jmrainho 19/03/2017
Nem os skinheads leem
Essa edição pirata do Minha Luta foi distribuída em bancas de jornal no inicio de 2017 sem nome de editora. Algum editor oportunista aproveitou a polêmica nas mídias a respeito da publicação ou republicação no Brasil do livro de Adolph Hitler, e a proibição da distribuição e venda de uma edição.da Centauro e da Geração Editorial. decidida pela Justiça em 2016, por apologia ao racismo. Desde janeiro de 2016 o livro caiu e domínio publico, e o aniversário da Segunda Guerra mundial gerou várias publicações especiais. Inúmeras revistas temáticas também abordaram a história do ditador nazista. O livo da Geração Editorial,proibido pela Justiça, reunia os dois volumes de Minha Luta numa só edição, com 1.000 páginas e muitas notas de rodapés explicativas feita por especialistas. o que é até interessante para entendermos o contexto das informações. Entretanto, na Alemanha, o livro foi reeditado também e liberado para venda, mas com uma capa simples, sem símbolos nazistas nem foto do Hitler, ao contrário das edições Brasileiras. Na internet o livro é facilmente encontrado e pode ser baixado na integra em PDF. Diversos sebos vendem abertamente o livro e os expõe em destaque, tornando a proibição da Justiça algo até inócuo.
A primeira edição foi publicada em 1925,na Alemanha, dois anos depois da prisão de Hitler por agitação política e tentativa de golpe de estado. A prisão foi uma farsa. Condenado a 5 anos de prisão, ficou menos de um ano numa cela especial e confortável. Narrou seu livro para um comparsa. O livro, declaradamente antissemita, racista e belicista, mostra o pensamento distorcido do ditador, que declara seu ódio pelos judeu, pela democracia e pelo parlamentarismo. Defende o permanente estado de guerra contra o que chama de falsa paz. Depois de eleito Chanceler, o livro ganha impulso, pois o Partido Nazista, fortalecido, induz os cidadãos a comprar a obra. Quem não tivesse podia ser preso por conspiração. Hitler ficou rico com essa artimanha. Além de rico, não pagava impostos. Pesquisas recentes descobriram que ele foi um grande sonegador, e quando um fiscal da receita alemã entrou com processo para cobra-lo, o governo determinou a isenção fiscal para o chanceler. Corrupto, Hitler dizia que não queria salário, mas 8 meses depois que assumiu o cargo de chanceler começou a receber remuneração do governo. Com a morte o presidente alemão, assumiu também esse cargo. Com dois cargos no governo, chanceler e presidente, recebendo dois salários. Ele mente quando diz que teve uma juventude pobre. Herdeiro de uma herança da mãe, esbanjava a grana na noite e em cafés até o fim da moleza. Sem a pensão, viveu de golpes, apropriando-se do dinheiro arrecadado pelo partido. Os alemães na época tinham claramente o conhecimento das intenções futuras de Hitler e esse livro é uma prova disso. Os judeus, de certa forma, eram os imigrantes de hoje em alguns países de governos intolerantes como vemos nos EUA e Europa. São apenas o pretexto para o fracasso econômico do capitalismo. Capitalismo aliás, que Hitler dizia ser invenção de judeus marxistas, uma contradição bem boçal.
O livro, mal escrito, é difícil de se acompanhar. Duvido que um admirador nazista no Brasil tenha a paciência de le-lo. Esses imbecís tem a obra apenas como souvenir. Mas é sem dúvida um documento histórico. As editoras brasileiras de livros e revistas erram e fazem apologia a Hitler e ao nazismo de certa forma, ao produzir publicações com a foto de Hitler e da Suástica em grande destaque, Essas obras nas livrarias e bancas de jornal induzem ao público semianalfabeto e analfabeto funcional que o Nazismo renasceu. ´
A edição vendida em bancas de jornais mostra a desobediência civil, tão típica dos empreendedores brasileiros, que sonegam impostos e desobedecem a leis de forma oportunista.