Rebsoliver 27/06/2023O clássico "Persuasão" é uma obra icônica, e é um tanto ilusório esperar que qualquer releitura possa superá-la. No entanto, esta versão apresenta um olhar moderno sobre a história, resultando em uma experiência literária positiva, que leva ao interesse de buscar o original.
Minhas emoções se dividem ao analisar o livro. Uma parte de mim deseja expressar descontentamento em relação à primeira metade do livro, enquanto outra parte compreende a complexa construção da narrativa e valoriza a atmosfera melancólica.
Inicialmente, eu esperava um romance leve e reconfortante sobre segundas chances, mas em vez disso, encontrei um enfoque persistente na melancolia. A história é permeada por tristeza desde o início até o fim, com uma profusão de mágoas não expressas e dores profundas.
O personagem de "Wide" conseguiu me irritar durante 99% do livro, e fiquei com vontade desse dois tapas na cara da "Eliot" a cada cinco minutos. No entanto, é gratificante ver sua evolução no final do livro.
Surpreendentemente, a família retratada apenas intensificou meu desgosto por personagens fictícios, e devo admitir que "Ben" se destacou como o mais cativante.
Embora a história possua uma beleza intrínseca, fica a sensação de que o potencial de desenvolvimento não foi totalmente explorado. A poesia inserida no meio do livro ficou extremamente enfadonha e não contribuiu em nada para enriquecedor a leitura.