O tribunal da quinta-feira

O tribunal da quinta-feira Michel Laub




Resenhas - O tribunal da quinta-feira


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Bookster Pedro Pacifico 01/03/2020

O tribunal da quinta-feira, Michel Laub - Nota 8/10
Com uma linguagem bem direta e revestida de forte humor negro, Michel Laub aborda temas - e problemas - bem atuais, como o vazamento de dados na internet e a criação de um verdadeiro "tribunal" virtual. Esse tribunal, composto por juízes anônimos (pela internet, é sempre mais fácil apontar o dedo para o outro, não é mesmo?), julga qualquer um, com base em meias informações, sem se atentar às trágicas consequências para quem está no banco do réu. A leitura é bem rápida (e pouco profunda), mas fará você repensar na forma com que as informações são divulgadas hoje em dia e da importância em questionar a veracidade do que encontramos hoje em dia na internet.

site: https://www.instagram.com/book.ster
Ferreira.Souza 27/11/2020minha estante
muito bom




Angelica75 05/05/2023

4,5.
Primeiro livro que leio do autor e senti o mesmo prazer que tenho ao ler o Philip Roth. Temas polêmicos, íntimos com uma maneira ácida de contar a história.

A exposição pela qual passa João Victor poderia acontcer com qualquer um de nós. A vida cotidiana e confusa tá ali, em cada linha e nas tramas todas que se entranham. O tribunal é da quinta-feira, é da semana inteira, das 24 horas todas. O julgamento tá ali todo o tempo, e o livro me parece tão polêmico para que a gente também julgue tudo o que acontece.

Escrita ótima, capítulos curtos que fazem você ler muito rápido, incômodo presente. Só não é nota 05 pq essa nota dou praqueles que levo pro coração. Esse aqui pegou no fígado. E na mente, onde vai ficar por um bom tempo.
Marcos5813 05/05/2023minha estante
Na minha TBR. Adoro o Skoob por isso, dicas de livros e suas resenhas, assim a gente pode literalmente escolher a dedo o que deseja ler.


Alê | @alexandrejjr 05/05/2023minha estante
Belíssimo texto, Angélica!




Carolina.Viegas 03/05/2021

Que grata surpresa!
Livro excelente! Dinâmico, com um toque de humor ácido e muito atual! Recomendo!
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Doug 27/10/2022

Adorei, mas...
Tenho saudade de quando no final dos livros ficava tudo explicado. Sabíamos de tudo. Tudo era esfregado na nossa cara. Capítulos curtos, linguagem acessível e de rápida compreensão. Plot twists inesquecíveis e nada esperados, decerto duvidosos, mas impressionantes. A abordagem da temática é atemporal e a cada capítulo para que estamos acompanhando uma matéria de jornal, um filme ou uma séria, nos deixando curioso a cada final de capítulo, valendo ressaltar que no começo sempre é chato.
Vale a pena cada tempo, sem contar que é curto e gostoso se ler.
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Taissa 12/08/2021

Menos julgamento e mais compaixão
Livro lido com minhas amigas do clube de leitura que nos fez refletir sobre como julgamos pessoas e situações - principalmente nas redes sociais - com base em narrativas unilaterais e retiradas de contexto. Devemos tentar praticar mais a compaixão e a empatia e entender a importância de como uma nova perspectiva sobre um mesmo fato é capaz de mudar nosso entendimento sobre determinado assunto. Que estejamos mais abertos para tais práticas!
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Flá Costa 30/03/2021

Muito bom! O tribunal da vida real.
É bem isso. A sociedade do espetáculo se tornou real e todos somos não só atores, mas também réus, advogados e juízes. É um livro sucinto, mas que traz um tema importantíssimo a tona (aids) de um jeito muito peculiar (os parágrafos longos do autor podem exigir um pouco mais de atenção) com uma história muito boa.

O final, que já vi ganhar crítica, só reafirma o propósito do escritor ao concebe-lo. Muito bom!
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Eli Coelho 30/12/2016

Sera que?
Um livro necessario por varios motivos: discute amizade, lealdade, valores morais e sociais, relações de poder, publico x privado, vingança, mas principalmente traz a reflexão sobre o comportamento sexual pós 1981 e as repercussões disso para héteros e homoafetivos.

Muito bom o autor deixar uma incógnita no final. Possibilita diversas interpretações.
Socorro Moura 16/03/2017minha estante
Achei q não tinha entendido o final. Mas realmente, ele deixou em aberto...




Rafael 12/02/2021

O tribunal da pós-modernidade
De início, confesso que o livro não me prendeu à leitura. Não de uma forma espontânea. Eu insisti, até que da metade para o final a narrativa se tornou de fato interessante. A construção é boa, o enredo também. Mas a ideia central, na verdade, é o que pega o leitor. As revelações que causam certa surpresa também são detalhes que instigam essa leitura na segunda metade do texto. 


Bom, o livro conta o caminho que o personagem principal, chamado José Victor, percorre após ter uma série de conversas com seu melhor amigo expostas nas redes sociais. A ex-mulher foi quem as postou, após conseguir ter acesso ao seu e-mail. Então tudo acontece num decorrer de quatro dias (o momento em que ela entra em contato com ele para tirar satisfação sobre o que viu até o "tribunal da quinta-feira") entre algumas lembranças e situações vividas anteriormente pelo personagem. 


A narrativa toca em duas questões delicadas: o vírus do HIV e a exposição à qual todos estamos sujeitos na internet. É interessante a forma como o autor põe isso em debate, instigando a reflexão do leitor. Dá um pouco de angústia, pra ser sincero, mas são temáticas extremamente válidas. Repensar as formas de como lidamos com essas problemáticas sociais é com certeza algo que ainda temos que enfrentar e buscar soluções. 
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Lívia 13/06/2022

O tribunal da quinta-feira
"As pessoas mentem para parecerem bem resolvidas, incorporam personagens para parecerem mais interessantes do que são, omitem fatos embaraçosos do presente e do passado, e que novidade pode haver nisso?"
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Carolina.Tracci 04/05/2023

Não gostei.
Curiosa a diferença de gostos e opinões. A maioria das resenhas são positivas, mas eu particularmente não gostei.
Não consegui me conectar com a história, nem com os personagens e me incomodei com as descrições dos comentários trocados entre os amigos.
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Wellington.Pimente 19/06/2022

Tema atual.
Segundo livro do Michel Laub e pretendo ler todos os outros, a escrita do autor flui naturalmente e facilidade a leitura. O livro aborda um tema atual e universal do julgamento em tempos de internet, em que muitas vezes a privacidade de uma pessoa vem a tona e pode sofrer linchamentos virtuais. Gostei do tema, da leitura, mas faltou um melhor desenvolvimento de um enredo para ser um livro mais instigante. Vi mais como uma argumentação de um acontecimento para nos levar a reflexão do que uma história em si. Vale a pena a leitura!
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Marcelo Rissi 23/09/2022

O tribunal da quinta-feira (Michel Laub).
Fim da leitura de "O tribunal da quinta-feira" (Michel Laub).

Adiante, e em breves linhas, minhas impressões.

De partida: a técnica narrativa adotada é elogiosa. O texto prende a atenção do início ao fim, seja pela forma de construção do enredo (desenvolvido a partir de, e quase exclusivamente por, pensamentos do narrador), seja pelas reflexões e gatilhos que o livro provoca, seja, ainda, pela estilística admirável do autor, hábil na articulação clara, coesa e fluida de ideias, em texto limpo e acessível, permitindo rápida captação e compreensão do conteúdo transmitido.

Conforme algumas resenhas que li, muitos interpretaram a mensagem da obra num sentido de convite à [maior] tolerância e compreensão em situações de vazamento de conversas privadas, especialmente pelo risco de perda do contexto.

Parece-me, porém, que essa leitura - alcançada por algumas pessoas e validamente sustentável - é INDUZIDA pela perspectiva do narrador (José Victor), principal vítima do devassamento de sua caixa de e-mails (e, portanto, parcial em sua avaliação crítica da situação).

Enxerguei, na realidade, de outra forma (ou, talvez, apenas visualizei a mesma questão, mas sob outro ângulo): pareceu-me que obra quis trazer, como debate também válido, a ideia de AUTOCRÍTICA. A concepção de ética quando falamos de determinados assuntos ou exprimimos determinadas opiniões em conversas reservadas, com pessoas íntimas.

O nosso caráter é medido e deve ser moldado e regulado por nossas ações, atitudes e palavras quando - e sobretudo quando - ninguém está vigiando. Quando ninguém nos vê ou nos ouve. Esse é, essencialmente, o nosso ?eu?, nu, em estado natural, fora dos holofotes e do escrutínio público (na dimensão pública, não raramente assumimos apenas um papel e atuamos como personagem em detrimento de quem, de fato, somos).

Lembremos da frase atribuída a Epícuro: "Caráter é aquilo que você é quando ninguém está te olhando".

Nesse aspecto - de respeito, também nas manifestações em conversas particulares, às pessoas não presentes -, nota 0 a José Victor e a Walter. E, no ímpeto, considero compreensível - embora errada e temerária - a ação de Teca, nada comparável, porém, à gravíssima conduta dos dois outros personagens (comportamento cujos detalhes não vou revelar para não arriscar a emitir ?spoilers?).

A questão da perda do contexto em conversas vazadas, de todo modo, pode, de fato, ensejar açodamentos e conclusões precipitadas - e, assim, o opróbrio -, debate que o livro igualmente oportuniza validamente, como notaram alguns, embora, na minha visão, num plano mais secundário (repito: interpretação e impressão exclusivamente pessoais).

No aspecto jurídico - minha área de formação -, a obra dá ensejo a, pelo menos, dois debates (gosto desses recortes interdisciplinares, onde, por sinal, direito e literatura encontram campo fértil):

1. Os efeitos penais que repercutem em desfavor daquele que, sabendo-se soropositivo, mantém relação sexual desprotegida com outrem, ocultando intencionalmente tal fato.

Por coincidência, há alguns dias, li notícia que envolvia esse assunto. Uma pessoa que praticou conduta semelhante foi recentemente condenada por crime de homicídio doloso (intencional), tese bastante defensável, apesar das múltiplas interpretações jurídicas que essa situação usualmente enseja.

Essa digressão - a respeito das correntes de pensamento sobre o tema - exigiria maior aprofundamento técnico, alheio ao objetivo dessas breves notas. Vale, porém, a menção a um recente caso concreto.

Uma das fontes da notícia, com alguns detalhes do caso - preservado o sigilo legal - pode ser acessada por meio desse link:

https://www.em.com.br/app/noticia/nacional/2022/09/22/interna_nacional,1397076/homem-que-transmitiu-hiv-para-a-esposa-e-condenado-por-homicidio.shtml

Outra gravíssima situação - de disseminação intencional de HIV - que ganhou intensa repercussão em passado próximo diz respeito ao grupo intitulado "clube do carimbo". Para conhecimento e alerta, registro o seguinte link:

https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2021/04/07/mp-faz-operacao-contra-grupo-suspeito-de-disseminar-hiv-intencionalmente-em-sp.ghtml .

2. Os limites, éticos e legais, do humor é outro debate que a obra viabiliza. Eis um trecho que, para mim, representou gatilho para reflexão sobre o tema:

"(...) palavras significam posturas. Posturas significam ações. Ações significam consequências. O filtro da linguagem é o primeiro anteparo contra a violência, e há todo um vocabulário que legitima, como naturalização de conceitos construídos histórica e ideologicamente, a agressão às vítimas - sejam elas gays, negros, judeus, pessoas em posição social fragilizada, pessoas em situação emocional vulnerável".

Eis, aí, nessa curta, mas certeira citação, uma lição precisa, cirúrgica e atual àqueles que acham que o humor e a piada não podem sofrer limitações, éticas ou legais. Àqueles que, sob esse pretexto, disseminam discurso de ódio e destilam preconceitos. A palavra é a porta de entrada para a ação. Isso serve para o bem ou para o mal.

Esse tipo polêmica, habitualmente, ganha projeção a partir de situações concretas. Retomam-se, então, os debates, sempre intensos - e, em alguns casos, imprecisos -, sobre os limites do humor e do direito à livre manifestação de pensamento, de opinião e de expressão. Dos casos mais recentes, relembro aqueles envolvendo o "humorista" Léo Lins e o "influenciador" Monark.

Sem pretender qualquer aprofundamento ou maior tecnicidade na abordagem do assunto, mas apenas para esclarecimento: não há garantia constitucional absoluta. Um direito não pode violar, de forma desarrazoada, outro igualmente protegido. Ambos devem conviver harmonicamente e, no caso de conflito, deve-se preservar a proteção daquele de maior valor.

Não se pode, assim, declamar "humor" - e, invocando, o direito à liberdade de expressão, pretender proteção constitucional e legal - se, sob o pretexto da comicidade, há manifestação de cunho racista, misógino, preconceituoso ou, de qualquer outra forma, ofensivo.

Tecnicamente - e em termos singelos e enxutos -, fala-se em princípio da convivência das liberdades públicas e, ainda, em técnica de ponderação de valores (mecanismo de interpretação de normas constitucionais no caso de aparente colisão. Por exemplo: proteção da honra "versus" manifestação de pensamento).

De todo modo, não haveria a necessidade de imposição de limites legais e desenvolvimento de complexas técnicas de interpretação de normas se, em autocrítica e sensibilidade, o emissor de manifestação, de qualquer natureza, respeitasse mínimos contornos éticos, cujas dimensões ninguém, evidentemente, ignora.

Enfim, essas são, em síntese, as minhas impressões sobre a obra "O tribunal da quinta-feira".

Minha única ressalva: achei o fim um pouco abrupto, deixando algumas pontas abertas em relação aos dois personagens que se reaproximam no diálogo final (o que, por certo, foi intencional por parte do autor). Desejava, porém, como leitor, acompanhar o desenvolvimento do assunto que os trouxe àquela penosa e sensível conversa, algo que, na minha leitura, era relevante - talvez essencial - para a completude da narrativa (especialmente em seu desfecho) e, sobretudo, para melhor construção da personagem Dani, apenas superficialmente caracterizada na obra e, ainda, unilateralmente descrita pela visão, parcial e preconceituosa, de José Victor (personagem em favor de quem, particularmente, não estabeleci nenhum laço de afeição ou simpatia).

Ficará, de todo modo, ao campo da imaginação e ao espírito inventivo do próprio leitor o desenvolvimento desse diálogo final e, especialmente, a projeção dos efeitos decorrentes das revelações confidenciadas por José Victor a Dani (se é que, de fato, José Victor se encorajou a descortiná-las).

Típica obra cujo enredo, findas suas linhas, sobrevive, candente, no imaginário do leitor-espectador.

Excelente! Recomendo enfaticamente!
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Euflauzino 14/02/2017

Execução sumária

Procuramos alguns livros pela empatia, outros pela familiaridade com o estilo do escritor, por ser fã, entre outras características menos ou mais nobres. Este livro, especificamente, quis ler por causa do medo que a sinopse me causava. Medo sim, medo de me identificar com a personagem, medo das consequências de me observar tão culpado e sem defesa quanto José Victor. Então, sentem que a conversa será longa.

Minhas expectativas ao iniciar a leitura de O tribunal da quinta-feira (Companhia das Letras, 184 páginas), de Michel Laub, eram enormes e não me frustrei em momento algum. O início repulsivo nos prepara para o que vem pela frente. A linguagem é crua, não procura poupar o leitor, quer antes atingir e, se possível, ferir.

José Victor mantém conversas absurdas pelo Whatsapp, próprias de amigos antigos, com Walter, um sobrevivente que mantém sob controle o vírus da AIDS em seu organismo:

“Há toda uma história de evolução do humor que se tornou o nosso código preferencial fora e dentro das mensagens... e o fato de as piadas passarem a se referir não apenas a episódios externos e sem importância, mas a episódios da intimidade minha e do meu amigo, não muda nada... impossível a qualquer um de fora entender o contexto em que aquelas expressões foram usadas... É preciso ser muito estúpido para transformar este registro teatral e hiperbólico entre duas pessoas conversando em privado numa declaração literal e pública que revela intenções e caráter.”

Logicamente que há piadas de humor negro nas mensagens, brincadeiras das mais variadas, todas com alto teor de combustão, que fora de contexto poderiam causar danos irreparáveis. Mas quem nunca enviou uma mensagem assim para um amigo ou enviou e depois se arrependeu e cruzou os dedos e fez promessas para que esta mensagem não fosse reproduzida? Digo um daqueles comentários que era pra ser privado e acidentalmente saiu público e quando você percebe o erro corre pra apagar, rezando para que ninguém (sua sogra talvez) tenha lido. Ou pior de todas as desgraças: esqueceu-se de apagar. O comentário, mais dia menos dia, voltará para te assombrar. Quem nunca enviou ou leu um comentário idiota ou racista ou sexista, certamente nunca viveu no mundo virtual, apenas passeou por ele, vegetou na grande teia.

José Victor caiu na rotina de um casamento sem amor com Teca, mas não foi da noite para o dia, foi acontecendo, e a grande pá de cal na relação foi Dani, 20 anos mais nova que ele, que surge para chacoalhar suas convicções. É o preâmbulo da morte anunciada de um casamento sem tesão. Em qual momento começa a acontecer o “desgostar”?

“... as perguntas que você começa a se fazer de uma hora para outra, tomando um copo de água na cozinha, a simulação da ausência dela como um teste, o que eu faria se ela conhecesse outra pessoa ou fosse chamada pra trabalhar em outra cidade, se um ônibus a atropelasse na frente de testemunhas cujo relato eu teria de ouvir e em função do qual teria de expressar o quanto estava sofrendo – a demonstração externa de que eu ainda tinha algo a perder numa história que começou tanto tempo antes e no início era tão viva.”

Claro que isso tudo nunca é dito em voz alta. É apenas imaginado e muitas vezes pretendido por alguém que procura uma solução para sair de um relacionamento falido. Não é simples, nem indolor. José Victor encontra saídas nas mensagens enviadas para Walter, são brincadeiras, mas ao mesmo tempo válvulas de escape dessas e de outras situações do dia-a-dia. José Victor é um hedonista, um egoísta ou fala o que ninguém teria coragem de falar?

Você como leitor deverá escolher um caminho, o lado em que ficará neste julgamento. José Victor abandona Teca e as palavras de Laub, na voz da personagem para esta separação, são belíssimas:

“Na noite em que botei duas malas no carro e fui embora de casa, depois que as diferenças entre as minhas piadas e as de Teca se tornaram inconciliáveis, assim como as diferenças entre nossa visão de mundo, nossos planos e a maneira como cada um lidou com a estabilidade inevitável de um casamento de quatro anos – naquela noite Teca assistiu a um desses filmes antigos e delicados... pensei se ainda valia a pena dizer qualquer coisa...”

Não existem palavras ou gestos que confortem quem está sendo abandonado. Aquilo deve ficar remoendo o fígado uma vida inteira. Mas não pra Teca que por um golpe infeliz do destino tem acesso às mensagens trocadas entre José Victor e Walter. Daí para a vingança é um salto bem pequeno, com consequências gigantescas. Teca recorta algumas mensagens escolhidas a dedo e manda para as amigas do casal que envia para seus amigos que remetem para conhecidos e em pouco tempo espalham-se pela grande rede. Não adianta lutar contra a avalanche de comentários posteriores, mas ele decide lutar.

site: Leia mais em: http://www.lerparadivertir.com/2017/02/o-tribunal-da-quinta-feira-michel-laub.html
Manuella_3 14/02/2017minha estante
Resenha maravilhosa!




Pedro 06/01/2021

O Tribunal em que todos somos réus.
Leitura fluida e personagens bem construídos, em especial o protagonista e
a redatora (Dani). Capítulos extremamente curtos, alguns com poucas linha, conferem ao livro uma particularidade interessante. O tema do livro (AIDS) parece batido, mas é sempre bom ser lembrado. Enfim, um livro bom, que vale a leitura.
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