Edu 19/12/2022
Just do it
Me surpreendeu bastante, tanto pelo desenrolar quanto pela forma como toda a história é contada. Por vezes, temos a sensação de estarmos conversando com Knight, nos solidarizando com os tropeços e torcendo pela reviravolta.
Claro que toda trajetória de sucesso será recheada de dramas e componentes que emprestem impactos e grandiosidades. Ainda mais quando contada pelo "vencedor".
Porém, precisamos reconhecer a resiliência de Phil. Nem sempre era claro onde ele queria chegar, talvez nem ele mesmo tivesse tempo de pensar. Mas, em hipótese alguma, se imaginou não vendendo tênis. Isso simplesmente o motivava, era o seu propósito.
Outro ponto que levarei é a ousadia em contornar as barreiras que iam surgindo. Tem que ter muita coragem e acreditar verdadeiramente no que está fazendo para pegar um avião e ir negociar com Japoneses. Pegar um atalho com investidores quando o banco não o apoiava mais ou burlar a concorrência mudando sua fábrica para o oriente.
Sobre este último, acredito de fato que exista uma exploração da mão de obra em países pobres, assim como não posso deixar de acreditar no depoimento de Phil ao dizer que ao chegar nessas fábricas as condições eram ainda piores e foram reformadas com ajuda da empresa.
Pra finalizar, de tudo o que li, ficou claro que o diferencial da "Nike" era conhecer a fundo o seu público, entender qual o papel do tênis para o corredor, estar nos eventos certos, patrocinar atletas em sinergia com a proposta da marca e ampliar a distribuição no território norte americano.
O erro, que certamente foi ajustado com o tempo, era transformar tudo isso em um conceito. Evoluir de uma marca de tênis para uma marca da vitória.