Resquícios de Nós Mesmos

Resquícios de Nós Mesmos Saulo Moreira




Resenhas - Resquícios de Nós Mesmos


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Tici 23/05/2021

Resquícios de nós mesmos
Quando tinha 17 anos Sandro sofreu um acidente eu uma casa supostamente mal-assombrada e perdeu completamente a memória.
Treze anos depois, agora detetive, um crime ocorre nessa casa e ele terá que investigar o que aconteceu, principalmente porque aparentemente, o sobrenatural está envolvido nesse assassinato.
Esse livro é simplesmente fenomenal. Com um protagonista humano, falível, mas disposto a fazer o que é o certo, nos envolvemos com a trama de um modo que só conseguimos parar de ler quando o livro finalmente acaba.
Sandro é um detetive que precisa investigar esse estranho caso, onde provavelmente o responsável pelo assassinato é um ser sobrenatural. Mas como colocar isso em um inquérito policial? Para quem gosta de livros que abordam investigação policial, suspense e terror na medida certa, esse livro é uma ótima pedida.
Um elogio aqui às cenas de terror, que nos fazem prender a respiração, pois vão escalonando à medida em que as páginas vão passando, fazendo a tensão aumentar até o desfecho.
Outra coisa que gostei na leitura foram os personagens secundários. O autor consegue abordá-los de maneira aprofundada, sem tornar a leitura maçante ou cansativa.
Uma trama bem desenvolvida, com o passado e o presente se conectando de modo a desvendar todo o mistério que a casa apresenta. O autor não deixou nenhum ponto sem nó. Tudo é explicado de maneira clara e concisa.
Uma das melhores leituras que eu fiz esse ano, definitivamente!
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Silvia.Souza 31/03/2018

Razoável...
A leitura desse livro demorou para fluir... Posso dizer que ficou interessante depois da metade... Achei o livro muito confuso. Tanto a história como a forma de escrever do autor são confusas... Eu precisei chegar até quase metade do livro para entender quem afinal havia morrido no início da história... Sandro também não é nada agradável e também demorei um pouco para simpatizar com ele... Enfim, quem gosta do tema talvez goste mais da história do que eu...
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Taverneiro 11/04/2017

Os fantasmas do passado tem muitas formas...
Esse é um livro de suspense sobrenatural que tem como protagonista o detetive Sandro.

Sandro é um detetive nerd, muito bom no seu trabalho, mais que mesmo assim não recebe o reconhecimento que deveria, tendo que lidar com seu chefe, o delegado José de Arimatéia, sempre o botando para baixo, e o seu chefe não-oficial, Alisson, que também é um detetive, mas que por ser filho do delegado acaba abusando dessa autoridade e sendo mais um nas costas do protagonista.

Esses não são os únicos problemas dele, por causa de um acidente com uma pegadinha que deu errado em uma mansão abandonada, Sandro teve amnesia e “perdeu” 17 anos da sua vida, o que sempre o deixa inseguro de no que ou em quem pode confiar, dando a ele um ar de alguém perdido, sendo carregado pela vida. Isso tudo faz ele ser um homem extremamente desanimado com a vida e com o trabalho.

No meio disso tudo, ele acaba tendo contato com um estranho assassinato em circunstâncias bizarras, na mesma mansão onde ele perdeu a memória, e que tem como testemunha a filha do delegado. Isso acaba colocando Sandro sobre mais pressão que ele jamais sofreu antes, e pode acabar trazendo à tona muito do passado que ele tenta ignorar.

O foco da história se divide quase que por igual com diversos personagens da trama, os antigos amigos de infância de Sandro. Eu comecei a ler a história direto, sem ver nenhuma sinopse ou resumo, então nos primeiros capítulos, por causa do tratamento que cada personagem tem, eu achei que teriam diversos protagonistas, mas conforme você vai lendo as peças vão se encaixando. O autor faz você conhecer os personagens ao mesmo tempo que vai montando esse mistério que te instiga a continuar a leitura. E, como em qualquer suspense de qualidade, você não vai ficar confortável por muito tempo, e diversas coisas estranhas e bizarras vão acontecendo.

Um dos pontos fortes desse livro é a construção de personagem. Ele faz muito bem o trabalho de te apresentar, e de te fazer se ligar a eles, criando algo mais “orgânico”, com eles sendo tão bem apresentados que parecem pessoas reais, me lembrou muito o estilo de Stephen King de conduzir a história, com uma montagem de enredo e uma exploração dos personagens antes da trama se consolidar. Por isso ela não é apressada, vai lentamente surgindo, enchendo os personagens até que eles comecem a transbordar e, por fim, sejam engolidos pelo mistério principal do livro. Não é um livro que caia bem com uma leitura apressada. Se você não gosta de construção mais calma de trama e personagens vai ser complicado passar pelos capítulos iniciais, mas se você curte uma bela explorada na psique humana, vai ser um deleite a parte.

Toda essa construção obviamente cobra seu preço, por uma questão pessoal minha creio que as descrições devam dar somente o necessário, e acontece justamente o oposto disso aqui, com detalhamento de roupas, cores, moveis, carros, drinks… nos capítulos iniciais tudo é excessivamente descrito com um metodismo exagerado, e isso me dava até agonia na hora de ler XD, por outro lado isso mostra um cuidado com detalhes, conhecimento de diversas áreas e uma organização espacial muito boa do autor. Meu gosto tende a ceder para textos mais diretos possíveis, e se você tem um gosto parecido com o meu, eu recomendo paciência nos primeiros capítulos da história, esse detalhismo diminui conforme vai se aproximando do final. Como é um livro de descobertas, fica complicado dar mais detalhes sobre a trama sem estragar alguma pequena surpresa que se apresente no caminho.

E conforme tudo vai conduzindo para o mistério final, o livro vai em um crescente de ritmo que vai te deixar grudado nele, com as diversas peças se encaixando, e Sandro encarando de frente todos os seus problemas.

Eu queria fazer uma observação especial pelo final do livro, que é, por incrível que pareça, emocionante. Enquanto eu lia, eu pensei que o autor provavelmente havia passado por algo muito parecido na vida real, pois não seria possível ele colocar aquelas emoções nas páginas sem as ter vivido. Se ele passou por algo ou não é irrelevante, o importante são as emoções que ele instiga no leitor. O que mostra muito da habilidade de Saulo Moreira a lidar não só com o sobrenatural, mas com emoções e pessoas, o que eu considero a base de qualquer bom escritor.

Se você gostou do que leu, pode encontrar esse livro na Amazon, e também o primeiro livro dele, O Grupo, um suspense envolvendo um grupo de amigos jogadores de RPG.

site: https://tavernablog.com/2016/12/06/resquicios_de_nos_mesmos_saulo_moreira_resenha/
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Léo 11/12/2016

Incrível suspense nacional
O mundo sobrenatural sempre levanta bastantes questionamentos aos mais incrédulos que, quando precisam, tentam buscar na ciência as respostas mais adequadas para tais indagações. Este confronto entre a religião e a ciência, — o estado abstrato da matéria contra a materialização, de fato, do corpo —, é bem antigo. Embora, na obra destacada neste artigo, o autor levante possíveis questões sobre o mundo paralelo e suas forças, o conteúdo aparece de forma bem apresentada e argumentada diante de ocorrências dignas de roteiros cinematográficos. Em outras palavras, o que o leitor encontra em ''Resquícios de Nós Mesmos'' são consequências de escolhas e atos passados que culminam em uma investigação ampla e aprimorada criada por Saulo Moreira. Como primeiras impressões, o livro já conquista. A facilidade com que o autor expressa os diálogos do incrível prefácio é capaz de deixar o leitor muito mais à vontade e devotado à leitura. O conjunto de suspense, terror, psicologia e socialização apresentado, assimila fatores escondidos nas personagens, levando, não somente eles, mas também os próprios leitores, a jornadearem através de seus conceitos e conflitos para que se interpretem. 'Resquícios de Nós Mesmos' ratifica o impacto do título e lança os leitores em um ciclo misterioso, intenso e fantasmagórico.

''Eu não tenho um problema psicológico, eu tenho uma maldição que destruiu minha vida e fez minha personalidade em pedaços já faz treze anos e por mais que eu procure ajuda esta merda nunca melhora de verdade.''

O suspense apresentado por Saulo Moreira se passa no interior de Minas Gerais e, além de entreter os leitores, traz verídicos resquícios de personalidades fiéis ao meio social contemporâneo. Os leitores são apresentados a personagens bem definidos — alguns comuns e outros peculiares —, que, ao decorrer, acabam provando os seus motivos para tais ações e comportamentos, justos ou não. O terreno das atividades é, no geral, condizente ao modelo proposto pelo autor. Decerto, há como sentir-se no meio de uma série policial cinematográfica sim, enquanto o autor vai ditando em quotes simultâneos os momentos antecedentes a um crime local que abala as famílias envolvidas e os moradores do bairro. A todo instante o leitor é colocado à frente de novos personagens — adolescentes, crianças, adultos, velhos — necessários para o entendimento de todo o eixo da narrativa. A substanciabilidade cultural e social que as personagens apresentam em suas individualidades não alteram o cerne dos processos mentais e comportamentais em suas interações com o âmbito físico do meio.

Logo, um amontoado de segredos, rituais, experiências sobrenaturais e descobertas vêm à tona e superaquecem a história. O personagem central tem sua filosofia de vida pautada no raciocínio e na razão e, por este motivo, cria um confronto consigo mesmo quando percebe que o caso toma rumos diferentes do que imagina. Ações egoístas, esquisitas, suspeitosas e equivocadas são praticadas a quase todo o instante pelo grupo de personalidades apresentadas no enredo, tornando-o ainda mais realista. Não se percebe, a nenhum momento, a presença do herói perfeitinho que debilite a forma verossímil com que a história é exposta.

O enredo começa a formar a sua essência logo cedo, quando o passado do protagonista começa a ser revirado, então tais episódios geram novas ideias aos leitores. As personalidades são pontos importantes do enredo, e, no condizente ao verdadeiro foco da trama, é certeiro afirmar que Saulo Moreira acerta em cheio na proposta. Essa 'parede do tempo' é defrontada por todos os personagens centrais e traz de volta um passado já esquecido há tempos. É de valia afirmar que o autor não se apressa em contar cada passo de seus personagens e que os diálogos são magníficos; sem dúvida, um dos pontos mais fortes da obra, pois não são mortos e incoerentes, pelo contrário, a alternância dos fatores complementares dos indivíduos e a troca de ideias entre eles são sensacionais, simplificando, há veracidade e harmonia entre diálogo, elementos e contexto.

Ainda falando sobre os elementos expostos durante a trama, há como definir que, a presença dos adolescentes na obra é a imagem perfeita dos adultos que se formaram na cidadela. Nesse ponto também há como perceber a representação dos vestígios deixados pelo caminho a fim de inteirar o personagem central no redescobrimento do seu próprio 'eu', como um espelho colocado à sua frente para enxergar o passado.

O atavismo presente na obra retoma valores sociais e familiares importantes para o modelo contemporâneo da família. No contexto geral, o suspense sobrenatural é o ponto de partida para uma busca não somente do assassino, seja ele material ou imaterial, mas pela totalidade do ser individual e social. Todo o processo investigativo é desenvolvido de maneira sublime. As articulações e motivações mencionadas são coesivas e deixam a trama altamente eloquente. As 311 páginas do livro podem ser devoradas em questões de horas, pois Saulo Moreira possui uma escrita determinante, aprimorada, atraente e bem caracterizada pelo uso preciso dos detalhes. Quanto a busca incessante pelo assassino, garanto que o autor surpreende legal.

A sensação a cada capítulo lido é de pura excitação. A forma que o autor conduz todo o desenvolvimento do suspense deixará, certamente, o leitor apreensivo, a ponto de conversar literalmente com os personagens durante a leitura. Em minha experiência, peguei-me falando coisas do tipo: ''Cuidado cara, ele pode ser um suspeito!'', ''Não faça isso, você vai se dar mal!'', ''Ei Sandro, presta atenção, acorde!!!''. Quando essa interação despretensiosa acontece, pode-se dizer que o objetivo do autor está alcançado, pois mescla todas as matérias presentes durante a leitura — leitor, obra e autor. Lembrando que não é pelo gênero ou gosto pessoal que se deve conceituar um livro, sim por sua qualidade.

No espaço apresentado por Saulo, encontra-se, entre as personalidades, um desmemoriado, um transgressor, um escotofóbico e a presença de pessoalidades inusitadas que, até certo ponto, possivelmente levará os leitores a diversos questionamentos. Falando em indagações, a mediunidade é parte temática de ''Resquícios de Nós Mesmos''. Invocações de seres de outros mundos, às vezes — ou sempre —, causam desconforto nas pessoas, isso é bem verdade, mas acredita-se que, acima das barreiras desse embaraço encontra-se a curiosidade. O ar sombrio e desafiador do suspense fica por conta desta tônica inserida ao enredo, que por sinal, não poderia faltar em uma obra de Saulo Moreira, autor que trabalha muito bem com esse contexto. É aí que surge uma segunda conotação — e não menos importante — para o título da obra e seu propósito, onde os vestígios lembram diretamente aparições fantasmagóricas daqueles que se foram mas deixaram missões à fazer no mundo real. Quanto a isso, o autor gera uma quebra de crença quase forçada sob alguns de seus personagens, e isso é ótimo.

Enfim, quem somos? No que acreditamos? O que fazemos? Para que vivemos? Essas questões certamente surgirão nos leitores durante a leitura de ''Resquícios de Nós Mesmos'', enredo que marca pela capacidade de sugestionar os fragmentos mais escondidos do leitor e personagens, a ponto de fazê-los encarar suas mais terríveis lembranças escondidas no passado, e suas ideologias, deixando-os defronte a um outro alguém que em meados de sua existência perdeu-se ou bloqueou-se por alguns motivos. Como disse Sigmund Freud, ''não somos apenas o que pensamos ser. Somos mais: somos também o que lembramos e aquilo de que nos esquecemos; somos as palavras que trocamos, os enganos que cometemos, os impulsos a que cedemos, sem querer''.

Que trama bem tecida! Mais um livro para recomendar sem dúvida alguma. ''Resquícios de Nós Mesmos'' manifesta a força do mundo extranatural mediante a casos misteriosos que envolvem as personagens durante todo o processo de desencadeamento. As lacunas, que de início se encontram ainda vazias, se completam perfeitamente no desenlace. O autor Saulo Moreira demonstrou mais uma vez suas acentuadas habilidades literárias e garante ao leitor uma ótima leitura, um excelente enredo e muitas surpresas com seus personagens extremamente bem representados e enredados. Garantam essa leitura! O livro está disponível na Amazon e pode ser lido gratuitamente pelo Kindle Unlimited.

''Nossa personalidade é um fruto das nossas experiências, das lembranças em si... Levamos essa vida, pois queremos transcender os prazeres comuns e atingir um ápice inimaginável por pessoas em geral, mas alcançável usando-se as técnicas corretas.''

site: www.marcasliterarias.com.br
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