spoiler visualizarLT 28/09/2020
Olá pessoal!
Como falei na resenha do livro A fúria e a aurora, não tinha como terminar a leitura sem partir diretamente para a leitura da segunda parte, A rosa e a adaga, principalmente para pessoas curiosas como eu – risos.
Confesso que não sabia o que esperar desse livro, pois o último terminou de maneira inesperada, não tem como escrever essa resenha sem algum spoiler do primeiro, sinto por isso, mas é uma continuação; então... Vamos lá?!
ALERTA DE SPOILERS: Essa resenha contém spoiler do primeiro livro!
Sherazade é resgatada por seu antigo namorado, Tarig, que armou para o rei sair do castelo. Por sinal, Tarig é teimoso e não aceita que ela se apaixonou pelo califa Khalid, fica angustiado porque tinha certeza que se separasse os dois ela iria cair em si e voltar para ele, mas não foi isso que aconteceu.
Sherazade está dividida entre sua família que está no acampamento, apoiando uma rebelião para tomar o reinado e seu amado, que está longe de seu alcance. Ela sofre mas não se desespera, o que me encantou foi sua determinação para buscar uma solução para os problemas, e cá entre nós, eu estava torcendo por isso!
Sabemos que o primeiro livro, na maioria dos casos, é sempre o melhor, será? No entanto, o que me chamou a atenção nesse foi que não ficou naquela mesmice, essa história é mais focada e centrada em Sherazade, no seu amadurecimento e no que ela podia aprender para ajudar seu grande amor e quebrar a maldição que ali fora imposta.
Com a personalidade forte e decidida, ela toma as rédeas de sua vida e viaja (somente a noite, para ninguém perceber que saiu) em seu tapete a procura do mago Musa Zaragoza, o encontra... mas tem um preço a pagar pelo que deseja, ela também tem um dom que usará quando for necessário.
Este livro gira em torno de crenças, rituais, magia e assim como mantive a mente aberta na leitura do primeiro o fiz no segundo, fantasiei muitas cenas e lugares no deserto, foi incrível essa viagem com esses personagens, apesar de ficar algumas vezes impaciente para que as coisas se desdobrassem e revelassem logo os desfechos.
Com muitas aventuras indescritíveis, me vi num reino de fantasia que me encantou e ao mesmo tempo fiquei roendo as unhas para saber como terminaria, pois Sherazade tinha um propósito e nada a faria desistir disso, todavia as barreiras estavam presentes e tinham muitas a serem derrubadas.
Não posso deixar de falar da família de Sherazade. Seu pai, Jahandar, apesar de ser um homem bom para as filhas, mexia com magia negra e estava sofrendo algumas consequências por usá-la, seu tio Reza bin-Latief está determinado a se rebelar contra o rei e matá-lo (faria um pacto até com o diabo se fosse preciso). Sua irmã Irsa é um doce de pessoa, atenciosa, carismática e curandeira que tentava entender os motivos que levaram Sherazade a mudar de opinião em relação ao califa e... como foi se apaixonar por um monstro?
Enquanto isso Khalid vai a cidade, encapuzado, ajudar a reerguer o que restou das casas de seu povo, dando toda a assistência possível, mas não revelando sua verdadeira identidade. Ele sente falta de sua amada e a cada dia pensa que foi melhor assim, pelo menos ela está a salvo, longe de sua escuridão.
A única certeza que eu tinha durante a leitura era de que o amor de Khalid e Sherazade sentiam um pelo outro. Mesmo ele achando que não a merecia pelo que tinha aceitado fazer, com um peso enorme em suas costas e uma coroa em sua cabeça, suas mãos estavam manchadas de sangue inocente, ele não tinha escolha... ou tinha?
Nesse livro conhecemos mais dos personagens e junto com eles seus sofrimentos e esperanças. Os acontecimentos me cativaram e o enredo me fez entender o que realmente os personagens almejam, seja com o coração puro ou com a maldade no coração os consumindo, de todos os jeitos eles tem um caminho a trilhar.
A capa mostra muito do que tem dentro do livro, acredito que colocaram a capa de cor vermelha em significado ao sol escaldante do deserto. O livro é narrado em terceira pessoa, temos uma visão ampla de todos os sentimentos e pontos de vistas de muitos os personagens. Não notei erros de digitação, as folhas são amareladas e o tamanho da fonte está confortável para leitura.
Indico essa leitura para todas as pessoas que tenham uma imaginação fértil como a minha, que gostam de magia, de um bom desafio. Não esperem uma leitura intensa de ação, a trama é uma aventura água com açúcar e com muitos sentimentos envolvidos. Nesse livro temos vários aprendizados, perdão, respeito, amizade, compreensão, lutas por aquilo em que se acredita, justiça e o principal: o amor.
Agora me digam, já leram? Se não, curiosos? Será que o final vai compensar todas as lutas, intrigas e rebeliões? Será que Shazi vai conseguir chegar ao meio termo entre sua família e seu amor por Kalifa? São muitas perguntas que vocês só vão conseguir as respostas lendo – risos.
[Quote] Sua crescente sensibilidade à luz era um problema recorrente nos últimos tempos. Um efeito infeliz de sua contínua falta de sono. Em breve, os que o cercavam ficariam cientes desse problema. Ele ficava confortável demais no escuro... [...]
[Quote] Na tumba de Ava, jurei que passaria minha vida mostrando aos que me eram caros o que sentia por eles, sem depender de palavras. Prometi que faria a outros o que deixara de fazer por ela. De não declarar meu amor. Mas em vez disso, demonstra-lo. [...]
Até a próxima resenha!
Resenhista: Cris Santana.