Chiclete pra guardar pra depois

Chiclete pra guardar pra depois Andreia Evaristo




Resenhas - Chiclete para guardar para depois


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Juliana 27/03/2022

Para mascar, mascar e mascar.
Uma coletânea de crônicas que te leva a pensar além, sair de dentro da caixinha do senso comum. Textos rápidos, mas intensos, que procuram cutucar o leitor para refletir sobre questões corriqueiras que deixamos passar despercebidas.
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Marcela.Carvalho 15/06/2017

Incrível!
Embora o título chamativo e singular do livro tenha enormemente me chamado a atenção e despertado minha curiosidade, não pesquisei mais a fundo sobre a obra antes de lê-la – medo de spoiler on! – e preferi deixar que a parceira Andreia Evaristo, através de Chiclete pra Guardar pra Depois, surpreendesse-me. E foi o que aconteceu com sucesso (missão dada, missão cumprida)!

A começar pelo gênero textual: crônica. O livro traz um acervo de 37 crônicas que retratam dramas da fase adulta, nostalgias da infância e adolescência e reflexões sobre a vida e o amadurecimento da autora, por meio de um eu-lírico com voz de adolescente liberta, mas com sabedoria de adulto – essas coisas que só se aprendem com o passar do tempo, mesmo que quando jovem a gente sempre ache que já sabe de tudo.

Os textos são permeados por um “quê” de desabafo e aceitação, como que expondo os personagens, a autora e principalmente a nós mesmos, os leitores. É difícil não se identificar, não se ver incrustado nas entrelinhas das crônicas que a Andreia sabiamente preparou para saborear o seu ouvinte.

Apesar de curtinho, a grandeza deste livro é imensa! São 118 páginas que falam sobre tudo e ao mesmo tempo nada (o slogan do Blog, por sinal! Hahaha). O bom-humor é característica marcante da obra que, mesmo abordando muitos assuntos da atualidade, pode ser facilmente lida e interpretada por todas as idades.

"[…] no fundo não me sinto com 26 anos de idade. Sei lá, a minha mãe, aos 26, tinha uma casa, um fusca, três filhos e um marido. Eu nem tenho ainda uma bicicleta.”
– Pág. 19

Por algum motivo, durante a leitura, Chiclete pra Guardar pra Depois me fez lembrar-se do livro “Felicidade Clandestina”, da rainha Clarice Lispector! Talvez por igualmente apresentar a felicidade e a sabedoria que moram nas coisas simples, pequenas, essas que normalmente passam despercebidas aos nossos olhos desatentos.

“Uma menina, de seus seis, sete anos de idade, volta da escola sozinha. A chuva não é capaz de atrapalhar-lhe os planos de ser feliz com sua sobrinha de arco-íris iluminando o dia. Nos pés a galocha vermelha que percorre uma a uma todas as poças de lama que encontra pelo caminho. Quando a água respinga, ela gargalha – e o barulho da sua alegria inunda meus ouvidos.”
– Pág. 111

Eu amei cada palavra, cada crônica, cada risada, cada identificação, cada arrepio (sim, eu fiquei arrepiada em alguns textos!) e cada reflexão que a leitura me proporcionou. E dentre os textos, alguns que me encantaram deveras e merecem destaque são:

*Não é culpa minha;
*Espelho, espelho meu, esconde a celulite que já cresceu;
*A sua realidade;
*Fantasmas do Natal;
*Jeito para essas coisas;
*Adultescência;
*Tudo que há para viver;
*Chiclete pra guardar pra depois;
*Tó;
*Um gato chamado felicidade;
*A virtualidade do amor;
*E ele voou;
*Dia dos mortos;
*Abandono;
*Retrato;
*Favoritices;
*Viva os professores medíocres!
*Nem todo aluno é medíocre, só a média!
*Não era questão de escolha;
*Chuva de setembro;
*Meu mundo caiu;
*E quando acaba, como você se sente?;

Para fazer um paralelo com a última crônica (E quando acaba, como você se sente?) não me vinham palavras suficientes para expressar tudo que senti e pensei após uma leitura sucinta e, ainda assim, arrebatadora.

“[…] eu sei, caro leitor, que você gostaria mesmo que a felicidade fosse um cachorro, mas infelizmente não é. Se fosse um cão, as coisas seriam muito mais fáceis – você estalaria os dedos, assobiaria chamando, e a felicidade viria correndo em sua direção, abanando o rabinho. Mas como eu já disse, a felicidade não é um cachorro.”
– Pág. 47

A edição é uma fofura, a fonte é agradável para leitura, sem falar nas duas ilustrações que são um amor! Além disso, não há dúvidas de que a obra faz jus ao título; é como um chiclete que gruda e você não consegue mais largar. É um livro para ler, reler, indicar e guardar pra depois.

“[…] Mas o chiclete, esse aliviador de tensões e odores, essa borrachinha saborosa e perfumada, é o amor que entregamos aos amigos. Sim, porque entregar um chiclete pode ser uma atitude boba para um adulto. Mas para um adolescente é mais que isso, é a partilha, a amizade em pedacinho, é um pouquinho de amor, sim, pra guardar pra depois.”

site: https://devaneiosdalua.wordpress.com/2017/06/15/chiclete-pra-guardar-pra-depois-andreia-evaristo/
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Suka - Pensamentos & Opiniões 08/04/2017

Chiclete pra guardar pra depois é uma livro que reúne 37 crônicas, gostosas de se lê. Mostrando que a felicidade está nos pequenos detalhes, trás um saudosismo da infância e da adolescência, além de experiências da vida adulta.
Teve trechos no qual me identifiquei em várias crônicas, mas teve duas em especial que me fez recordar a época em que eu lecionava:
- Viva os professores medíocres
- Nem todo aluno é medíocre, só a média.
E tenho que concordar com a autora, ela está corretíssima nessas duas crônicas.

site: www.suka-p.blogspot.com
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Adriano 27/02/2017

Fantástica
Li a obra em formato ''degustação'' no wattpad e os textos são muito bem escritos e nos levam muito alem do cotidiano. Com toda certeza vale cada minuto de leitura!
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