Desaparecidas

Desaparecidas Kristina Ohlsson




Resenhas - Desaparecidas


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Manu 03/01/2022

Sem dúvida o melhor dos três livros de Kristina Ohlsson. "Desaparecidas" possui uma história envolvente e instiga o leitor a descobrir qual a relação entre a morte da estudante Rebecca Troller e a série de eventos antigos, bizarros e que apesar de aparentemente desconexos, possuem um elo comum. Todas as pistas levam à escritora Thea Aldrin.
Ana Lucia F. Silva 22/04/2022minha estante
Achei que a autora fechou a trilogia com chave de ouro. Esse é o melhor dos três, uma excelente história, muito bem amarrada.


Manu 22/04/2022minha estante
Concordo. O melhor livro da trilogia


Bianca789 08/05/2023minha estante
Poderia me dizer se é obrigatório ler os 3 em ordem ? Pois acabei comprando o último sem ler os dois primeiros kkk


Manu 08/05/2023minha estante
Você conseguirá ler, sem prejuízo da compreensão da história. Elas não são sequenciais, portanto não é obrigatório ler na ordem ?




Mi Rubin 22/12/2023

Uma grata surpresa desse ano foi essa autora e os personagens dessa equipe.

Suas relações vão além dos casos, e a gente acaba se envolvendo fácil com eles e sofrendo com seus dilemas pessoais.

E esse livro ficou muito bom.
Daquele tipo bem frenético e com desenvolvimento rápido.

A autora já começa o livro dizendo o que aconteceu e de cara isso prende, pois queremos ver logo como tudo pode ser sido tão complicado.

Super recomendo o livro e a série toda!
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Lala Kim 07/10/2020

Pasma!
Esse é a típica leitura que a gente enrola um tempão na estante e quando pega se pergunta "Por que eu não li essa perfeição antes????"
O enredo é incrível, eu me apaixonei pelos personagens, fiquei completamente apaixonada pela história e pela escrita da autora, os plot twists são excelentes e o jeito que ela narra todos os acontecimentos te faz devorar o livro.
Definitivamente uma das melhores obras que li esse ano e com certeza ansiosa para ler os outros volumes!!
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Manu 22/10/2020

Sem dúvidas, o último livro da trilogia "salvou" os outros! A descoberta de corpos em uma área florestal vai trazer muitas surpresas, suspense e, infelizmente, uma tragédia na vida pessoal de um dos três personagens principais do livro (embora a série seja sobre Fredrika Bergman, vejo Alex e Peder como personagens importantes nos três livros).
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Maria Vitória 04/07/2020

Gosto de usar palavras que resumam a minha experiência de leitura, e nesse caso, a palavra escolhida é complexidade.
Senti que a autora chegou no auge de sua genialidade nesse livro, algo que já estava sendo construído nos livros anteriores.
A complexidade envolve diferentes aspectos do livro, começando por sua narrativa: envolvente, repleta de acontecimentos e conexões que me fizeram não conseguir parar de ler até conseguir as respostas que precisava.
Essa característica também envolve a maneira como a vida dos personagens da equipe de investigação, que já faziam parte dos outros livros da série, é retratada. Acho que em alguns momentos inclusive a vida pessoal de cada um deles se sobrepõe à investigação, o que pode desagradar alguns.
No entanto, eu apenas compreendi como uma parte da complexidade da construção da história, que, na minha opinião, possui um desfecho extasiante. Posso dizer que a obra continuou a me intrigar mesmo após o fim.
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Patty Ferreira 03/02/2024

Desabafo
Antes de mais nada, preciso esclarecer que esse livro é muito bom, a série em si é muito boa. Quer dizer, os três primeiros livros da série.

O desabafo é mais para o mercado editorial brasileiro. Infelizmente, ser leitor no Brasil é uma tarefa muito complicada. Além do fato de sermos poucos, não termos uma "cultura" que incentiva a consumir cultura (livros, filmes, teatro, pintura, museus, estudo). O preço do livro fica a cada dia mais inacessível para maior parte da população, nos deparamos também com cancelamento de séries por falta de adesão de leitores, afinal uma editora é uma empresa e precisa de lucros.

Enfim, só queria deixar registrado esse desabafo, pois esse é o último livro da série que foi publicado no Brasil e a editora (que precisa melhorar o setor de comunicação com o leitor) me respondeu um enorme e seco NÃO para futuras publicações.

A minha dica é: aprenda inglês, urgentemente, e invista num Kindle e comece a consumir livros em inglês. A chance de se tornar órfã de séries é bem menor.
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Naty__ 10/05/2017

Aquele livro impossível de largar
Desaparecidas é um livro que “apareceu” em meio aos lançamentos da Editora Vestígio. Quando soube da novidade, não pude deixar de solicitar o exemplar. Afinal, os dois primeiros livros que li de Ohlsson, Indesejadas e Silenciadas, foram um dos melhores que tive o prazer de conhecer do Selo do Grupo Autêntica.

Este é o terceiro livro da série, mas é importante dizer que não é necessário ler na ordem. É possível ler este primeiramente e compreender a essência da história. Neste, assim como nos demais, temos a investigadora Fredrika, seu chefe Alex Recht e outros policiais. Dessa vez eles precisam lidar com um caso delicado e assustador. Rebecca Trolle estava desaparecida; após dois anos, seu corpo foi encontrado, sem a cabeça e sem os braços, numa cova rasa em uma remota área florestal.

O trabalho da equipe consiste em descobrir o motivo de a jovem ter sido brutalmente assassinada e mutilada. Além disso, ao lado dela foi encontrado o corpo de um homem cuja identidade ainda é desconhecida. Não se sabe as causas, mas uma coisa é aparentemente certa: as duas mortes têm alguma ligação.

Fredrika descobre que a jovem estava fazendo uma pesquisa para sua monografia sobre uma figura pública e acredita que essa pessoa tinha um passado bem obscuro. Com isso, Rebecca pode ter feito descobertas comprometedoras e que lhe custou a própria vida. Mas o que poderia ser tão revelador nessa pesquisa? Qual motivo a garota escolheu um assunto tão perigoso?

Nessa mesma linha de investigação, uma senhora vive num asilo e há mais de trinta anos não conversa com ninguém. Existe um segredo que ela prefere manter em silêncio de todas as pessoas ao seu redor. Ela não conversa, não responde perguntas e sequer dá “bom dia”. As pessoas acreditam que a senhora não fala, mas tem profundo discernimento do que os outros dizem.

Paralelo a isso, a investigadora está num período conturbado. Ela se sente confusa e profundamente traída quando descobre que o nome de seu companheiro entrou para a lista de suspeitos. É preciso ter garra, determinação e estômago forte. Isso Fredrika mostra que tem, no entanto, não em todos os momentos. Afinal, o que fazer quando a pessoa que você mais ama é considerada suspeita de cometer algo tão cruel?

Senti que estava numa trama envolvente e que não conseguia largar o livro por nada. É exatamente assim que fiquei durante todo o tempo. Infelizmente temos coisas a fazer, vida para dar conta e não é possível passar o dia todo devorando o livro – como era a minha vontade, de fato. A leitura é gostosa, narrativa fluida, personagens cativantes e um enredo para lá de envolvente.

O único incômodo que senti foi quanto à personalidade de Fredrika. Em alguns momentos eram bem irritantes, pois muitas vezes ela não conseguia enxergar o que estava estampado à sua frente. No entanto, isso fez com que a história tomasse um prumo diferente e ideal. Exatamente, a autora soube criar até isso. Ela coloca a investigadora com uma opinião forte, decidida e a gente quer reclamar e xingar a criatura, mas, no final das contas, era assim mesmo que tinha de ser. Não, não podia ser diferente e essa é a graça do enredo.

Não há uma peça mal encaixada, não há um personagem mal criado e não há um cenário fora do lugar. É tudo bem feito, bem articulado e a gente só quer encontrar a autora para agradecer. Agradecer por Indesejadas, por Silenciadas, por Desaparecidas. Agradecer por ela não ter desistido de si, não ter parado de escrever no primeiro, por ter encontrado na escrita a sua válvula de escape. Agradecer por termos as suas obras como uma fonte de conforto e distração.

Longe dos holofotes do excessivo clichê, longe da mesmice e dos romances policiais cheios de enganos, Ohlsson mostra que chegou para ser sucesso, considerada uma das melhores jovens escritoras suecas. Com apenas três livros publicados no Brasil, eles foram suficientes para mostrar que a autora tem uma escrita arrebatadora e é capaz de entrar na lista de melhores escritoras do gênero no mundo. Há quem duvide, os desconhecidos; mas aqueles que conhecem têm a certeza que ela pode ser o que quiser com um papel e uma caneta nas mãos.

Kristina Ohlsson pode não ser a mais conhecida no ramo, pode não ser a escritora mais cobiçada aqui no Brasil. Mas certamente ela estará no ranking das mais lidas e isso não vai demorar a acontecer. Os livros são bons, a escrita é envolvente e não vejo a hora de ver outro lançamento de Ohlsson brilhando no site da Vestígio e, eu, claro, implorando para tê-lo em mãos.

*Fotos temáticas no Blog: http://www.revelandosentimentos.com.br/2017/05/resenha-desaparecidas.html

site: http://www.revelandosentimentos.com.br/2017/05/resenha-desaparecidas.html
Lana Wesley 11/05/2017minha estante
Já havia lido as outras resenhas dos dois primeiros livros, e se bem me lembro foram ótimas leituras, e dessa vez não foi diferente. A investigação referente a vítima me pareceu ser bem construída, ao ponto de se tornar surpreendente ao leitor. Além de que a autora consegue construí uma ótima trama, já que a leitura e totalmente envolvente, e queremos logo encaixar o quebra cabeça e desvendar esse mistério. Após ler sua resenha estou super entusiasmada com essa leitura.


Maria 20/05/2017minha estante
Que bom que da para ler fora de ordem pois ganhei no blog o segundo e ainda não tenho os outros. Fiquei bem interessada nesse mistério que envolve a trama desses assassinatos e essa senhora do asilo qual será seus segredos, a leitura deve deixar o leitor ansioso pelos acontecimentos e respostas.


Lucia Santos 31/05/2017minha estante
Não conhecia esse livro, mas fiquei imensamente curiosa, gosto muito de livros de mistérios, gostei muito de saber que pode ser lido separadamente!!! Resenha muito bem desenvolvida que me deixou ansiosa para ler o livro!!!


Marlene C. 08/06/2017minha estante
Oi.
Essa é a primeira vez que vejo falar do livro já estou encantada com a premissa não sabia que era uma série mas fiquei feliz em saber que para ler esse eu não preciso ler os anteriores adoro que tentou desse cenário de investigação enfim esse vai para minha lista de leituras com toda certeza.
Bjs.


Isabela | @sentencaliteraria 12/06/2017minha estante
Olá Naty ;)
Não conhecia o livro ainda, mas adorei sua indicação! A trama parece bem construída, e os personagens também.
Adoro livros e séries policiais, e fiquei curiosa para desvendar os mistérios dos assassinatos.
Que bom saber que o livro sai da mesmice e não tem tantos clichês, já add ele à meta de leitura ;)
Bjos


Gabi 13/07/2017minha estante
Eu já to surtando querendo ler esse livro! Vou procuras os primeiro, inclusive. To mega curiosa pra saber como a Rebecca morreu, quem é o cara do lado dela, pq o parceiro da Fredrika é considerado suspeito e pq a senhora do asilo não conversa com ngm a anos hahah é muita coisa! Adorei! Beijos


ana 26/10/2017minha estante
E o último capítulo? ??? ????


Deise.Kiefer 11/03/2020minha estante
Ooi essa é a primeira vez que vejo falar do livro já estou encantada com a premissa não sabia que era uma série mas fiquei feliz em saber que para ler esse eu não preciso ler os anteriores adoro que tentou desse cenário de investigação enfim esse vai para minha lista de leituras com toda certeza.
Bjs.




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Cris 24/05/2022

Desaparecidas

Nesse terceiro livro da Série Fredrika Bergman, a equipe de investigadores precisa solucionar o homicídio de uma jovem desaparecida há dois anos, mas conforme a investigação avança outras vítimas são encontradas no mesmo local onde a jovem foi enterrada e, para piorar, o companheiro de Fredrika torna-se um dos suspeitos.

A impressão que tive enquanto lia era de que tinha uma bola de linha nas mãos para desembaraçar e quanto mais puxava o fio, mais difícil ficava.

Que livro ótimo! Cheio de suspense e reviravoltas, um romance policial complexo e intrigante.

A forma da narrativa foi bem diferente, o que tornou tudo mais interessante.

Quem não leu os dois primeiros livros da série (Indesejadas e Silenciadas) não terá problema em entender a história, mas poderá ficar com algumas dúvidas quanto a vida pessoal dos personagens.

Para quem gosta de romance policial bem intrincado,

Recomendo

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Leila 12/02/2020

Um pouco frustrante
No terceiro livro da série, já estamos mais familiarizados com a equipe de Alex. Fredrika, que agora está morando com Spencer, retorna da sua licença maternidade para auxiliar o grupo nas investigações. Peder, que voltou com sua esposa, mudou totalmente seu comportamento para melhor. Alex, agora é viúvo.

A equipe é chamada quando o corpo de uma jovem é encontrado, dois anos após o seu desaparecimento.

O mistério que intrigou Alex por dois anos, quando investigou sem sucesso o desaparecimento de Rebecca Trolle, pode estar perto do desfecho. Descobrir quem a matou não será uma tarefa simples. Além do corpo da garota, a polícia encontrou o corpo de um homem, enterrado há mais de trinta anos. A equipe investiga a identidade do homem morto e se há alguma relação com a morte de Rebecca.

Na minha opinião, a equipe estava muito dispersa. Todos pareciam mais focados em seus problemas pessoais. Alex, por causa da sua viuvez e por causa de uma possível nova paixão. Fredrika por causa de Spencer, que parece estar escondendo um segredo. Apenas Peder parece bem focado no trabalho.

A meu ver, a equipe deixou a desejar no quesito competência. Deixaram de investigar testemunhas e suspeitos fundamentais. A pessoa cujo nome aparecia repetidas vezes na investigação, que ligava todas as coisas, nem ao menos foi visitada! Não se preocuparam nem em saber o seu paradeiro exato. Se a equipe tivesse sido um pouco mais atenta, com certeza, teria evitado mais uma tragédia.

Confesso que fiquei um pouco decepcionada com o final. Não gostei da forma como as coisas aconteceram.

Mais resenhas resenhas no blog Meus Livros e Sonhos

site: http://meuslivrosesonhos.blogspot.com
Lucia.Ferreira 18/05/2020minha estante
Esse é o fechamento de uma trilogia sensasional, e a autora fechou com chave de diamante. A escrita nua é crua e crua dos nórdicos, e o olhar frio que eles têm sobre os fatos, faz deles escritores maravilhosos. Sou apaixonada pelos nórdicos.




Tatids 21/02/2017

Excelente!
A querida analista criminal Fredrika Begman e a equipe do inspetor Alex Recht estão de volta para investigar um brutal homicídio de uma jovem desaparecida Rebecca e vista a há dois anos antes. O corpo é encontrado em uma cova rasa, depois de outras escavações outros corpos são encontrados ; com eles grandes mistérios.
Fredrika descobre que Rebecca estava fazendo uma monografia sobre uma pessoa famosa, mas com um passado um tanto duvidoso.
Trama muito bem escrita, com personagens bem estruturados, cujos os dramas se entrelaçam de uma maneira espetacular.Suspense na medida certa!

Excelente terceiro volume da série!
Ninaovski 10/03/2017minha estante
Quero muito ler esse


Gleise 02/11/2017minha estante
Depois da sua resenha fiquei interessada...acho que gostamos dos mesmos estilos!




Jaque - Achei o Livro 18/10/2022

Terceiro livro da série e que infelizmente pára por aqui no Brasil. Só muito tempo depois é que descobri que não se tratava de uma trilogia e até onde vi está no sexto livro.
Detesto começar algo que não vou conseguir terminar e ainda que as estórias sejam independentes, a autora sempre pode deixar um ganchinho no final.
Os detetives da série tem seus problemas particulares que são trabalhados ao longo dos livros, então o interessante é mesmo seguir a ordem cronológica.

Aqui nessa estória, um homem está passeando quando seu cão encontra um corpo numa cova rasa. Ele pertence à uma jovem que estava desaparecida há 2 anos e que na época estava fazendo uma monografia sobre uma autora com um passado obscuro e que hoje vive reclusa num asilo, sem falar uma única palavra.
Quando os detetives começam investigar tanto o passado da jovem quanto da autora, percebem que há muito mais segredos envolvidos, ainda mais quando outros corpos são desenterrados no mesmo lugar.
Entre correr atrás de soluções para os próprios problemas e em busca de suspeitos, os três investigadores terão muitas dificuldades para seguir em frente.

Eu estava gostando demais do livro no começo, mas depois senti que autora ficou rodando em círculos e repetindo as mesmas situações. Não achei que dessa vez foram tão competentes (apesar de terem solucionado) como foram nas outras anteriores. Talvez os problemas pessoais tenham atrapalhado um pouco o trabalho deles.
Eu particularmente gosto quando o lado pessoal dos protagonistas são inseridos na estória, mas aqui tive a impressão que foram mais para dar volume à trama enquanto a parte investigativa foi mais fraca.
Eu não curti o final e isso fez com que a nota caísse um pouco. Achei que o livro foi bom mas poderia ter sido melhor, tinha muito potencial.
Ainda assim recomendo os livros da autora, valem a pena serem lidos. O melhor na minha opinião é o segundo.
3,5

site: https://acheiolivroperdiosono.blogspot.com/2022/10/desaparecidas-kristina-ohlsson-fredrika.html
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Andressa 30/11/2022

Razoável?
? O livro tem alguns personagens e histórias interessantes, mas para mim nada foi suficientemente bom.?
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Quel 12/03/2022

Legal, mas...
O livro tem um história envolvente, mas achei ele cansativo e arrastado em algumas partes. Tem um momento do livro que os investigadores parecem estar perdidos o que me fez esfriar quanto a história. Achei a parte da Thea fazer greve de silêncio muito fraco, quem faria isso na vida real? Ficar 30 anos sem falar? Enfim, teve falhas que me incomodam bastante, pois ficou muito fantasioso. E o último capítulo? Era o Spencer narrando? Fiquei confusa.
Jussara 01/10/2023minha estante
Acho que não era o Spencer no epílogo. A condição financeira dele não é boa, tanto que ficou preso no casamento com a Eva por anos, justamente porque devia para o sogro. Além disso, o epílogo fala de um cômodo numa casa em que a esposa do homem não tem acesso. Não tem nada no livro que indique que existe algo assim na casa da Fredrika.




Li 01/02/2018

Peças de quebra-cabeça jogadas sobre a mesa
É assim que Kristina Ohlsson começa seu romance policial Desaparecidas. Joga várias peças soltas e a cada página conduz o leitor a à resolução de algum quadrante do cenário.
As quase 400 páginas têm capítulos relativamente curtos, alguns intitulados pelos dias da semana, outros pelos depoimentos dos investigadores do caso.
É prazeroso voltar páginas para comparar informações novas e conectá-las a outras peças. O ritmo é rápido, então você consegue devorar o livro em uma semana, como eu fiz. Contudo, tanta rapidez e tantas peças, novas e antigas, causam um pouco de confusão. Nada que atrapalhe a leitura, mas não há tempo para elucubrações muito longas.
Se você gosta de especular e viajar numa linha de investigação, se decepciona um pouco. São tantas pontas soltas e tantos fatos novos que mal dá tempo de formular um raciocínio, logo você precisa reformular tudo.
Um ponto negativo da narrativa, na minha opinião, fica por conta das peças que sobram: linhas soltas que não são costuradas a nada, você se pergunta por qual motivo se encontram ali. Foram acrescentadas só para distrair o leitor? Levá-lo a suspeitar de outras personagens?
Por que a acusação de assédio contra o companheiro de uma membro da equipe? Uma acusação que você acha que irá se conectar de alguma forma com a investigação principal, mas se mostra fraca como vento forte que se desfaz antes de virar vendaval.
Já com outras peças, você se ressente por terem sido mal utilizadas, porque poderia haver uma ligação com o caso, poderiam ter crescido e virado alguma coisa importante.
Por exemplo, um policial ressentido e obcecado por um caso antigo não resolvido poderia ter muito mais a esconder, não poderia?
Você fica na expectativa, imaginando que ele é alguém importante, mas... caramba, é só um policial com ideias equivocadas, cuja presença se dissipa tal qual o vento forte.
E no final, quando tudo parece estar se encaixando, você fica estático observando o quadro montado e algumas peças largadas na mesa: elas foram jogadas juntas para confundir, atrapalhar, porém nunca pertenceram ao quebra-cabeça.
Em resumo, linhas que não se costuram na colcha de retalhos que é o caso não poderiam estar presentes, pois soam como emaranhado de ruído inútil que só serve para confundir o leitor.
Veja bem, confundir o leitor não é problema, é esse o caminho que toda narrativa policial percorre. O problema está em jogar peças aleatórias sem serventia alguma. Toda linha deveria estar bem amarrada e não é o que parece.
O livro termina como se tivesse tido páginas arrancadas. Você procura o final, mas ele já aconteceu.
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