Tentativas de fazer algo da vida

Tentativas de fazer algo da vida Hendrik Groen




Resenhas -


26 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2


Nana 16/03/2020

Para quem gosta, respeita e se importa com os idosos!
Esse livro é uma mistura de sentimentos, pois nos faz pensar no nosso próprio processo de envelhecimento.
Na maior parte da leitura ele é super divertido, com o humor ácido do narrador e suas tiradas engraçadas , mas tem algumas partes que são tristes devido as doenças e as perdas de vários idosos que vivem no asilo onde a estória se passa.
A escrita é em forma de diário, o que torna a leitura muito fácil e leve.
Gostei que o autor não forneceu informações sobre a vida dos personagens antes de irem morar no lar de idosos, ele simplesmente focou no dia a dia deles lá dentro, e para mim isso deixou a leitura mais fluida.
Hendrik é o engraçado narrador que se une a alguns dos velhinhos e juntos criam o "Clube dos rebeldes" denominado: "Tô-velho-mas-não-tô-morto". Esse grupo cria atividades para preencher os dias desses idosos que, na maioria já passaram dos oitenta anos e estão lá solitários e entediados, muitos sem receber a visita de nenhum familiar. Uma maneira de trazer alegria e diversão aos dias que lhes restam.
A impostância da amizade é um ponto forte no livro. Eu Amei muito!!

Ps: Vi que já tem continuação do diário e vou ficar na torcida para que a editora nos presenteie com a tradução desse livro delicioso.
comentários(0)comente



Nara 20/01/2021

A velhice para além dos estigmas.
Um livro que vou ler e reler um milhão de vezes - assim espero rs durante minha vida.
O Hendrik é um amigo. O personagem mais cativante com o qual já me deparei.
Nesse livro, em formato de diário - acompanhamos um senhor aos 83 anos relatando o dia a dia em uma instituição para idosos no norte de Amsterdã.
Ele debate sobre os estereótipos que existem relativos a velhice.. O quanto imaginamos pessoas mais velhas como "velhinhos dóceis e inocentes". Quando canalhas também envelhecem. Quando amam falar sobre a morte, "como se dessa forma se sentissem mais vivos".
E o quanto se perde a autocrítica enquanto um exercício que te mantém conectado com o mundo que te cerca. As crenças limitantes em relação a não mais aprender.. A necessidade da manutenção de uma rotina.
Além de críticas incríveis em relação as posturas dos governos sem políticas públicas serem um demonstrativo de como o próprio povo (des)valoriza a população mais velha. E reproduz discursos que associam o valor à vida sempre vinculada à ideia de força de trabalho que um indivíduo é capaz de ter para a manutenção de uma sociedade capitalista.
Ou seja, envelhecer é perder o valor porque você se torna um gasto para o Estado.
Em plena pandemia com discursos pesados em relação a população idosa como a mais vulnerável e os jovens tratando isso com descaso, não teria crítica mais lúcida.
Enfim. Um relato sobre envelhecimento e como lidar com as limitações que todos nós, com nossos corpos uma hora vamos sofrer...
Lutando contra o tédio e a melancolia do dia a dia, ele se une a 8 amigos residentes da casa de repouso e criam o To-veio-mas-não-to-morto. E realizam reuniões para selecionar um responsável por organizar um passeio por mês.
Acompanhamos Evert, Grietj, Graeme, Ria e Antoine, Edward e Efjit e a vida deles por meio da visão de Hendrik. Amor e amizade são os combustíveis para uma vida saudável não importa a nossa idade. E esse livro mostra isso. Amei DEMAIS.
comentários(0)comente



Larah 12/10/2022

Tentativas de fazer algo da vida
É um livro em formato de diário, que conta sobre a vida de um senhorzinho de idade chamado Hendrick, que vive em um asilo.
Ele fala sobre seus melhores amigos, a vida no cotidiano, o amor da sua vida, o clube criado pelo grupo de melhores amigos,assassinato de peixes, doenças graves, amputação, morte, vontade de morrer, abandono familiar e outros...
Resumindo esse livro é perfeito!

Classificação indicativa +11
comentários(0)comente



Ed Carvalho 19/01/2023

Faz pensar em nosso futura velhice
Este livro é um diário real de um homem idoso. Diversas vezes fiquei me colocando no lugar dele nas situações que ele vai narrando ao longo dos seus dias de velhice. Pensei em mim mesmo daqui há umas décadas. É as vezes sarcástico, triste, engraçado e emocionante. Também é bom pra entender um pouco da cultura holandesa.
Dani 19/01/2023minha estante
Desconhecia esse livro, mas obrigada por mencioná-lo, vou incluí-lo na minha lista.




spoiler visualizar
comentários(0)comente



Mayra247 20/03/2020

TENTATIVAS DE FAZER ALGO DA VIDA
O sr. Hendrik se tornou um amigo íntimo meu.
Ri com suas ironias deliciosas e me emocionei bastante com alguns acontecimentos relatados.
Um livro delicioso, embora eu tenha demorado um pouco para terminar a leitura.
Um livro que trata do amargor da vida de uma maneira leve e, algumas vezes, até bonita.
comentários(0)comente



Marcelo 23/11/2022

Resenha disponível no Booksgram @cellobooks ?
Esse livro apresenta o diário de um idoso de 83 anos que vive num asilo em Amsterdã.

Hendrik Goen (nome fictício do autor) decide escrever um diário para passar o tempo, para poder reclamar um pouco e contar um pouco de sua rotina num asilo. Mas o que começa sendo apenas um relato de sua vida acaba abrangendo suas atividades, amizades, etc...

Hendrik tem um humor sarcástico, provocativo, mas gostoso de se ler... Se por um lado ele se mostra um pouco ranzinza, por outro mostra uma face amiga, parceira e cuidadosa com os demais ? Descobri que tenho o humor e o temperamento de um senhor de 83 anos rs.

Do personagem central se sabe pouco no livro: apenas que ele foi casado por muitos anos com uma mulher esquizofrênica que colocou fogo em casa e foi internada numa clinica psiquiátrica, a qual ele visita semestralmente, e também que teve uma filha que faleceu criança, se afogando numa piscina.

Mas o livro mostra o valor da amizade, do amor, da vida na terceira idade. E apesar das reclamações dele sobre as péssimas condições de vida dos idosos em Amsterdã, não se compraram com as condições do Brasil.

O tema faz grandes provocações em relação a eutanásia, como sendo um direito de pessoas que não querem mais viver ou que entendam que já cumpriram suas participações nesse mundo.

O ponto alto do livro é o grupo de amigos que se reúnem para aproveitar os últimos dias de vida. O ponto triste é ver os amigos partindo, ficando doentes ou inválidos.

Alguns comentários racistas e xenofóbicas constam no texto, mas isso não fica claro se é de fato a opinião do autor ou se é uma proposição por se tratar de um relato de um idoso.

A propósito, somente depois de muitos anos foi descoberta a identidade real do autor, o escritor Holandês Peter de Smet, de 68 anos
comentários(0)comente



Cinara... 20/05/2020

"Algumas pessoas se tornam mais suaves e sábias com o passar dos anos. Outras, mais duras e estúpidas. "

Muito bom!
comentários(0)comente



Silvio 25/06/2020

Um velho que todo mundo gostaria de ser
Sensível e divertido na medida certa, Tentativas de fazer algo na vida é um relato cativante sobre o envelhecimento e o valor da amizade

Aos 83 anos e 3 meses, sem filhos e com a esposa internada em um sanatório, Hendrik Groen mora em uma casa de repouso em Amsterdã que mais parece uma penitenciária, cheia de regras e proibições. Ciente dos seus últimos anos de vida, inicia um diário para encontrar conforto e manter a lucidez em sua vida solitária.

Falando assim, Tentativas de fazer algo na vida (Editora Planeta, 2016) soa como um relato deprimente sobre a vida em um asilo, cercado de desesperança. Groen, ao contrário, revela um microcosmo social cheio de nuances e transforma seu diário em um relato sensível, cativante e bem-humorado sobre o envelhecimento e o valor da amizade. Não por acaso o livro se tornou best-seller, publicado em 30 países. Na Holanda virou série de TV e peça de teatro.

A monotonia diária, cercada de reclamações sobre quem está sentado na cadeira que quem, as exaltações sobre os bons tempos (mesmo quando passavam fome) e brigas pelos prêmios do bingo só é quebrada pelo amigo Evert, sempre disposto a violar as regras e dizer o que pensa.

Em meio a tanta gente rabugenta, Groen e Evert vão conhecendo outros outsiders como eles: a vizinha Grietjie, o tímido Graeme, a charmosa Eefje, o calado Edward e o casal gourmet Ria e Antoine. Juntos formam o clube "Tô velho mas não tô morto", em que desfrutam de pequenos prazeres na companhia de uns dos outros em passeios surpresa organizados por cada um dos participantes e jantares.

Tô velho mas não tô morto

As aventuras são vistas com desaprovação pela diretora do asilo, sra. Stelwagen, e com inveja e rancor pelos outros residentes, o que torna o grupo mais isolado, mas também mais unido.

Graças ao Tovemanontomo, Groen recupera o interesse pela vida. Diverte-se em passeios por Amsterdã em seu novo triciclo motorizado e redescobre o amor em flertes com Eefje. Mas felicidade é efêmera e a idade avançada começa a cobrar o seu preço junto aos membros do clube.

Hendrik Groen, pseudônimo do escritor Peter de Smet, cuja identidade permanecia em segredo até recentemente, acertou em cheio ao escolher a forma de diário para contar sua história. Ao nos colocar na pele do seu personagem, nos faz vivenciar o mundo sob a sua perspectiva de um velho de 80 anos e, ao mesmo tempo, mostrar como a sociedade nos vê.

Em muitos países em que foi publicado, Tentativas de fazer algo na vida gerou discussões e debates sobre a condição de como os idosos são tratados, tendo inclusive uma continuação (On the bright side: The new secret diary of Hendrik Groen, 85 years old). No Brasil, infelizmente o livro passou quase que despercebido, reflexo de como o tema envelhecimento ainda é tratado no país.
comentários(0)comente



Aguinaldo 28/02/2017

tentativas de fazer algo na vida
"Tentativas de fazer algo da vida" é um romance escrito na forma de diário. Acompanhamos os dias de um senhor idoso, oitenta e três anos, que vive em um asilo holandês, em Amsterdam. O ano é 2013. O narrador é um sujeito observador, perspicaz, ainda bastante lúcido e com mobilidade. Não é exatamente um interno. Assim como boa parte dos moradores do asilo, que é privado, ele pode sair livremente. Sua renda de aposentado é pequena, mas o asilo onde mora está longe de ser o mais modesto de seu país. O leitor descobre em algum momento que ele foi casado e que teve uma filha, que essa filha morreu jovem e sua mulher está internada em um outro asilo, em coma ou bastante debilitada por alguma doença neurológica, que visita esporadicamente (no ano do diário, uma única vez). O tom dos registros é sempre realista, nunca professoral, não há digressões filosóficas ou divagações sociológicas que ultrapassem o senso comum. Essa objetividade é o que sustenta o livro, que de resto é repleto de informações ligeiras, dados estatísticos sobre a economia e demografia holandesa, trivialidades de almanaque. O narrador fala de política, cultura, religião e economia; contrasta os marcos históricos mais visíveis do ano com os sucessos rotineiros do asilo. Se de um lado comenta a escolha do novo papa, o início do Tour de France, a coroação de um novo rei da Holanda, a pressão migratória de árabes e os acordos pré-eleitorais de seu país, também registra suas visitas ao médico, seu questionamento sobre as possibilidades da eutanásia, além das manias, comportamento, discussões e brigas, acidentes, mortes e os vários estágios das doenças de seus colegas internos. Em algum momento do ano o narrador e mais uns poucos amigos formam um grupo e passam a organizar passeios e jantares (a crise é dura e o futuro incerto, mas para se viver um pouco de hedonismo é necessário). A administração do asilo obviamente não aceita pacificamente as ações do grupo rebelde, contestador das normas e procedimentos institucionais. O sarcasmo dos registros de seu diário é dirigido mais a ele mesmo que aos demais moradores do asilo. Enfim, o que o livro oferece é uma exposição ficcional da realidade da velhice, da quase impossibilidade de nos prepararmos adequadamente para a decrepitude, solidão e morte, ou seja, "La vecchiaia è bruta" (coisa que certamente qualquer descendente de italiano ouviu dos avós ou dos pais quando era criança).
[início: 06/01/2017 - 17/01/2017]
"Tentativas de fazer algo na vida", Hendrik Groen, tradução de Mariângela Guimarães, São Paulo: Editora Planeta do Brasil (selo Tusquets), 1a. edição (2016), brochura 15x22,5 cm., 363 págs., ISBN: 978-85-422-0881-8 [edição original: Popingen iets van het leven te maken (Amsterdam: J.M. Meulenhoff), 2014]

site: http://guinamedici.blogspot.com.br/2017/02/tentativas-de-fazer-algo-na-vida.html
28/02/2017minha estante
Ótima resenha.




spoiler visualizar
comentários(0)comente



Thaís Furlan 19/07/2020

Um bom livro sobre a velhice
O livro narra 1 ano inteiro da vida de Hendrik, um senhor de 84 anos que mora num asilo. De forma muito acalentadora, podemos vivenciar sua relação com seus colegas e sua família por meio de seu diário.

Foi uma leitura muito boa, muito importante para desenvolver a empatia pelos idosos.
comentários(0)comente



eneida 05/03/2017

Henk é um senhor de 83 anos que vive numa casa de repouso na Holanda e tem o firme propósito de combater o mal humor, o saudosismo e os queixumes de doenças, escolhendo a dedo seus amigos, tentando não ser grosseiro. O diário é uma maneira que ele encontra de não se deixar contaminar pelo desânimo, de não desistir da vida e de, se pelo menos não ampliar, não perder suas perspectivas, já que é um cara inteligente e deve ter tido uma vida culturalmente proveitosa e antenada.
Só não gostei do tanto que ele se queixava da comida, da limpeza e da organização do asilo de um dos países, ( se não o mais) ricos do mundo. Mas isso é uma dificuldade minha de brasileira, acostumada com coisas muito piores. Afinal, reclamar é um direito universal.
O que me acrescentou foi que a velhice é sim uma coisa ruim, triste, um declíneo irreversível, mas você tem escolhas dentro das suas limitações, tipos de escolhas que são importantíssimas para como você, e somente você, vai conduzir sua vida até o fim.
Com 84 anos ele comprou um ipod! Achei o máximo!
meriam lazaro 06/03/2017minha estante
Que bacana. Gostei da proposta do livro e da resenha.


eneida 06/03/2017minha estante
É uma leitura bem leve. É que eu atraio senhorzinhos e senhorinhas e aí, o tema me interessa...




26 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR