Vitoria 27/07/2021
Palmares
Joel Rufino nos guia em uma viagem pelo tempo, até o coração dos quilombos na Serra da Barriga. Uma narrativa gostosa, daquelas que a vontade de ler só aumenta ao longo do texto. Senti falta de alguma referência à Dandara (ela sequer é citada). De todo modo, a história me conduziu pelo contexto da época, numa descrição detalhada de como teria sido Palmares, das forças e conflitos em jogo.
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"Pode-se conceber outra sociedade, organizada à semelhança de outro modelo de família, em que a cor, o sexo e a posição social não gerassem, absolutame,tnte, quaisquer privilégios? Muitos homens em muitas partes do mundo sonharam um sonho assim. A história da nossa espécie está pontilhada de utopias. Palmares talvez represente isso: um sonho sonhado por cem anos, com palmeiras verdes no alto de uma serra azul e majestosa à distância. O embrião do país de todos, sem órbitas fixas concêntricas. O que poderia ter sido mas ainda não foi."