Silvana 25/03/2017
O ano é 547 d.c. e quatro colossais armadas saíram da Ilha de Erin com a certeza de que voltariam vitoriosos. Os homens de Connacht tem a certeza da vitória, porque antes de sair da Ilha, eles sacrificaram mais de mil mulheres e crianças ao seu deus Cernunnos, o principal deus celta, para que a campanha de Ailill fosse um grande sucesso. O Rei Ailill Inbanda já está até comemorando a vitória junto a seu mago Eogan, o mago mais poderoso de Ailill. Seus quatro comandantes estão levando consigo os quatro elmos forjados no fogo de Cernunnos e banhado no sangue das oferendas, por isso eles tem certeza da vitória contra o povo cristãos.
Eles atacaram em quatro pontos estratégicos, sedentos por sangue, riquezas e mulheres, e em instantes tomaram as praias. Um dos quatro comandantes, Murchad, quer acima de tudo vingança contra Crimthainn do Ui Neill, senhor da região onde ele vai atacar, que se não fosse por ele ter derrotado Murchad anteriormente, ele já teria sido promovido a comandante geral de todos os exércitos de Connacht. Só que eles não contavam que o povo bretão tinham uma vantagem: entre eles está o Rei Oengus MascLachlan, que conseguiu avisar a maior parte dos vilarejos sobre o ataque, que esvaziaram o local. E que é o detentor de uma Espada Sagrada.
Esse livro é prequel de uma trilogia e serve mais como uma introdução ao cenário da história que está por vir. Mas mesmo sendo uma introdução e tendo apenas 66 páginas a história é de uma intensidade de tirar o folego. A narrativa é em terceira pessoa, como e comum em livros do gênero, e com isso podemos ter uma visão bem detalhada dos cenários e da guerra em andamento. Não vou dizer que é uma leitura fácil, principalmente para quem não está acostumado com livros do gênero, os nomes são bem complicados e por vezes eu precisava voltar algumas páginas para me situar na história. Mas em contrapartida temos algumas ilustrações no livro que fizeram e muita diferença.
Não posso dizer muito dos personagens porque foram muitos e poucos deles tiveram algum destaque maior. Mas o que chama a atenção é a guerra propriamente dita. E em como as pessoas lutavam e ainda lutam em nome de algum deus. O motivo é basicamente esse, um povo não concordar com a religião alheia. E já digo que fiquei horrorizada logo no inicio quando eles falavam sobre os sacrifícios humanos. Infelizmente isso ainda não mudou no nosso tempo, ainda tem gente que mata e morre em nome de religião. Não vou falar muito mais porque o livro é bem curto, mas vou dizer que gostei bastante do que eu vi e que se o primeiro livro da trilogia que está sendo lançado esse mês pela Novo Conceito seguir nesse rumo, eu vou gostar. Se ficou interessado é só baixar o seu de graça na Amazon.
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