Nefferson 19/11/2020Um conto de fadas da Disney, mas gay e com sexoEsse livro é bem simples e fofo, mas não esperem muita profundidade dele. O plot é interessante, mas a autora não se aprofunda muito nele. O tal Torneio dos Perdedores, que deveria ser o foco da história, é jogado de lado através de desafios pouco inspirados. Não é nenhum Jogos Vorazes ou A Seleção.
A autora claramente não estava interessada no Torneio que ela própria criou e isso fica ainda mais óbvio lá pelo terceiro (?) desafio, quando o protagonista tem que viajar para três vilas. A narrativa simplesmente é cortada abruptamente no começo da jornada e é retomada com o personagem já retornando para a cidade natal, sem nem comentar direito o que aconteceu anteriormente. É uma pena, porque essa parte da história nos apresentou dois personagens legais, os guardas do protagonista, que são descartados sem cerimônia e não aparecem mais.
Sobre a trama em geral, como eu já havia dito, não espere nada muito profundo. Tudo o que parece ser... simplesmente é. Eu não posso dizer que existem "reviravoltas" na história porque é tudo extremamente óbvio. A autora nem tenta disfarçar, mas só "revela" tudo nos últimos capítulos como se fosse um grande impacto.
Eu também não posso deixar de comentar que foi uma decisão MUITO estranha o protagonista ter 33 anos. É algo não funciona e/ou combina com o que ela escreveu. O personagem claramente parece ter vinte e poucos anos e o propósito do próprio torneio parece espelhar isso.
No final das contas, é como um clássico da Disney raso, onde tudo termina muito bem, tudo se encaixa em um mundo perfeito e niilista, onde os bons vivem felizes pra sempre e os malvados são punidos. Tem apenas partes fofas e dá para ler sem expectativa, mas o livro não tenta sair do óbvio e está cheio de furos (principalmente sobre a estrutura do Torneio, que não faz o menor sentido).