Resenhas - Mestre da guerra, #2

Erick Macedo Pinto 29/01/2024

Você já não é mais o mesmo, Thomas Blackstone
Tags de recomendação: ficção; ficção histórica; medieval; guerra; ação; aventura;


Os eventos deste livro começam em 1356. Ou seja, 10 anos o primeiro livro da série. Thomas Blackstone já é um soldado lendário, com muitas vitórias, terras conquistas em nome do rei da Inglaterra e muitos homens sob seu comando. Sua família aumentou pois ele é pai de um menino, Henry, e de uma menina, Agnes. Um terceiro filho foi perdido por Christiana.
Pensando em aumentar o poder dos ingleses, a aventura começa com Thomas e seus homens se arriscando em um mar bravio para atacar e tomar um posto avançado francês mais ao norte a partir de um ponto inesperado. Eles contam com o auxílio de um nobre normando que pertence ao grupo de conspiradores.
Desse jeito, já com muita ação e um combate feroz, começa este segundo livro da série.
A empreitada é bem sucedida o guerreiro volta com seus homens para seus lares depois de um longo período em campanha.
Porém, um personagem levemente explorado anteriormente na lenda deste soldado retorna com mais força, ameaçando não só Thomas, mas toda a sua família.
Novamente, o livro é dividido em 3 partes. Mas, dessa vez, a história é mais fluida, sem tantas quebras entre uma parte e outra. Eles servem, de fato, complementarmente a outra, dando prosseguimento à narrativa. E a escrita do autor melhorou de um livro para o outro.
Outro ponto positivo é que dessa vez temos na história momentos em que o foco narrativo não está em Blackstone, mas em outros personagens principais ou secundários. E isso engrandece ainda mais a obra pois temos conhecimento do que acontece longe do protagonista, conhemos mais sobre outros personagens importantes para a história e acompanhamos melhor o desenrolar de tramas que vão se conectando posteriormente à história do arqueiro que virou um soldado feroz.
Diferente do livro anterior, onde a história acontece a partir de uma guerra, temos a inserção e apresentação de personagens, seu desenvolvimento e outras informações pra servir de base pra série, aqui muito disso já não precisa existir, pois afinal é a continuação, e a narrativa se torna muito mais ágil, gostosa de acompanhar. E, como já citado, desde o princípio tem muita ação, algo de importante está acontecendo.
Na primeira parte das três, foi muito bom acompanhar as intrigas políticas e Thomas precisando lidar com elas sem ter tanto traquejo assim pra isso. Um mistério criado consegue prender o leitor, apesar de algumas pistas ao longo do texto não deixar tantos suspeitos assim.
Aqui, também diferenciando do primeiro livro, temos um vilão de fato. Antes, tínhamos a guerra. E na guerra não tem mocinho, não tem vilão. Tem cada um lutando pelas suas causas, seus ideais. Mas agora logo de cara neste livro o vilão é apresentado e é em torno desse antagonismo que a história avança.
O vilão é muito bom, apesar da escolha de tradução para o seu título não ser das melhores. E, de ponto negativo, é o vilanismo do personagem ser completamente o oposto do heroísmo de Thomas. Se o personagem principal continua sendo o soldado perfeito, onde tudo funciona e dá certo, ele tem os melhores planos e sempre consegue se safar, um herói perfeito, sem falhas enquanto guerreiro. O Padre Selvagem (vilão) é um personagem com o mal personificado. Ele apenas tem atitudes pra causar pânico, caos, dor, morte, é impiedoso. São personagens bem construídos, com motivações bem claras, mas que são uma coisa só sempre. São os personagens classificados como "preto ou branco", sem uma escala de "cinza".
O último ponto negativo a destacar é a mudança da personagem Christiana. Se no primeiro livro ela era ousada, boa, que dava para a história uma personagem mulher forte, com potencial, além de Blanche Harcourt. Neste livro ela toma uma série de decisões ruins, que servem para história andar, e fica bem chata. Olhando para o desfecho da personagem neste livro, acho que ela não terá uma participação grande no próximo.
No mais, é um ótimo livro de ficção histórica, com ótimas batalhas, intrigas e personagens. Fica no mesmo nível do antecessor e deixa pontos em aberto para a sequência.

Ed.Costa 18/05/2023

Sir Thomas Blackstone!
O segundo volume da série ?Mestre da Guerra?, trás um Thomas Blackstone com uma reputação ja forjada. Agora ela é um guerreiro maduro, casado com Cristiana e pai de duas crianças, vivendo tranquilamente em uma pequena vila, na França.

Só que a aparente tranquilidade da vida de Thomas é abalada quando um desafeto do passado retorna para uma caçada mortal.

Em meio a muitas conspirações, armadilhas e batalhas inclementes, Thomas se vê mais uma vez envolto no meio da luta entre dois reis, o que pode levá-lo, diretamente, para as garras de seus inimigos.

O pano de fundo da história ficou conhecida como a batalhas de Poitiers, ocorrida em 1356, entre a França e a Inglaterra? mais uma batalha da guerra dos cem anos, que resultou numa importante vitória para os ingleses, liderados pelo rei Eduardo, o príncipe negro.

Thomas, à frente de seus homens, teve um papel importantíssimo nessa batalha. Todavia, é abandonado por seu rei, vendo seus amigos perecerem, e o amor de Cristiana esvair pelos dedos. Porém, quando tudo parece perdido, Thomas ressurge mais beligerante que jamais foi.

Além de ter que lidar com todos os seus inimigos, ele ainda precisa lidar com as consequências dos atos de uma inepta Cristiana?

Esse volume é ainda melhor que o primeiro livro. Antigos personagens reaparecem; outros têm um protagonismo maior, como é o caso do escudeiro de Thomas, Guillaume, que conhecemos ainda criança.

Um livro que vale MUITO à pena conferir!

Douglas.Castro 02/07/2022

Boa
Segundo livro da série, de leitura agradável e rápida, recomendo a todos, bem bom, facil e interessante!!

Galo Doido 14/06/2018

Horrivel
A formatação está errada e é impossível ler o livro pois não da para entender os fatos!

Acervo do Leitor 24/02/2018

Desafiando a Morte – Mestre da Guerra #2- David Gilman | Resenha
Até o mais honrado dos homens, tem a sua parcela de crueldade. Cada ato, cada batalha, tem um preço a ser pago. Os fantasmas do passado de Blackstone estão de volta para atormenta-lo e cobrar o que lhes é devido. Chegou a hora do inglês lutar contra seus piores temores, e enfrentar seu destino.

“Mil vozes ou mais rugiram quando os quatro cavaleiros avançaram. Blackstone urgiu seu cavalo à frente. Todos esses anos derramando sangue o trouxeram até ali ”

Blackstone já com certo poder consolidado e uma forte aliança entre os Lordes Normandos e Ingleses torna-se um dos maiores carrascos do rei Frances. O ex-arqueiro vive em seus domínios com Christiana e seus filhos em relativa paz. Mas a tranquilidade de Sir Thomas Blackstone, não durará muito tempo. Agora ele tem que se preocupar com um traidor entre seus aliados, e o Rei John da França que não pouparam esforços, para usar qualquer meio de acabar com o Famoso Sir Thomas Blackstone. Mas essa não será a única preocupação do inglês, que deve enfrentar a ira de deus ganhando forma em um dos piores inimigos que ele já viu.

“Blackstone ergueu seu escudo e, por mais cortado e marcado que estivesse, sua proclamação, desafiando a morte, ainda podia ser vista. Blackstone sacou a Espada do Lobo e avansou, sem grito de guerra, sentindo o frio de seu próprio ódio.“

Nesse segundo volume encontramos um foco maior em personagens marcantes, desde antagonistas cruéis e meticulosos, à homens que dariam a vida pelo Inglês. Se antes Thomas cuidava de seu irmão agora ele cuida de sua família, e o povo de suas terras. O Autor teve muito cuidado ao cadenciar os arcos históricos à trajetória de Thomas.

Dessa vez Gilman conseguiu algo novo, ele nos joga um balde de agua fria; com cenas que dão aperto no coração, onde nossas próprias mãos parecem estar sujas de sangue, apenas por ler tais atrocidades

“Não estou aqui para construir um muro, mas um dia eu vou derrubá-lo se eu tiver a chance”

SENTENÇA

Com um trabalho excepcional de pesquisa, Gilman entrega uma trama mais madura e realista, onde atos do passado de Blackstone, dão vida a história. Em diversas vezes perdemos o folego, com descrições que vão ganhando vida em cada página, nos transportando diretamente para o coração da batalha. Em um ritmo alucinante, David Gilman manteve o nível de qualidade histórica e fictícia lá em cima, superando todas as expectativas com essa obra-prima. Sem dúvida, um dos melhores livros de ficção histórica dos últimos tempos.

site: http://acervodoleitor.com.br/desafiando-a-morte-resenha/

LT 16/07/2017


Boa noite pessoal, aqui quem fala é o Júlio. Trouxe essa semana a continuação de Mestre da Guerra, livro que aborda um fato real, a guerra dos cem anos, pelo ponto de vista de Thomas Blackstone em um enredo fictício. Posso dizer que o livro é melhor do que o primeiro, mas só a partir de certo ponto, não como um todo. No começo o livro é apenas mais do mesmo do que já visto no livro 1. Blackstone continua em incontáveis batalhas, conquistando castelos para o rei inglês, tornando-se famoso por sua ferocidade em combate.

A trama melhora quando se tem inicio as especulações de traição e o aparecimento de um personagem, personagem esse que parece ter saído da mente do autor George R.R. Martin, tamanha a crueldade do sujeito (Sério, deu pena de algumas das vítimas dele!). Fiquei surpreso ao descobrir a identidade do indivíduo, foi muito inesperado. Blackstone se vê perseguido por esse homem e seus capangas e ele tem que se desdobrar para salvar a si mesmo e a sua família, que também acaba sofrendo bastante durante todo o livro, principalmente sua esposa, Cristiana.

A maior parte da história se desenvolve em torno da traição ao rei e nas investigações para encontrarem o traidor. Nesse meio, Blackstone luta, e seu algoz mata a todos que consegue para atrair o cavaleiro e buscar matá-lo. Gostei bastante dessa mudança de ritmo em relação ao primeiro volume dessa trilogia, que tem o foco nas batalhas e no desenvolvimento de Blackstone como guerreiro.

Entretanto, preciso dizer que... A parte que menos curti foi também em relação ao protagonista. Thomas Blackstone simplesmente não comete um único erro, ele é perfeito demais, o que acaba tornando qualquer luta em que esteja, previsível. Isso aconteceu em ambos os livros, acho que o autor aproveitou equivocadamente vários momentos do seu protagonista.

O final foi empolgante e triste ao mesmo tempo. Vemos que o destino de Blackstone está mesmo é nas batalhas, ele não nasceu para viver tranquilamente com sua família e isso afeta sua relação com a sua esposa. Esse fato aliado a uma descoberta muito séria do passado de ambos torna as coisas bem difíceis. O combate final foi incrível, e fez jus aos dois, herói e vilão, foi cruel.

Falando um pouco da edição, eu gostei muito da capa, ilustra bem o que vemos durante a leitura. As fontes tem um bom tamanho e as páginas são amareladas, com detalhes desenhados na parte de cima do início dos capítulos. Apesar dos pontos negativos que destaquei, não foi uma leitura ruim. O fato de ser baseado em uma guerra que realmente existiu, utilizando esse pano de fundo histórico, ainda que para contar, como já disse, uma história fictícia, e apesar disso ter me cativado um pouco no primeiro volume, nesse segundo acabou não me empolgando muito. Para quem curte histórias mais realistas é um prato cheio, garanto a vocês, mas, infelizmente, não pretendo terminar a trilogia pelo tema e pela forma morosa com que o autor escreve, ainda que tenha conseguido aproveitar a leitura.

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"Havia um homem cavalgando junto dos mercenários do rei nesse dia. Era um fracote na época... Mas tem poder agora... E pode ser comprado. Esse homem é a arma que o senhor pode usar para matar Blackstone."

"Dói... Dói... tanto...
- Quem fez isso William? Conte-me."

"Diga-me se foi você quem fez isso!! Não escutou os gritos? Não veio nenhum som lá de baixo? Nenhum urro de um homem sendo quebrado e esfolado?"

Resenhista: Júlio César.

site: http://livrosetalgroup.blogspot.com.br/