Microfísica do Poder

Microfísica do Poder Michel Foucault




Resenhas - Microfísica do Poder


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Andre 15/04/2016

Microfísica do poder
Vale a leitura, para conhecer os temas da lida principal do autor. A obra explicita, além disso, o posicionamento político-ideológico do mesmo.
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Thiene 25/10/2010

Um breve resumo
O conceito de poder é central dentro da obra de Michel Foucault. Para o autor, o poder não é algo que se possa possuir. Portanto, não existe em nenhuma sociedade divisão entre os que têm e os que não têm poder. Pode-se dizer que poder se exerce ou se pratica. O poder, segundo Foucault, não existe. O que há são relações, práticas de poder.

O tema, no seu desenvolvimento, é retirado do exclusivo campo político para ser instalado no cotidiano. Sem deixar de reconhecer que os interesses hegemônicos de diferentes grupos sociais se encontram por trás de situações de poder generalizadas, considera-se que não é a única manifestação do poder propriamente dito. O poder é, em essência, uma personagem que atravessa todos os cenários da vida humana.

Sua natureza final não pode ser apreendida senão ali onde sua intenção está totalmente investida: no interior de práticas reais e efetivas e na relação direta com seu campo de aplicação. Resulta lógico então não tomar o nível macro como ponto de partida para sua análise, sem a multiplicidade de atos que diariamente são protagonizados pelo indivíduo. Não é algo que se precipita sobre o indivíduo e que se encontra institucionalizado nas formações sociais. Não importa a legitimidade do mesmo se emana dos interesses do grupo hegemônico ou se é produto da vontade da maioria.

A idéia é que o poder se gera e materializa em uma gama extensa de relações pessoais desde as quais se leva a constituir estruturas impessoais. Se ao analisar o discurso existem normas que regem nossa percepção, devem existir, por sua vez, mecanismos que possibilitem que se estruturem e se reproduzam.

Utilizado a genealogia do sistema, Foucault chega à conclusão de que a instauração da sociedade moderna supôs uma transformação na consagração de novos instrumentos pelos quais pode-se canalizar o poder. De forma paralela se construiu um conjunto extenso de discursos que conferiram força e capacidade de expandir-se a essas novas formas de poder. Estas já não se baseia, como no passado, na força e sua legitimação religiosa. Dado que como afirma o homem, em sua atual dimensão é uma criação recente, o poder deve materializar-se por meio de diferentes formas de disciplina. É necessário que passe a integrar parte do próprio ser de cada indivíduo. O dominado deve considerar natural ser subjugado. O poder produz o real. Por possuir essa eficácia produtiva, o poder volta-se para o corpo do indivíduo, não com a intenção de reprimi-lo, mas de adestrá-lo. No entanto, todo poder pressupõe resistência. O poder não está em uma pista de mão única.

Para alcançar essa meta deve-se estruturar uma retícula de poderes entrecruzados que vão, no seu caminho, conformando os indivíduos. O poder não tem uma única fonte nem uma única manifestação. Tem, pelo contrário, uma extensa gama de formas. Quando um grupo social é capaz de apoderar-se dos mecanismos que regulam determinada manifestação a põe a seu serviço e elabora uma estrutura que se aplica a potenciais dominados. Se cria, assim, um discurso que se apresenta como “natural” e procura bloquear as possibilidades de aparição de outros discursos que tenham capacidade questionadora. Essa necessidade de se contar com um discurso de respaldo, com uma determinada forma de verdade, leva necessariamente a estabelecer uma relação entre poder e saber.
Solange Mary 12/02/2012minha estante
É o poder que muito se ver nas relações de trabalho entre patrões e empregados, professor aluno, onde o dominante subjulga o dominado.


renatosiqueira 17/11/2016minha estante
Essa ideia do "Dominante x Dominado", "Oprimido x Opressor" e outras dicotomias artificiais são tratadas brilhantemente na "Dialética de Hegel" (Dialética do Senhor e do Escravo): O Senhor DEPENDE do Escravo e o Escravo DEPENDE do Senhor. É (ou deveria ser) uma relação de SIMBIOSE.


Espilare 16/05/2018minha estante
ótimo resumo, usei em um trabalho meu(com os devidos créditos é claro), espero que não se importe.




JIMWauters 29/01/2010

Um caminho sem volta
Nesta obra de Foucault como em outras percebe-se o estilo historiográfico,denso,detalhista em que este arqueólogo do Saber encaminha o aprondudamento do conceito central de sua filosofia : A Questão do poder.
É um livro empírico e a questão acima é trabalhada pelo autor sob um viés antes nunca percebido, tangenciando entre outros temas de fundo a teoria política,as instituições,o ser humano,a sexualidade,etc
Com isso ele inaugura a abre inúmeros caminhos possíveis na compreensão do que é o Bio-poder conceito este me parece cunhado por ele,além de nos trazer a tona questões e explicações que com certeza transformam o nosso olhar diante do mundo e dos homens, por exemplo, Sobre o nascimento das clínicas,Sobre a Geneaologia do poder, Sobre a prisão,e estaremos conhecendo um atual e instigante pensador moderno para além do bem e do mal.
Para aqueles acostumados com as explicações tradicionais da história,acerca das questões que provocam a humanidade devem estar cientes que acontecerá uma demolição intelectual,psicologica,emocional,correndo-se o risco, se não for inteligente, ser o mais novo integrante da Nau dos Loucos...
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Dionilson 24/02/2010minha estante
Uma ótima obra de um dos maiores pensadores da segunda metade do século XX! Foucault analisa as relações de poder existentes dentro da sociedade e nos fala que em tudo existe uma microfísica do poder, até mesmo nas relações mais simples do cotidiano! ótima leitura recomendada para quem está enveredando pelo campo da análise do discurso!




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