A Febre Do Amanhecer

A Febre Do Amanhecer Peter Gárdós




Resenhas - A Febre Do Amanhecer


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Bina 15/08/2022

O amor que surgiu em cartas
É um livro pequeno, muito bom de se ler. Os personagens são cativantes, a relatos sobre a guerra sao muito tristes, e também fala sobre o que eles passaram quando eles estavam nos campos de concentração.É uma história muito triste e bonita, com seus altos e baixos. As cartas que eles trocam são muito fofas.
Super Recomendo esse livro.
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Cheiro de Livro 31/05/2017

A Febre do Amanhecer
Adoro conhecer a literatura de vários lugares do mundo, junto com isso “A Febre do Amanhecer” (tradução de Edith Elek) conta uma cativante e real história de amor, li com tudo com um leve sorriso no rosto.

Dois húngaros sobreviventes de campos de concentração são levados para a Suécia para receber tratamento médico. Miklós é desenganados pelos médicos, resolve ignora-los e começa a escrever cartas para todas as moças húngaras que estão na Suécia em busca de uma noiva. Lili é uma das moças que recebe a carta, está de cama e por puro tédio resolve responder. A história parece criação saída da cabeça de Péter Gárdos, mas não é. A correspondência é a forma como seus pais se conheceram e se casaram.

Esse não é um livro viciante ou com grandes reviravoltas, é, em muitos aspectos, uma história singela e é isso que a torna uma leitura tão agradável. Ver aqueles dois jovens que viram e sobreviveram aos horrores do holocausto tentando reconstruir a vida, tentando redescobrir uma forma de viver, de seguir em frente e sonhar com algo melhor é lindo.

Dentre as razões que tenho para sempre buscar livros de diferentes partes do mundo está conhecer e aprender coisas novas, aqui descobri que sobreviventes de campos de concentração foram tratados na Suécia. Nunca tinha ouvido falar nessa parte da história, na verdade nunca tinha lido nada que começasse com a libertação dos campos de concentração e o que foi feito com os sobreviventes. Já coloquei na minha lista de coisas para pesquisar e conhecer mais sobre.

Voltando ao livro, ele é uma ode de Gárdos ao pai. É Miklós o personagem principal, é sua obstinação que leva a conquista e ao casamento com Lili. Tem algumas pequenas tramas de inveja no meio de tudo isso, mas nada que seja mais importante do que o amor e a luta por um futuro que esses dois jovens travaram.

site: http://cheirodelivro.com/febre-do-amanhecer/
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Deise.Maria 31/12/2022

Deixe-nos sonhar!!
Um romance entre dois jovens húngaro que começou entre troca de cartas .Miklos um húngaro judeu que estava sobre os cuidados do estado Sueco em um campo de reabilitação escreveu cartas para 117 mulheres espalhadas pelo mundo todo, até que suas cartas passa a ser respondida por Lili uma jovem que tb está sendo cuidado em um dos campos , apartir daí se inicia uma história de amor que desafia a distância e a iminente saúde debilitada de Miklos, que sofre de uma doença no pulmão. Apesar de todas a probabilidades de um romance que não daria certo , os dois jovens sw mostram obstinados e teimosos , em pouco tempo em que se conheceram e apenas se comunicarem através de cartas eles decidem se casar , como que querendo viver um sonho depois de tantos anos privados de aprecirem a vida depois que o regime nazista assumiu o poder .Eles sentem urgência, e então impelidos por amigos eles enfim se casam na cidade de Estocolmo.
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Janise Martins 27/01/2024

A Febre do Amanhecer
Fiquei muito curiosa quando vi uma resenha no youtube sobre esse livro. Infelizmente a minha memória de velha não permite me lembrar de quem foi.

Não gostei muito da forma como foi escrita a história - na primeira pessoa, mas narrando a história de terceiros, apesar de ser baseado em fatos, foi mal contada ou contada muito, muito superficialmente. Ahh, esse tipo de narrativa já é um spoiler, confirmação de que o objetivo do protagonista foi alcançado.

Outro ponto que eu achei desfavorável, a importância e o peso que o autor não deu ao que os personagens passaram e estavam passando, não foi transmitido com a intensidade merecida. Por isso o tipo de narrativa não foi boa. Faltou força, emoção e sentimento.

O romance é lindo, mal contado, mas lindo. Haveria tanto a ser dito, tanto.

O que não gosto de biografia é o fato de que a gente não pode opinar nas decisões. Sinto-me uma fofoqueira e intrometida. Apesar de tudo, gostei de ler.

E foi isso.

Bjoo.


site: https://janiselendo.blogspot.com/2024/01/a-febre-do-amanhecer.html
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Vanessa Vieira 12/08/2017

A Febre do Amanhecer - Péter Gárdos
O livro A Febre do Amanhecer, romance de estreia de Péter Gárdos, nos traz uma bela história que se descortina num cenário pós-guerra, mostrando o quanto o amor é forte, poderoso e capaz de se sobressair até mesmo diante de uma tragédia sem proporções como a Segunda Guerra Mundial. Baseando-se nas cartas de amor trocadas entre os seus pais, o autor criou uma trama detalhista e sem floreios sobre os terrores da Segunda Guerra Mundial e suas consequências, nos apresentando dois jovens que deram tudo de si para viverem um amor considerado improvável e como a fé e determinação dos dois amenizaram os horrores e cicatrizes da guerra.

Em julho de 1945, o húngaro Miklós chega à longínqua e fria Ilha de Gotland, na Suécia, após ser libertado de um campo de concentração em Bergen-Belsen. No novo país, o jovem passa os seus dias acamado no hospital com tuberculose, enquanto toda a Europa vai se reconstruindo após a guerra. Com apenas vinte e cinco anos, Miklós é sentenciado pelos médicos com poucos meses de vida, mas isso não o impede de sonhar com uma boa moça húngara para se tornar sua esposa. Determinado, ele resolve escrever para cento e dezessete conterrâneas suas que também estão se recuperando em solo sueco tendo a plena certeza de que uma delas será a sua futura noiva.

No meio de mais de uma centena de cartas, Lili Reich - uma jovem de dezoito anos que sofre de graves problemas renais em decorrência dos terrores vividos durante o Holocausto -, decide lhe corresponder. A epístola de um rapaz desconhecido e de caligrafia incrivelmente bonita acaba se transformando em uma das suas maiores fontes de alegria e das cinzas da guerra nasce um amor perseverante e com promessa de dias melhores. Durante seis meses, o casal preenche os seus dias de até então enfermidade por cartas apaixonadas, que acabam por abreviar a saudade que ambos sentem de sua terra natal.

A Febre do Amanhecer, tal como um oásis no meio do deserto, nos mostra uma gota de esperança em meio a um solo seco, árido e maltratado pelas mais duras intempéries. Acima de tudo, nos apresenta um amor potente e forte, capaz de vencer os mais profundos horrores e dissabores da guerra. Narrado em terceira pessoa pelo próprio autor - que se inspirou na história de amor vivida pelos seus pais - o livro se mostrou uma leitura edificante, belíssima e perseverante.

A determinação e fé de Miklós é surpreendente e até mesmo emocionante, mesmo diante de um diagnóstico de vida sentenciado em torno de seis meses. Os médicos tentam a todo custo persuadi-lo do desejo de se casar em vista do estado perecível de seus pulmões, mas ele não titubeia e permanece firme em seu propósito. Não nos é apresentado com cerca de detalhes o seu sofrimento nos campos nazistas, porém acompanhamos os devaneios do personagem quanto aos fatos que o fizeram perder toda a dentição de uma forma angustiante e aflitiva.

"A vida às vezes castiga a gente."

Lili é uma jovem delicada e aparentemente frágil que acaba se transformando em uma mulher forte e perseverante. Mesmo diante de muitos obstáculos e até mesmo da inveja alheia, o amor entre eles rompe todas as fronteiras - tanto físicas quanto científicas - e se mostra um verdadeiro presente de Deus para suas vidas.

"O destino às vezes é generoso com os resistentes."

Em síntese, A Febre do Amanhecer é um livro incrivelmente bonito e repleto de esperança e fé. Apesar dos seus personagens não serem tão bem delineados na trama, o enredo é deveras emocionante e inspira no leitor o desejo de um amanhã melhor e mais florido e, acima de tudo, a capacidade de conquistá-lo. A capa é belíssima e bem condizente com o teor da obra e a diagramação está ótima, com fonte em bom tamanho e revisão de qualidade. Recomendo ☺

site: http://www.newsnessa.com/2017/08/resenha-febre-do-amanhecer-peter-gardos.html
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ViagensdePapel 29/08/2017

Classificação: 3,5/5

Eu sempre gostei muito de estudar sobre a Segunda Guerra Mundial e, desde que entrei em contato com essa parte da história pela primeira vez, livros com essa temática sempre me despertam interesse. Quando vi o livro A febre do amanhecer, lançado pela Companhia das Letras, fiquei morrendo de vontade de conhecer a história. Na obra, o autor Péter Gárdos conta a história de amor de seus pais e de como eles se encontraram e construíram uma vida juntos depois das dores da guerra e das enfermidades.

O livro conta a história do jovem húngaro Miklós, que em 1945, após ter sido libertado do campo de concentração de Bergen-Belsen, chega à ilha de Gotland, na Suécia. Lá, ele tenta se recuperar de uma tuberculose enquanto a Europa busca sua reconstrução após os horrores e destruição causados pela guerra. Apesar de ter sobrevivido ao campo de concentração, no hospital ele recebe a notícia de que possui poucos meses de vida. Ainda assim, ele não perde as esperanças e dá início a uma grande missão: encontrar uma esposa para construir uma família.

Para isso, ele pesquisa e reúne o nome e endereço de 117 conterrâneas que também estão em recuperação na Suécia e escreve para cada uma delas, com a certeza de que uma delas viria a se tornar sua esposa. Entre as respostas que recebe, uma é de Lili Reich, uma jovem de dezoito anos que está no hospital por conta de problemas renais. A partir do momento em que começam a se corresponder, Lili e Miklós sabem que há muita coisa por trás das cartas e que essa pode ser a chance de superarem, juntos, todo o sofrimento pelo qual passaram. As cartas tornam os dias dos dois mais felizes e menos árduos, enquanto tentam se recuperar física e mentalmente de tudo que passaram.

A história é narrada pelo próprio Péter, filho do casal, que conta emocionado a história de amor dos pais. Entretanto, apesar de ser uma história muito boa, foi má desenvolvida pelo autor. Ele se baseou no período em que Miklós e Lili estão se correspondendo por cartas e termina no momento em que eles se encontram e conseguem, finalmente, se casar. Mas mesmo que o livro seja curto, com 216 páginas, a narrativa é cansativa e parece que a história não sai do lugar. Além disso, o autor muda o foco da narração constantemente, o que faz com que o leitor sinta-se perdido em alguns momentos.

Outro ponto que me incomodou foi o fato de que Péter toma o partido do pai durante a história, sempre o tratando por “meu pai”, enquanto dirigia-se à mãe como Lili. E mesmo com muito material para contar a história, ele não se aprofunda na personalidade de Miklós e Lili, baseando-se mais em fatos supérfluos e no dia a dia dos dois enquanto estavam separados. Talvez, por isso, não me senti tão cativada pela história e pelos personagens.




Leia a continuação da resenha, acesse o link abaixo:


site: http://www.viagensdepapel.com/2017/08/29/resenha-a-febre-do-amanhecer-de-peter-gardos/
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Renata 21/04/2017

A FEBRE DO AMANHECER: MUITO ALÉM DE UM ROMANCE
Inicialmente, A febre do amanhecer, de Péter Gárdos, é vendido como uma história romântica no período pós guerra. De fato, o livro narra a história de amor entre o jovem húngaro Miklós e Lili, mas ao se aventurar na leitura do livro pautado nas cartas do casal, podemos dar um mergulho no caos pós guerra dos hospitais e enfermarias suecas em 1945.

Com apenas 25 anos, Miklós, está internado em um hospital após se ver livre de um campo de 14001_ggconcentração. Com os pulmões comprometidos pela tuberculose e com a expectativa de poucos meses de vida, o jovem começa a escrever cartas para diversas mulheres que também estão internadas, em busca de realizar o seu sonho de se casar antes de morrer. No meio de algumas respostas, Miklós encontra Lili, uma garota de 19 anos que trata os problemas renais causados após os terrores do Holocausto. São seis meses de trocas de correspondências que acabam mudando a vida dos dois, resultando na linda história de amor que o filho do casal, Péter Gárdos, pode nos contar hoje.

Saiba mais no site Marca Páginas

site: http://marcapaginas.com.br/a-febre-do-amanhecer-muito-alem-de-um-romance/
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Polyane 04/05/2017

Muito mais que um romance!
Fazia tempo que eu não lia um romance, ainda mais um romance ambientado na época da segunda guerra mundial. Eu achava que o livro seria um daqueles romances típicos, com sofrimento, lágrimas e clichês. Contudo, quando comecei a ler esse livro, percebi que ele vai muito além do que apenas um romance.

O livro retrata a história de vida de Miklos e Lili, duas pessoas com vidas completamente diferentes, mas que acabaram tendo alguns pontos em comum ao longo de suas vidas: Guerra, campos de concentração, trabalhos forçados, doenças e lembranças marcadas de dor e sangue. Ao saírem vivos – se é que o estado que se encontravam pode ser descrito como ‘vivo’ – dos campos de concentração, ambos estavam terrivelmente doentes, beirando à morte, até irem ao hospital e começarem seus tratamentos.

Ao longo da narrativa, vemos que uma troca de cartas casual, se torna o ponto de fuga e refúgio de ambos e a partir desse momento um sentimento começa a crescer entre eles. Era amor? Não necessariamente de início. Na verdade ambos viam uma oportunidade naquelas cartas de fugirem dos próprios fantasmas que os assombravam.
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Veja o resto no link do blog ;)


site: http://www.diariodeseriador.tv/search/label/Livros
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Portal JuLund 17/05/2017

A Febre do Amanhecer, @cialetras
Quem nunca ouviu bela história de amor e pensou “Nossa dava um livro”… Gárdós foi fruto de uma dessas histórias. E resolveu contar para o mundo o que os pais tinham colocado em cartas anos atras.

“- Qual é mesmo sua profissão, Miklos?
– Eu fui jornalista. E poeta.
– Ah, um engenheiro de alma. “

No meio do asfalto pode nascer uma flor, é só existir uma semente persistente. Bom Miklos é persistente.

“Vinte cinco anos e tanta, tanta coisa ruim. Eu não tenho como me lembrar de uma bela vida familiar harmoniosa: não faz parte de minha história. Talvez seja por isso que eu procure por uma tão desesperadamente…”

Com uma expectativa de seis meses de vida e em meio ao caos, Miklos decide encontrar uma parceira, alguém que faça o fardo ser menor ou ao menos esquecido por alguns minutos.

“O médico não tinha certeza se ele havia entendido o diagnóstico, se captaram a mensagem.
Ao meu pai, o tempo interessava menos do que outras questões mais importantes, como a sua vida. “

Resenha completa no

site: http://portal.julund.com.br/resenhas/resenha-de-a-febre-do-amanhecer-cialetras
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gabiberries 05/06/2017

Sensível e honesto
Demorei um pouco para me acostumar com o estilo de escrita, que muda o foco narrativo sem aviso prévio, mas assim que me acostumei a leitura passou a ser leve, sem esforço, gostosa mesmo. É como se em um capítulo houvessem vários pequenos capítulos. Honestamente senti como se estivesse assistindo a um filme!
A história é interessante, principalmente por ser verdadeira. É uma história de amor com um passado sombrio da guerra, mas que sempre foca na esperança e no futuro.
Uma leitura gostosa que traz certa esperança.
No título de minha resenha coloquei as palavras "sensível e honesto" me referindo ao amor vivido entre os personagens, que não é aquela coisa super arrebatadora que vemos por aí -- é um amor que foi construído quando os dois mais precisavam de uma companhia, um amor real.
Gostei muito da descrição do cenário etc., pois dá o suficiente para se ter uma ideia do que o autor tem em mente mas deixa espaço para a imaginação, o que infelizmente muitos livros não fazem por terem descrições extensas ao exaustão.
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Beta Oliveira 19/06/2017

Cartas revelam como dois jovens húngaros sobreviventes praticamente desenganados da II Guerra se conheceram e se apaixonaram na Suécia. Parece ficção, mas aconteceu de verdade! A prova que o amor opera milagres!

Conheçam o texto completo sobre esta história incrível publicada no Brasil pela Companhia das Letras no Literatura de Mulherzinha.

site: http://livroaguacomacucar.blogspot.com.br/2017/06/cap-1360-febre-do-amanhecer-peter-gardos.html
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Kelly 24/06/2017


Livros
que possuem como tema central ou pano de fundo a Segunda Guerra Mundial sempre me atraem, não pela tristeza já que isso contém em todos, mas porque aos poucos os autores vão nos ensinando sobre o tema histórico e sobre amor, piedade e bondade, coisas que andam em falta na humanidade em geral.

Quando solicitei A febre do amanhecer em parceria com o blog Quem lê, sabe porquê, não esperava uma história tão magnífica e tocante, com um tema tão pesado, então tive uma surpresa muito gostosa e quero compartilhar com vocês.

"O destino às vezes é generoso com os resistentes."

Miklos é um jovem Húngaro de 25 anos que acabou de sair da Guerra, ele esta sendo levado para uma base militar na Suécia onde será tratado junto com outros homens, jornalista e poeta, a experiência na sua profissão foi curta, pois logo ele estava sendo convocado para a guerra e toda sua vida estava sendo deixada de lado. Mas apesar das torturas e de toda a dor e sofrimento, o jovem Miklos nunca deixou de sonhar e escrever, mesmo que em pensamentos, seus poemas estavam sendo criados e guardados a sete chaves.

Quando Miklos chega na Suécia, recebe a notícia de que sua saúde esta muito mais abalada do que imaginava, seus pulmões estão tomados pela tuberculose, e numa época e local onde remédios e tratamentos eram escassos, o rapaz descobre que sua permanência na terra, não durará mais que 6 meses. E é nesse momento que nosso protagonista resolve tomar uma atitude inusitada, ele não deseja morrer sozinho, como todo poeta ele deseja um amor, mesmo que por pouco tempo, e assim Miklos começa sua missão de mandar cartas para 117 jovens Húngaras também adoentadas na esperança de encontrar seu amor.

Em outra parte da Suécia, a jovem Lili recebe a carta a de Miklos, ela esta adoentada e depois de ser torturada e afastada de sua família, nada mais faz sentido, mas ainda sim ela se vê tentada a responder aquele rapaz que mesmo desconhecido, se mostrou tão simpático. E assim se inicia uma amizade a distância que se transformará em amor e força.

O livro é narrado em terceira pessoa, mas ao contrário de tudo que estamos acostumados, nessa obra o filho narra a história dos pais ao leitor, através de km de distância e uma nuvem de tristeza e dor, Lili e Miklos encontrarão amor e força, não nos braços um do outro, mas nas palavras. Sentimentos como fé, força, amor e até inveja são repassados nas linhas dessa obra, nem tudo são flores, e aqui descobrimos que em 1945 nem tudo foi só guerra.


"Vinte cinco anos e tanta, tanta coisa ruim. Eu não tenho como me lembrar de uma bela vida familiar harmoniosa: não faz parte de minha história. Talvez seja por isso que eu procure por uma tão desesperadamente..."

O livro é curto porém o sentimento é longo, durante a leitura senti saudades, saudade da caligrafia, da época em que as pessoas conheciam as letras umas das outras. E tomada por esse sentimento de nostalgia me vi encantada e sonhando em cometer o mesmo disparate, escrever cartas, mandá-las a desconhecidos na esperança de ser respondida e assim conhecer pessoas, me comunicar com quem nunca vi de uma forma única, compartilhar segredos e transmitir conselhos de forma escrita, ser a companhia de pessoas solitárias, a saúde para pessoas doentes. O livro é mágico, a história, um romance diferenciado, que acolhe a segunda guerra mundial como plano de fundo e mostra que o amor pode aparecer e nascer de várias maneiras, até no terreno mais inóspito, o terreno onde mesmo com terras mortas o amor pode florescer e apresentar lindas pétalas repletas de história.

Super indico a obra para românticos de plantão, o livro sensível, com uma escrita leve e uma leitura curta, apesar de conter mais de 200 páginas, a leitura transcorre de tal forma que a sensação é de que foram apenas 50.

A edição da Companhia esta linda, o material da capa é áspero e se diferencia daquilo que estamos acostumados, figuras de selos, carimbos postais e trechos de cartas em sueco representam bem o tema do livro, diagramação simples, deixando espaço para que as palavras mostrem a grandeza e riqueza da obra.



site: http://paraisodasideas.blogspot.com.br/
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Irene Moreira 30/07/2017

Viver é amar
A Febre do amanhecer é baseado na história real dos pais do autor, Péter Gárdos. "Um romance vibrante e inspirador sobre a vontade de amar e o direito de viver." Vamos conhecer a história de amor de seus pais, " dois jovens sobreviventes dos campos de concentração nazistas após a Segunda Guerra Mundial e que encontram a promessa de um futuro melhor num amor improvável, que superou as dores da guerra e da enfermidade."

Péter Gárdos após a morte de seu pai , Miklós, recebeu de sua mãe um pacote de cartas escritas no período após o Holocausto. "Eram dois maços de cartas, um amarrado com uma fita azul, e o outro, com uma fita escarlate." Durante cinquenta anos Péter não soube da existência dessas cartas e depois de dez anos que resolveu escrever sobre esse romance contando sobre os seis meses que seus pais se corresponderam até se casarem em Estocolmo.

Miklós tinha 25 anos estava internado em um hospital em Lärbro tentando se curar de uma tuberculose. Por estar com os pulmões comprometidos lhe é informado que teria no máximo seis a sete meses de vida. Desde que chegou lá e desafiando a morte, Miklós se empenhou em escrever cartas para jovens húngaras que também estavam hospitalizadas em recuperação. Todas elas tinham o mesmo teor e foram escritas a lápis com uma caligrafia impecável.
"Ao meu pai, o tempo interessava menos do que outras questões importantes, como a sua vida."
Da mesma forma que ele outros colegas também estavam em recuperação e vamos tomar conhecimento dos problemas que assolam a estes homens abalados pela guerra. Harry é o amigo de Miklós que mesmo com seus traumas e conflitos tentando sempre "testar sua masculinidade" estará sempre ajudando e apoiando o companheiro. Miklós apesar de sua aparência marcada pelo caos da guerra, tendo "seus olhos maiores por causa dos óculos e a boca que lhe faltava dentes, ele não estava afim de conversa. O importante é que estava vivo.

Lili Reich tinha dezoito anos e estava internada no hospital de reabilitação de Smålandsstenar com problema renal. Ela fora uma das jovens que recebera uma carta de Miklós.Ficou encantada com a letra bonita e as palavras do jovem que a escrevia. Mesmo receosa ela resolveu escrever para ele e durante meses trocaram cartas, se conhecendo e fazendo nascer um afeto sincero e recíproco. Lili contava com o apoio de suas amigas Sara e Judith que acompanharam a trocas de correspondências, os telefonemas e a luta para que eles pudessem se encontrar.
"Sua carta está aqui, na minha frente, e eu já li umas vinte vezes.Cada vez que a leio, descubro coisas novas e a cada minuto fico mais louca de felicidade.
Ai, como te amo !!!!!!"
O autor relata vários momentos durante esses meses citando personagens que conviveram com seus pais. Seus amigos, médicos e enfermeiras que acompanharam o dia a dia desses jovens que no meio de tanta tragédia ansiavam por notícias de seus familiares.
"Querida Lili, todos os momentos que passamos juntos valeram uma vida para mim, de tanto que a amo. Sabe,se penso nos longos meses que nos separam até que possamos ficar juntos para sempre, logo fico de mau humor!..."
Lili tinha a vontade de se converter ao catolicismo tendo o apoio de Miklós que ficou de conversar com um bispo e se casarem. Um rabino toma conhecimento desse fato e surge mais um obstáculo colocando os sentimentos a frente desses dois sistemas político-econômicos.
Uma história que envolve emocionalmente o leitor nesse romance que sobrevive a morte acreditando no amor e contando com o apoio de amigos que acreditam que todos são importantes. Este livro também gerou um filme - Fever at Dawn - realizado pelo mesmo autor. Uma leitura que recomendo.

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Laura Brand 31/07/2017

Romances históricos sempre me chamaram a atenção, principalmente aqueles passados no período da Segunda Guerra Mundial. Esse período tão obscuro da humanidade rende, até hoje, romances dos mais diversos.
Quando recebi o livro A febre do amanhecer, com essa capa maravilhosa, fiquei animada para ler um recorte de uma realidade que aconteceu por causa da guerra. Quando descobri que era uma história real, fiquei ainda mais curiosa.
A febre do amanhecer começa de um jeito que prende o leitor ao contar um pouco da trajetória de Miklós, pai do autor. Ele chega à Suécia muito doente e procurando se recuperar depois dos horrores que presenciou na Segunda Guerra. 
Não demora para Miklós receber a notícia de que não tem muito tempo de vida devido à tuberculose que comprometeu seus pulmões. Logo de cara ele tem a ideia de escrever para outras mulheres doentes em busca de uma esposa. Ele envia a mesma carta para 117 mulheres e espera o retorno daquela que ele tem a certeza de que será sua. Aí somos apresentados a Lili.
Quando Lili decide responder carta de Miklós sem muitas pretensões, eles começam a conversar com uma frequência crescente e a narrativa passa a girar em torno dos diálogos entre o casal e o seu cotidiano lidando com doenças, preocupações com familiares, rotina nos hospitais e interação com os amigos. 
O autor não mergulha muito na personalidade dos personagens, mesmo tendo muito conteúdo para explorar. Achei que, por Miklós e Lili serem seus pais, Péter Gárdos teria uma infinidade de assuntos para mergulhar a fundo, mas os personagens não são muito trabalhados e isso fez falta ao longo da narrativa.
Tanto Miklós quanto Lili vivenciaram o que a Segunda Guerra teve de pior e isso é apenas mencionado brevemente em algum momento da narrativa. Nem o relacionamento dos dois é muito trabalhado, o autor focou mais no cotidiano do casal quando estava separado e em alguns diálogos que parecem não acrescentar tanto para a história. Até mesmo as cartas não são tão completas. Talvez as cartas originais não fossem tão grandes, mas o autor selecionou apenas alguns trechos para compor a narrativa e muitos deles não são muito interessantes.
Além disso, a leitura é um pouco confusa porque o autor muda o foco da narração constantemente e, muitas vezes, de forma abrupta. Não é uma narrativa com muitas reviravoltas ou tramas brilhantes, é uma história focada na simplicidade depois dos horrores da guerra. Talvez seja por isso que o livro seja tão fácil de ler. 
O livro é pequeno e é muito rápido de ler. Mesmo não tendo mergulhado na história como eu achava que aconteceria, passei as páginas com uma facilidade descomunal. Por não ser uma narrativa muito densa ou descritiva é bem rápida e fácil de ler.
Acredito que tenha sido essa calmaria na história que tenha feito o sucesso do livro que foi, inclusive, adaptado para o cinema. Como o próprio subtítulo menciona, é uma história de amor depois da tragédia da guerra. É muito inspirador ver como duas pessoas conseguiram sobreviver a um dos momentos mais trágicos da história e ainda encontraram o amor um no outro mesmo estando há quilômetros de distância.
É perfeitamente compreensível o vislumbre que o autor teve em transformar essa história de sobrevivência e superação em um romance. Apenas gostaria que ele tivesse sido um pouco mais trabalhado, mesmo se a proposta tivesse sigo fugir da tragédia da guerra e focar apenas no amor. 
A febre do amanhecer é um livro para quem gosta de romances de não ficção, de histórias reais e inspiradoras. É uma leitura para apreciar de uma vez com um cobertor e uma xícara de chá ;)

site: http://nostalgiacinza.blogspot.com.br/2017/07/resenha-febre-do-amanhecer.html
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