O Museu do Silêncio

O Museu do Silêncio Yoko Ogawa




Resenhas - Museu do Silêncio, O


24 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2


alexpizziolo 12/01/2023

Intrigante
O livro desperta um fascínio de quem está lendo pelos personagens, suas motivações e atitudes. É tudo narrado com naturalidade, mas há um véu de mistério sobre cada um deles. O museólogo, a velha, a menina, o jardineiro, a criada são tão únicos no papel que desempenham na história que não precisam nem de nome. Yoko Ogawa é extremamente sensível em seu retrato sobre o luto, a experiência da memória e ao mesmo tempo constrói um suspense excitante tanto nas cenas de "coleta" quanto no clima geral do romance. O final não poderia ser diferente.
comentários(0)comente



Keka_ 08/11/2022

Lugar de memória
Achei muito massa como é detalhado a função do museólogo, e como é importante se ter o profissional no museu. Mas o livro não se trata disso, o museu do silêncio fala de memórias, afetividade, acervo, coragem e respeito por aqueles que partiram.
Na metade do livro vc consegue saber pq o museu leva esse nome, e a partir daí tudo faz sentido. Indico esse livro!
comentários(0)comente



voandocomlivros 18/07/2022

Yoko Ogawa já publicou cerca de vinte livros, conquistando diversos prêmios literários no Japão.


"O Museu do Silêncio" foi meu primeiro contato com a autora e já deu pra sentir que sua escrita é especial. Além de possuir uma narrativa belíssima, esse livro também tem um ar misterioso e fantástico em alguns momentos. Logo no início da leitura eu percebi muita similaridade com o filme "A Viagem de Chihiro", como se fosse uma imersão mágica que conduz o leitor por todo o ambiente criado na história.


"O QUE EU QUERO FAZER É UM MUSEU MAIS GRANDIOSO DO QUE VOCÊS JOVENS PODEM IMAGINAR. UM MUSEU QUE NÃO EXISTE EM LUGAR NENHUM DO MUNDO, MAS QUE É ABSOLUTAMENTE NECESSÁRIO."


Com o intuito de alcançar mais pessoas e não causar estranhamentos com a cultura japonesa, a autora optou por não nomear os personagens. A história se passa em um local fictício e tudo começa quando um museólogo chega para uma entrevista de emprego. Uma velha (como é chamada no livro) senhora tem o objetivo de criar um museu que tenha em seu acervo apenas objetos de pessoas já falecidas.


Enquanto o museu vai se formando, muitas coisas interessantes e enigmáticas vão acontecendo. E nas entrelinhas é possível observar a relevância de temas que estruturam toda a obra, como por exemplo: a vida, a morte, a passagem do tempo, a importância da memória, a valoração e a concretude do silêncio e o quanto ele pode nos ensinar sem nada dizer, e, acima de tudo, o quanto cada pessoa é significativa. "MESMO A VIDA MAIS MODESTA DEIXA ALGUMA RECORDAÇÃO."


O desfecho é rápido e não entrega todas as respostas, talvez com o propósito de fazer o leitor pensar e imaginar várias possibilidades.

Esse livro me despertou a vontade de conhecer mais autoras japonesas. 🥰


"NADA DO QUE ACONTECE CONOSCO É INÚTIL. TUDO NO MUNDO TEM UMA RAZÃO, UM SENTIDO E UM VALOR."


Você já conhecia a Yoko Ogawa?? Tem alguma outra autora japonesa para recomendar?


Beijos, um ótimo voo a todos e até a próxima!📚❤

site: https://www.voandocomlivros.com/post/o-museu-do-sil%C3%AAncio-resenha
comentários(0)comente



Kellys 27/06/2022

O museu das surpresas
Muito diferente de tudo que eu já havia lido, gostei da história de um jeito diferente, gostei de ter ódio, gostei de achar que era algo e não saber se realmente era, gostei dos personagens não terem nomes kkkkk isso me deixou perdida pq achei que tinha perdido a parte dos nomes até descobrir que não tinham mesmo. Memórias de pessoas simples, porém que trazem uma grande história, histórias essas tão intrigantes que deixam o museu mais fantástico ainda.
comentários(0)comente



Ramon Diego 16/05/2022

Um museu onírico
Não pude não pensar que esse romance da Yoko Ogawa é uma metáfora sobre o esquecimento. O ambiente do enredo já pressupõe a metáfora, nele há bisões (animais fictícios), fantasmagorias e um suspense que parece beber da atmosfera do sonho. Que sonho é esse? Será que há a possibilidade de um museu da existência, que aprisione e presentifique os desejos e esperanças dos que já se foram? Qual o perigo de um museu assim? Nessa espiral de reflexões, à la Murakami (só que bem melhor), Ogawa me lembrou muito a tradição de um japão calcado na valorização do homem no tempo e da sua relação com a natureza como aquele que não pode ser pensado distante dela, sujeito à decomposição, transformação e transcendentalismo. Gostei muito, recomendo, mas prefiro ainda o "Hotel Íris", da mesma autora.
comentários(0)comente



Martony.Demes 04/03/2022

Imagine ai: O que gostaria que guardasse seu que representa profundamente você, após sua morte?
Agora imagine o que alguém escolheria seu para guardar nesse museu? Essa é a ideia de O museu do Silêncio, da japonesa Yoko Ogawa.

Um museólogo é contratado para pensar elaborar e construir um museu bem diferente com objetos póstumos de pessoas de uma cidade. Uma senhora rica, ranzinza e obstinada de uma pequena cidade que o contratara. E esses objetos de recordação são coletados e eles representam profundamente aquele falecido.

Não suficiente, esses objetos devem ser bem peculiar, estranhos e roubados do falecido e muito pouco convencional mas que tal objeto tenha um grande significado em toda a trajetória de sua vida. Esses objetos guardam segredos, são silenciosos e que guardam muito signficado daquela pessoa.

Nesse cenário, surgem algumas mortes misteriosas coincidentes com a chegada do museólogo. Então…[opa!!!]

Há muito mistério, suspense, toques de ações policiais que deixam o livro bem interessante! E vale a pena a leitura! Mergulhem!!

Então, que objeto representaria você com sua morte?
comentários(0)comente



Camila1586 06/01/2022

Um Museu diferente de todos que existe no mundo.
Uma literatura Japonesa.
Autora: Yoko Ogawa

O museu do silêncio conta a história de um museólogo que não é identificado por nomes, assim como nenhum outro personagem.

Esse homem é contratado por uma senhora rica que mora em uma vila com poucos habitantes,com a incumbência de recolher,organizar e catalogar objetos e relíquias de pessoas que partiram desta para melhor. Essa idosa tem um projeto muito ousado na cabeça, de construir um memorial da morte.

Um museu que colete recordações das pessoas que já morreram naquela vila. A velha, que por sinal era muito grosseira e mal educada, já havia coletado durante toda a vida, objetos das pessoas que iam morrendo na cidade e precisava de alguém mais jovem para dar andamento em seu projeto ambicioso, pois já ultrapassava seus 100 anos.

Os objetos coletados eram sempre muito estranhos, e geralmente roubados, pegos sem que ninguém percebesse. Mas, normalmente coisas sem nenhum valor financeiro, coisas que desapareciam e a família nem mesmo se dava conta. Objetos poucos convencionais, mas que por algum motivo, dentro da história de vida daquela pessoa tinha um significado muito especial, muito particular.

O livro é cheio de símbolos, cheio de metáforas e enigmas, e o museu é batizado pela velha e pelos outros personagens que participaram de sua construção de o museu do silêncio, pois, os itens coletados não contam sua história por si só, não falam, são relíquias que carregam segredos da vida dos que morreram mas que não evidenciam o que de fato são esses segredos.

Em outros momentos do livro, identificamos a simbologia do silêncio, na figura de alguns monges que vivem no monastério, isolado mas próximo dessa vila.
Esses monges prometem que vão ficar calados durante toda vida, são os monges do silêncio. Os moradores da vila os procuram para confidenciar seus segredos, dado que, contam com a certeza que eles nunca serão revelados.


O livro é cheio de mistérios, uma investigação sobre a passagem do tempo, a memória, a vida e a morte. São muitas camadas de significados neste romance original e atípico e acima de tudo uma reflexão bonita, delicada e envolvente, provocadora a respeito da vida, da morte, as diferenças entre a velhice e a juventude. A dificuldade de preservar as memórias, será que existe uma maneira de impedir que a lembrança de uma pessoa que passou pelo mundo seja esquecida?

Recomendo essa leitura, vale a pena viajar por essa incrível história!!!
comentários(0)comente



Archie 03/11/2021

Uma quinta-feira no Museu
Fiquei positivamente surpreso com a escrita e descrição que a autora faz do ambiente e do universo que construiu. Não é sempre que vemos alguém da Museologia como protagonista de um livro, e isso abre muitas possibilidades de vivenciar o que ele traz.

A história é simples e promete muito: um cara é contratado para criar um museu para uma senhorinha idosa, mas não é um museu qualquer: é um museu para pessoas mortas. Pessoas "normais", como você e eu, sem nenhum impacto grandioso, mas que carregaram uma vida consigo. Entender a história de casa objeto e como ele remete a quem morreu é um processo bonito, inspirador e cativante.

No entanto, em discussões com o Leia Mulheres, percebi que apesar de bem escrito, o livro é uma eterna quinta-feira - o fim de semana nunca chega. Não tem um ápice, um acontecimento expressivo, um clímax importante - o sentimento de rotina e de "mais do mesmo" permanece durante quase todas as 300 páginas, o que pode ser difícil de engajar.

Além disso, há diversos furos e lacunas na história, que poderiam muito bem ser trabalhados isoladamente com mais calma e empenho. Se pelo menos um desses elementos pudesse estar "em holofote", ao invés de vários recortes rasos e sem envolvimento, tenho certeza que a história poderia ser bem mais aproveitada. Sinto que a autora quis usar muito de várias ideias, e acabou usando pouco de cada.

Acho que é uma leitura gostosa, mas pode ser frustrante para algumas pessoas.
comentários(0)comente



Paty 21/07/2021

Bom, mas com ressalvas
O Museu do Silêncio é um livro bem legal, fácil de ler e com uma história bastante única: um museólogo é contratado por uma velha excêntrica e bem rabugenta para criar e organizar, em uma vila isolada, um museu de itens coletados próximos ao momento das mortes dos moradores dessa vila, e que representassem, de alguma forma, suas vidas ou seus fins trágicos.

Mas mesmo sendo um livro legal e com tema interessante, acho justo deixar certas ressalvas...

A vibe do livro é bem parecida com o que acontece em filme japoneses (até porque a autora é japonesa): se você vai esperando reviravoltas mirabolantes, aventuras de tirar o fôlego e finais de explodir a cabeça, provavelmente vc vai terminar o livro meio frustrado... O livro tem partes mais emocionantes, mas elas não tem o final que a gente esperaria de um livro ou filme ocidental....
Eu acho que o valor dessa leitura acaba ficando mais nas reflexões sobre vida e morte, sobre permanência e efemeridade, sobre comunicação e silêncio, até mesmo sobre valorizar a vivência e não apenas o fim (e, no fim das contas, isso vale tanto para a experiência de leitura desse livro quanto para a vida).

Então, no geral, é uma leitura que eu gostei, aproveitei bastante e até recomendo, mas acho justo que a pessoa já comece a ler sabendo que esse livro está mais para "filme cult japonês" do que para "blockbuster hollywoodiano", pra não acabar com uma quebra de expectativa muito grande com relação aos acontecimentos ao longo da trama.
comentários(0)comente



Diego Rodrigues 28/04/2021

"A partir de agora, coletar lembranças é o seu trabalho"
Seguindo com meu projeto de conhecer um pouco mais da literatura oriental, a escolha da vez foi a japonesa Yoko Ogawa. Nascida em 1962, na cidade de Okayama, a escritora descobriu nos livros infantis sua paixão pela literatura e tem "O Diário de Anne Frank" como sua maior referência de escrita como forma de autoexpressão. No Japão, é vencedora dos principais prêmios do meio literário, entre eles o Akutagawa, o Yomiuri, o Izumi Kyoka e o Tanizaki. Com dezenas de títulos traduzidos para outras línguas, Ogawa quebrou barreiras e caiu nas graças dos leitores norte-americanos e franceses, países onde é muito prestigiada. Sua obra chega ao Brasil pelas mãos da editora Estação Liberdade, que já publicou por aqui "O Museu do Silêncio", "A Fórmula Preferida do Professor" e, mais recentemente, "A Polícia da Memória". Mas é sobre esse primeiro que vamos conversar hoje.

Publicado pela primeira vez em 2000, "O Museu do Silêncio" é um romance que trata do tempo e da morte, embora englobe muitos outros temas. Aqui nós vamos acompanhar um jovem museólogo que é contratado para projetar um museu nada convencional: uma exposição em memória dos mortos. Como se organizar, catalogar, conservar e coletar objetos de pessoas que já partiram não fosse estranho o suficiente, o protagonista ainda tem que lidar com sua contratante, uma velha hostil e egocêntrica, que parece disposta a tornar o trabalho mais difícil. Enquanto trabalha no bizarro acervo e projeta o Museu do Silêncio, nosso museólogo acaba se habituando a sua morada temporária e a seus habitantes: a velha, a menina, a criada e o jardineiro (nenhum dos personagens tem nome nesse romance). Mas a cortina de mistério que envolve o museu e tudo que o cerca está longe de se desfazer. Missionários do silêncio que abriram mão da fala, um irmão que não responde cartas e estranhos assassinatos na vila vizinha, essas são algumas das peças que ajudam a compor essa obra melancólica.

"O Museu do Silêncio" é um livro que nos envolve em uma atmosfera de mistério desde sua primeira página. Cada personagem, cada lugar e cada peça desse estranho museu é um enigma a ser decifrado, aliás, o livro como um todo é, de certa forma, um enigma. Um estudo sobre a passagem do tempo? Sobre a memória? Sobre o luto? Um suspense ou até mesmo um thriller? Pode-se dizer que ele é tudo isso e mais um pouco. Com uma narrativa delicada, Yoko Ogawa nos enreda por caminhos obscuros mas inerentes das relações humanas. Essa foi, sem dúvida, mais uma experiência positiva da minha empreitada japonesa. Embora a obra não traga muito da cultura de seu país, isso propositalmente (o fato dos personagens não terem nome e da história se passar em local e tempo desconhecidos não é por acaso), ainda assim, é uma narrativa que tem uma sensibilidade diferente do que estamos acostumados a ver na literatura ocidental. Com certeza, uma autora que irei revisitar.

site: https://discolivro.blogspot.com
comentários(0)comente



Danielle 24/04/2021

Superou minhas expectativas
Comecei a leitura já amando a narrativa da autora, fiquei bem presa a trama e aos personagens e curiosa pela construção desse museu tão peculiar.
E me peguei muito surpresa com o supense que começou a rondar a trama.
Devorei o livro em poucos dias e ainda queria que tivesse mais páginas.
Já estou louca para ler outro livro da autora.
comentários(0)comente



Val Alves 27/02/2021

O melhor desse livro é o título
Um museólogo é contratado para participar de um projeto de construção de um museu numa cidadezinha afastada por uma idosa muito ranzinza. Durante o projeto ele se hospeda na casa da idosa e descobre que se trata de um trabalho muito inusitado,  pois a ideia é criar um museu com objetos de moradores da cidadezinha que faleceram lá.  Segundo a senhora essa seria uma forma ser preservar a memória dessas pessoas.
O detalhe interessante é que os objetos coletados pela velha senhora na verdade foram roubados das vítimas por ela. E como ela agora já está muito debilitada devido a idade, ela passa a missão de coletar os objetos para o museólogo, que conta com a ajuda da filha adotiva da idosa para conseguir os materiais.
Confesso que tinha maiores expectativas sobre o livro e alguns trechos permaneceram inexplicáveis devido a inverossimilidade me causando certo desconforto. Porém ainda assim valeu a pena conhecer a obra. A escrita da Yoko é limpa, despretensiosa, sem detalhes desnecessários e por isso a leitura flui confortavelmente.
comentários(0)comente



Taki 23/02/2021

Silêncio
O Museu do Silêncio é como um mar de memórias que você mergulhará de um jeito e sairá de outro. Surpreendeu-me positivamente.
comentários(0)comente



Matheus 05/02/2021

Sobre segredos e despedidas
Como encontrar sentido nas despedidas? Trabalhando com registros de morte e objetos de recordação, o museólogo descobre nessa situação tão incomum uma forma de desenvolver o seu trabalho. É missão de um "estrangeiro" lidar com uma velha que quer construir um museu para os antepassados da cidade.
A ascese do silêncio representa aqui a consumação das vidas. Uma partida eterna para onde não mais ecoa vivacidade. Cada morador da cidade tem um único objeto insólito que represente a sua vida.
Dessas premissas surge o Museu do Silêncio. Uma história de apego, mas também de adeus. Repleta de simbologias do ciclo da vida. Que segredos guardam a vida desses moradores?
comentários(0)comente



24 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR