Hospício é Deus

Hospício é Deus Maura Lopes Cançado




Resenhas - Hospício é Deus


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Olgashion 14/05/2023

Um livro sobre as agruras de se viver em um hospício sem um cuidado que se espera que tenha por outro ser humano. É revoltante as passagens contadas pela Maura
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Paty 14/11/2013

O belo assusta, às vezes, por ser demasiado abissal, mas também nos revela muitas verdades. E é o que a autora faz nesta obra.
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ujuara leitor 11/02/2021

Romance diário/denúncia.
Desde quando a Thaynara me sequestrou para debates sobre abolicionismo penal eu fiquei diante da questão manicomial. É absurdamente doloroso como a loucura (que pode ser apenas uma sensibilidade que incomoda o modelo de sociedade) é internalizado pelo outro. O outro é projeção da nossa consciência: e parece que questões psicológicas no Brasil são tratadas ou destratadas com violência. Deus me livre (se ele existir) de um dia me deparar num dos corredores onde Maura passou. A humanidade venera a tortura e elege o torturador. Nós somos malditos. Essa é a verdade.
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Miguel.Angelo 29/12/2020

Maura Lopes Cançado: um nome que precisa ser lido.
Hospício é Deus é um livro que se perdeu no tempo e foi reeditado e publicado recentemente. O livro é basicamente um conjunto de cartas que a autora escreveu durante seu período de internação em hospício. Um bom retrato de como era o trato das instituições antes da reforma psiquiátrica. Mas, além disso, o livro demonstra a perspicácia e genialidade de uma autora que sabia que não era uma qualquer. Escrevia com domínio da língua e profundidade poética. Certamente um dos melhores livros que li no ano. Talvez na vida. Recomendo profundamente!!
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Adriana Scarpin 17/01/2016

Esse livro não é apenas imprescindível para os amantes de boa literatura, mas também para qualquer pessoa interessada em psicologia. Redigido por Cançado durante uma de suas estadias no Hospital Gustavo Riedel do Engenho de Dentro, retrata o tratamento violento que era dado às internas da ala feminina naquela época ainda fazendo usos de eletrochoques e lobotomia e mesmo assim Cançado insistia em se auto internar, porque aparentemente era o único lugar em que conseguia ser ela mesma sem o julgamento social e a própria autoflagelação marcarem seu comportamento autodestrutivo e suicida.
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Gabriel.Neto 28/12/2016

Humanidade acima de tudo
Drama, humor, humanidade. O Hospício é Deus é um relato humano, sobre a humanidade; humanidade esta retratada em um inferno existencial potencializado pelo hospício. Quem são os loucos? Os sensíveis ou os insensíveis? São os sensíveis.... tão sensíveis que ficaram loucos.
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Valnikson 11/11/2017

1001 Livros Brasileiros Para Ler Antes de Morrer: Hospício é Deus – Diário I
A arte e a loucura sempre se cruzaram, ainda que de maneira tortuosa. Na literatura, a mente frágil e inconstante de alguns escritores gerou trabalhos de grande potência. Nesse vínculo entre o desatino e a manifestação estética, também se destacou a mineira Maura Lopes Cançado, cuja curta produção permaneceu ignorada pelos grandes veículos editoriais e centros acadêmicos por vários anos, embora tenha sido bem recebida pela crítica especializada de seu tempo. [...] Felizmente, sua obra vem sendo aos poucos redescoberta e conquistando novos leitores. Já no livro de estreia, Hospício é Deus, extenso relato que tem como subtítulo Diário I, a autora demonstrou maestria de engenho em um processo de autopercepção. (Leia mais no link)

site: https://1001livrosbrasileirosparalerantesdemorrer.wordpress.com/2017/11/03/92-hospicio-e-deus-diario-i/
Hugo 24/10/2018minha estante
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Marconi Moura 08/01/2022

7,5
Trechos do diário da autora durante uma de suas muitas internações em um hospital psiquiátrico público no Rio entre 1959 e 1960. A autora, natural de São Gonçalo do Abaeté, muito inteligente e talentosa, sofreu (e fez sofrer) ao longo de toda a vida pela instabilidade emocional e psiquiátrica, que incluiu mesmo o assassinato de outra paciente durante uma de suas internações.
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Sarinha 01/06/2023

Hospício é Deus - Diário I
O livro começa curioso desde o título, pude perceber como historicamente uma parcela das pessoas ditas loucas na verdade só vivem de uma forma genuinamente autêntica e não se encaixam nos padrões da sociedade. Não sendo raro lembrar dos casos onde muitas vezes as pessoas, especialmente as mulheres, que não atendiam a essas convenções eram jogadas em manicômios com adjetivos como exagerada, maluca, dissimulada e muito mais.
Maura vai contando seu dia a dia e expressa seus sentimentos, suas emoções com uma nitidez imensa fazendo-nos compreende-la facilmente. Ora, quantos de nós, ditos sãos, não conseguimos descrever o que sentimos com tanta habilidade.
Agora analisando a realidade dela do ponto de vista de saúde e dignidade humana, como não se indignar, comover e repudiar tamanha tortura que acontece nos manicômios. Violências que são legitimadas e validadas por instituições públicas e privadas. Foi algo relativamente novo para mim, eu nunca tinha lido ou conhecido mais profundamente o tema, ouvia por alto mas ler a história da Maura nos causa revolta inevitavelmente.
Pensando nas guardas, que agridem as pacientes ainda mais como se toda a violência institucional não fosse suficiente, a própria Maura nos diz, quem disse que elas também não são loucas? Talvez sejam fruto de uma sociedade tão violenta que através dos manicômios conseguem externalizar essa raiva que está dentro delas.
Enfim, há muito a se dizer sobre Hospício é Deus e a Maura, essa leitura me ensinou muito. E embora essa realidade esteja distante da minha área de atuação, espero que ela mude algum dia, não só o manicômio físico mas a mentalidade manicomial.
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Dani Moraes 02/11/2016

Loucura, vida e ficção?
Maura era o que pode se chamar de uma "figura" e é difícil definir o que dentro do que é relatado é realidade e o que é criação da autora. Ela tem histórias muito conhecidas, dizia ter derrubado um avião, apenas pelo prazer de vê-lo cair, o que não é verdade, pois no próprio livro ela conta que foi um acidente provocado por um amigo. Além disso, ela tinha um comportamento muito livre para a época, pilotava avião, se casou aos 14 anos sem ser virgem e se divorciou aos 15, bebia, participava da vida boemia e teve amantes e outros comportamentos escandalosos, principalmente, para uma representando da tradicional aristocracia mineira.

Se você quiser saber um pouco mais sobre minha opinião clique no link abaixo:

site: http://asverdadesqueopinoquioconta.blogspot.com.br/2016/09/hospicio-e-deus-diario-i.html
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Bruno Oliveira 19/01/2020

QUANDO O LOUCO, OU A LOUCA, NÃO É VOCÊ
Pode ser tudo mentira, invenção da cabeça ágil e esquizofrênica de Maura Lopes Cançado, ou pode ser tudo verdade, verdade verdadeira que incomoda, dói, machuca, e muito. Fato é: o livro é bom. Às vezes não é fácil acompanhar seu raciocínio, suas construções sintáticas dos causos, inúmeros causos, que acontecem consigo no hospício, mas é claro, bem transparente que Laura tem e quer se envolver com tipos que ela não pode e nem deveria se envolver. Seu narcisismo é latente e sua envolvente capacidade literária também. Um bom livro para treinar a própria empatia.
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Victoria.Olzany 28/03/2023

Maura, escritora, nasceu em Minas, em 1929. Cresceu com privilégios por ser de família de posses e por ter sido uma filha muito desejada. Ficou gravemente doente na infância, o que aumentou ainda mais o seu "status" perante a família. Rebelde, fazia o que queria, casou-se aos 14 anos, teve um filho, e separou-se aos 16. Depois disso, teve muita dificuldade em se inserir em qualquer círculo social por ser tão jovem e desquitada. Após a morte do pai, gastou toda sua herança vivendo levianamente.
É uma obra auto-biográfica; em seu diário, escrito durante sua terceira internação, ela descreve suas três experiências em hospícios (tendo todas as vezes se internado voluntariamente).
A primeira internação (quando ainda tinha dinheiro) foi em instituição privada, onde foi muito bem tratada. As outras duas foram em instituições públicas do Rio de Janeiro (já não tinha mais emprego, casa, nem família - com a qual cortou relações). Ela narra os maus tratos, violências e descaso sofridos por ela e pelas outras "doentes" nestes dois últimos casos.
Pontos mais interessantes: relatos do tratamento psiquiátrico público oferecido no Brasil na década de 1950 às mulheres, a delicadeza com que Maura descreve suas companheiras de internação (suas histórias, seus sintomas), a relação que desenvolve com seu médico (se apaixona por ele), e as considerações que faz sobre a loucura.
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