Ana 09/04/2017
A esta altura do campeonato quase todo mundo já deve saber que uma das minhas bandas preferidas é a Engenheiros do Hawaii. Desde que soube que o Alexandre Lucchese iria lança uma biografia, sabia que seria o meu pedido e sabia que ia amar. Em Infinita Highway conhecemos parte da história por trás de uma das maiorias bandas brasileiras (e nem tentem discordar), desde o seu nascimento em 1985, até 1995, ano em que restou apenas Gessinger como membro original.
Tudo começou quando Humberto Gessinger, Carlos Maltz e Marcelo Pitz fundaram os Engenheiros do Hawaii (que era para ter se chamado Frumelo e os 7 Belos, se dependesse apenas do HG), uma banda que tinha a pretensão de durar uma noite só, para um show de abertura na UFRGS. Acontece que a apresentação foi tão boa que, com o passar do tempo, a banda foi ganhando cada vez mais espaço na indústria musical. A banda, que teve várias formações durante o seu período de atividade, atingiu o ápice do sucesso com o trio GLM: Humberto Gessinger (voz e baixo), Augustinho Licks (guitarra) e Carlos Maltz (bateria).
O jornalista Alexandre Lucchese expõe nesse livro todos os detalhes sobre a banda que a maioria dos fãs desconhecem, desde coisas simples como a convivência dos integrantes, até o que levou à dissolução da formação clássica. Também há relatos de shows importantes, números de vendas, turnês. Para isso, o autor entrevistou várias pessoas que estiveram com os Engenheiros do Hawaii no decorrer dos anos, além de Gessinger, Licks e Maltz. Vale ressaltar que o contato com Augustinho foi um pouco mais difícil e que, apesar de Lucchese ter tentado, não conseguiu falar com Pitz.
Infinita Highway, apesar de ser uma biografia, não se torna maçante em nenhum momento. Pessoalmente, gostei muito de ler algumas informações que eu já sabia e descobrir coisas novas também, e a narrativa de Lucchese ajudou muito nessa fluidez. É comum das biografias possuírem uma narrativa mais lenta, mas isso não aconteceu aqui. Outra coisa bem legal foram os depoimentos dos fãs em certas partes do livro. Achei super importante esse contato porque o que moveu a banda foram os fãs, que até hoje seguem o HG para onde ele for.
Gostei muito das fotos que Lucchese escolheu para compor o miolo do livro (inclusive tem umas que morro de rir das poses do Maltz q), algumas até inéditas para mim. Para ser sincera, o legal mesmo é conhecer ainda mais uma banda da qual gosto tanto. Apesar de O Papa é Pop ser o disco mais popular dos Engenheiros do Hawaii até hoje, o meu preferido é e sempre será o Longe Demais das Capitais, o primeiríssimo, o início de tudo, e é claro que a parte onde Alexandre fala sobre ele foi muito importante para mim.
Tudo em Infinita Highway é maravilhoso, a capa super criativa e diferente, o conteúdo incrível e bem escrito, até o modo como as coisas mais "cabeludas" são retratadas. Está claro que o livro é um presente para os fãs dos Engenheiros do Hawaii e é um ótimo começo para quem tem vontade de conhecer a trajetória desses artistas tão marcantes e maravilhosos.
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