O Pai Goriot

O Pai Goriot Honoré de Balzac




Resenhas - O Pai Goriot


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Lilian 03/01/2023

No início demora um pouco para prender a atenção, mas como o passar das páginas, começamos a nos apegar aos personagens e constatar como o dinheiro está acima do amor entre os personagens, muito forte e lindo livro.
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Gabrielli 07/12/2022

Um romance não linear (para mim)
Foi uma leitura de altos e baixos. A partir do meio do livro, não conseguia largar por conta da trama, mas até chegar lá achei bem prolixo. O final, também, um pouco arrastado. Interessante obra que fica entre o romantismo e o realismo, mas não me deixou com vontade de ler outros do mesmo autor.
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Thiago 03/12/2022

Lições
Lições de vida escancarando a realidade burguesa de uma Paris obscura. Atual. Intrigante. Triste. Real.
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Michel 27/11/2022

Resenha o pai goriot
Uma obra que gostei, principalmente da metade para frente da história. O começo não me segurou tanto. Eugênio e goriot acabam por ter uma amizade boa e no fim fiquei com dó do senhor Goriot. Não quero dar spoiler mas sua agonia na cama e mudança de pensamentos foi bem digna de dó
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Trindade 11/11/2022

Divertido
E um livro divertido, mas demanda paciência e atenção redobrada. Tem muitos detalhes e muitas descrições o que torna a leitura entediante as vezes, no entanto, no quadro geral, é um excelente romance
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FERES. D. 08/11/2022

Uma análise minuciosa do ser humano
Que livro! Balzac descreve muito bem as virtudes e a sujeira da sociedade e do homem. Vale cada minuto de leitura.
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Lucas Lobo 08/11/2022

O pai Goriot
Confesso que a leitura não me prendeu muito, não me apeguei a nenhum personagem, apenas senti dó do Pai Goriot. Irei dar uma chance a esse livro em outro momento.
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Julia 05/11/2022

O Pai Goriot
Comecei a ler o livro por conta de uma atividade da faculdade e enrolei demaaaaais pra terminar porque é muito diferente de tudo o que já li. A leitura é cansativa às vezes, e o fato de não ter capítulos me pegou um pouco.

Agora, sobre a história: é impecável!!! É incrível como algo escrito há tanto tempo possa trazer reflexões que ainda cabem no contexto atual. A narrativa me lembra um novelão das 18h e cada personagem é único. O modo como Balzac descreve tudo minuciosamente facilita muito a montagem dos cenários e das cenas.

Acho que meu personagem favorito é o Vautrin, pois ele funciona como uma engrenagem que faz toda a obra funcionar (ainda bem, senão seriam 300 páginas de puro nada).

Enfim, muito bom, e eu espero que me renda uma boa nota no fim do semestre kkkkk
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Raeder 29/09/2022

DEPRESSÃO
De uma forma como nunca faço nesse aplicativo, vim prestar os meus comentários exatamente no momento em que li a ultima palavra escrita por Balzac para este livro. Não faço ideia de como expressar a confusão, melancolia, tristeza profunda e indignação em que me encontro. Não acredito nesse final apesar de já estar esperando um final trágico só por saber quem escreveu a história. É um dos romances mais GENIAIS E HUMANOS que eu já li e vou ler em toda a vida. Demorei o tempo para ler que precisei para conseguir digerir tudo o que a obra me trouxe a confrontar. A sociedade é uma merda e as pessoas são podres. Um beijo de uma menina muito triste e uma boa noite a todos.
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Biblioteca da Pry 18/09/2022

Livro: O pai Goriot
Autor: Balzac

Uma pensão, diversos personagens distintos, uma sociedade parisiense focada em aparências e frivolidades.
Um livro onde os personagens são totalmente complexos, formando e sustentando a comédia humana.
Balzac lança um romance que revoluciona toda a literatura da época, cheio de passagens críticas à sociedade da época, Paris e seus costumes se torna personagem também do livro.
Um texto cheio de detalhes, possibilitando conhecermos os personagens de forma óbvia, levando cada história ter uma abordagem característica ao tema proposto.
A disputa pelo poder e a conquista de suas ambições, é o caminho a ser seguido por todas as páginas, e em alguns momentos, o foco principal da história se alterna, assim como a importância de cada personagem.
A relação familiar é um dos fatores mais importantes levantados pelo autor, e que de alguma forma se relaciona completamente com todo o resto.
Apesar de ter capítulos muito longos, a leitura é extremamente interessante. A cada nova história interna a curiosidade aumenta e o entendimento das questões levantadas abrange toda a nossa sociedade.
Balzac, nos apresenta uma história divertida, instigante e completamente diferente.
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Georgeton.Leal 04/09/2022

Paternidade desolada
Minha primeira escolha para ler Balzac foi certeira! Nesse clássico da obra "A Comédia Humana" temos uma ótima história com personagens muito bem construídos e pautados num realismo fascinante. O autor soube descrever com fidelidade parte do cotidiano da grande Paris, seja na figura de seus habitantes como também da aristocracia francesa.
Temos no romance o desenvolvimento de duas histórias distintas que se entrelaçam: a do pai Goriot e do jovem estudante Eugène Rastignac. Ambos moram na mesma pensão (a casa Vauquer) juntamente com outras pessoas que compartilham com eles da mesma mesa durante as refeições diárias.
Nesse pequeno círculo, pai Goriot é alvo de constantes chacotas dos outros moradores devido sua personalidade mais reservada e atitudes aparentemente estranhas, porém nem todos sabem do motivo que o fez se isolar naquela pensão. Após certo tempo, ele começa a receber a visita de duas senhoritas elegantes que sempre entram e saem misteriosamente sem nenhuma explicação. Essas duas jovens são suas filhas, que apesar de já casadas com homens ricos, ainda tiram proveito dos últimos bens de seu genitor, o qual faz de tudo para ver o bem delas. Todo pai quer o melhor para seus filhos, mas em se tratando do velho Goriot, dar esse melhor acabou incluindo sacrifícios que o exauriram ao limite a ponto de o mesmo ficar quase sem recursos para sobreviver.
É nessa hora que entra Eugène, que por uma irônica coincidência, acaba se envolvendo com Delphine, uma das filhas de Goriot. Eugène tinha começado a frequentar bailes e reuniões da alta sociedade parisiense e se apoiava na influência de sua prima rica a fim de conseguir adentrar nesse requintado mundo. No entanto, o ambicioso jovem se depara com vários desafios, principalmente por ser de uma classe social mais baixa. Ainda assim, ele se esforça para alcançar seus objetivos em meio ao agridoce sabor das conquistas e frustrações dessa nova fase.
Em meio a esse conjunto de acontecimentos somos levados a diversas reflexões que sempre colocam em evidência pontos importantes nos quais os personagens se encontram envolvidos, seja em jogos de interesses pessoais ou em conflitos éticos. Tudo caminha rumo às consequências das escolhas de cada um dentro desse inconstante redemoinho.
Enfim, sei que "A Comédia Humana" é uma série bem extensa e com muitos personagens interligados, mas recomendo esse livro em especial para aqueles que ainda não conhecem Balzac e procuram uma boa porta de entrada para sua obra. Eis aqui uma ótima amostra da genialidade deste grande autor francês.

site: https://senso-literario.blogspot.com/2022/11/paternidade-desolada.html
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xLeoSaraiva 01/09/2022

"Na falta de um amor puro e sagrado que preencha a vida, [a] sede pelo poder pode tornar-se uma bela coisa".
"O Pai Goriot", é o tipo de livro que faz o casamento perfeito entre história e literatura. Trata-se também de um dos romances que compõe os oitenta e nove da coleção "A Comédia Humana", escrita por Honoré de Balzac.
Na apresentação da coletânea de nosso autor francês, a Editora L&PM expôs um trecho de uma carta escrita por Friedrich Engels a Karl Marx que resume qualquer resenha (!!!). Disse o filósofo: "Aprendi mais em Balzac sobre a sociedade francesa da primeira metade do século, inclusive nos seus pormenores econômicos [...], do que em todos os livros dos historiadores, economistas e estatísticos da época, todos juntos".
No livro, conhecemos a história de um velho pai extremamente dedicado às suas filhas que passa a viver na pobreza após muito se esforçar para colocá-las na alta sociedade. Delphine e Anastasie, porém, não correspondem aos carinhos de Goriot, sobretudo quando estão na presença dos maridos.
O romance começa a se desenvolver após a chegada de Eugène Rastignac, um jovem ambicioso que sonha em ascender na sociedade parisiense a fim de fazer sua própria fortuna. Sem muita experiência, não demora muito para cair nas promessas de Vautrin, um homem misterioso que conquista a confiança de Rastignac com promessas fáceis de prosperidade, as quais poderiam até mesmo custar a vida de quem estivesse em seu caminho.
Em síntese, o livro aborda ricamente uma diversidade de temas que envolve a decadência dos valores da sociedade francesa do século XIX e como esta se corrompe tão facilmente, do quão é avarenta e cruel. Se tiverem a oportunidade de ler, façam-no sem moderação! Recomendo demais!

SARAIVA, L.

"Livros que li na USP" #005 - O Pai Goriot
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Lucas 26/08/2022

Materialismo, falsidade e abandono: os podres da Paris do século XIX mais uma vez expostos por um dissecador literário
Poucos livros sintetizam tanto uma proposta literária individual do seu idealizador quanto O Pai Goriot (1835), uma das obras-primas do francês Honoré de Balzac (1799-1850). A tal proposta literária nesse caso têm nome: A Comédia Humana, compêndio de praticamente todas as obras de Balzac (quase uma centena de romances) é um dos maiores e mais profundos colossos literários já produzidos pela humanidade. Nesta "enciclopédia", Balzac busca descrever todos os aspectos sociais (costumes, estudos filosóficos, etc.) da sociedade francesa nas turbulentas primeiras décadas do século XIX, período na qual a França vivia os reflexos da sua revolução ocorrida em 1789.

O Pai Goriot, situado dentro da "categoria" estudo de costumes d'A Comédia Humana, é uma obra que simboliza bem este caráter descritivo que todas as obras do compêndio possuem, mas também do famigerado estilo balzaquiano, extremamente realista sem ser cru ou árido, mas cirúrgico em seus apontamentos. Para Balzac, sua narrativa se baseava na descrição e não necessariamente no "romanceamento" ou discussão social daquilo que compunha o escopo do que ele está contando. É, neste sentido, um papel complementar ao que o seu conterrâneo e amigo Victor Hugo (1802-1885) representava para a literatura francesa.

Para quem já conhece esse estilo, O Pai Goriot é como um complemento, um novo enfoque para determinadas relações sociais que constroem a sociedade francesa, matéria-prima d'A Comédia Humana. Mas aqui, diferente de outras obras significativas como Ilusões Perdidas (1843), o foco do autor está em dissecar as anomalias existentes na alta sociedade parisiense. O ponto de partida disso está no título: Goriot era um viúvo, pai de duas filhas e que possuía um amor devocional por ambas. Entretanto, pais e filhas vivem em dois mundos diferentes: enquanto Goriot habita uma humilde pensão (tocada pela sra. Vauquer), as suas duas filhas (Anastasie de Restaud e Delphine de Nucingen) são casadas com senhores de grandes posses. Diante de tal realidade e da sociedade em si, as duas mantém uma relação quase que exclusivamente material com o pai amoroso. Desse choque, Balzac explora muitas cenas comoventes e que dimensionam o erro que por vezes cometemos ao esquecermos de nossas origens, bem como de desdenharmos de um dos mais puros sentimentos que um ser humano pode desenvolver: o amor de um pai pelo seus (as) filhos (as).

Mas Balzac, como dito, fundamentalmente tem um papel descritivo: os momentos de emoção inevitavelmente surgem, mas fica nítido na narrativa traços de uma preocupação maior do autor em descrever os reflexos mais amplos de uma sociedade materialista, elitista e calculista, a qual acabou moldando Anastasie e Delphine. Desse modo, o pai Goriot do título não é o protagonista da obra que leva o seu nome, apesar de que ele é o âmago de todas as principais cenas do romance. Mas assumir isso não quer dizer que o papel de protagonista caia no colo de outro personagem.

Esse papel de protagonista é coletivo. Fatalmente, o leitor pode acabar concluindo que o papel de protagonismo é do estudante de direito Eugène de Rastignac. Um típico personagem balzaquiano (é muito presente a semelhança dele com Lucien de Rubempré, protagonista de Ilusões Perdidas), ele é um jovem com enormes ambições, sustentado pela família interiorana que vive em Paris e visando não as oportunidades acadêmicas que essa cidade oferece, mas apenas um sucesso rápido, sustentado por obscuras relações pessoais e amorosas. Na maior parte do tempo desprezível, Rastignac é o elo que junta e interliga o núcleo do pai Goriot a este mundo de relações falsas que forma Paris.

Outro olhar poderia estabelecer a própria pensão da sra. Vauquer como a protagonista da história. É uma visão válida, sobretudo porque Balzac nas primeiras linhas descreve o ambiente da pensão e, principalmente, seus habitantes. Além de Goriot e Rastignac, há a sra. Vauquer, dona da pensão, seus criados Sylvie e Christophe; a misteriosa sra. Couture e a bela Victorine Taillefer; e os imprevisíveis Poiret e srta. Michonneau. Com exceção de Taillefer, todos estes tipos, na maior parte do tempo, trazem uma sensação de asco, seja pelo materialismo exacerbado ou tão somente por ideias vazias.

Mas em matéria de asco nada se compara a Vautrin, outro integrante da pensão e que é de uma vilania poucas vezes vista. Irritantemente eloquente, ele inferniza a vida dos outros hóspedes e arquiteta um acontecimento horrível, que traz ao livro um clima de "novelão" mesmo, dominante na última metade da obra. Como personagem, ele é execrável, mas Balzac empregou-se dele para exemplificar que não é apenas na alta sociedade de Paris que existem estes tipos: a falsidade não escolhe classe econômica para ser um elemento comum. Mas, não por isso, Balzac esquece de ilustrar a torpeza com que essa alta sociedade parisiense vive: num mundo de ostentação, futilidades e riquezas, os adultérios, casamentos arranjados, entre outras deturpações são tratadas com uma normalidade inacreditável. É uma sutil crítica às falsidades que uma classe dita superior pratica livre e descaradamente.

O Pai Goriot é um livro preciso e sutil, com um tom predominantemente triste, mas crítico. Sem subdivisões (são quase trezentas páginas na edição da Penguin sem capítulos, mas com muitos diálogos), sua leitura se arrasta por muitos momentos, mas agiliza-se em outros: as últimas cinquenta páginas precisam ser lidas num único fôlego, pois é onde se concentra aquele clima de "novelão" supracitado. Balzac, um incomparável gênio literário, traduz assim nesse romance o seu caráter de dissecador social, jogando na cara do leitor, de forma equilibrada (sem muitos floreios e sem crueza), as grandes hipocrisias sociais que a sociedade francesa do início do século XIX testemunhava.
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