Val Herondale 16/01/2017Uma jornada inesquecível!“[...] Bastian Neville caminha sobre a muralha norte, flanqueado por milhares de soldados romanos. Seus olhos enfim encontram o que buscam: as fileiras inimigas destampando da cordilheira. Cerca de mil passos os separam.”
É com narrativas como essas que nos deparamos com Monge Guerreiro. Uma leitura completamente fora do meu habitual, e que me impressionou pela originalidade dentro de universos já conhecidos.
O livro narra a saga de Bastian Neville, um cavaleiro templário, que, em sua busca por redenção, passa a viver como um monge. Neville então, recebe uma missão, e é a partir daí que começa a mais temível aventura do nosso monge guerreiro.
Em posse de duas relíquias do cristianismo, Bastian e Christopher Blanche – comandante da Ordem do Templo – enfrentarão combates intensos e conhecerão reinos misteriosos, até chegarem ao seu destino final.
Durante a narrativa somos apresentados a diversos personagens, que nos encantam por suas histórias singulares; ou nos assombram com sua perversa maldade, como é o caso do Rei Negro, Slatan Mondragone.
É impossível não se envolver na história e com esses personagens incríveis - mesmo os secundários. Minha personagem preferida, sem dúvida, foi a princesa Setseg. Simplesmente porque amo encontrar essas mulheres fortes, que lutam por um objetivo e não por uma rebeldia infundada. Ela é corajosa e luta bravamente ao lado de Bastian. E é claro, aquele romance que não pode faltar.
Todas as cenas são narradas em terceira pessoa, o que nos dá a perspectiva de diversos personagens e ambientes.
O livro possui vocabulário claro e preciso. Ainda que se mantenha fiel a linguagem coloquial da época. A leitura não se mostra tediosa em nenhum momento. Além disso, suas páginas são carregadas de ilustrações belíssimas. Alçando voo à imaginação do leitor.
“- Sonhe com as montanhas do seu clã, Setseg – acalenta o templário, com pensamentos ardentes habitando sua mente -, pois daqui não arredarei o pé, guardando-a em segurança. Velando seu sono.
- Não desejo sonhar com a minha terra, Bastian. Mas com você.”