Nytta 22/08/2021Nas devidas proporções, meus sentimentos perante a biografia do ensaísta alemão Walter Benjamin, foram muito parecidos de quando eu estava lendo o diário da Anne Frank. Talvez, muito disso se deu porque ambos foram vitimas do regime nazista, e tiveram um fim semelhante: a morte.
Muito dos meus anseios para ler este livro, foi porque eu queria saber mais sobre a vida e como se deu o processo intelectual de um autor que me é muito caro. Dessa forma, pensei que seria um modo de me fazer compreender mais facilmente suas obras, a partir de suas vivencias.
É um livro que terminei há alguns dias e não consegui fazer resenha na hora, pois os três últimos capítulos para mim, foram bem difíceis, pois obviamente, estava tudo sendo encaminhado para o seu suicídio.
Confesso que li com receio de descobrir que ele era o estereótipo do gênio babaca, que era cretino com todo mundo. Não sei se é por ser muuuuito fangirl dele, mas eu enxerguei em Walter um homem que, apesar das circunstancias, acreditou até o fim em suas ideias.
Vi um pensador que, de certa forma, temia que os círculos que frequentava (partidos políticos, grupos estudantis, etc), pudessem fazer com que ele fosse contra com o que ele acreditava e não o permitisse sua independência intelectual.
É uma biografia que me deixou muito triste em pensar o como a ignorância humana permite que pessoas como Walter, tivessem o fim que tiveram, antes do tempo.