Recorte!

Recorte! Talita Guimarães




Resenhas - Recorte!


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kleris aqui, @amocadotexto no ig 28/09/2017

Talita transita pelo sensorial de maneira magnífica; é um puro exercício de contemplação. Senão, de resgate.
(Esta resenha teve corte de quotes e imagens do livro; visite o link para conferir)

Sabe aqueles livros que aparecem na hora certa? Recorte! demorou para me chegar às mãos (publicado em 2015), porém, tão logo abri e li os primeiros textos, senti. Ele seria um mergulho necessário. Ele preencheria minhas pausas. Ele me encantaria. Valeria a espera. E ao fim, eu iria querer mais. E assim foi.

Com um prefácio de guardar no bolso e todo um miolo de guardar no coração, Recorte! é um livro que procura reunir o melhor do dia a dia. A autora se propôs a recortar diariamente algo, um sentimento, uma ação, uma descoberta, algo que viveu, presenciou, ouviu, e imprimiu em cursivas em dois cadernos. Com o tempo, surgiu a vontade de compartilhar esses escritos e só de pensar em alguns, quero dar um abraço na Talita pela decisão – e olha que tenho uns bocados de abraços em débito. Da mesma maneira que ela captura e preserva o sentimento, reservo muitos deles cá comigo nas bandeirinhas azuis que demarquei por todo o livro. Prepare as etiquetas, porque você vai precisar de um montão delas!

Ao contexto, de procurar o melhor dos nossos dias, coisas que passam naturalmente em um borrão, revela-se também o melhor das pessoas; no caso, as pequenas experiências aqui escritas revolvem as nossas e viramos cúmplices, seja por empatia, seja por identificação. Resgatam-se as memórias, as historietas de criança, os dilemas do crescimento, os desejos ingênuos, as saudades que mais marcam, as catarses diárias. A gente para um pouco no tempo e desacelera. E conforme a leitura vai, acerta uma sintonia.

Para o leitor, é entregue pouco mais de 90 textos para serem lidos dose a dose. A cada pausa, dez, quinze, vinte folhas; a imersão é de vários mergulhos. O toque singelo que perpassa as páginas simplesmente me ganhou. E as percepções, claro, o olhar míope, aquele embaçado, mas imaginativo, deslumbrado e satisfeito. Talita transita pelo sensorial de maneira magnífica; é um puro exercício de contemplação. Senão, de resgate.

E não só de beleza vive o mundo. Os não-recortes transitam agridoces.

Recorte! é, por fim, um bom companheiro de busão, metrô e outros transportes urbanos, lugares que você pode sentar, folhear e ler a vontade enquanto a vida corre solta. Pra mim foi uma das melhores leituras do ano. Obrigada, Talita, pelo presente! Espero ter conseguido transmitir a experiência neste recorte especial.

Recomendadíííííííííssimo!

site: http://www.dear-book.net/2016/11/resenha-recorte-talita-guimaraes.html
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