Resenhas - Os Maias

custodiovitoria 29/12/2023

Dos livros que já li de Eça, este é de longe meu favorito.

Inspirada pela minissérie brasileira "Os Maias", que traz, entretanto, personagens de outras obras, como "A Relíquia", iniciei a leitura.

Com a temática do incesto presente, a obra aborda muito mais que isso, entretanto.

Temos toda uma visão da sociedade portuguesa da época com seus costumes e preconceitos, enquanto acompanhamos com muito entusiasmo o desenrolar do romance entre Carlos e Maria Eduarda.

A transformação na visão sobre a personagem ao decorrer do livro é, sem dúvidas, algo muito interessante. Eça descreve com maestria.

É uma obra incrível que merece, sem dúvidas, ser lida.

Lidiany.Mendes 26/12/2023

Ácido
Mais um romance ácido de Eça de Queiroz. Uma de suas obras mais famosas e também repulsiva no que diz respeito à moral de algumas pessoas ainda hoje em tempos tão liberais e decadentes.
Afonso da Maia é um rico fidalgo português que vê seu único filho sucumbir a uma paixão destruidora.
Ele julga que o caráter de Pedro ficou deficiente formado ao ser educado eclesiasticamente por sua mãe e o padre de sua predileção. Errado ele não estava em pensar assim.
O casamento do filho acaba em tragédia e ele fica responsável pela criação do neto e, agora, o cria sem lastro religioso, apenas ao largo da ciência. E é aí que ele erra!
A criação desprovida de religião não impede Carlos de ser arrebatado pela paixão, mas o impede de agir com decência em um momento crucial.
Carlos, assim como o pai, Pedro, deixou-se governar pela paixão. Pedro morreu com seus valores enlameados pela devassa Maria Monforte; já Carlos viveu, já que o livro termina contando sua vida após o desfecho da paixão antes mencionada, sem problema algum com seu ato torpe. Carlos é um homem do seu tempo, sem princípios, sem valores morais. Um ilustre representante da ciência.

Juliana 11/12/2023

Pra sentir raiva de burguês!
O projeto era ler os clássicos essenciais da Literatura Portuguesa. Esse livro foi o primeiro e quase matou o projeto. CHATO DEMAIS E NADA ACONTECE. Demora uma vida para o conflito principal se desenrolar e o final é completamente insatisfatório. Queria ver o circo pegar fogo e os personagens principais se ferrarem mas não, a burguesia toda é escrota e no final se dá bem. Passei foi tédio e raiva com esse livro.

Thiago 16/11/2023

Basicamente parece que os jovens mancebos da alta sociedade lisboeta limitavam-se a buscar aventuras amorosas com senhoras casadas. Acho essa sociedade realmente enfadonha, mas isso pq a escrita do Eça é deliciosa nesse sentido. Quando tem que passar para o dramalhao português soa como um belo triste fado.

Peter.Molina 27/10/2023

Tudo se acaba em desilusão ou poeira
Clássico romance português, este excelente livro de Eça de Queiroz conta a história da família Maia por 3 gerações. São vários episódios que se encerram aqui, muitas traições, discussões políticas, tristezas, farras monumentais e vinganças. O vocabulário às vezes é um pouco difícil mas vale a pena insistir. Destaque para o personagem do patriarca Afonso da Maia, imponente e todo emoção. Uma viagem a Portugal do século XIX, um livro carregado de dramas pesados e de muitas saudades pelo que já se foi.

Brunny Rocha 22/09/2023

Meu primeiro contato com o Eça e não poderia ser melhor.
No começo a gente se perde um pouco na linguagem um pouco descritiva e rebuscada. Porém depois fica quase impossível se afastar do livro.
Amei os personagens, a história, o drama. Tudo muito envolvente. Bem novelão mesmo. Até sonhei com os personagens. Hahahah

Nenhum personagem é perfeito, e isso os torna tão reais que parece que você convive realmente com eles. Amei.

Tati.Lima 16/09/2023

Eça de Queirós não cansa de me surpreender...
Vamos por partes, esse não é o melhor livro do Eça de Queirós. O CRIME DO PADRE AMARO, pra mim, ainda segue imbatível. Mas se vc parar pra pensar q esse livro é de 1888, e ele trata de um romance incestuoso entre irmãos. Eu só fico pensandoooo, quando os livros do Eça eram lançados, o furdúncio q devia ser na época. Sem contar q ele senta o kct na sociedade burguesa daquela época sem dó e nem piedade. Sobre o livro, não vou negar q algumas partes são beeeeeeeeeem cansativas. Principalmente, porq na minha humilde opinião, ele foi um pouco descritivo demais, então algumas partes me cansaram um pouco a leitura. E sinceramente, a linguagem é bastante arcaica. Tanto q eu ia dar 4, mas acabei subindo pra 4,5 porq o Eça, pra mim, segue sendo o escritor mais F O D A da literatura brasileira. Eu já vi, q rola uma treta : fãs do Eça de Queirós X fãs do Machado de Assis. O povo bate boca real pra defender seu preferido. Eu acho os dois escritores fantásticos, mas definitivamente o Eça me ganhou com O CRIME DO PADRE AMARO. Sobre esse livro, pra mim, apesar de não ser o melhor livro dele, é indiscutível q é uma obra riquíssima. Enfim, é bom. É surpreendente. É o reizinho Eça de Queirós. Com certeza, um escritor a frente do seu tempo.

Mila204 13/09/2023

O Eça pensa que engana, mas o Carlos da Maia não era irmão dela, colocou porque odeia Camilo
Bem feita Machado de Assis te criticar tanto! Como é possível nascer um ódio contra as mulheres só porque tu achou isso em algum momento da sua vida diplomática! O teu ódio por Camilo é pura inveja de ele ser melhor. Além de perder partes do livro e reescrever em Londres, certamente eles não seriam irmão, mas lembrou-se o iluminado que nunca levou uma lamparina no focinho, colocar isso. Eles foderam tanto que a Maria Eduarda nem engravidou. Método contraceptivo: deus.
O ramalhete é maior que o palácio de Mafra, Dom João V devia ter-te contratado para o construir desse tamanho enorme. Casa infinita, mirou numa mansão e acertou na casa assombrada Winchester!

Sinceramente, se os Maias estivessem na biblioteca de Alexandria nem ia arder. Se perdeu quase os Lusíadas, mas se tivesse sido este, o mundo continuaria a girar.

Best seller Portugal porque nos obrigam a ler e dar skip nas 100 primeiras páginas com 8 capítulos ACERCA DE UMA CASA!

Sara 19/08/2023

Não é tão bom
Achei um livro muito secante, com detalhes demais, pormenores sem sentido e dialogos não sinalizados.
É uma leitura tao aborrecida que demorei quase 7 MESES a ler este livro.
Precisei de o ler por causa da escola e deu me alguma vantagem na interpretação dos excertos estudados, mas, na minha opinião, não vale a pena

íris 24/06/2023

Surpreendente
Apesar de ter lido este livro por ?obrigação? da escola surpreendeu me de certo modo
gostei muito do enredo, dos romances e das críticas presentes no mesmo mas acho que a descrição pormenorizada me desmotivou um pouco à leitura, mesmo sabendo que é uma característica marcante de Eça de Queiros
já todos ouvimos falar assim por alto do que acontece neste livro mas lê-lo foi uma experiência completamente diferente

Thiago275 12/05/2023

Não funcionou pra mim
Publicado pela primeira vez em 1888, Os Maias acompanha a trajetória de três gerações da família Maia, mostrando Afonso, Pedro (seu filho), e Carlos, seu neto. O grosso do livro, porém, foca em Carlos e sua tumultuada história de amor com Maria Eduarda, uma mulher casada com um brasileiro.

Li e gostei de dois outros livros de Eça de Queirós: O Crime do Padre Amaro e O Primo Basílio. Sempre vi muitos elogios a Os Maias, então naturalmente pensei que ia gostar dele também, mas não foi o que ocorreu.

O livro, que tem quase 600 páginas, narra três - isso mesmo, TRÊS - episódios interessantes e até mesmo impactantes. O que acontece entre esses episódios é uma infindável narração de visitas sociais, idas ao teatro e a corridas de cavalo, discussões políticas e flertes com mulheres casadas.

Compreendo que Eça, um pilar do realismo português, estava fazendo uma crítica à futilidade e ao vazio da elite da época. Porém, para mim (e frise-se que essa é uma opinião inteiramente pessoal), todas essas "riquices" foram apenas chatas. Tiraram até mesmo o impacto da grande revelação da história. E sim, esse livro tem um acontecimento verdadeiramente impactante.

Isso não quer dizer, contudo, que o livro não vai funcionar para você. Muitos o consideram um dos melhores livros já escritos em língua portuguesa. Literatura, como a arte em geral, não é e nem deve ser unanimidade.

Tiago Fachiano 15/04/2023

Cativante
No momento que estiver lendo o livro lembrara das novelas que passam na Tv. Acredito que a escrita do Eça e sua história sobre os Maias trouxe uma visão do drama romântico. Uma escrita lindíssima e com personagens cativantes. Lisboa na sua plenitude!

Também muito interessante identificar o pensamento dos portugueses sobre os brasileiros e o contexto da Europa bem antes da primeira guerra. Uma França dominante na cultura!

Vale muito a pena ler esse clássico.

Laecio 19/03/2023

Clássico
Li esse livro porque tava na lista de uns clássicos da literatura brasileira, aos poucos me acostumei com a leitura e agora eu sei do porque pra época ele foi considerado polêmico.

Sil 19/03/2023

Crítica à sociedade...
O livro relata a história de gerações da família Maia.
Um clássico, relata a sociedade portuguesa, a decadência da burguesia, os preconceitos e injúrias da época. Em alguns aspectos, parece atemporal!
Linguagem da época, narrativa arrastada, descrições detalhistas, a leitura se arrasta , por vezes a escrita parece confusa e prolixa.
Afonso da Maia é o patriarca preocupado com a família.
Carlos Eduardo da Maia é o protótipo de filho burguês, sempre em busca de algo que não sabe exatamente o que é (e por isso não o alcança). Seria o que hoje chamamos de "filhinho de papai".

Thimsilva 18/03/2023

Demorei a entender o espírito da obra
Iniciei pensando que seria uma leitura rápida e fluida e logo travei no andamento dos capítulos. Apenas depois de um tempo parado, quando me deparei com o subtítulo da obra (Episódios da Vida Romântica), foi que realmente entendi que o livro deve ser lido em passos lentos como quem acompanha a vida cotidiana.

Achei muito interessante como o autor consegue refletir a mudança de mentalidade que marcou a época, o contraste entre a tradição e a modernidade, a monarquia e república, a moral perfeita e a realidade da conduta imperfeita dos homens. Paradoxo esse presente literalmente até as últimas linhas.

E ainda ao uma forma interessante de pensar no sentido da vida. ?Nada a desejar e nada a recear? Não se abandonar a uma esperança - nem a um desapontamento. Tudo aceitar, o que vem e o que foge, com a tranquilidade com que se acolhem as naturais mudanças de dias agrestes e de dias suaves. E, nesta placidez, deixar esse pedaço de matéria organizada que se chama o Eu ir-se deteriorando e decompondo até reentrar e se perder no infinito Universo??.