Meio Mundo

Meio Mundo Joe Abercrombie




Resenhas - Meio Mundo


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Acervo do Leitor 02/02/2018

Meio Mundo – Trilogia Mar Despedaçado #2 | Resenha | Acervo do Leitor
Uma linha escrita, um diálogo provocativo. Duas linhas escritas, um desafio aceito. Três linhas escritas, uma lâmina cortando pescoço. Quatro linhas escritas, um corpo que cai decapitado. Um parágrafo terminado, sangue escorrendo pelas páginas. Um capítulo terminado, um reino em chamas. Assim é a escrita inigualável de Joe Abercrombie, contundente e afiada como aço. Veloz, furiosa e implacável. Suas histórias de tirar o fôlego, com tanta ação e ironia mordaz, arrebatam uma legião de fãs por onde passam. E o genial segundo volume da série “Mar Despedaçado” revela porque ninguém fica indiferente frente essa força da literatura fantástica.

“Mantenham as armas perto!
– Não deveríamos aplainar o caminho para o Pai Paz?
– Claro. – Pai Yarvi afrouxou sua espada na bainha. – Mas as palavras de um homem armado fazem isso com muito mais doçura.”

O livro possuí dois protagonistas: Thorn Bathu e Brand. Espinho (Thorn) é uma garota de 16 anos que quer ser uma guerreira para vingar a morte de seu pai que morreu em batalha. Já, seu companheiro de treinamento, Brand está atrás da riqueza através de saques e “pilhagens” de batalhas para ajudar a sustentar a si mesmo e sua irmã Rin. Ambos estavam treinando para se tornarem guerreiros do Rei quando um acidente fatal transforma suas vidas. Bathu está entre as melhores protagonistas femininas que já li em uma obra de Fantasia. Com seu talento e espírito indomável ela nos cativa pela simplicidade, praticidade e contundência de suas ações. A sua jornada de crescimento na trama é sensacional, passando de um pequena pedra bruta de carbono para um afiado e inquebrável diamante. Enquanto Brand, que talvez por ter sofrido demais em sua infância, possuí um enorme coração inocente mas acaba percebendo da pior maneira possível, no calor da batalha frente a morte, que não é tão simples separar o bem do mal. Através de um magistral e intrincado plano realizado por Yarvi (o nosso Meio Rei do volume um da série) nossos protagonistas acabam unindo suas vidas em um jornada mortal que poderá partir o mundo ao meio. Em meio a espadas, fogo e destruição haveria espaço para florescer algum sentimento se não o ódio? Ou uma centelha de amor, mesmo deturpado, pode brotar em qualquer lugar?

” – Não sou guerreiro.
– É, sim.
– Um guerreiro não tem medo.
– Um idiota não tem medo. Um guerreiro fica de pé apesar do medo.”

Há toda uma constelação de personagens secundários na trama. Joe Abercrombie é um gênio na arte de construir de forma breve, mas intensa, guerreiros, mestres, conselheiros, ladrões e reis com suas atitudes e diálogos que ficam registrados em nosso imaginário. Todos que cruzam a história deixam sua marca. Isso torna a leitura ainda mais ágil e cativante. Acrescente batalhas e desafios épicos assim como reviravoltas na trama que irão tirar seu fôlego. Existe sempre uma excelente “marca” em suas obras que é a ausência de descrições tediosas e partes irrelevantes para trama. De uma forma enxuta e coesa tudo está em uma perfeita e, muito breve, harmonia.

“- Então você me oferece ouro e prata?
– O Rei Supremo não oferece nada além de orações.
– O ouro e a prata são tudo para você, pai Yarvi?
– O ouro e a prata são tudo para todo mundo. Alguns de nós tem o suficiente até mesmo para fingir que não.”

SENTENÇA

Apesar de conter quase todos os elementos que uma grande fantasia épica necessita, e de forma concisa e leve, “Meio Mundo” é muito mais do que parece. O autor nos presenteia com uma rica jornada de crescimento, amadurecimento, dor e redenção. Através de diferentes arquétipos representados em seus inúmeros personagens são abordadas inúmeras facetas da jornada humana. Amor contra o ódio. Dever apesar da honra. Calma em meio a imprudência. Paz através da guerra. Aprendam de uma vez, quando vocês lerem “Joe Abercrombie” na capa de um livro, podem comprar!

site: http://acervodoleitor.com.br/resenha-40-meio-mundo-joe-abercrombie-2/
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Solitário 27/03/2022

Bom zim
O livro é bom
Talvez vala cinco estrelas, mas sou muito exigente.
Longe do que eu esperava mas satisfatório.
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umbookaholic 26/07/2017

A sequencia ideal para Meio Rei!
Meio Mundo vai se passar alguns anos depois de Meio Rei, que é o primeiro livro da trilogia. Nele vamos conhecer Thorn Bathu, a protagonista mais badass dos últimos tempos. Com brutal sutileza, Abercrombie vai construir uma personagem única, que, com sua forte personalidade, luta pelos seus objetivos. Essa personagem é bem sombria no começo; a gente não a conhece bem, receamos seus movimento, mas, conforme a narrativa vai avançando, seus objetivos vão se tornando mais claros e sua personalidade, aparente.

Assim como o primeiro volume, Meio Mundo é um livro que fala muito sobre perdas e aceitação; sobre você se enxergar, olha pra dentro e se amar. Durante a história, Thorn enfrenta muitos conflitos internos sobre sua personalidade, sua identidade e, às vezes, sobre seu lugar na sociedade. Ela sempre foi muito bruta e diferente da sua família, o que fez com que ela sempre fosse muito afastada. Abercrombie nos transporta pra dentro da história através da identificação. Os personagens de Meio Mundo são extremamente reais... são humanos.

Em um dado momento da história, Thorn é posta à prova. Ela precisa tomar certas decisões que podem (e vão) afetar a vida de quem a rodeia. Boa parte da história ela passa com uma tripulação e, com o passar do tempo, ela acaba se afeiçoando a eles. Os personagens são carismáticos e, com muita facilidade, faz com que nós, leitores, nos apaixonemos por eles.

Apesar de no começo do livro a gente ter a impressão de que ela [Thorn] é uma pessoa horrível, sem coração e/ou escrúpulos, a gente se apega a ela e passa a querer nada além do bem à ela. Ela é uma personagem incrível, que "baixou o cacete" em muito marmanjo. hehe!

Uma das coisas mais bacanas desse livro é a chance que temos de revisitar alguns dos personagens que nós conhecemos e aprendemos a amar em Meio Rei. Aqui, em Meio Mundo, podemos rever o Yarvi (!!!)! Se você acompanha o blog ou canal, sabe que sou bastante fã dele e que, nossa, sou muito louco por esse personagem. Toda vez que tenho a oportunidade de ler o Yarvi, é como se eu estivesse me lendo em um livro, já que me identifico muito com ele. Meio Mundo dá uma ótima sensação de nostalgia e homecoming aos que leram e amaram Meio Rei. Quem leu Meio Mundo deve se lembrar da Mãe Gundrig, que parecia uma máquina de quote; aqui esse papel é do Yarvi, que tá incrível - prefiro não comentar sobre ele! Tudo o que envolve o Yarvi nesse livro é muito incrível, então vou deixar pra vocês irem descobrindo tudo com o tempo!

A revisão e a tradução desse livro estão impecáveis, mantendo o padrão de Meio Rei. A Editora Arqueiro está de parabéns com a diagramação: papel pólen e uma margem maravilhosa, não deixa nada a desejar.

site: http://www.umbookaholic.com/
Rafa Ferrante 26/07/2017minha estante
Não vejo a hora de começar a ler.


umbookaholic 27/07/2017minha estante
leia, Rafaaa!




Jbaclg 17/05/2021

Que livro maravilhoso
Eu não esperava que esse livro fosse tão bom quanto o primeiro, mas estava bastante enganada. A escrita do autor é tão flúida que parece que estou vendo um filme. A história é tao boa, os personagens tem personalidades incríveis. Eles evoluem tanto ao longo do livro, é maravilhoso. Novo favorito.
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Jessica599 25/03/2017

Muito bom!
Meio Mundo é o segundo livro da trilogia Mar Despedaçado que começou com as aventuras de Yarvi, um príncipe com deficiência em uma das mãos e que sofria com o desprezo do reino e da própria família.

Se você já leu Meio Rei, deve saber que o livro é repleto de reviravoltas - o que, para mim, foi o ponto forte da obra - e esse clima de tensão e surpresas é ainda mais intenso em Meio Mundo. Toda aquela saga de aventuras vividas por Yarvi e seus companheiros foi só a ponta do iceberg. Há muito mais nesse universo criado por Joe Abercrombie, e Meio Mundo é uma continuação ainda melhor e muito mais surpreendente.

"O gado morre. Os parentes morrem. Todo homem é mortal. Mas eu sei de uma coisa que não morre jamais: A glória dos grandes feitos."

O livro é dividido em quatro partes: Párias, Divino e Renegado, Primeira Cidade e Grandes Feitos; e a protagonista da vez é Thorn Bathu, uma garota de 16 anos que quer aprender a lutar e defender suas terras honrando a memória de seu falecido pai. Estaria tudo bem se Thorn não fosse mulher e, infelizmente, tivesse que sofrer as consequências de ser uma mulher "no lugar dos homens", no campo de batalha. Impulsiva, imatura e inconsequente, Thorn acumula sentimentos de raiva e injúria pela sociedade que insiste em desprezá-la e humilhá-la por querer ser uma guerreira.

"Uma carranca não é uma lâmina, e o ódio de Thorn não cortava ninguém, a não ser ela mesma."

Quando um erro terrível acontece, Thorn terá de pagar com a própria vida e é nesse momento que Yarvi (o protagonista do primeiro livro) aparece e lhe propõe uma troca que mudará todo o rumo de sua vida, e a história de Gettland.

Além de Thorn e Yarvi, conhecemos Brand - um jovem aluno guerreiro da turma de Thorn -. De bom coração e sempre disposto a fazer o bem, ele sonha em lutar e conseguir sustentar a irmã, Rin. O que Brand não sabia era que falar a verdade e fazer o que era certo lhe traria tanta dor de cabeça, juntamente com a possibilidade de perder tudo que ele conquistou. Enquanto Thorn estava cada vez decidida em seguir o caminho de guerras, lutas e vingança, Brand se questionava se aquele destino era realmente o que ele esperava.

Quando esses três personagens principais se juntam na mesma trama, fica impossível parar a leitura. Yarvi é tão sábio, tão coerente, tão majestoso, tão fucking incrível que a cada sacada que ele dava, minha vontade era de aplaudí-lo. Em alguns momentos, ele me pareceu semelhante à Tyrion Lannister (de Game of Thrones) e se tornou - de longe - meu personagem favorito dos dois livros.

"Os tolos alardeiam o que vão fazer. Os herois fazem."

Nessa jornada, Thorn se mostra um diamante que precisa ser lapidado. Ao começar a treinar com uma senhora (você não leu errado, é uma senhora mesmo), a jovem evolui de corpo e espírito e começa a mostrar os sinais de que recebeu o dom da luta pelas mãos da Mãe Guerra. Thorn me surpreendeu positivamente em todos os quesitos e ela é o tipo de personagem feminina que eu adoro. Quando eu crescer, quero ser igual a Thorn Bathu.

Joe Abercrombie escreve com autoridade e sabe como fisgar o leitores já nas primeiras páginas. A linguagem é simples, a ambientação é fácil, os diálogos são genuínos e as descrições são breves. Meio Mundo, assim como Meio Rei, é um livro de leitura fácil. Os personagens são cativantes, instigantes, misteriosos e surpreendentes. Meu destaque maior vai para Yarvi (que meu Deus do céu, que inteligência da gota! que sabedoria! que genialidade!) e Thorn Bathu que mostrou que ser mulher não é motivo para ser uma vergonha, muito menos sinônimo de fragilidade. Thorn ultrapassou os próprios limites, atravessou as barreiras da sociedade machista, me trouxe ensinamentos sobre a realidade de ser mulher e é mais uma personagem para o clubinho #LuteComoUmaGarota. Por mais mulheres como Thorn Bathu na literatura!

"Todo aquele trabalho. Todo aquele desprezo. Toda aquela dor. Mas Thorn havia derrotado todos. Fechou os olhos, sentindo o vento salgado da Mãe Oceano beijar seu rosto suado, e pensou em como seu pai ficaria orgulhoso."


site: www.literalivro.blogspot.com.br
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emlindh 25/04/2022

Meio Mundo
O segundo livro da trilogia Mar Despedaçado surpreende tanto quanto o primeiro.

Meio Rei nos apresenta Yarvi e sua jornada para se tornar Ministro e começar sua vingança. Agora em Meio Mundo vemos Yarvi novamente, mas sob a narrativa de dois outros personagens: os jovens Brand e Thorn.

Conhecer esse novo lado da história e acompanhar os planos de Yarvi por outros olhos foi uma experiência sensacional. Brand e Thorn são personagens igualmente profundos e fascinantes.

Fantasia é um gênero complicado de se trabalhar porque é muito fácil ficar preso em clichês repetitivos e sem graça , mas nessa trilogia tudo é trabalhado de uma forma deliciosa, e mesmo sabendo pra onde a história está indo ele ainda consegue te tirar o fôlego.
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Umberto Vicente 04/07/2018

"Se você aceitar tudo como elogio, nunca poderá ser insultada".
Com uma escrita fácil, fluida e sem muitas delongas, Joe Abercrombie me deixou cada vez seu fã. O primeiro livro eu gostei muito e desse eu gostei mais ainda.

Conta a história de Thorn, uma garota que passa por um bocado de situações (é acusada, intimada, sofre preconceitos por ser mulher diante do que faz) mas que se mostra muito forte e capaz de tudo (tudo mesmo, kkkkkk). Enfim, não quero que você que está lendo tome spoilers, rsrs.

Durante a história, o autor mesmo sendo muito direto, detalha muito bem os lugares, as ações, a característica física e os trejeitos de cada personagem. Isso nos deixa numa imersão, prende a gente, sem contar que em trechos ele descreve as emoções, fazendo o leitor imergir mais ainda.

Para quem gosta de livros de fantasia, recomendo muito mesmo!
Alex Calixto 05/07/2018minha estante
Fiquei com vontade de ler.


Umberto Vicente 05/07/2018minha estante
Eu gostei muito. Me surpreendeu, de verdade! Já quero ler o último livro.


Alex Calixto 05/07/2018minha estante
E a lista de leituras só aumenta, kkkkk.


Umberto Vicente 06/07/2018minha estante
Sempre, hauahaua.


Fernando Sousa 27/12/2019minha estante
Já tem o primeiro e quero ler todos.


Umberto Vicente 27/12/2019minha estante
Fernando, eu adorei mesmo essa saga!




Diogo Matos 12/08/2018

Mantém o ritmo do primeiro livro.
Assim como em Meio Rei, Meio Mundo segue o mesmo estilo de narrativa, prezando pela objetividade, tornando a leitura rápida e agradável. Yarvi, o protagonista do primeiro livro, é um personagem importante nessa trama, mas não é o protagonista. Somos apresentados a dois personagens que dividem o protagonismo, Thorn e Brand, que são muito bem explorados pelo escritor. Meio Mundo se trata de mais uma excelente leitura. Recomendado!
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Isadora 25/05/2017

Menos que o primeiro
Achei menos interessante que o primeiro livro. Alguns fatos foram mal explicados ou construídos de maneira rasa, rápida demais.

Yarvi, nosso protagonista do primeiro livro, se tornou "pai", conselheiro do rei. Pouco tempo se passou do livro anterior para esse, mas isso não impediu que Yarvi se tornasse um ministro experiente e muito respeitado.

Isso faz algum sentido?

De repente ele se transforma num exímio manipulador, planejador, estrategista... Eu achei um pouco rápido demais.

Os outros conselheiros são bem mais experientes que ele.

A nova personagem principal, Thorne, me irritou um pouquinho com suas atitudes egoístas e orgulho demasiado.

Eu sei que tudo é proposital, com intenção de causar maior impacto com a mudança da personagem, mas ainda assim eu não consegui gostar dela.

Não me apeguei as suas motivações. Além do que, apenas um ano de treinamento não constroe uma heroína mortífera, implacável e invencil quanto quiseram fazer acreditar.

A garota treina 12 meses e de repente se torna a mais poderosa guerreira do Mar Despedaçado?

Não me convenceu.

O autor não criou uma mulher que queria ser guerreira e manteve sua essência.

Ele criou uma mulher quase homem, pois aparentemente não dá para ser mulher e guerreira ao mesmo tempo.

A história em si foi interessante. Apenas não me interessei tanto pelos personagens e tramas.
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Fernanda | @psiuvemler 05/05/2017

Meio Mundo, Mar Despedaçado #2 | Blog Psiu, vem ler!
No primeiro volume da série, Meio Rei, nosso principal protagonista é Yarvi, um garoto que possuía uma das mãos defeituosa e que, por isso, sempre foi vítima de preconceitos e visto como fraco diante de todos. Yarvi era o próximo na linha de sucessão do Trono, mas seu desejo sempre foi tornar-se ministro. E diante de todas as dificuldades, ele renunciou o posto de príncipe – o que, para muitos, foi um alívio – e virou o pai Yarvi, ministro do rei de Gettland. Meio Rei é apenas a introdução de uma batalha que ainda nem começou.
Em Meio Mundo, segundo volume de Mar Despedaçado, nós temos novos personagens, novas histórias a serem descobertas e o início da preparação para a guerra que se aproxima. Nesse livro, Yarvi já é um homem sábio, que entende que Gettland precisa de aliados para combater o Rei Supremo e é por isso que realiza uma viagem para além do Mar Despedaçado enfrentando grandes perigos e ameaças com uma tripulação bem improvável formada por remadores, matadores, novos e velhos amigos, entre eles Thorn e Brand, a fim de conquistar alianças o mais rápido possível.
O que diz a sinopse é mais do que verdade, Thorn não tem nenhuma semelhança com as outras garotas de sua idade. Ela não é delicada, não preza tanto pela beleza e não sonha em se casar apenas para carregar uma chave. Mas é isso que a faz tão especial. O sonho de Thorn é tornar-se guerreira do rei, mas, em uma sociedade completamente machista, ela vai ter que enfrentar muita coisa.
E uma delas acontece no quadrado de treinos, onde é visto quem tem capacidade para lutar e quem não. Em um dos treinos, mestre Hunnan acaba colocando três oponentes para lutar contra ela – que, a propósito, era a única garota no grupo – e, no desespero, acaba matando um deles. Thorn então é julgada como assassina pelo homem que devia prepara-la para guerras e é condenada ao apedrejamento.
Brand é o completo oposto da maioria dos personagens que estão focados em ir para a guerra. Essa também é sua meta, mas seu principal objetivo está em vencer e conseguir a recompensa para sustentar a si e a sua irmã. Ele sempre foi um garoto bom e generoso e, ao crescer, tornou-se um homem incrível, que tentava sempre manter-se na luz – este era o único pedido de sua mãe antes de morrer. Mas Brand viu todas as injustiças cometidas contra Thorn e foi pessoalmente avisar pai Yarvi. Alguns considerariam um grande erro, pois o mestre descobriu e fez questão de acabar com todas as chances do rapaz de ser um guerreiro.
Diante de todos esses acontecimentos, que pareciam levar tudo ao fundo do poço, as histórias de nossos personagens vão sendo traçadas. Por conta de Brand, pai Yarvi resolve intervir na vida de Thorn, a resgatando para fazer parte de sua tripulação. Thorn indica Brand como sendo um dos melhores lutadores do quadrado e, junto com diversos outros, esse trio parte pelo Mar Despedaçado, criando alianças, fazendo inimigos, sofrendo e, principalmente, matando.
Genteeeee! Se eu achei que Meio Rei era um ótimo livro, nem sei o que comentar sobre Meio Mundo. Quando comecei a ler, não fazia ideia do que me aguardava. Fiquei até nervosa por não saber quem era Thorn, pois achei que havia esquecido tudo o que aconteceu no volume anterior, hahah. Mas essa obra é daquelas que dá vontade de ler e reler e reler, porque sempre vai ter um detalhe diferente que vai chamar ainda mais a atenção do leitor.
O autor conseguiu me prender completamente durante a leitura, tanto que quando estava lendo, não lembrava de fazer outras coisas e, quando precisava largar o livro, só pensava na história. Todos os personagens são cativantes, até os inimigos, pois todos foram criados de maneira impecável. Pai Yarvi está apaixonante. Em Meio Mundo, o ministro precisou usar de toda sua sabedoria e estratégia para tentar sempre estar um passo á frente do adversário – o que nem sempre era possível.
Thorn e Brand estão entre os mais fascinantes, cada um com suas características e peculiaridades beeem diferentes. Se Brand tentava sempre manter-se na luz, sempre buscando a paz em um mundo de guerras, Thorn era a verdadeira morte em pessoa. Ela batalhou muito para chegar onde chegou. Enquanto todos riam por ela ser uma mulher tentando ocupar o cargo de homens, a garota treinava arduamente com a feiticeira Skifr, que foi incumbida da tarefa de torna-la mortal. Se Thorn levou um soco que a deixou no chão, ela levantou-se e desferiu dois contra o oponente. São várias as citações que mostram sua garra e determinação.
Eu sei que a resenha já está enorme, mas simplesmente não consigo falar pouco sobre uma obra que tanto significou para mim. De uma maneira bem direta, Joe Abercrombie introduziu em sua fantasia um dos temas que mais tem gerado discussões na atualidade: a desigualdade entre homens e mulheres nas mais diversas situações.
Muitos queriam colocar Thorn para baixo, dizendo que ela devia estar costurando ou cozinhando ao invés de fazer parte de uma tripulação. E, de fato, muitas vezes somos induzidos a acreditar que esse cenário de guerras pertence apenas aos homens por estes serem “mais fortes”. Thorn treinou e batalhou e acabou sendo melhor que muitos, inclusive mestre Hunnan, que foi quem desencadeou tudo. Cresceu e conquistou coisas que nenhum deles foi capaz de conquistar enquanto estavam sentados, rindo de seus objetivos.
Mas nem todos estiveram debochando dela. Sua tripulação, apesar de no início não acreditar no que estava acontecendo, deu cada vez mais apoio à garota. Eles acompanharam todo o processo de treinamento de Thorn e Skifr, a viram cair, mas também contemplaram sua ascensão. Puderam sentir na pele que ela não estava lá para brincar e não dava nenhuma importância aos que não acreditavam nela. Thorn conquistou respeito, fez amigos e deu lugar até a uma paixão que aflorou no navio – coisa que nunca pensou que aconteceria com ela.
Enfim, não sei se todos leram até aqui, hahah. Mas, se sim, espero que você tenha entendido pelo menos um pouco de tudo o que essa série tem a oferecer. Para quem souber interpretar, Joe tem uma grande mensagem para passar a cada um de seus leitores. Eu falei bastante de Thorn porque, para mim, foi o ponto mais forte do enredo, mas todos os personagens tiveram grande importância. A presença de Brand foi vital para que Thorn se permitisse ser uma pessoa melhor e, junto com todos os outros, eles foram aprendendo e achando seu lugar no mundo.
Nem preciso falar que o trabalho da Editora Arqueiro ficou um espetáculo, né? Essa capa representa tudo o que é apresentado no enredo. Os capítulos são nomeados e não numerados e sempre tenho medo quando é assim, porque se o título não for bem elaborado, pode entregar toda a história. Já passei muito por isso, infelizmente. Mas a cada título que eu lia, ficava ainda mais ansiosa para continuar lendo. Ainda não sem bem o que fazer agora que a história acabou a não ser esperar a continuação.

* Fotos e citações no blog Psiu, vem ler!

site: http://www.psiuvemler.com.br/2017/05/resenha-meio-mundo-joe-abercrombie.html
Cayo 10/05/2017minha estante
Esperando Meia Guerra anciosamente ^^ :3




Thunder Wave 22/04/2017

Resenha Meio- Mundo- Joe Abercrombie
No primeiro livro conhecemos o Yarvi, herdeiro do trono que possui uma deficiência em uma das mãos e por isso é menosprezado pelo seu povo e sua família. Acompanhamos sua jornada, que tem um desfecho fechadinho, mas inicia uma guerra que será explorada nos próximos volumes. Veja a trama completa na resenha de Meio-Rei.

Se Yarvi não estivesse no meio da trama, Meio-Mundo poderia ser considerado um novo livro situado no mesmo Univers. Nele conhecemos Thorn Bathu, uma garota diferente, filha de um guerreiro falecido que deseja seguir os passos do pai. Assim como Yarvi sofre preconceito por causa de sua deficiência no volume antecessor, Thorn sofre por ser uma mulher aspirante a guerreiro.

Durante o treinamento, seu treinador machista resolve apelar para desclassificar Thorn, fazendo-a lutar contra três garotos ao mesmo tempo. Mesmo com protestos de todos contra essa injustiça, Thorn acaba participante e sem querer matando um deles. Ela então é condenada a morte por apedrejamento, mas Brand, um dos garotos que estavam na luta, intervêm a favor dela declarando que ela não tinha intenção de matar e assim Thorn é salva, porém precisar jurar lealdade à Yarvi e segui-lo por meio- mundo em busca de aliados para a guerra que está prestes a explodir.

“É MELHOR SER TEMIDA DO QUE SENTIR MEDO.”

Joe Abercrombie gosta de usar de preconceito e lições de moral em suas obras e Meio-Mundo não foge à regra. Thorn é praticamente um símbolo do feminismo, lutando por seu espaço em um ambiente que não a aceita e dando várias lições de moral enquanto passa por seu treinamento. É o tipo de protagonista que te deixa passando raiva por como é tratada, mas te orgulha com seus feitos.

Brand, que fica o livro todo lutando ao seu lado, também é um personagem cheio de questões pessoais a serem exploradas e transformadas em lições. Órfão desde muito pequeno, ele e sua irmã precisaram se virar catando lixo para sobreviver e isso teve sequelas no menino, enquanto pensava sempre em fazer o bem, tinha sentimentos de rejeição e uma alto estima muito baixa por ter sido abandonado pelo pai.

O autor ainda narra de uma maneira muito interessante a vida de guerreiros. Enquanto navegavam em busca de glória e desejando que seus feitos fossem eternizados em belas canções, passavam por terríveis apuros corriqueiros nas viagens. Em vários momentos os personagens pensam que a recompensa não é tão boa assim, apontando que muita coisa é omitida nas tão famosas canções.

“UM IDIOTA NÃO TEM MEDO. UM GUERREIRO FICA DE PÉ APESAR DO MEDO.”

Com uma narrativa novamente informal, Meio-Mundo é basicamente constituído de batalhas e treinamentos, o que pode deixar a leitura cansativa para os que não gostam de ler descrições de golpes e longas batalhas a todo momento. Ainda assim, é uma obra forte e compensadora, que retorna alguns personagens mais amadurecidos e mostra o amadurecimento dos novos.
Veja mais no link.

site: https://www.thunderwave.com.br/resenha-meio-mundo-joe-abercrombie/
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Bells - @brumbells 03/03/2017

Enquanto em Meio rei, primeiro livro da trilogia Mar Despedaçado, conhecemos o aspirante a Ministro Yarvi e toda sua “saga” para chegar ao tão sonhado posto, em Meio mundo conhecemos os jovens Thron e Brand.
Thorn é uma lutadora que não deixa se abater pelas circunstâncias. Tudo que ela quer é aprender cada vez mais a lutar para que assim possa brandir a espada de seu falecido pai em defesa de Gettland, mesmo que para isso tenha que enfrentar preconceitos de todos a sua volta por ser uma garota.

"Todo aquele trabalho. Todo aquele desprezo. Toda aquela dor. Mas Thorn havia derrotado todos. Fechou os olhos, sentindo o vento salgado da Mãe Oceano beijar seu rosto suado, e pensou em como seu pai ficaria orgulhoso."
(Joe Abercrombie, p. 13)

Apesar da desaprovação de sua mãe, Thorn não desiste! E assim é chegado o dia em que ela deverá mostrar seu valor no quadrado de treino, tendo que lutar não contra um, mas três guerreiros, o que acaba resultando numa tragédia condenando-a a morte. Porém os ventos parecem estarem prestes a mudar quando uma notícia inesperada surge a Pai Yarvi, que propõe a Thorn um acordo: em troca de sua liberdade, ela terá que navegar com ele por reinos desconhecidos em busca de alianças para Gettland na guerra iminente.

Brand, por sua vez, não almeja todo o “glamour” das batalhas. Tudo que o jovem quer é lutar e entrar para o grupo de batalha por Gettland para que assim possa dar melhores condições de sobrevivência para a irmã, já que vivem em condições precárias desde a morte da mãe.
O destino acaba tirando Brand do campo de batalha por hora e colocando-o também no navio de Pai Yarvi, e assim o jovem parte pelos rios e mares junto com a recém formada tripulação do ministro em busca de alianças para seu país.

Travando batalhas inimagináveis, vivendo em alto-mar com completos desconhecidos que se tornarão mais tarde fies companheiros, Thorn e Brand aprenderão muito mais do que simplesmente desembainhar uma espada e lutar pelo que é seu por direito, construindo fortes laços no processo.

Como a história anterior, Meio mundo fala de batalhas e guerreiros, mas também de amizade, companheirismo e ultrapassar seus limites, não importam o que os outros digam. Contando com fortes personagens femininas - da protagonista Thorn à rainha Laithlin, cada uma a sua maneira -, o romance me atraiu logo de cara! Inclusive achei que este foi um importante ponto positivo na obra, que trouxe esse diferencial das demais do gênero da mesma forma que o anterior fez ao apresentar um herói não muito convencional, que inclusive mostra-se bastante amadurecido nesta nova aventura.

site: http://attraverso-le-pagine.blogspot.com.br/2017/03/resenha-livro-meio-mundo-joe-abercrombie.html
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Livros Encantos 01/03/2017

Meio Mundo confirma o brilhantismo de um autor que consegue criar um mundo onde a força e inteligência serão as grandes armas do vencedor dessa luta.
Surpreendente!

Os personagens me conquistaram por sua coragem e determinação, Pai Yarvi sagaz e inteligente mudou o rumo de muitos personagens,

Nesse segundo livro da trilogia, será inserido novos personagens, Brand e Thorn, Skifr serão de grande destaque.
Brand é um jovem guerreiro, teve uma infância difícil ao lado de sua irmã, um homem que sempre preza o certo e o bem
Thorn uma garota que sempre almejou ser uma guerreira, determinada, corajosa e muito persistente é um dos destaques do livro.
Em meio a uma possível guerra contra Rei Supremo, Pai Yarvi sai em busca de aliados para essa luta.

Brand após ter uma atitude certa, em deixar claro alguns fatos que foram deturpados salva Thorn de ser assassinada,
Pai Yarvi com sua tripulação mais que diferenciada, parte em sua busca, nessa viagem uma das tripulantes é especial e irá treinar Thorn, sua resistência será testada e não irá decepcionar.
Brand durante a viagem mostra toda sua força e bondade em suas atitudes.

A viagem segue com grandes aventuras para os tripulantes, perigos, novas alianças , gratidão, traições serão temas dessa surpreendente história.

Uauuuuu

O livro me surpreendeu pelo rumo que os personagens tomaram, amo ler livros onde os personagens conseguem se superar, atravessam dificuldades aprendem muito e se tornam melhores no que acreditam.

Thorn que personagem intrigante, uma guerreira nata em um mundo dominado por homens, mostrou sua força e lealdade, o que era essa mulher lutando, descobriu sentimentos e aprendeu a coloca-lós em palavras.
Brand que homem especial, se importa com sua irmã, tem um coração enorme e entregou seu coração...
Pai Yarvi foi o grande destaque do primeiro livro, nesse segundo sua sagacidade e inteligência surpreendem o leitor deixando a trama ainda mais envolvente.
Personagens secundários como a Rainha, Imperatriz são de suma importância para toda a história.
O final do livro nos deixa a beira de uma guerra que irá mudar o rumo de muitos personagens.

No decorrer do livro muitos alguns inimigos mostrarão o seu poder, assim como a a aliança entre muitos os deixaram mais fortes e destemidos.
A escrita do autor é maravilhosa, todos elementos são bem apresentados, as cenas de luta muito bem escrita, percebemos como toda a trama é bem amarada.

Não deixei detalhes demais para o leitor ter o elemento surpresa, sem sombra de dúvidas para mim Pai Yarvi, continua sendo o grande jogador desse tabuleiro.

Meio Mundo confirma o brilhantismo de um autor que consegue criar um mundo onde a força e inteligência serão as grandes armas do vencedor dessa luta.

Joyce
Blog Livros Encantos

site: http://www.livrosencantos.com/2017/03/meio-mundo-joe-abercrombie.html
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Karini.Couto 01/02/2017

"O gado morre,

Os parentes morrem.

Todo homem é mortal,

Mas eu sei de uma coisa

Que não morre jamais:

A glória dos grandes feitos."

HÁVAMAL, AS PALAVRAS DO ALTÍSSIMO.



Então; lembram do livro Meio Rei ? Hoje vamos falar sobre a continuação Meio Mundo, segundo volume da série que a meu ver promete muito!

Bom... O livro segue a sequência do primeiro volume se passando alguns anos após o primeiro volume e vem ainda mais eletrizante e melhor, temos contato com todos os personagens já conhecidos no primeiro volume e um aprofundamento muito maior de suas trilhas e situações que enfrentam. Yarvi, talvez seja um dos personagens que mais se destacam pelo seu amadurecimento e com o destaque em sua jornada se tornando ministro e braço direito do Rei de Gettland e nos fazendo crer que finalmente surgiu um "novo" Yarvi preparado para qualquer coisa; mais minucioso, sagaz e até insensível tal qual sua posição requer, afinal seu trabalho é proteger os interesses de seus Rei a qualquer custo e parece que ele está mais que preparado para sua missão!

Percebo que Meio Mundo veio com uma trama muito mais intrincada e recheada de intrigas políticas ainda mais emaranhadas. E além dessa reviravolta com Yarvi, conhecemos novos personagens, um deles Thorn, uma garota que parece estar com raiva do mundo e pronta para luta venha ela de onde vier. Ela é pura tensão, Thorn quer ser aceita a todo custo e vai atrás do que deseja não importante que esteja cercada por machismo e onde as mulheres jamais são vistas como guerreiras ou fortes ou especiais... Tipo: "lugar de mulher é na cozinha ou parindo" - Mas para Thorn "lugar de mulher é onde ela quiser estar" e o lugar que ela quer estar no campo de batalha e acaba se tornando uma grande e forte aliada de Yarvi indo onde tiver de ir para conquistar tudo que precisam para a guerra que está espreitando pelas beiradas! Além de Thorn, temos também Brand e outros personagens que permeiam essa intrincada cena de conflito e tensão política.... Resultando em um cenário tenso o tempo inteiro, angustiante e até mesmo assustador!

"... O momento em que você fizer uma pausa será o momento da sua morte. E ela vivia seguindo esse conselho, para o bem ou, principalmente, para o mal."

Joe Abercrombie tem uma escrita incrível que te prende do começo ao fim e é um daqueles autores que posso com toda certeza dizer que não se mantém nos livros seguintes e sim evolui. Afinal, as vezes alguns autores se perdem nas continuações, outros mantém um clima morno ou brando... Com Joe Abercrombie aprendi que posso sim esperar mais e eu quero mais!

Meu autor sensação do momento! Aquele que eleva todas as expectativas nas alturas e me conquistou completamente.... Se senti dúvidas em algum momento, essas já não existem mais!
Uma palavra para descrever essa leitura: FASCINANTE!
É isso aí galera... São minhas mais sinceras impressões!

Beijos no coração!
Edvan 15/02/2017minha estante
A Trilogia A Primeira Lei desse autor também é fantástica.




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