O Planalto e a Estepe

O Planalto e a Estepe Pepetela




Resenhas - O Planalto e a Estepe


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Lucikelly.Oliveira 01/05/2022

Um belíssimo romance
Devorei o livro rapidamente!!!! A história de amor dos personagens prende você de uma forma que e difícil largar o livro.
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Paula1882 26/07/2021

Uma história interessante que une romance e política. Infelizmente é um pouco arrastado, principalmente pela repetição de alguns tópicos, como as críticas ao socialismo.
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Grazi 06/01/2021

Livro excelente!
A obra consegue unir perfeitamente romance e política no enredo. É muito interessante acompanhar o encanto do protagonista Júlio pelo socialismo e logo depois, perceber que nem tudo são flores, nem mesmo nesse socialismo que aparentava ser tão perfeito.
É um história muito interessante e comovente.
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viniciusvianagr 25/06/2020

Uma dolorosa história de um amor impossível.
Essa foi a minha primeira experiência com Pepetela. Se a primeira impressão é a que fica, essa não poderia ser melhor. Fiquei encantado com a narrativa direta, mas sutilmente descritiva. Pepetela não escreveu cortes bruscos, a história é fluida, ainda que amarre uma grande linha do tempo. Foram os pequenos e poéticos períodos antes dos parágrafos mais decisivos que repercutiram na minha cabeça. Fiquei por um tempo pensando em algumas frases que provavelmente ousaria tatuar ou apenas gravar de alguma maneira na minha vida. "O Planalto e a Estepe" é uma dolorosa, ainda que apaixonante, história de um amor impossível. É político, eficaz e clássico.
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mayaraliye 26/07/2019

Tem como não se apaixonar pela escrita do Pepetela?
"O trabalho deve se ter ressentido, pois eu andava como os liambados, um olho aqui e outro lá à frente, metade do cérebro num sítio e a outra metade perdido no espaço sideral, fazendo contas ao tempo de acabar o trabalho, fazendo contas ao tempo de chegar em casa, fazendo contas ao tempo de chegar o dia da partida. Nem imagina quanto é bom não precisar de fazer contas ao tempo, porque ele se tornou eterno ou inexistente."

A delicadeza do autor, em meio à descrição de um período perverso para a história do mundo, que se dividia no contexto da guerra fria, assim como dos seus efeitos à vida privada dos atores do romance, é de longe o que mais me fascina. Ler uma segunda obra desse autor que me conquistou tanto com "Mayombe" foi um enorme prazer, pois me permitiu deleitar-me sobre as suas reflexões altamente críticas sobre o dogmatismo pregado pelos socialistas, sobre as dificuldades de se erguer um país democrático (angolano) em meio à guerras e aos conflitos da própria direção corrupta, sobre racismo, sobre esperança, e, acima de tudo, sobre a vida, tal qual ela geralmente pode ser. Ao trazer como principal temática o desenvolvimento de uma história de amor tratada, pelos atores secundários, plenamente como questão política, Pepetela nos convida a observar o contexto mundial bipolarizado sobre uma ótica diferente e bastante convincente. Por fim, é possível evidenciar, desde o começo do romance - que se inicia com a seguinte frase: "A minha vida se resume a uma larga e sinuosa curva para o amor", até o final, no qual, num dos parágrafos próximos aos finais, o autor traz as sentenças citadas no início dessa minha homenagem - toda a sua delicadeza e sutileza ao escrever cada uma das suas frases, o que me permite considera-lo uma verdadeira poesia.
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regifreitas 30/04/2019

O PLANALTO E A ESTEPE (2009), de Pepetela.

Este foi meu primeiro contato com a escrita do angolano Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos, mais conhecido no mundo da literatura como Pepetela.

Em O PLANALTO E A ESTEPE ele conta a história de amor - em parte baseada em personagens verídicos - entre Julio e Sarangel. O casal se conhece na União Soviética nos anos 1960. Julio, um jovem angolano, branco de olhos azuis, estudante de economia. Sarangel transfere-se para a turma de Julio no segundo ano do curso; ela é filha do importante Ministro da Defesa da Mongólia. Ambos são jovens idealistas,inspirados pelo sonho socialista de transformar seus países e o mundo em um lugar mais justo para todos os povos. A amizade se transforma em amor, e Sarangel acaba engravidando. Só que o pai dela não aceita a relação e separa o casal, praticamente sequestrando e obrigando a filha a retornar ao seu país natal. A partir daí, a Julio é negado qualquer contato com a moça.

Acompanhamos, então, 35 anos dessa história, sob a ótica de Julio. Primeiro, seus anos como revolucionário, lutando pela independência do seu país. Depois da independência de Angola, o país passa por uma guerra civil que dura anos; Julio luta agora ao lado das forças militares, galgando a hierarquia até tornar-se general. Em paralelo, durante esses anos, ele tenta de todas as maneiras retomar o contato com Sarangel, e finalmente conhecer sua filha.

A obra aborda temas necessários, como o racismo, as diferenças culturais entre os povos e a desilusão com os rumos do socialismo, mas não empolga em nenhum momento. Nem o pano de fundo político e revolucionário absorve o leitor, pois tudo é narrado de forma muito monótona. É um livro hesitante, alternando a narrativa de uma história de amor e o relato sobre as relações sociais e políticas na segunda metade do século XX. Mas nenhum dos dois pontos acaba se sobressaindo, resultando em uma obra que tem pouco a acrescentar.
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Guynaciria 23/09/2018

Júlio é um jovem angolando branco de olhos azuis, que nunca aceitou a pratica do racismo que para muitos que o cercavam era tão comum e até mesmo aceitável.

O garoto sempre se manifestou a favor dos desfavorecidos, perseguidos, e por isso sempre esteve na linha de frente nas lutas de classe em seu país e fora dele.

Júlio vinha de uma família simples, que se sacrificou para que ele viesse um dia a cursar uma universidade. Ele o fez, mas só achou sua vocação muito tempo depois, ao abandonar a faculdade de medicina e se mudar para Moscou.

País onde ele conheceu a doce Sarangerel, filha de um dos cinco homens mais poderosos da Mongólia. Eles sentiram uma afinidade quase instantânea, fazendo com que o amor surgisse e com ele vários problemas. 

Júlio fazia parte de grupos de esquerda, vindo a viajar para vários países, onde acabou se decepcionando com as lideranças dos partidos, com a corrupção dos companheiros e com a desigualdade instalada no regime que teoricamente lutava para combate-lá. 

Sua vida foi uma sucessão de lutas e decepções, o que o levou a uma velhice triste e solitária, até que uma virada do destino o colocou de frente com o seu grande amor, apesar deste fato ter abrandado o sofrimento do protagonista, dando um pouco de alivio a um velho cansado, mesmo assim a vida não lhe deu trégua, pondo um novo empecilho a sua tão desejada felicidade. 

O livro é simplesmente maravilhoso.
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Mr. Jonas 08/02/2018

O Planalto E A Estepe
úlio, jovem angolano descendente de portugueses, é educado entre negros e brancos, e não consegue conceber, desde cedo, a existência do racismo. Filho de família de classe média, frequenta a escola e obtém bons resultados, o que lhe rende uma bolsa para estudar medicina em Coimbra, Portugal. Lá chegando, o jovem começa a compartilhar sonhos e esperanças com outros jovens africanos, envolvendo-se com grupos de esquerda.
Após perder a bolsa de medicina por baixo desempenho, Júlio parte para o Marrocos com outros amigos, em auxílio à revolução. Decepciona-se, porém, com o fato de só os negros poderem lutar, enquanto os brancos, como ele, foram mandados a Moscou para estudar.
Ingressando no curso de economia, Júlio apresenta muitas críticas políticas ao amigo Jean-Michel, que mais tarde confessa outras decepções, que esconde por medo da repressão. Na Universidade, Júlio conhece Sarangerel, jovem da Mongólia, filha de um importante ministro de seu país. Os dois começam a namorar às escondidas. Júlio e a jovem, que estava grávida do namorado, não conseguem auxílio ou acordo, e esta é levada à força para a Mongólia.
Formado, Júlio parte para a Argélia, alça grandes postos, consegue ir à Mongólia ver sua filha de longe, e torna-se general. Passado um tempo, agora trabalhador privado, Júlio consegue ir a Cuba visitar Sarangerel, a moça já está casada. Ela resolve segui-lo. Depois, unidos, visitam Altan, a filha do casal mora na Itália e fica feliz pelos pais. Mais tarde, Júlio descobre ter um câncer. Recebe a visita da filha na Angola e morre feliz.
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Prof. Angélica Zanin 15/12/2014

Tudo era política...até o amor
A história de dois jovens que se encontram, na antiga União Soviética, e, por serem de origens diferentes, se veem impedidos de permanecerem juntos. Uma mongol e um angolano se encontram e se apaixonam, mas o regime anti-imperialista que impregna estas nações comunistas os impede de construírem uma família . "Agora que estes regimes se corroeram por dentro e desapareceram, os antigos responsáveis ainda se perguntam porque foram derrotados...Era tudo mentira".
Pepetela faz inúmeras observações filosóficas, políticas, humanas o que torna a história ainda mais interessante.
"No mundo dos humanos tudo pode calhar. Se vontade houver. E se os poderosos permitirem."
"Ensinam-nos a pureza das ideias, mas praticam toda sujidade".
"Que verdade existe no amor? A mesma verdade que existe na verdade. Se consome pelo uso. Ou se reforça pela ausência".
Simplesmente maravilhoso!
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Rafaela 07/10/2014

Júlio vive com a família em Angola. Entre os brancos é estigmatizado, pela condição econômica um tanto quanto modesta. Mesmo assim, é um privilegiado frente a miséria dos negros. 

Levado por um ideal de justiça social e liberdade para a sua terra natal, abraça o socialismo e ganha uma bolsa de estudos em uma universidade soviética. É lá que se apaixona por Sarangerel, filha de um alto dignatário do governo mongol.

Misturar romance e política nem sempre apresenta um resultado satisfatório, mas Pepetela foi hábil em mesclar esses elementos em sua narrativa. Particularmente, aprecio mais o panorama político: a África em suas lutas de libertação nacional, os encantos e desencantos com o socialismo, a onipresença do racismo nas relações sociais, seja em Angola ou na Mongólia,a corrupção generalizada na estrutura política das jovens nações africanas, a burocracia modorrenta do comunismo. 

A partir de uma história de amor é possível descortinar todo um panorama histórico marcado pelo antagonismo de duas ideologias políticas.

O protagonista parece estar sempre à espera da dupla redenção: a social, para seu país e a pessoal, com a mulher amada. Ambas, no entanto, parecem inalcançáveis.
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Rafaela 28/09/2014

Júlio vive com a família em Angola. Entre os brancos é estigmatizado, pela condição econômica um tanto quanto modesta. Mesmo assim, é um privilegiado frente a miséria dos negros.

Levado por um ideal de justiça social e liberdade para a sua terra natal, abraça o socialismo e ganha uma bolsa de estudos em uma universidade soviética. É lá que se apaixona por Sarangerel, filha de um alto dignatário do governo mongol.

Misturar romance e política nem sempre apresenta um resultado satisfatório, mas Pepetela foi hábil em mesclar esses elementos em sua narrativa. Particularmente, aprecio mais o panorama político: a África em suas lutas de libertação nacional, os encantos e desencantos com o socialismo, a onipresença do racismo nas relações sociais, seja em Angola ou na Mongólia,a corrupção generalizada na estrutura política das jovens nações africanas, a burocracia modorrenta do comunismo.

A partir de uma história de amor é possível descortinar todo um panorama histórico marcado pelo antagonismo de duas ideologias políticas.

O protagonista parece estar sempre à espera da dupla redenção: a social, para seu país e a pessoal, com a mulher amada. Ambas, no entanto, parecem inalcançáveis.
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Letycia 01/08/2012

O planalto e a estepe
Muito poético, aborda temas como o amor, o tempo, a guerra, a infância, as desilusões ideológicas com uma narração incrível. impossível não ter passado por alguma situação parecida na vida, seja a perda de um grande amor ou de um grande ideal.
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Túlio Demian 12/11/2010

O Livro é bom, mas Garcia Marques é Melhor.
É recorrente, nos dias atuais, autores que se deitam sobre a temática das frustrações pessoais em relação ao socialismo. E Pepetela não é diferente.
O bom é que o livro não termina nas primeiras 100 páginas, e o fato de o protagonista estar presente na batalha de libertação de Angola acaba por mudar o foco. O romance, a La Romeu e Julieta , vivido em Moscovo, ainda que possa ser real, não impressiona, diante das milhares de repetições que assistimos nos últimos 300 anos.
A Angola cujo interesse de libertação uniu-se aos comunistas, assim que conquistada a independência, ficou sedenta do capitalismo. Esse foi o grande mal dos socialistas: Jamais foram capazes de colocar em prática os princípios de Marx. O final do romance é bonito, mas confesso que esperava um pouco mais. O estilo do autor é bom. Marcado pelo caráter denunciativo do regime e principalmente por suas experiências. Bem, isso é tudo.
O livro é bom, ainda que deixe um "q" de Garcia Marques, traz à tona perspectivas velhas do Comunismo, referente a ideia do que não deu certo, como se o capitalismo tivesse dado, ou seja, as colocações políticas são precárias e o livro se salva pela histórinha de amor. Como já mencionei, se você já leu O Amor no tempo de Cólera não vai encontrar nenhuma novidade nesse livro, exceto que a paixão de Julio e Sarangerel é realmente verdadeira, o que não acontece no caso de Florentino e Firmina. Pepetela é um bom autor, mas esse livro não é tudo isso que estão falando. Aqueles que nunca o leram vão devagar, como em quase tudo o que se vende e está na moda ( e hoje África é Moda) , há muita fumaça pra pouco fogo.

Ari Mascarenhas
Pandora 13/12/2010minha estante
Ainda não li Garcia Marques então não posso comparar tal como vc fez, mas gostei muito de Pepetela e do livro, politica a parte gostei de encontrar um pouco da África e acabei nisso me encontrando e persebendo o quanto os brasileiros são africanos!!! Não sei se a África está na moda hoje, mas deveria está, já é hora de cada brasileiro começar a se orgulhar de sua herança africana!


Túlio Demian 14/12/2010minha estante
Olá Pandora, primeiramente muito obrigado por comentar esse post, fico lisonjeado com sua visita. Quanto ao comentário, concordo com o que você diz sobre a África. Trata-se, falando de litertatura que é o meu foco, de um universo ainda pouco explorado e, sem dúvida, riquíssimo. Quando digo que "África é moda" faço uma crítica a maneira como a cultura literária africana é tratada pelo mercado editorial. Vou lhe dar um exemplo. Pepetela, assim como, Ondjaki e Mia Couto, possui obras primas de encher os olhos,qualidade literária alcançada no auge do descompromisso comercial. Eles são bons, muito bons. Mas o problema está nos contratos editoriasi que os forçam a "literalizar"( parafraseando Mia Couto) em linha de produção. Citei Gabriel Garcia Marques, um ícone da literatura latino-americana, mas quando falo dele, falo de "Cem anos de Solidão", "Amor nos tempos de cólera" e outros, mas não falo de "memórias das minhas putas tristes" escrito no calor da necessidade de se vender.
"A moda África" não é uma crítica à cultura africana da qual eu sou um grande admirador e cujas nuances, principalmente as das diásporas, são meus objetos de estudo, a crítica aqui é no comercialismo de uma parte da cultura Áfricana que sofre uma deformação comercial, o que os capitalistas chamam de adaptação.
Quanto a Herança Africana concordo com você plenamente. África é o berço da humanidade e no caso do Brasil, ela é o útero, o leite e a alma. Abraços
Ari


Cardoso 24/11/2018minha estante
Cheguei no momento em que Sarangerel revela quem é o pai, e as impressões que tive foram exatamente as suas hahaha... Me entristeci de um dos autores Africanos mais conhecidos no Brasil, hoje (depois de Couto e Adichie) ser "só" isso, mas confiarei em você dizendo que este livro em específico não representa a qualidade de Pepetela; fora que, como professor de história e comunista, as opiniões dele não me deixam de soar como os ressentimentos dum Fernando Gabeira ou Daniel Aarão Reis hahaha Enfim, García Marquez é lindo e genial.




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