Adryan.Molina 31/01/2024
De icônico a cômico, exotérico, e antipático
Sinceramente o início do conto pareceu extremamente promissor, começou muito engraçado e nos apresentando uma personagem cativante (os trambiqueiros são os melhores). O decorrer da história prende a atenção e em certo ponto chega num ápice de aguçar a curiosidade. Tem um quê de mistério e a narrativa da autora faz borbulhar muitas perguntas na mente do leitor.
O final é o que desgraça tudo completamente.
Eu entendo que na maioria dos contos a gente já pega o bonde andando e a história se segue depois do final que nos é apresentado, mas as viradas de roteiro em relação ao que realmente está acontecendo eu acho particularmente irritantes e o final é decepcionante. Não é nem questão de ser um final aberto, coisa que é comum em contos assim, mas a verdade é que é simplesmente... Chato. A autora poderia ter investido um pouco mais no desenvolvimento da história, criado algumas cenas a mais pra explorar a relação da protagonista com a "criança" e ainda sim ter resolvido deixar a história em aberto.
Pelo menos um ponto louvável da escritora é conseguir enganar o leitor mais desatento e implantar os plot twists que de certa forma surpreendem.
Resumindo: é uma história interessante que te prende até o final só pra te decepcionar. Nem todo mundo vai achar isso mas no ponto de vista de alguém que ama mistério, é minha opinião.
SPOILER ?
Como a resolução do conto fica em aberto eu interpretei que a Susan (a madrasta corna) é meio ablublé das ideia e realmente planejou desmascarar a protagonista (não necessariamente matar) mas o enteado dela é mais maluco que ela e só não queria viver mais na casa da corna (o capeta da história é ele mesmo)
Queria que a história continuasse com os dois trambiqueiros malucos kk