O Pai Goriot

O Pai Goriot Honoré de Balzac




Resenhas - O Pai Goriot


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Ana 29/02/2024

"A corrupção é a arma da mediocridade."
Honoré de Balzac foi um escritor francês, nascido em 1799 e falecido em 1850, conhecido por ser o pai do romance moderno e do realismo francês.
Sua obra intitulada de A comédia humana, referência à Divina comédia, é composta por 89 romances, novelas e contos onde o autor buscou fazer um recorte da sociedade francesa da primeira metade do século XIX retratando por meio das suas personagens vícios, virtudes, corrupção, egoísmo e as transformações que ocorreram pós revolução francesa.
Nessa época a burguesia estava em franca ascensão e a aristocracia tinha sido derrubada, a sociedade estava se modificando e as classes sociais trocando de status.
Nesse contexto temos a estória d'O pai Goriot. Aqui acompanhamos duas personagens principais que percorrem caminhos opostos. Jean Joachim Goriot é um comerciante de trigo que enriqueceu e proporcionou tudo para suas filhas ascenderem à nobreza. Enquanto do outro lado temos Eugène Rastignac, estudante de direito que se muda para Paris para estudar. Enquanto o primeiro está em descendo a escala social e empobrecendo, o outro se deslumbra com o nível de vida da aristocracia e almeja ascender socialmente. Ambos moram em uma pensão nos subúrbios de Paris chamada casa Vauquer.
Eu gostei bastante da narrativa e da construção de personagens. A complexidade da psique deles, de suas personalidades, de suas atitudes. O que Balzac faz aqui é denunciar a força imperativa do dinheiro na vida social e o que é preciso fazer para ganhar o respeito das pessoas numa sociedade egoísta que preza mais pela aparência do que pela realidade. O capitalismo estava ainda incipiente e tudo aqui gira em torno do dinheiro.
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Ingrid 23/01/2024

O PAI GORIOT E A DICOTOMIA PARISIENSES
Fruto da imaginação dos mais sonhadores, românticos, perspicazes e ambiciosos jovens, a Paris do século XIX é, no realismo de sentido e escola literária balzaquiana, desnuda e suas mazelas expostas nos indicam que o fruto onírico é, na verdade, o ato de ceder sua moral, suas virtudes, sua inocência e seu belo sonho em troca de migalhas de atenção. Paris vivia de sobrenomes ricos em dinheiro e superfluidades.

Rastignac representa o que a própria Paris é: de um lado ambição, desejo, deslumbre e do outro máscaras, pobreza, indecisão e culpa. O homem que quer estar na sociedade precisa de sobrenome ou de uma dama que desperte a inveje de todas as outras o desfilando como um amante que agora será notado.

Goriot, pelo contrário, é um homem um tanto rústico, enriqueceu do comércio, um macarroneiro que fez fortuna, embora não carregue o que importa: orgulho, falsidade e, pleonasticamente, o sobrenome. Um homem que pelas filhas viu a vida escapar fisicamente, mas o mero ato de lhes dirigir a palavra ou até mesmo as observar distantes preenchia seu velho coração abandonado do mais puro amor.

Enquanto esses dois personagens se entrelaçam, as filhas de Goriot junto aos seus maridos e amantes alimentam o teatro da vida alheia. O pobre pai, que cedeu 600 mil francos para que cada uma casasse e vivesse nessa sociedade torpe, definha com uma renda cada vez menor, se torna alvo do falatório da pensão inabitável que reflete o retrato dos marginais (à margem do luxo): uma viúva ambiciosa, empregados cuja vida será submissão até o último respiro, um malandro que se mostra com o tempo um forçado e um pobre homem que só gostaria de viver o restante dos seus dias no aconchego do amor das filhas.

Nesse retrato de exploração realista, Balzac constrói uma história que não se alimenta de ação ou plot twists, basta ao leitor entender a própria época da obra em que todos os personagens, santos ou não, lutam para sobreviver. A vida é um pouco de Balzac: talvez a luta entre o bem e o mal seja a luta entre poder e não poder, onde os heróis e vilões trocam de papel dia após dia.

Rastignac termina sendo o desconhecido mais amável que Goriot poderia ter cruzado, o homem que evitou um enterro de indulgente e o que sobrou de uma família que não mais existia. Paris criou as filhas de Goriot, mas foi a realidade da vida que moldou cada ação boa ou não de Rastignac.
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Paulo 11/01/2024

Um verdadeiro pai em meio à sociedade corrompida
O romance se passa em Paris em 1819. As personagens principais residem na pensão suburbana da Sra. Vauquer, onde convivem com estudantes, aposentados, solteironas e fracassados em geral.

O pai Goriot, que nomeia o livro, é um viúvo velhote de 69 anos. Ele ficou rico vendendo trigo na Revolução Francesa, mas entregou toda a sua fortuna para suas duas filhas, casadas com nobres que desprezam o sogro.

Outro residente da pensão é Eugéne Rastignac, interiorano que veio a Paris estudar Direito. Ambicioso, ele se alia a uma poderosa prima que lhe introduz na sociedade parisiense.

Vautrin é um homem de meia idade, bem articulado e misterioso, que figura como uma espécie de anti-herói. Ele propõe a Rastignac um pacto para torná-lo rico, casando-se com uma jovem herdeira que também residia na pensão, mas para que o plano desse certo seria necessário assassinar o irmão da moça.

O pai Goriot é o arquétipo da paternidade, sendo até chamado pelo autor de “Cristo da Paternidade”. Sacrifica absolutamente tudo em nome de suas filhas. Elas, porém, envoltas em casamentos de conveniência, não correspondem aos mimos do pai. Antes, o mantém à distância com receio de que ele prejudique a imagem delas perante a sociedade. São mulheres mal amadas, vaidosas, egoístas e infelizes.

Eugéne Rastignac é um jovem bonito, inteligente e promissor, que procura subir na escala social por meio de ricas mulheres parisienses. Sem jamais abrir mão de sua ambição, ele percebe pelo desprezo das filhas ao pai Goriot como a sociedade parisiense de então era mesquinha e hipócrita. Ele vê de forma crítica onde estava se metendo, compreende o vazio e a falsidade da sociedade parisiense. A personagem não chega a passar por dilemas morais pois sempre manteve sua conduta coerente à sua ambição. Contudo, teve o mérito de não sucumbir ao pacto fáustico proposto por Vautrin.
Talvez, para Eugéne o assassinato seria a única barreira que não seria capaz de transpor para conseguir seus objetivos. Já o pai Goriot daria a vida, sem pensar duas vezes, para suas duas ingratas filhas.

Com escrita fluída e envolvente, Balzac constrói uma obra prima. O escritor ombreia-se a Stendhal e Flaubert. Genial.

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Pedro.Inocente 15/11/2023

O dinheiro na sociedade parisiense
Primeira leitura que fiz de uma obra de Balzac, e sinceramente, não era o que eu estava esperando, então quebrou um pouco com minhas expectativas, mas de uma maneira boa!
Em ?O Pai Goriot? nos é contada a história de Jean-Joachim, mais conhecido como ?Pai Goriot? pelos outros moradores, que também vivem na pensado da Sra. Vauquer. Ele é um homem que faz de tudo pelas suas filhas, investido uma boa quantidade de dinheiro em seus futuros, e não é retribuído pelas mesmas.
O único aliado do lado de Goriot então é Rastignac, um jovem ambicioso e que sonha em crescer na vida através do dinheiro, mas que com o passar da obra perceberá as consequências que tudo isso traz!
?O Pai Goriot? é uma obra com detalhes, detalhes até demais(o que particularmente me incomodou um pouco), mas ainda sim vale muito a pena, Balzac é um dos maiores nomes da literatura francesa/mundial e um grande conhecedor da sociedade parisiense e as diversas personalidades diferentes, recomendo!
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Marcos606 25/10/2023

A história se passa em Paris no ano de 1819, numa pensão decrépita, suja e malcheirosa na margem esquerda do Sena. Sra. Vauquer, uma velha viúva mesquinha dona do lugar, governa seus inquilinos. São pessoas com recursos e desejos modestos, como Mlle. Michonneau, a solteirona; Poiret, um ser humano parecido com uma marionete; e uma jovem órfã, Victorine Taillefer. Destacam-se três inquilinos: Eugène de Rastignac, um jovem estudante provinciano, de origem nobre, mas pobre e ansioso por tentar a sorte na capital; Vautrin, o homem “forte”, bon vivant e bem-humorado, mas misterioso e alarmante; e Pai Goriot, um comerciante aposentado, que parece sofrer de uma tristeza misteriosa.

Rastignac logo descobre que estranhos acontecimentos estão acontecendo na pensão aparentemente respeitável: o velho Goriot transformando pratos de prata em lingotes, Vautrin retornando furtivamente para casa no meio da noite, apesar das portas trancadas, Goriot sendo visitado por lindas garotas cujas contas ele paga.

Rastignac vai descobrir a solução de um dos mistérios. Perseguindo suas ambições, ele consegue ser introduzido na alta sociedade parisiense com a ajuda de sua influente prima, Mme. de Beauséant. Tudo parece estar funcionando de acordo com seus planos, mas ao mencionar o nome de Goriot, ele se vê excluído do salão da Condessa de Restaud, ponto de encontro da nata da sociedade. Desanimado com sua primeira gafe, ele aprende com a Sra. Beauséant o segredo da vida de Père Goriot. O velho arruinou-se e aceitou uma vida miserável para que suas duas filhas pudessem ser ricas.

O personagem-título é objeto da análise mais profunda de Balzac. Sua paixão irracional é mostrada de maneira poderosa, cuidadosamente explicada, constitui o elemento dramático do romance e progride para um clímax sublimemente trágico.

Balzac mostra-nos cuidadosamente como em Pai Goriot a paixão de um rico comerciante cresceu e o dominou. A partir de então, o velho vive apenas para as filhas, acrescentando sacrifício em sacrifício, sangrando-se do dinheiro e da vida.

Esta estranha paixão combina inextricavelmente dois elementos: animalidade e sublimidade. Vemos ao longo do livro o comportamento animalesco de Goriot em relação às filhas, comportamento muitas vezes comparado ao de um cachorro. Balzac disse dele, em resposta às críticas: “O velho Goriot é como o cachorro de um assassino, que lambe a mão de seu dono quando está suja de sangue; ele não discute, não julga, ele ama”. E, de fato, sua paixão aniquilou todos os outros sentimentos humanos: ele mataria, roubaria e “venderia o Pai, o Filho e o Espírito Santo” para poupar suas filhas. Ao mesmo tempo, Balzac eleva-o a um tipo, a um criador, a uma figura divina, capaz de infinita paixão e abnegação, que culminará no sacrifício final daquele “Cristo da Paternidade”

darcilenemarques 25/10/2023minha estante
Ótima resenha! Eu amo esse livro! Eh meu favorito do Balzac.


Marcos606 26/10/2023minha estante
Que bom que gostou




laupresotto 12/10/2023

Um livro com um final triste
Comecei o livro achando que ia achar chato, mas com o passar da história eu fui gostando e me aproximando dos personagens (principalmente de Goriot e Rastignac). O começo foi meio maçante, com muitas informações sobre os muitos personagens que viviam na pensão burguesa, tanto é que eu tive que fazer anotações sobre cada um pra eu não esquecer. Outra coisa que eu me desacostumei nos clássicos é que no meio da história o narrador começava a chamar um personagem por um nome diferente ou pelo seu título, aí eu me dei conta que ele estava se referindo a um mesmo personagem (o que aconteceu com o Rastignac/Eugéne).

Em termo de fluidez, foi meio a meio: em algumas partes a leitura foi bem fluida, em outras menos, principalmente nas partes em que a escrita tinha passagens mais difíceis de entender. O fato de em praticamente toda página ter rodapé dificultou um pouco, mas também foi só no início, depois deu uma diminuída.

Mas no fim eu gostei da história, apesar de ter tido um final trágico, terminei querendo saber o que vai acontecer com os demais personagens, teve bastante passagens boas e deu pra ter uma noção de como as coisas funcionavam naquela época, que, sejamos sinceros, não é muito diferente de hoje em dia, onde só o dinheiro importa.
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Alan Santana 03/08/2023

Pobre do pai...
Na Paris do início do século XIX, Balzac apresenta uma visão ultrarrealista e crítica da sociedade francesa da época. O enredo gira em torno de Jean-Joachim Goriot, um idoso que vive em uma pensão modesta e é retratado como um pai amoroso que dedicou sua vida e recursos financeiros para proporcionar uma vida confortável para suas filhas.

Durante a estória conhecemos outros personagens que também residem na pensão, como Eugène de Rastignac, um jovem ambicioso que chega a Paris com o objetivo de ascender socialmente, e logo percebe que a busca por status e poder está profundamente enraizada na sociedade parisiense. Ele testemunha o egoísmo, a corrupção e a ganância que permeiam as relações sociais, acabando por se afeiçoar ao pai Goriot ao longo da trama.

Balzac descreve de forma vívida as intrigas, os jogos de poder e as falsas aparências que caracterizam as relações humanas nesse contexto.

"O Pai Goriot" aborda temas universais como amor, ambição, decadência social e sacrifício; bem como os dilemas morais enfrentados pelos personagens, que muitas vezes são colocados diante da escolha entre a busca por suas próprias ambições e a lealdade aos laços familiares.

A obra continua relevante até os dias de hoje, pois oferece uma visão penetrante da natureza humana e da sociedade em todas as suas facetas. Nos faz refletir sobre os valores da sociedade e sobre os custos individuais e sociais da busca desenfreada pelo poder e status.
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Reginaldo Pereira 29/07/2023

Todos foram culpados? todos! E isso é bem triste?
Foi minha primeira leitura de Balzac, e tenho receio de ter começado por sua obra mais aclamada? pois isso elevará minhas expectativas para as próximas leituras desse mestre! Gostei muito! Mas muito mesmo!

Tanto a escrita, prazeirosa, contagiante, que trás os sentimentos à tona; quanto a história, triste, dura, que mostra o ser humano na sua forma mais crua, nua, transparente? tudo isso, fazem de ?O Pai Goriot? uma leitura inesquecível! Chocante? mas inesquecível!

Por mais que o pai Goriot seja quem dá nome à obra, pode-se considerar que o protagonista da história é o jovem e ambicioso Eugene, que luta - a qualquer preço - pra fazer parte da ?grandiosa? (e suja!) aristocracia parisiense. Por outro lado, todos os personagens (incluindo o próprio Eugene) como que giram ao redor do pobre pai Goriot, e na maioria das vezes de um modo bastante melancólico.

O que mais me chamou a atenção na leitura foi como Balzac descreve dois ?mundos? opostos - a humilde pensão Casa Vauquer e a rica sociedade Parisiense - mas que se aproximam demais uma da outra quando vistas por trás dos sentimentos das pessoas que nelas vivem. E isso é bastante triste, pois tais semelhanças provém do lado obscuro das pessoas, principalmente quando um outro grande protagonista da obra dá as caras: o dinheiro.

Tão aclamado por sua obra completa chamada de ?A Comédia Humana?, se Balzac realmente foi perfeito em decifrar o ser humano em apenas 300 páginas do pai Goriot, imagina o que ainda não existe de grandioso nas obras deste mestre!!! Realmente um gênio!!
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Michela Wakami 12/07/2023

Muito bom
Que história triste e realista. Quanta verdade em um só livro.
Os personagens são muito bem descritos com seus defeitos irritantes e cruéis.
Mas nem todos são maus, temos alguns que se salvam, que nos ajuda a levar a história a diante e concluí-la.
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Leandro676 23/06/2023

O dinheiro define quem você é na sociedade
O Pai Goriot, a história principal do livro é o retrato de um pai que se permitiu cair em ruína para sempre mimar suas filhas com tudo que elas lhe pediam, mesmo que aquilo não fosse realmente bom para elas, como seus por exemplo seus casamentos, que quando conhecemos a fundo, percebemos que não são tão luxuosos e felizes, como a primeira vista pode parecer.

O livro possui vários personagens e histórias entrelaçadas, como por exemplo Eugene de Rastinac, morador da mesma pensão que o pai Goriot, em minha opinião podemos até considera-lo como protagonista desse livro, neste livro vemos sua introdução na alta sociedade, sua desilusão em realação as convenções sociais, e um dos pontos altos e quando Valtrin (outro morador da pensão, podemos chamar de antagonista um personagem tão eloquente?) despeja sobre a mente de Eugene, sua visão obscura sobre o mundo, as pessoas e os valores, a discussão, os argumentos e pontos apresentados por Valtrin, a sua revolta, foi pra mim um dos momentos mais impactantes do livro. O final do livro é extramamente amargo, e deixa uma sensação de tristeza, mas ainda assim, um livro muito bom, divertido em certos momentos, eufórico em outros, mas o tema principal do livro é sobre a visão do autor sobre dinheiro, e como isso define quem você é perante a sociedade.

PS: uma coisa que chamou minha atenção neste livro que não tinha visto em outros é o fato de ele não possuir divisão de capitulos!
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Lucas 17/06/2023

As coisas realmente mudaram?
Juventude apaixonada e entusiasmada com o futuro, até onde eles conseguem chegar sem deixar de ser eles mesmos? Um retrato de uma sociedade que, mesmo depois de décadas, ainda nos abrange e diz muito sobre nós mesmos.
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Marcus.Santana 15/06/2023

Livro linear, escrita fluida, mas história sem muita emoção.
Balzac é considerado um dos maiores romancistas de todos os tempos, fundador do Realismo na literatura moderna, e teve a ousada e genial ideia de retratar toda a sociedade parisiense, a mais evoluída da época, através de mais de 90 romances.

O Pai Goriot mostra a face verdadeira e cruel da Paris oitocentista, mostra os contrastes da elite rica com a classe pobre, os valores deturpados, o dinheiro acima de tudo, o jovem ambicioso, o amor paterno, incondicional, desvalorizado, os casamentos de aparências, a felicidade de aparência, falsa, enfim, nada muito diferente do que encontramos hoje, o que atesta a imortalidade do enredo, a genialidade do autor.

Esse mundo é magistralmente posto a nu no monumental discurso de Vautrin a Rastignac. Toda essa teia de aparências é delineada ponto a ponto de forma brilhante na voz deste que é, de longe, um dos melhores personagens desse livro.
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