Acervo do Leitor 31/01/2018
À Margem das Sombras – Anjo da Noite #2 | Resenha | Acervo do Leitor
Justiça, vingança e retribuição são as três faces do anjo da noite, e o único preço a ser pago para abandonar a vida de Derramador é herança de seu mestre, a única maneira de sair das sombras é abandonando o manto cinzento de assassino e a espada retribuição, Kylar tem apenas dois caminhos: viver com Elene e Uly sempre com sede de sangue, ou continuar os passos de seu mentor e levar Justiça ao coração de cenária e de todos que ama. Uma decisão poderá afetar o destino de cenária e apenas uma pessoa tem o poder de salva-la de toda a destruição e terror, somente Kylar Stern o Anjo da Noite detém a força necessária para lutar contra Garoth Ursuul, e libertar a cidade das correntes do exército mais temido do mundo, mas para isso será necessário que as barreiras entre a pobreza e a nobreza sejam desfeitas e assim forjando os laços da união na luta contra Khalidor.
“No lugar dele estava uma aparição, um demônio. Cada curva e cada plano do corpo coberto por metal preto, o rosto era uma máscara de furor, os músculos exagerados. Ariel percebeu que estava vendo o Anjo da Noite em toda a sua fúria. Estava negando ao avatar da Retribuição sua chance de exercer a justiça. Não havia disfarce.”
Nesse segundo livro da série Anjo da noite vemos um Kylar tentando levar uma vida tranquila com Elene e Uly na cidade de Caernavon, mas a sede de vingança e justiça do anjo da noite é mais forte do que ele pensava, e a espada Retribuição acaba se tornando mais pesada do que parece obrigando-o a tomar uma atitude. Do outro lado da história temos Logan Gyre Rei legitimo de cenária que está preso no “Cu do Inferno” literalmente, enfrentando seus próprios desafios e medos. Cenária encontra-se em um ambiente calamitoso de guerra e destruição, porém, a população da cidade está disposta a se unir para dar um grande golpe no Deus-Rei e expulsar os soldados da cidade, dessa maneira todos se preparam para a maior guerra já presenciada pelos habitantes da cidade, o Rei Garoth Ursuul não dispensara nenhuma arma e ira utilizar Magos, Vurdmeiters, Meisters, monstros que até então pareciam ser frutos de lendas antigas e dos piores pesadelos e a brutal força de seu exército em uma sangrenta batalha pelo controle de Cenária.
“Kylar espremeu a mão do bandido até virar uma polpa, depois agarrou a outra. O homem começou a balbuciar olhando a mão mutilada.
– Ah, merda! Minha mão!
– Onde está o Shinga? Não vou repetir.
– Fod… não! Pare! Terceiro… armazém depois… do cais três! Ah, deuses! O que… é você?
– Eu sou a Retribuição.”
Quando você pensa que não poderia ficar melhor, vem o Brent Weeks e nos deixa de queixo caído, a trama continua com uma evolução exponencial, se desdobrando cada vez mais, alguns personagens evoluem mais ainda, como Logan Gyre que é um “mocinho” atípico, pois durante quase todo o livro o personagem sofre muito mesmo. Kylar por outro lado começa ir a fundo dentro da história de seu mestre e descobre mais coisas do que achava possível, isso tudo ao mesmo tempo em que outras histórias percorrem seu próprio rumo tecendo todas juntas a trama principal, como um rio com vários afluentes que desembolsam em um rio principal.
“Era assim para você, mestre? Foi aí que começou o oceano de amargura? O preço da minha imortalidade é abrir mão da minha humanidade?”
Uma continuação digna de mérito já que a trama não decai nem um pouco e Brent weeks continua em um ritmo absurdo de acontecimentos, e somos surpreendidos e arrebatados com um final bombástico recheado de criaturas horripilantes, reviravoltas, e “UMA” Revelação no final deixando-nos ainda mais ansiosos para o último volume da série. Só posso dizer que após ler esse segundo livro me declaro Fã de Brent, se o terceiro livro conseguir superar os dois primeiros, acredito que um novo nível de excelência será estabelecido, e teremos uma obra a ser superada.
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