Pudima 11/06/2018Sobre "The Undergroun Railroad"Eu ainda não estou sabendo lidar com esse livro.
Que história(s)! Que enredo, que dor, que fuga, que personagens, que tudo!
Esse livro me trouxe uma coleção de sentimentos conflituosos, que me fizeram refletir muito sobre as realidades que, de forma inconsciente às vezes, eu opto por não ver.
"Ser livre não tem nada a ver com correntes ou com o quanto de espaço você tem", foi dito. E entrei num grande dilema pessoal sobre liberdade.
Liberdade, força, amor, coisas impossíveis, lar, trabalho, fuga, escravidão... são tantos os conceitos que eu revisitei enquanto vivia esse livro. O autor escreveu de forma tão intensa que algumas vezes eu tive que parar, acalmar o "choro" e respirar fundo.
Não é um livro fácil (ou, de certa forma, agradável) de se ler. Ele traz de forma bem direta horrores que ser vivo algum deveria experimentar.
Essa história foi uma fuga. Foi um soco na nuca de quem reclama de tudo. É um livro que ensina o valor de ser humano. Que nem todo humano é visto como gente, e alguns dos que são vistos assim se comportam como monstros. Que cada pequena ação deve ser percebida e valorizada. Que todos somos partes de um todo, e cada um tem seu papel. Que todos estamos em fuga, e às vezes sem saber o que buscamos.
"O mundo talvez seja mau, mas as pessoas não precisam ser, não se se recusarem a tal".
E até quando essa verdade será tão dolorosa?
Paz, amor e bem.