus sentimentos, cria um blog que denominou ?O meu melhor amigo é gay? e passa a relatar tudo sobre sua amizade com Márcio.
No blog, além de Carlos escrever sobre o quanto a amizade de Márcio é importante para ele, ele passa a narrar fatos que acontecem em Recife e retratam a intolerância e preconceito de um grupo de jovens encapuzados que atacam pessoas pertencentes a grupos de minorias. Isso porque Carlos testemunhou o grupo cometendo um crime bárbaro, de madrugada, em uma das praças da cidade.
Carlos consegue reconciliar-se com Márcio, depois de pedir-lhe desculpas. Ocorre que, no círculo de amizades dos dois jovens protagonistas, além de algumas pessoas maravilhosas, existem pessoas que não aceitam a homossexualidade de Márcio, e, por isso, tratam-no com preconceito e hostilidade, e, como um tiro de ricochete, esses sentimentos atingem também Carlos que acolheu o seu amigo, o que, Guilherme, o mais preconceituoso e violento do grupo, não aceita.
A amizade de Carlos e Márcio enfrentará diversas formas de preconceitos, fazendo com que, em um determinado momento da história, suas vidas virem um verdadeiro inferno, quando torcemos, com todas as nossas forças, que o preconceito não vença mais uma vez.
Eu adorei esse livro!!! Dielson Vilela consegue nos fazer parar para pensar em o quanto é triste uma pessoa ser preconceituosa. Em alguns momentos do livro, senti-me triste pelo sofrimento em decorrência da violência que alguns personagens da história tiveram que enfrentar e por saber que, apesar de ser uma história fictícia, as situações narradas realmente acontecem e os agressores, na maioria das vezes, ficam impunes.
Este é um livro que tem muito a ensinar a todos nós e dentre várias mensagens lindas que ele tem, a mais certa é que, independente de você aceitar ou não a condição sexual do outro, você tem que respeitá-la. Isto é uma obrigação!