Jess.Carmo 14/02/2023
Primeiro momento da crítica à economia política
Encontramos neste texto um primeiro momento da crítica de Marx à economia política de Adam Smith e David Ricardo. Além disso, encontramos também uma crítica ao idealismo hegeliano. Também podemos notar a influência de Feuerbach na leitura que Marx fará ao hegelianismo.
Para Marx, a economia nacional considera o trabalhador uma mercadoria, "se o preço é alto, a mercadoria é muito procurada; se é baixo, é muito oferecida" (p. 35). O autor parte desse pressuposto para afirmar que na teoria ricardiana os homens são nada, enquanto o produto é tudo. Ou seja, os economistas nacionais entendem o homem como uma máquina de consumir e produzir.
Já para Adam Smith, o homem só está preocupado em proteger a si próprio, independentemente dos outros. Ele reconhece que o homem precisa dos outros, já que necessita das trocas comerciais, mas por causa do interesse pessoal que impera na essência humana, seria mais interessante lidar diretamente com a inclinação universal para o comércio e para a troca do que pressupor o homem simplesmente como animal gregário.
Quanto a crítica marxiana a Hegel, este se colocaria "no ponto de vista dos modernos economistas nacionais" (p. 124). Isso se daria porque Hegel vê apenas o lado positivo do trabalho, o lado abstratamente espiritual do trabalho, ou seja, o trabalho como o homem exteriorizado.
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