Império

Império Niall Ferguson




Resenhas -


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fran 11/07/2021

É um livro interessante de se ler e nos da um panorama da construção e queda do Império Britânico e suas consequências para o mundo moderno. Contudo, o autor muitas vezes não conseguiu se distanciar de sua criação britânica e deixou um pouco de lado todas as consequências negativas em volta do colonialismo.
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Lu 17/05/2021

britânico falando o que britânicos querem ouvir
Leitura interessante mas o autor não consegue se distanciar de "sua criação" britânica. acaba caindo e concluindo os mesmos pontos que por tanto tempo eram predominantes por parte da literatura feita nas "metrópoles" sobre as colônias. Não consegue repensar o papel dos britânicos como colonizadores nem fazer auto crítica sobre o que foi feito por eles ( existem pequenas críticas que no geral do livro acabam sendo mínimas e irrelevantes em comparação com as discricoes das condutas dos povos nativos ou ganhos que os britânicos trouxeram aos colonizados).
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Fran 29/05/2020

Como os britânicos fizeram o mundo moderno
Em "Império", Niall Ferguson nos joga em um fascinante mergulho na complexa história do Império Britânico e, consequentemente, na história do mundo moderno.

Houve um tempo em que praticamente um quarto do território mundial e de sua população esteve sob o domínio direto do rainha. E, embora o Brasil oficialmente não tenha feito parte desse percentual, a influência britânica foi tão forte aqui quanto em qualquer outro lugar do mundo.

Para o bem ou para o mal, os ingleses transformaram a humanidade no que ela é hoje: exportaram cultura, idioma e crenças para todos os continentes. Na ânsia de reduzirem as distâncias entre seus domínios, revolucionaram meios de transporte, comunicação, sistemas financeiros e poderio militar. Foram os britânicos que deram força ao tráfico de escravos na África Ocidental e, mais tarde, também foram eles que pressionaram outros países pelo fim da escravidão. Espalharam ideais de liberdade e democracia parlamentar mundo a fora e também promoveram verdadeiras atrocidades em alguns lugares, retirando riquezas, impondo sua religião e desrespeitando qualquer noção de direitos humanos.

Conhecer o passado de ascensão e queda deste gigantesco império também é uma forma de entender nosso presente e os mecanismos que fizeram dos EUA, uma ex-colônia britânica, a atual potência mundial.

A escrita de Niall Ferguson é bem agradável, a leitura é fluida e foge do tom acadêmico. Embora não concorde com todas as opiniões do autor, reconheço que ele fez um excelente trabalho e foi bastante imparcial. Uma leitura que eu recomendo, principalmente para quem gosta de história.
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Krisley 15/05/2018

Excelente!
Niall Ferguson apresenta um texto muito leve, de linguagem simples e leitura bem fluida.

O autor percorre os quase 300 anos do Império Britânico, abordando temas como: o surgimento do Império e das Companhias das Índias Orientais e Ocidentais; a formação das diversas colônias e dos processos migratórios; a escravidão; a questão irlandesa; a independência dos Estados Unidos e o massacre dos nativos; a Guerra dos Bôeres e os campos de concentração; A criação da metralhadora Maxim e seu impacto no confronto com os africanos; as duas guerras mundiais e a participação das colônias; os trabalhos forçados dos prisioneiros de guerra britânicos quando capturados pelos japoneses; as independências de várias nações e o fim do Império; além de curiosidades como a descoberta das Cataratas Vitória (Victoria Falls), a colocação dos cabos submarinos transoceânicos de telégrafo ligando a Grã-Bretanha ao resto do mundo e a cultura de esportes como futebol, rúgbi, críquete e o futebol americano.

O livro discute sobriamente os lados negativos e positivos do imperialismo ao longo dos séculos, faz um ótimo uso de estatísticas e gráficos nas análises e deixa bem claro o grande impacto do Império Britânico na formação do mundo atual.

Sobre a versão impressa capa dura (2ª edição do selo Crítica): material de qualidade, folhas amareladas com ótima tipografia, vários mapas ao longo do texto e seção em papel fotográfico com 41 imagens em cores. Encontrei quase uns 10 erros de digitação, principalmente letras faltantes ou palavras repetidas, mas nada que atrapalhe a leitura. As notas de texto foram posicionadas no final de cada capítulo, o que fragmentou um pouco a leitura.

Recomendadíssimo, conteúdo vasto e muito interessante.
Albert 21/05/2018minha estante
Ótima descrição. Confirmou o que eu suspeitava sobre a abrangência da obra, principalmente pelo contexto citado.




Rafael 12/07/2017

A ambiguidade da construção de um Império
Ferguson traz um panorama do desenvolvimento histórico do Império Britânico. E qual foram as suas implicações sob a influência de outros países pertencentes ao Império. O ponto alto reside no autor não defender bandeiras ideológicas e, assim, consegue soar mais verossímil sua análise sobre as complexidades do tema, por ter argumentos bem equilibrados sobre o período. Império este, o qual chegou a deter cerca de 25% de territórios do mundo.

O termo “imperialismo” já é um palavra que carrega um vício em si. Geralmente, as pessoas o associam à exploração dos povos , a populações sendo subjugadas sem ter o contraditório, ao roubo de matérias-primas. Esses elementos são verdadeiros, esse é um ponto; mas no caso do Império Britânico ouve também um legado institucional, em parte positiva, que vai além do Império produzir apenas pobreza e desigualdade social, uma vez que certos “historiadores” conseguem apenas enxergar e produzir a História com um olhar binário.

O intuito do Império era adquirir riquezas, abocanhar grande parte da economia mundial e, assim, foi trabalhando nisso desde o início do século XVII até o final do ciclo imperial. No início começou como piratas saqueando algumas regiões da América, depois foi diversificando os seus métodos: através da colonização, de guerras, de tratados políticos e administrativos das regiões conquistadas. Nesse ínterim o Império disputava territórios com outras nações como a França, a Holanda, a Alemanha.

A colonização deu-se início pela Irlanda, uma ilha próxima da Inglaterra; depois vieram algumas regiões da América Central, e da América do Norte. Logo mais a Índia, a Austrália, a África do Sul e demais países, embora cada uma dessas regiões tenham suas singularidades - geográficas, culturais, étnicas. Algumas aceitaram mais passivamente a imposição imperial, com suas instituições e suas práticas, mas outras regiões não coadunaram com os britânicos.

Um dado curioso decorre do fato do Império Britânico ter tido o maior mercado de tráfico escravista no Atlântico, durante quase 250 anos. Foram séculos de espoliação, de miséria; portanto, povos foram escravizados tendo seus direitos tolhidos. Todavia, no início do século XIX, começava na Inglaterra, um novo momento histórico, a partir do movimento religioso na Igreja da Santíssima Trindade, um dos seus membros Zachary Macaulay, o qual trabalhou em várias colônias britânicas e viu a escravidão de perto e, assim, impulsionou o movimento religioso com a pauta abolicionista. O movimento foi ganhando força com o passar do tempo, e depois veio a abolição do tráfico, no Atlântico, em 1807.

A consolidação do Império viveu dessa ambiguidade – de um lado a conquista de territórios, da exploração de recursos e injustiças para com os nativos. E do outro – a implementação de alguns princípios institucionais, em terras antes desprovidas de uma base institucional mais sólida, da Índia à África do Sul. Com a conquista e acordo de territórios, o Império Britânico implementou, minimamente, alguns mecanismos mais funcionais nos países, como a coleta de impostos, a institucionalização partidária, o estado de direito, o livre mercado. Ou seja: o pouco de democracia e de liberdade individual em que restou nas regiões, veio de alguma forma pela imposição do Império Britânico.
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