Insanity

Insanity Pedro Maciel




Resenhas - Insanity


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Duda Mel @epifania_literaria 02/07/2017

Legal, mas poderia ser melhor
"E a vida vi sussurrar em seus ouvidos como fantasma: não baixe a cabeça, o mundo precisa que você exploda tudo!"

Resenha:

Bluye acorda num laboratório após uma quase morte, com olhos num vermelho sobrehumano e uma mecha de cabelo branca que não fazia ideia de como poderia ter surgido.
Algo acontece do lado de fora e as únicas coisas em que consegue pensar é correr e tentar se lembrar de qualquer coisa além de seu nome. Em vão!
Ela encontra Henry em meio a fuga, um rapaz que se diz suportamente ser namorado dela e também afetado pela S.N.A.C - Serviço Nacional Anti Chronos.
Há muito tempo, o planeta foi consumido por uma espécie de vírus (Chronos) que transformava as pessoas por completo. Assim surgiram os Donyets, humanos que sofreram mutação, desenvolveram raízes nas costas, como se fungos dominassem seus corpos, bolhas ao estilo queimaduras na face e perderam totalmente a "civilidade" e consciência, alimentando-se das entranhas dos que ainda restarão "normais".
Durante a fuga, perdas. Bluye é uma personagem que tenta ser forte o máximo possível num mundo completamente novo, inconstante e confusa. Após uma perseguição (das várias que ocorrem durante o livro), ela é encontrada por Theos, um rapaz belo, tatuado e misterioso - além de não tão diferente dela - que a leva para o Forte.
A antiga São Paulo agora é nomeada Selva de Pedra, onde os seres humanos, poucos que restaram, lutam não só pela própria vida como entre si e pelo poder, variando em grupos distintos como os Sacoleiros e Canibais.
"Aos sentimentos, aos olhos. Não somos iguais como sempre desejamos. O tempo se tornou rei. Nós criamos o purgatório. Jovem ou velho, construímos o fim do mundo".
Esse trecho retrata exatamente o que está acontecendo. O que mais gostei do livro, para ser mais exata. O conceito de "humanidade" perdeu totalmente o sentido na história, retornando a antiga Lei de Talião: "Olho por olho, dente por dente" e ainda acrescentando o dito popular "cada um por si".
O livro tem uma premissa bastante interessante, a ideia de uma distopia em território nacional, contudo a leitura não conseguiu me prender. Apesar da suposta localidade, a história é coibida por aspectos tão estrangeiros que mesmo sabendo que o Brasil abre as portas para imigrantes, achar tão pouco de essência nacional é meio chato. Perdi-me sucessivas vezes durante os acontecimentos que rolavam como num estalar de dedos, além da retomada de coisas que o autor não tinha citado anteriormente, o que eu suponho que tenha passado despercebido. Imaginou, porém não chegou a escrever de fato.
Apesar disso, a leitura foi rápida, devido a pouca quantidade de folhas (183) e repleta de ação. Acredito que se a história fosse melhor trabalhada poderia ter aumentado bastante o nível, desde a compreensão a ideia de mistério que o autor tentava fazer de hora a outra até o padrão de escrita.
Após vários acontecimentos bastante agitado e rápidos, poucas revelações quanto as lembranças da impulsiva protagonista e grandes perdas, o epílogo trás algo realmente não suposto em hipótese alguma, deixando uma brecha para um possível segundo livro.
O mundo está insano! Qual é a linha que define a real sanidade? Não ter a memória pode ser sua única oportunidade de recomeço.
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Fernanda 08/02/2017

Insanity
Resenha no blog: http://www.segredosemlivros.com/2017/02/resenha-insanity-memoria-pedro-maciel.html

site: http://www.segredosemlivros.com/2017/02/resenha-insanity-memoria-pedro-maciel.html
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