Tamara 18/08/2017
*Resenha postada originalmente e na íntegra em: https://rillismo.blogspot.com.br/2017/08/resenha-uma-semana-de-inverno-por-maeve.html
Essa é, certamente, uma das histórias mais leves e gostosas que li nos últimos tempos, e me pergunto porque não havia a lido antes, pois ela já estava na minha lista há um certo tempo, e eu tinha plena convicção de que seria algo que eu gostaria, porém, só decidir começá-lo bem recentemente, quando estava fazendo uma outra leitura bem arrastada, e então encontrei uma resenha que elogiava essa obra. Então, resolvi começá-lo, e disse a mim mesma que ia lê-lo em paralelo com o outro livro que já estava em andamento. Porém, mero engano, eu só consegui largar Uma semana de inverno na hora em que virei sua última página, e confesso que até agora estou sentindo saudade daqueles personagens tão cativantes, e, embora eu não goste de séries, admito que nesse caso, eu gostaria de ter pelo menos mais uns dez livros que trouxessem a história dos hóspedes da casa de pedra e das pessoas que trabalham lá.
É preciso saber, antes de começar essa leitura, que este não é um livro extraordinário, daqueles cheios de reviravoltas e que nos surpreendem no final. Pelo contrário, aqui, encontramos uma história que fala de pessoas, e de como eles conseguiram de certa maneira um lugar que lhes fizesse sentir mais em paz consigo mesmo e também que lhes desse uma fuga do mundo comum, para colocarem suas vidas em perspectiva. Também, é uma história gostosa, daquela que nos deixa com uma maravilhosa sensação ao final, percebendo que todas as pessoas tem problemas e que na maioria das vezes, há alguma solução a ser encontrada.
Um dos pontos que mais considero atrativo nessa história é o cenário, que é a Irlanda, mais propriamente Stoneybridge, uma pequena cidade onde todos se conhecem, se ajudam e também sabem tudo uns da vida dos outros e a casa de pedra onde tudo se passa, que parece um lugar totalmente aconchegante, daqueles nos quais temos vontade de ter chocolate quente, um livro e ficar lá para sempre. Também, achei muito instigante a forma como o livro foi construído, narrando a história de cada personagem, abordando o passado deles, e o que lhes levou até aquele lugar, e toda essa narração é feita de uma forma tão leve que parece que estamos ouvindo a história sentados entre amigos em torno de uma fogueira, e, ainda mencionando a narração, achei muito boa a forma como descobrimos a história de cada pessoa, sendo que nada é muito mirabolante, e todos tem problemas ou impasses que bem poderiam ser os nossos próprios, fazendo com que consigamos imaginar tudo com perfeição.
Eu não encontro pontos propriamente negativos a destacar. Apenas dei quatro estrelinhas para o livro pois algumas histórias dos hóspedes não me fascinaram tanto, e também porque de certa maneira fiquei querendo um epílogo, que não veio, mas são todas questões de preferências que não atrapalham nem um pouco no quão bacana é a história.
Quanto aos personagens, cada um tem suas peculiaridades e são cativantes a seu modo. Aqui, temos uma gama bastante grande, pois cada personagem principal que vemos, que são os hóspedes da pousada e os que trabalham lá, trazem outros personagens quando suas histórias são contadas, por exemplo, pais, irmãos, amigos, então seria impossível mencionar todos, ou até mesmo é difícil de lembrarmos de todos. Mas, os que mais me chamaram atenção foram Chicky, a dona da casa de pedra, que tem uma história muito instigante e bonita, e foi a pessoa que mais me deixou a fim de ler um final mais fechado sobre ela. Também há Rigger, um rapaz com um passado um pouco conturbado, e que fica revoltado ao ser mandado para a casa de pedra, naquele lugarejo remoto da Irlanda, mas que depois encontra lá sua felicidade. Mas também, todos os outros hóspedes da casa me marcaram e fiquei desejando ter um livro para cada um deles.
O livro é dividido pela história de cada personagem, e começamos vendo a história de Chicky e como ela construiu a casa de pedra, logo depois vemos a história de Riggie e de Orla, que trabalham na casa, para depois lermos sobre os hóspedes. A narração é toda feita em terceira pessoa, e infelizmente, durante a leitura, encontrei quatro ou cinco frases mal traduzidas, que me deixaram um pouco confusa, bem como alguns erros de ortografia que me incomodaram.
Recomendo essa história para os leitores que procuram livros leves, aconchegantes e de fácil leitura, bem no estilo comédia romântica e para todos aqueles que desejam conhecer uma autora ótima, que já entrou para a minha lista de autores dos quais quero ler muitas outras obras.
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