Principios de Interpretação Bíblica

Principios de Interpretação Bíblica Louis Berkhof




Resenhas - Principios de Interpretação Bíblica


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Wandervan.Mouzinho 17/01/2024

Este livro atende às expectativas dos leitores e cumpre o propósito pretendido pelo autor. Ele apresenta princípios que ajudarão o leitor da Bíblia a interpretá-la corretamente. O melhor de tudo é que, de maneira didática, o autor inclui exercícios para que o leitor fixe o conteúdo no final de cada assunto.
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Vieira 22/02/2021

Princípios de interpretação bíblica
Berkhof faz uma breve síntese da hermenêutica empreendida pelos judeus palestinos, judeus alexandrinos, Cabalistas, Caraita e judeus espanhóis. Ele apresenta um breve relato acerca da metodologia utilizada por esses grupos para interpretar a escrituras.
A Escola de Alexandria
Essa escola tinha uma hermenêutica mais amplamente alegórica. Destacam-se ai nomes como Clemente de Alexandria e Orígenes. Clemente usou abundantemente a alegoria. Orígenes defendia que o texto possuia três dimensões: literal, moral e místico ou alegórico.
A Escola de Antioquia
Essa escola recusou o método alegórico e defendeu um sentido literal da Biblia. Eruditos como Teodoro de Mopsuestia e João Crisostomo são os nomes dessa Escola. Teodoro foi mais exegeta, e até acreditava que alguns livros da Biblia não eram inspirados. Já João destacou-mais pela oratória do que pela exegese. De qualquer forma ambos procuravam identificar no texto o seu sentido original.
A interpretação Ocidental
Essa metodologia surgida no ocidente adotou alguns elementos da escola de Alexandria e da tradição siriaca. Teologos como Jerónimo e Agostinho foram os eminentes defensores dessa hermenêutica.  Eles se preocuparam em defender a autoridade da tradição e da Igreja na interpretação da Bíblia. Jeronimo é mais conhecido pela sua tradução da Biblia (Vulgata latina) e Agostinho foi mais um sistematizador das doutrinas biblicas. Este ultimo escreveu obras como a Cidade de Deus e Confissões. Agostinho defendia a perspetiva dos 4 sentidos de um texto: historico, etiológico, analógico e alegórico.
A hermenêutica na Idade média
Nesse período não houve avanços exegeticos na interpretação das escrituras. Nesse sentido, a base para a doutrina estará na autoridade da igreja e na tradição dos escritos dos pais. Obras como a Glossa Ordinária de Strabo e a Glossa lienar de Anselmo, as Catenae de Procópio e Aquino (interpretes dos pais), a Liber de Pedro Lombardo (mais avançada) com comentários e questões do mesmo, foram a base para a igreja apoiar sua doutrina.
Homens como Aquino comecaram a ver as incongruências do método alegórico e penderam pára um lado mais literal (o alegórica deveria estar atrelado ao literal). Já Nicolau de Lyra defendia o duplo sentido (literal e mistico) das escrituras influenciou homens como Lutero em sua busca pelo sentido literal do texto escrituristico.
A renascença
Esse período foi marcado pela ideia de se voltar ao original. Nessa perspectiva, Reuchlin e Erasmo advogam a prerrogativa de que se os intérpretes devem buscar as linguas originais em que a escritura foi originada. Reuchlin deu a Gramatica e um Lexicon grego, Erasmo deu-nos o Novo testamento em grego. A Bíblia possui apenas um sentido infalivel
Princípios como - A escritura interpretaa Escritura e a Analogia da Fé avançam trazem uma contribuição gigante para o estudo da Biblia.
Lutero deu  a tradução da Biblia no vernáculo alemão. Defendia o sentido literal. O intérprete deveria ter depender tambem da fé quando fosse ao texto bíblico. Lutero procurava ver Cristo em toda a Escritura.
Melanchthon apresentou a ideia de que a biblia deveria ser interpretada gramática e teológicamente. Ela possuia apenas um unico sentido simples e claro.
Calvino seguiu os mesmos princípios de Lutero e Melachthon e se destacou por sua ênfase na conciliação de teoria e prática.
Para Calvino, deveríamos "deixar o autor dizer o que ele diz ao invés de atribuir a ele o que pensamos que ele deveria dizer".
O período das Confissões
A hermenêutica desse período não teve praticamente nenhum avanço.
Alguns movimentos fizeram parte dessa fase.
Socinianos - Acreditavam que a Biblia deveria ser interpretada de forma racional. Mas em suas abordagens interpretativas ao texto acabavam caindo no dogmatismo.
Coccejus - Propunha a interpretação da Biblia à base do contexto. Alegou erradamente que o texto possui uma pluralidade de significados. De qualquer forma chamou a atenção para o fato orgânico da revelação.
Turretin - Buscavam uma interpretação longe do dogantismo sociniano. Argumentavam acerca de uma interpretação logica e analitica.
Pietistas - Defensores de uma interpretação mais piedosa esse grupo defendia que a interpretação deveria partir da escritura nas linguas originais e na ação do Espirito santo. Eles acabaram por desprezar a ciência.
Período crítico histórico
Nessa fase a teologia lutou contra algumas linhas de pensamento que em suma negavam a inspiração verbal e a infalibilidade da Biblia.
Duas escolas se destacam nesse período.
A escola gramatica e a historica.
A hermenêutica sagrada
Um dos princípios da interpretação é que a Biblia é:
- A inspiração da Biblia pelo Espírito.
Vários textos atestam essa inspiraçao (2Pd 1.21; 2Tm 3.16,17 e outros).
- Unidade da Biblia.
Não ha contradição na Bíblia. Toda a Biblia em todas as suas partes é inspirada pelo Espírito. Todas aa suas partes são dependentes e testificam de um único principio pertencente ao organismo como um todo. A unidads de sentido também é um fato. A Bíblia possui apenas um sentido: o literal.
- Simplicidade de estilo.
Linguagem, vivacidade de estilo, nitidez em reapresentar elementos abstratos de forma concreta, vida presente na natureza, descrições da historia, redundâncias, figuras de linguagem, paralelismo poético e na  prosa.
O intérprete e sua relaçao com o objeto de estudo.
A interpretação na pesperctica catolica procurou assegurar o monopólio da interpretação da Biblia. Os reformados defenderam a liberdade de interpretação do leitor. Contudo essa liberdade deve estar baseada nas regras e limutes delimitadas pela Escritura.
Interpretação gramatical
A Bíblia foi escrita em linguagem humana. Quando se analisa o significado das palavras isoladas  Alguns princípios norteiam o estudo das palavras nela contidas. O significado etimológico estabelecido das palavras deve ser tido em bastante conta. O intérprete pode ter ajuda de dicionários e lexicos. Mas também tem que se preocupar com o contexto em que tal palavra foi usada. Outro fator é observar a analogia de palavras relacionadas na mesma lingua ou em outras. Faz-se necessário ver o que o autor quis deixar claro ao usar aquela palavra naquele contexto. O estudo dos sinônimos também deve ser buscado com critério. Porém quando se anaslisa as palavras isoladas leva-se em conta como a palavra é usada naquele contexto específico. A linguagem da Escritura deve ser interpretada de acordo com seu significado gramatical; e o sentido de qualquer expressão, proposição ou declaração deve ser determinado pelas palavras usadas.
Uma palavra pode ter apenas UM significado fixo no contexto em que ocorre.
Uma palavra pode ter apenas um significado fixo no contexto em que ocorre.
Casos em que vários significados de uma palavra são unificados de tal forma que resultam numa unidade maior que não se choca com o princípio precedente.
Aqui uma palavra pode ser usada nonseu sentido mais geral a fim de incluir seus significados especiais como por exemplo quando Isaías diz que Jesus tomou sobre si nossas enfermidades ele falava das enfermidades espirutuais mas Mateus diz que isso se cumpriu no ministeriode cura do Messias. Assim, o principio defendido por Isaías inclui cura espiritual mas também fisica. As vezes o sentido especial de uma palavra inclui o outro. Jesus tanto l assumiu quanto levou nossos pecados. Casos há em que se usa a sinédoque ampliando o sentido da palavra. Por exemplo quando Jesus ensina os discípulos a pedirem o "pão de cada dia" o sentido abrange todas as necessidades gerais da vida humana.
Auxilios internos para explicação de palavras.
- Definições ou explicações que os proprios autores dão às suas palavras.
- O paralelismo ajuda a determinar a significação da palavra.
- Passagens paralelas.
a) verbal quando ocorre em contextos semelhantes ou em referência ao mesmo assunto geral.
b) Real quando ocorrem passagens similares onde a semelhança ou identidade consiste de fatos, assuntos, sentimentos ou doutrinas.
O uso figurativo
Palavras com um sentido diferente do que lhe é natural.
- metáfora: um objeto comparado a outra coisa (Jesus chamou Herodes de raposa).
- metonímia: estabelece relação mais mental que física (Apelar a Moisés significa apelar à Lei de Moises).
-sinédoque: relação mais fisica que mantal. Toma-se a parte pelo todo ou o todo por uma parte ("foi sepultado nas cidades de Gileade" ou seja foi sepultado em uma das cidades de Gileade).
Auxilios internos para determinar se o sentido é figurado ou literal.
- Há impossibilidade de se haver sentido figurado em leis, história, obras estritamente filosoficas e cinetificas e em Confissões.
- deve-se priorizar a busca do sentido literal a menos que haja ali contradição.
- Observar contexto, adjuntos, caráter do sujeito e predicados, paralelismos e possiveis paralelos.
Princípios para interpretar a linguagem figurada.
- conceito claro das coisas nas quais as figuras estão baseadas, ou de onde foram extraídas..
- uso figurado referente a Deus e a ordem das coisas eternas trazem apenas uma expressão aproximada da realidade.
Interpretação do pensamento
"interpretação lógica?. Ela baseia-se na suposição de
que a linguagem da Bíblia é, como qualquer outra linguagem, um produto do
espírito humano, desenvolvida sob direção providencial.
- Expressões idiomáticas
*simile
*alegoria
*elipse
*braquilogia
*Construito praegnans
*zeugma
*eufemismo
*litote
*meiose
*ironia
*sarcasmo
*epizeuxis
*hipérbole
Interpretação teológica
O nome interpretação teológica expressa o fato de que Deus é o autor e necessariamente o intérprete de sua propria palavra.
Alguns pontos merecem ser contemplados.
- A interpretação da Biblia como uma Unidade.
- O sentido místico da Escritura.
- As implicações da Bíblia.
- Auxílios para a interpretação teológica.
Os tipos e o simbolo
Tipo e antítipo. Um representa a verdade num estágio inferior, o outro, a mesma verdade num estágio superior. Passar do tipo para o antítipo é ascender daquele em que o carnal é preponderante para o puramente espiritual, do externo para o interno, do presente para o futuro, do terreno para o celestial.
Tanto os tipos como os símbolos apontam para alguma outra coisa. Eles, no entanto, diferem em pontos importantes. Um símbolo é um sinal, enquanto um tipo é um modelo ou uma imagem de alguma outra coisa. Um símbolo pode se referir a algo do passado, presente ou futuro, enquanto um tipo sempre prefigura algo da realidade futuro.
A interpretação da profecia
O autor trabalha a interpretação da profecia possui ressaltando seu caráter orgânico, sua historicidade,
a trascendencia do horizonte do profeta, a perspectiva profética, o Espírito de seu tempo, literal (a menos que o contexto indique o oposto).
Sobre a interpretação dos salmos
Os salmos possuem carater ibdividual mas também revelam sua relaçao com a vida comunitária.
Conhecer o salmista traz muita luz para o salmo escrito. O novo testamento clareia muitos dos salmos.
A interpretação implícita da palavra.
As vezes certas doutrinas biblicas não estão totalmente explícitas no texto mas podem ser com segurança obtidas por inferência.
Um exemplo disso é que Jesus usou o texto de Deus na sarça ardente para refutar o argumento dos saduceus de que não havia ressurreição.
Elementos da interpretação teologica
Paralelismo reais ou de ideias.
Analogia da fe.
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