AleixoItalo 03/01/2011Em 1968, era lançado o filme o primeiro filme de zumbis da história: A Noite dos Mortos Vivos. O filme mostrava um grupo de pessoas, refugiados dentro de uma casa, tentando sobreviver de uma horda de zumbis. Foi com esse filme que George A. Romero, criou o gênero “apocalipse – zumbi”, e popularizou os zumbis como conhecemos hoje. Se naquela época o filme foi um sucesso cult, de lá para cá muita coisa mudou, e os zumbis se ploriferaram, invadindo várias vertentes da cultura pop: cinema, animes, games, e hq’s. E dentre as centenas de hq’s relacionadas ao tema, uma pode ser considerada uma obra de arte: The Walking Dead - ou Os Mortos Vivos, aqui no Brasil.
The Walking Dead é a maior e mais popular hq sobre zumbis. Criada por Robert Kirkman (roteiro), Tony Moore (arte), e desenhada por Charles Adlard, a hq é uma publicação mensal produzida pela Image. O protagonista é Rick Grimes, policial que depois de ser baleado, acorda numa cama em um hospital, num mundo infestado por zumbis. Desesperado, ele parte a procura de sua família, que acaba encontrando, morando em um acampamento aos arredores da cidade. Esse é só o começo de uma história muito longa, que não tem data para terminar. Ele acaba se tornando o líder do grupo de sobreviventes, e vão passar por muitos apuros juntos. Em sua busca incansável por abrigo, eles encontram um condomínio, uma prisão, mas sempre acabam com o pé na estrada, sempre procurando um lugar seguro, mas sempre mais alterados pelo mundo selvagem em que vivem agora.
The Walking Dead traz em voga todos os elementos imortalizados por Romero: zumbis lentos e decrépitos – não aqueles rápidos e caratecas; a procura e a importância de se ter um abrigo e de manter um abrigo; os perigos em viajar com um mundo infestado de mortos vivos; estratégias de combate; e principalmente a influência de um mundo destruído, na personalidade das pessoas, a degradação do ser humano, contestações religiosas, fatores que te leva a questionar: Quem são os monstros afinal?
Atualmente, The Walking Dead está na edição de número 73, sem previsão para um final e sem dar respostas – esse é o ponto forte da série, não é criar uma história com início, meio e fim, mas sim criar um mundo invadido pelos mortos vivos, que você pode ficar lendo e relendo e vivendo um verdadeiro apocalipse Z, sem ter hora para acabar. O “realismo” também é um ponto forte, não é uma história de heróis, é sim uma história onde as pessoas morrem ao menor deslize. Enfim uma verdadeira obra de arte, maravilhosa, instigante, impressionante, extremamente bem desenhada, e com capas realmente magníficas – esse sim merece uma coletânea especial só com o desenho das capas, não aquela chatísse de Sadman, Capas na Areia. Se tiver oportunidade leia, mesmo se não gostar de zumbis, antes de qualquer coisa, é uma história de sobrevivência. Recomendadíssimo!!!
E você o que faria? Sem tv, sem supermercados, sem internet?
“Em um mundo dominado pelos mortos, finalmente somos forçados a viver!”