A Beleza é Uma Ferida

A Beleza é Uma Ferida Eka Kurniawan




Resenhas - A Beleza É Uma Ferida


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Nana 01/12/2023

Livro nr 61 do projeto "A volta ao mundo através dos livros"
País sorteado : "Indonésia"

Que viagem mais doida foi esse livro??

Posso dizer que cumpriu com a função dele em me trazer informações sobre a Indonésia, alguns fatos históricos, a colonização, a guerra, as crenças do povo de lá.
Mas também posso dizer que tem muito realismo mágico, cheio de acontecimentos fantásticos que não me agradam nenhum pouco. Além de ser longo demais, com muita informação desnecessária, idas e vindas no tempo que deixam várias partes cansativas e a leitura não flui bem.

Não é um livro ruim, consegui ler todo, algumas partes com leitura dinâmica para não desistir, e mesmo pulando partes não perdi nada pois realmente tinha muita história repetitiva.

Valeu a leitura, mas não recomendo!

Obs: O que mais gostei nele foi a capa que é linda e tem um detalhe em alto relevo naqueles grampos do cabo da flor que é fantástico, só vendo pessoalmente e sentindo pra ver o quanto é perfeita!

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Andre.Pithon 02/05/2023

Bingo de Fantasia e Sci-fi 2023

Publicado nos anos 00's
Modo difícil: Não no top 30 da lista melhor de 2023 do Reddit

Eu gosto de histórias tristes, em que vemos alguém fazendo merda, tropeçando de catástrofe para catástrofe, com obrigatórios interlúdios felizes, mas é a melancolia que me alimenta a alma. Em "A beleza é uma ferida", acompanha-se toda uma família, através de três-quatro gerações na Indonésia, passando pela segunda guerra, revoluções comunistas, tragédia atrás de tragédia. Mas a diluição de personagens (basicamente cada capítulo de 20~30 páginas muda a história focal) e o exagero do trágico, torna tudo rotineiro.

Quando tudo é triste e horrendo, a tristeza e o horrendo perdem a força. E talvez esse seja o objetivo, ganhar pelo cansaço, mas nunca realmente ganha. Os aspectos mitológicos ficam escondidos, aparecendo de tempos em tempos, mas nos cantos. A força história da narrativa se esconde em metáforas, alguns personagens servindo de metáforas para governos específicos e correntes ideológicas. Para quem é familiarizado com a história da Indonésia, certamente há mais para se desprender das metafóras-personagens.

É um livro pesado, com excessiva e normalizada violência sexual, um dos temas mais presentes do livro, e existentes não apenas como o ato em si, mas como uma representação do colonialismo e da exploração, holandeses e japoneses "estuprando" a terra para clamar toda sua beleza e vitalidade para si. É uma leitura propositalmente desconfortável, mas que mesmo com isso em mente parece as vezes se perder em descrições sexuais e do corpo feminino. Certos momentos caem mal, não pelo motivo que deveriam cair mal.

Ainda assim, os colapsos de ideologias/governos em personagens são interessantes, o observar duma cultura distinta, escrita por um autor local, é interessante. A prosa por vezes é bonita, o primeiro parágrafo especificamente sendo simples e poderoso.

No final, tudo que esse molhar dos pés no realismo mágico fez foi me incentivar a mergulhar no grande clássico do romance geracional em que coisas meio mágicas acontecem, 100 anos de solidão. Logo vem.
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Bruna.Patricia 29/01/2023

Esse livro é de uma leitura mais densa, repleto de temas pesados e cenas muito descritivas. Com uma linguagem direta e crua, nos narra o folclore e a história da Indonésia, com uma pegada de Realismo Mágico, mas ao mesmo tempo, muito real e cruel. Principalmente para todas as personagens femininas (humanas e animais). É uma obra com muitos gatilhos de todos os tipos de violências, físicas e sexuais.
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Vicky 18/01/2023

NÃO leia este livro!
Não sem antes ter em mente o que esperar dele.

O autor conta a história da Indonésia como um pano de fundo na narrativa da vida de Dewi Ayu, uma prostituta da cidade de Halimunda, e suas filhas. A trama tem elementos fantásticos, recheados de lendas e mitos locais, que são bem colocados no enredo, tornando a leitura envolvente. O que realmente torna o livro absurdo é a maneira como as personagens femininas são retratas: sem força real alguma, tendo como principal serventia abrir a perna aos homens. E, nisso, fica mais problemático: diversas cenas de abuso sexual são descritas com detalhes, e em contextos que de forma alguma contribuíram para a história. Aliás, até atrapalham a leitura. Dewi Ayu e suas filhas, apesar de serem protagonistas, só são personagens secundárias da história dos homens que aparecem em suas vidas ? para deixá-las piores.

Enfim, essas características fizeram esmorecer o encantamento por descobrir mais sobre o país, desde sua ocupação holandesa, passando pela invasão japonesa até a tomada do poder por habitantes locais. Até gostei do realismo fantástico, mas não é suficiente para me fazer gostar do livro em si.
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Matheus 10/01/2023

É um livro diferente do qual estou acostumado a ler. Apresenta bastante da história da Indonésia e também partes relacionadas as épocas colonialistas, 2ª guerra, independência e outros contextos históricos. Porém, misturado a isto há uma história que utiliza de crenças místicas com presença de fantasmas e magia. O livro contém vários assuntos delicados, que giram em torno da família da protagonista Dewi Ayu,e de coisas causadas pela beleza delas. O livro contém cenas pesadas e por isso não recomendo para pessoas que não gostam de ler coisas, como por exemplo estupro.
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Cleo 21/12/2022

Não se engane: é uma história sobre homens.
Chega a ser engraçado. Eu comprei esse livro e mais um monte num sebo, a partir de dois critérios: nunca ouvi falar e foi escrito por uma mulher.
As primeiras páginas da história são ótimas, a premissa parece interessantíssima, a narração bem gostosa com aquele realismo fantástico, enfim, muito potencial. Até começarem a falar de estupro e prostituição.
E foi assim que, nem 30 páginas a dentro, eu disse "isso foi escrito por um homem". E na verdade foi.
O autor não falha em construir uma história pitoresca da Indonésia morderna. Ele falha muito em narrar histórias de sofrimento feminas. Primeiro, porque na verdade todas essas histórias são sobre homens. Segundo, porque há uma desagradável e constante descrição de abusos sexuais dos mais diversos. Em todo capítulo. Mais de uma vez. Se na última página as personagens femininas se unem felizes na viuvez coletiva, essa é uma simples migalha numa trama que as tratou somente como objetos para a violência até então.
Honestamente, vão ler Grama da Keum Suk Gendry-Kim.
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Andre24 12/11/2022

Bom mas se prolonga
Com bastante violência e crueza, o autor conta uma história fantástica que atravessa gerações mostrando o destino de uma família. As personagens são bem construídas, mas preciso reclamar que os flashbacks podiam ter sido melhor posicionados. Mais de uma vez a história é interrompida e volta 20 anos no passado para passar a ficha de um personagem novo. Fora essas quebras de ritmo, é uma história interessante que me fez consultar o Google muitas vezes por causa dos objetos da cultura local.
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Lilian 13/01/2022

História da Indonésia
O livro conta a saga de uma família e tem como pano de fundo a história da Indonésia, o que faz dele ainda mais interessante
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Nat 11/01/2022

^^ Pilha de Leitura ^^
Um livro peculiar! Começamos com a história de uma prostituta que morre e, anos depois, volta a vida! Depois, acompanhamos a vida de todas as suas filhas, inclusive da última, que é muito feia e se chama Beleza. O livro é cheio de histórias folclóricas, assim como a formação da Indonésia. Capítulos um tanto longos, mas que prendem. Gostei do enredo e da escrita. Recomendo!

site: https://www.youtube.com/c/PilhadeLeituradaNat
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@buenos_livros 28/12/2021

A Beleza É Uma Ferida - Eka Kurniawan ??
?Não há maior maldição do que dar à luz fêmeas bonitas, num mundo de homens perversos como cães no cio.?
-
. A Beleza É Uma Ferida (2002)
. Eka Kurniawan ??
. Tradução: Clóvis Marques (indireta, do inglês)
. Romance | 462p.
. @grupoeditorialrecord (José Olympio)
-
. ?A Beleza É Uma Ferida? foi o primeiro romance indonésio traduzido para o português. Trata-se da história de uma família descendente da mistura de nativos com colonizadores holandeses, porém ao longo do livro nota-se que é também a história do próprio país e seu surgimento como nação independente no pós II Guerra. A narrativa se assemelha ao realismo mágico tão tradicional na literatura latino americana, porém com toques mais soturnos, apelando repetidamente para estupro, pedofilia e outras abominações. Gostei da leitura pelo que pude aprender, porém não é um estilo que eu aprecie. Com muitos personagens, muitas histórias paralelas e muitas soluções mágicas, é um livro com uma premissa ótima, mas com uma execução cansativa.
. ??????
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fev 08/04/2021

Realismo mágico banhado em misoginia
A Beleza é uma ferida tem todos os elementos de uma grande obra que permeia o realismo mágico e quem lê não pode negar. Essa parte da construção de Eka Kurniawan é fenomenal e foi o que me fez mantê-lo como um livro bom.

Com um início curioso e atrativo começamos a conhecer Dewi Ayu, a personagem que dá origem a história. Ao longo dos capítulos vamos entrando em contato com a história de outros personagens masculinos e outras mulheres, as filhas de Dewi Ayu entre elas, além de lendas e a história da Indonésia. Do seu período de colonizada pela Holanda, ascensão e queda do comunismo, inúmeros massacres, invasão japonesa durante a Segunda Guerra Mundial entre tantos acontecimentos.

A história é bem construída e bem narrada, mas peca pelo excesso. Excesso de misoginia e excesso de construção de alguns personagens e passagens longas sobre os períodos. Há personagens femininas que são estupradas inúmeras vezes. Durante o primeiro estupro é no período da segunda guerra e você tem uma contextualização, mas os outros são apenas para mostrar o poder do patriarcado. Para mim, não havia necessidade de narrar ou mostrar isso mais de uma vez. O pior é perceber que o autor tinha consciência disso porque em outras passagens e até mesmo no início ele mostra que a pior coisa é colocar filhas mulheres no mundo por causa de homens. Além de colocar consciência em um personagem que casa com uma criança. Ele usa estupro como recurso narrativo quando não precisava porque o que ele construiu já era interessante o suficiente. Para além disso, há longas passagens sobre os períodos históricos que poderiam ser mais curtos.

A história não deixa de ser interessante, mas para mim, a construção e a misoginia tomaram um tamanho maior na minha percepção que influenciaram como eu a absorvi. Não é uma obra que eu recomendaria para quem já sofreu abuso sexual ou outros tipos de violência. Talvez para quem deseja fugir de literatura ocidental é uma boa pedida.
Vicky 17/01/2023minha estante
Resenha maravilhosa!


fev 17/01/2023minha estante
Que bom que você gostou, Victoria. Obrigado!




Henrique Fendrich 18/09/2020

Antes de começar a fazer esse meu "ano de literatura asiática", eu não fazia ideia de que o García Márquez tivesse tantos discípulos assim no outro lado do mundo. De fato, não é o primeiro livro de realismo mágico feito no oriente que me pego lendo. E Eka Kurniawan capta bem vários dos trejeitos, sejam de estilos ou temáticos, do velho Gabo.

Trata-se de um daqueles romances trans-geracionais que flagram o desenvolvimento de uma cidade específica, seus personagens típicos, suas lideranças, seus conflitos, seus amores e suas guerras (para nós aqui deste lado do globo, é interessante aprender mais sobre o impacto da Segunda Guerra sobre a Indonésia, país do qual pouco ou nada sabemos).

Soma-se a isso o elemento sobrenatural que geralmente associamos à parte mágica do realismo e tem-se um material que, bem conjugado, pode até dar caldo, ainda que não represente nada de essencialmente novo.

E, de fato, no primeiro quarto do livro o autor se saiu tão bem que, por um momento, eu cheguei a pensar que ele iria roubar o posto da Isabel Allende, autora de "A casa dos espíritos", o melhor livro do García Márquez escrito por outra pessoa.

Essa expectativa, contudo, não se cumpriu, pois, a partir de certa altura, eu achei que ou a estratégia começou a cansar ou a mistura dos elementos não foi exatamente tão boa como poderia ser.

Até entendemos que, a exemplo do que o Gabo faz, seja necessário abrir várias "abas" para contar a história particular de cada personagem que aparece na história, mas acho que no livro de Kurniawan isso tirou um pouco do foco da narrativa.

A realidade é, de fato, composta por várias trajetórias particulares que, por não sei quais acasos, se cruzam entre si e dessa interação nasce a nossa experiência de vida, mas talvez não fosse necessário que tanta gente tivesse a sua história esmiuçada.

Se aparecia um coveiro na história, eu já suspeitava: "Pronto, agora ele vai abrir um capítulo só para contar a história desse coveiro" - e, de fato, algum tempo depois, lá estava o capítulo voltado ao coveiro.

Também me incomodou um certo cacoete de estilo, no qual os personagens estavam sempre dizendo ou fazendo coisas propositalmente originais, como que para causar um efeito calculado no leitor. O fato de os personagens serem frequentemente os mais bonitos, os mais feios, os mais valentes, os mais conhecidos, também não me pareceu tão verossímil (mas aí eu preciso me lembrar que se trata de realismo mágico, não de realismo realista).

Enfim, há uma unidade no livro, explicada já bem no final, mas ela não chegou a me convencer de que os recursos do escritor tenham sido dispostos da melhor maneira - apesar do incrível primeiro quarto do livro.

O livro da Isabel Allende, portanto, permanece em seu posto.
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Dani 07/09/2020

Apenas.... não curti... não recomendo...
Decepção define, nada mais
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Mari M. 09/11/2018

Fato: A beleza É uma ferida.
AMEI!!!! Que clima diferente, que história surreal e real ao mesmo tempo, fantástica, triste, engraçada, romance de formação de uma familia. Histórico, politico, dramatico, hilario. Já viu um livro assim!? Ah tempos não encontrava quase 500 paginas em que estar lá dentro foi como sonhar acordada.
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Lara Greco 10/06/2018

A BELEZA É UMA FERIDA Eka Kurniawan
Dewi Ayu é uma nativa descendente de holandeses cuja vida é perpassada pela turbulência dos eventos ocorridos na Indonésia em meados do século XX.
A personagem tem sua origem miscigenada marcada pela violência do colonialismo holandês e encontra na prostituição uma estratégia para driblar sua vulnerabilidade, o que acaba levando-a a ser a a mulher mais notória e poderosa da cidade fictícia de Halimunda. Essa é a história da sua vida e de sua família incomum. ?
A narrativa, semelhante às lendas, transita entre o fantástico e o sobrenatural, usando desse recurso para explicar a origem de fatos, personagens e da própria cidade fictícia Halimunda. Esse movimento de contraponto entre imaginário das lendas e a realidade (sempre muito dura) é um ponto forte do livro. O enredo é permeado pela violência avassaladora, que o escritor descreve sem meias palavras. Existem vários elementos que podem causar alguma estranheza cultural e até mesmo repulsa, como o abuso sexual, o incesto, o casamento infantil, a crueldade, o estupro, o racismo, a imposição da força através da tortura, entre outros elementos, sublinhados pela dureza da linguagem, que às vezes chega a ser escatológica.
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