JanaAna90 15/04/2024
Penúltimo livro da tetralogia e, ao final, posso dizer que é bom, porém a escrita e a leitura muito arrastada que os anteriores. Achei que a autora se arrastou em questões que poderiam ser resolvidas em poucas páginas, mas enfim já chegando no final a leitura torna-se interessante e volto a ler com mais vontade.
A autora continua a abordar sobre a amizade entre Lenu e Lila, que cheguei a conclusão que são duas loucas e que vivem uma relação doentia onde elas não conseguem viver sem a dor e o sofrimento uma da outra. Acredito que o livro seja bom por isso, nos faz ter raiva dessa relação e ficar tentando ver até onde vai tudo isso.
O livro explora temas como ambição, identidade, poder e as transformações sociais e políticas na Itália.
Neste livro vemos uma Lenu, desestruturada e com uma baixa estima que mesmo conseguindo realizar seus sonhos parece não se encaixar nele, precisando sempre da aprovação da amiga, que tenho minhas dúvidas que seja. Lila perdida nas suas questões que sinceramente não faço ideia que de fato é ela; pessoa contradição que tenta a todo custo ser perversa com as pessoas que estão com ela. Vejo que Lenu também não é diferente, mesmo tendo tido oportunidades para fazer uma história diferente parece querer cometer os mesmo erros que a amiga.
Ferrante, pelo que observei, continua aqui a manter os personagens vividos e realistas, cujas lutas, erros e acertos, triunfos e fracassos ressoam em nós leitores. A narrativa, apesar de ter sido mais arrastada, é envolvente e emotiva. Nos fazendo mergulhar, neste livro, nas complexidades do universo feminino, suas relações no cotidiano como mãe, filha, amiga, mulher, escritora, estudiosa e todas as agruras de ser mulher num mundo machista e patriarcal.
Assim concluo a leitura curiosa para saber o desfecho dessa história e de seus personagens.