#Parem de nos matar

#Parem de nos matar Cidinha da Silva




Resenhas - #Parem de nos matar


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17/01/2024

Foi o segundo livro dela que li. Gostei muito. Um panorma do racismo nas relações sociais em diversas situações. Com precisão, ela aponta o racismo e a reação ou consequência em quem o sofre, bem como o sinismo de quem o nega e perpetua.
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Maria 17/12/2022

Impactada por toda minha existência
Caramba, que livro!!! Que experiência!!!!

O impacto que esse livro gera, a reflexão. Foi avassalador mais foi tão necessário, eu me senti outra depois da leitura, como se tivesse passado no olho do furacão e no final pensado como eu sobrevivi.

Tudo que é descrito, tudo é real, tudo é diário. Não tem como não sentir nada lendo isso.
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Gabrielly 30/09/2022

?????
"Voltei à poesia para continuar viva".





























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Uma Historiadora Leitora 15/10/2021

Um boa proposta porém...
O livro se torna chato, por mais atual que sejam as situações apresentadas, a narrativa não me prendeu.
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spoiler visualizar
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Baby Hands 30/04/2021

Necessário
Bom pra cacete, tenho nem palavras pra descrever esse livro. Recomendo com toda força do mundo. E esteja preparado para ver a verdade como ela é.
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Luly @projetocabeceira 13/04/2021

Incômodo, forte e necessário
Foi muito difícil terminar de ler esse livro por motivos óbvios: o racismo é violento, é forte, ele mata, ele é real e as histórias me levaram a exaustão. Eu, uma caucasiana, que estou apenas lendo, fiquei exausta, de estômago embrulhado, fiquei mal. Agora, para e pensa quem está vivendo isso todos os dias?!

Cidinha, em crônicas, fala sobre condescendência branca, direitos humanos, crimes racistas, racismo na tv (e em todo lugar) e ensina didaticamente (e com uma alta dose de sarcasmo de quem não tem mais paciência pra explicar) sobre cotas, colorismo, o lado invisível da microeconomia do carnaval, por exemplo, entre outros assuntos que PRECISAMOS LER SOBRE e aprender, de uma vez por todas.
Lillian 30/08/2021minha estante
Concordo,está difícil terminar a leitura, a cada nova página uma vontade de chorar, vomitar. Muito difícil!




Lí­lian 01/04/2020

Bom no começo esse livro não me interessou pq tinha MTA referência televisiva de artistas ao qual pouco conheço ou me identifico, então achei q a leitura complexa, MASSSSS textos a frente o livro ampliou, me ensinou mto, concordei horrores com a Cidinha e inclusive pesquisei mtas referências de mortes e situações q não tinha acompanhado. Porém entrei no meu próprio universo e encontrei mtos casos no meu dia dia q a Cidinha coloca em questão. SIM O RACISMO EXISTE E É GRITANTE, BASTA QRER VER. Amei a leitura e os alertas. Indico super esse livro. Sei q não tenho poder de fala, mas tenho o poder de me educar e educar meus arredores. @cidinhadasilvaescritora obrigada por esse livro #racismo #abaixoracismo #leiaumamulhernegra @leiamulheresguarulhos vai discutir esse livro hj
#racismoexiste #paremdenosmatar #escravidaonuncamais
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Lais Porto (@umaleitoranegra) 04/10/2019

Parem de nos matar
Mais uma vez li um livro de crônicas de Cidinha da Silva, mais uma vez fiquei maravilhada com a obra e a escrita das histórias. O livro é composto por 62 crônicas, se não contei errado rsrsrs e apresenta uma sequência muito bacana, as crônicas se comunicam entre si, é possível perceber um alinhamento de algumas crônicas como se fossem separadas em alguns grupos, vou explicar melhor, tem um bloco de crônicas que falam sobre futebol, da página 149 até a página 167 vemos diversas crônicas com situações futebolísticas diferentes, mas todas expressando as opiniões e sacadas da escritora sobre o racismo no futebol.

Falei como exemplo esse bloco porque gosto muito de futebol, na verdade gosto mais de acompanhar esse universo do que de assistir ao jogo, pra mim o jogo é a ponta desse iceberg, todo o antes e depois é o mais importante, Cidinha traz isso, apresenta sobre as narrações, os outros atores desse universo, sobre como os narradores na sua maioria homens brancos não abordam com a seriedade que o assunto precisa o racismo em campo.

Além disso tem ideia sexista de que mulher não sabe nada de futebol, qual mulher não comentou que gostava de futebol e não apareceu um macho perguntando “o que é linha de impedimento?” ou algo parecido, Cidinha trazer esse assunto foi uma jogada de mestra no qual ela demostra que é melhor que qualquer narrador de jogo ao abordar com seriedade sobre racismo e ao mostrar que mulher sabe de futebol sim, mulheres negras assistem, discutem e gostam de futebol.

Alguns dos outros blocos não são tão “leves” quanto o bloco sobre futebol, tem uma sequência que fala sobre algumas chacinas, uma delas aconteceu aqui no meu país Salvador, o caso dos 12 jovens do cabula, uma lembrança terrível e pior ainda o modo que as coisas se sucederam depois do ato criminoso com a fala genocida do governador. Atualmente o caso está parado na justiça e não houve nenhuma condenação, temos o grupo político Reja ou será morta, Reja ou será morto fazendo frente, lutando e sempre relembrando desse caso e cobrando da justiça seu posicionamento.

Algumas crônicas nos fazem lembrar de fatos que talvez já tenhamos esquecido e em especial teve a crônica “Matias e o boneco de Star Wars”, uma crônica linda que fala sobre representatividade, em especial entre uma criança e um jovem em países diferentes, essa é uma das crônicas de alívio pro coração e que reascende uma esperança para acreditar nessa geração que está por crescer e de que a nossa geração tem feito um bom trabalho.

Ainda nesse assunto de representatividade temos outras crônicas como “Marcha do orgulho crespo + marcha das mulheres negra”, que fala sobre a importância da estética sendo uma das formas de resistência e que isso muda com os tempos, como a própria escritora relata, na sua época (não estou chamando Cidinha de velha rsrs) a resistência e afrontamento eram os dreads e hoje em dia é o cabelo black muito grande e ouriçado. Essa diferença de gerações possibilita tanto a troca de aprendizado e nós as mais novas precisamos aprender sempre com a geração anterior que permanece na luta.

Super recomendo a leitura do livro, mas faço a ressalva de ler com cuidado, ter a cautela de parar em determinadas crônicas para respirar. Mencionei na resenha somente alguns assuntos abordados, tem muito mais no livro, Cidinha percorre por assuntos que foram muito aclamando em determinados momentos pela mídia e outros que não foram noticiados. Contudo, em todas a escritora faz um clamor para que sejamos livres para viver nossas vidas, seja no lazer, no trabalho, no afeto, em os aspectos que nos constituem.

Com esse livro #Paremdenosmatar Cidinha da Silva reafirma que as nossas vidam importam e em toda a sua completude de VIDA. Juntamente a esse grito de viver e não somente sobreviver, Cidinha honra os nossos que já se foram e faz isso com uma grande competência. Então é isso leitoras, leiam escritoras negras, leiam escritoras negras sapatão, leiam Cidinha da Silva.

site: https://leitoranegra.blogspot.com/
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Valdeck2007 20/05/2017

#Parem de nos Matar é Letramento Racial em crônicas
#Parem de nos matar, de Cidinha da Silva, livro composto de crônicas reunidas, publicadas antes em sites e blogues na internet, chama a atenção por vários aspectos, dentre eles a alta qualidade editorial (papel, fontes, coloridos); e o esmero na leve e cuidadosa linguagem da escrita e na promoção da humanidade das pessoas negras, apesar de tratar de temas áridos como a morte, morte simbólica, morte cultural, massacres, extermínios, genocídio do povo negro, homofobia, apagamentos e invisibilizações de negros e negras, crimes bárbaros, racismo institucional, racismo velado, intolerância religiosa, violência policial, violência de gênero, negação da condição humana para negros e negras, etc. Para além do registro humanizado, é ferramenta de insubmissão e incentiva a autoestima, memórias, estética, beleza, história, humanidades, religiosidades, cultura.
O título, na primeira pessoa do plural, já nos inclui e chama para o coletivo (ninguém nasce só, vive só, morre só): o grito uníssono, o afetivo, o convívio comunitário, familiar, o desespero dos que morrem e dos que podem estar na fila... Evoca um chamado por socorro, para que cada um/a de nós atente para o perigo real, iminente, que acomete negros e negras, todos os dias, principalmente jovens das periferias de todo o Brasil. Denuncia chacinas orquestradas pelo racismo institucionalizado, sofisticado, engendrado e enraizado nesse país desde sua fundação, em que negros e negras são subjugados, subalternizados e mortos; o mesmo racismo mantido até hoje, disfarçado, mascarado de democracia racial – propalado, inclusive, por redes nacionais de mídia, como a Rede Globo -, que exclui e elimina, nega direitos, encarcera e aniquila; o mesmo racismo que sonega informações, direitos inalienáveis como o direito à vida; o mesmo racismo exercido pelo Estado, através do seu braço armado, a Polícia, que acusa, julga e executa com “balas perdidas”, sob a justificativa do “Auto de Resistência”, sem direito a apelação, muitas vezes sem direito a um funeral digno; o mesmíssimo racismo genocida do povo negro, cujos corpos são numerados para estatística e dos quais se retira a alma, são enterrados como indigentes, em valas comuns, ou desovados em pontos bem conhecidos de todos; o mesmo racismo midiático que sequer cita nome e sobrenome dos assassinados e que serve carne negra em banquetes macabros na hora do almoço, em que pseudojornalistas justiceiros são coniventes com o linchamento de corpos e subjetividades e com essa barbárie, equivalente à queda de um grande avião por dia.
#Parem de nos matar sangra em cada parágrafo, rememora o massacre de Ruanda (1994), o genocídio e crimes sexuais praticados pelo Boko Haram, na Nigéria (2014/15), que causam menos comoção que um atentado a um jornal satírico em Paris; o massacre dos treze rapazes do Cabula, em Salvador, em 2015; #Parem de nos matar faz a denúncia da morte física, mas também da espiritual e das subjetividades, da morte em vida, dos choros engolidos, do medo de depor e ser o/a próximo/a da lista; escancara os crimes de ódio, que destroem e invadem casebres, ofendem em redes sociais ou em bancadas de jornais em rede nacional – caso Maju: Maria Júlia Coutinho -, humilham em estádio de futebol – Mário Lúcio Duarte Costa, o goleiro Aranha. O livro mapeia, aponta, geográfica e afetivamente, pranteia junto às vítimas, vela os velórios com nomes e sobrenomes; demonstra a gentrificação - processo de expulsão das populações locais para dar lugar a condomínios e outros empreendimentos imobiliários -, o qual apaga memórias geográficas, relações afetivas e culturais, desumaniza e coisifica ancestralidades, histórias de vida, relações familiares e sociais.
Mas o livro é também a resistência, trincheira e porta-voz de mães/pais, filhos/as, irmãos/ãs, amigos/as desses jovens mortos a cada dia. Nas crônicas, linhas e entrelinhas, a dignidade do ser humano é resgatada, não cai no esquecimento. As mortes não são contadas como meros números, muito menos comparadas às partidas de futebol, nem coisificadas. A beleza do livro é demostrar a luta contra toda sorte de preconceitos: raciais, de classe, de gênero, religioso. Cita personalidades que também sofrem preconceitos e lutam contra o racismo: Thaís Araújo, Lázaro Ramos, Lívia Natália, Jean Wyllys, Liniker, Michele e Barack Obama, Heraldo Pereira, Luiza Bairros (Luiza-Mãe, Luiza-Mentora, Luiza-Ministra), Zezé Mota, Djavan, Vilma Reis, Mariene de Castro, dentre outras. Registra a garra das Marchas do Empoderamento Crespo, das lacradoras e tombadoras, do Letramento Racial citado pelo Padre Mauro Luiz da Silva, a valorização da estética negra, o resgate da autoestima. Traz o relato de Sueli Carneiro, vislumbrando em Cidinha da Silva a continuidade da batalha pelos direitos humanos, o que se confirma pela trajetória da escritora, que recebe outros bastões de movimentos como o Reaja ou será morto, reaja ou será morta! Certamente outros/as levarão adiante a missão de denunciar, abrir mentes e olhos, defender a vida de Amarildos e Cláudias (Amarildo Dias de Souza, pedreiro, da Favela da Rocinha, “desaparecido” por policiais no Rio, em 2013; Cláudia Silva Ferreira, morta e arrastada por uma viatura policial, também no Rio, em 2014). A obra nos conclama para a defesa não só da vida, mas das subjetividades, afetividades, direito de ter filhos (vê-los crescer, estudar, trabalhar), direito de ir e vir, de trabalhar, entrar para a universidade e se manter nela, se formar e intervir nas políticas públicas; no direito ao lazer, ao lar, saúde, segurança pública, religiosidade, direito aos Direitos Humanos, cidadania plena!
Esta antologia, com plena certeza, é alicerce para fortalecer o combate ao racismo, à desigualdade, à intolerância, à violência direcionada a negros e negras, que forma mais da metade da população; é um bastão que pode ser compartilhado, carregado junto em coletividade, para derrubar os muros do desrespeito e do apartheid sociocultural, que criminaliza os rolezinhos de jovens periféricos em shoppings centers ou qualquer outro território além-fronteiras da quebrada. Assinam com a autora, todos/as aqueles/as cujas vidas e sonhos foram ceifados; os que tiveram a vida interrompida, apenas por serem negros/as; assinam, também, quem luta junto, contra o racismo. O livro faz registro solene e respeitoso, em literatura-denúncia, para que não se esqueçam desses mártires modernos nem se apague a memória dos mártires dos novos Navios Negreiros. E que nunca mais se ouça falar em arma plantada, em resistência policial inventada, muito menos em últimos suspiros, em vozes caladas pelo racismo. É necessário que façamos um exame de consciência para não incentivar o preconceito por falta de informação e falta de amor. #Parem de nos matar é um livro-bastão que precisamos ter em mãos, praticar o respeito durante nossa existência e passar adiante, para que a luta seja vitoriosa.
Cidinha da Silva, através da literatura, nos fortalece e estimula a continuar o ativismo presencial, com redes de amigos, defensores/as públicos/as, marchas, caminhadas, denúncias formais e acompanhamento dos andamentos processuais, engajamento de verdade, para além do ativismo do cyber web. Denunciemos os criminosos, façamos justiça a cada gota de sangue, a cada agressão. E matemos o racismo!

Valdeck Almeida de Jesus é jornalista, escritor, ativista cultural, poeta e blogueiro.

site: https://galinhapulando.blogspot.com.br/2017/02/parem-de-nos-matar-e-letramento-racial.html
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